quinta-feira, 30 de outubro de 2008

flagrante na Ilha dos Marinheiros


Ocupado em registrar as conseqüências da cheia do Rio Jacuí sobre moradores da Ilha Grande dos Marinheiros, o fotógrafo Wesley Santos acabou flagrando um crime. Dois carroceiros espancaram um cavalo até que ele caísse, inerte. Um terceiro, o condutor, tentava fazer com que o animal se movesse, à força.

A cena aconteceu por volta das 15h30min de quarta na Vilinha, uma das três existentes na ilha, em Porto Alegre, no lado da pista da BR-290, que vai da Capital ao Interior.

Quem assistiu à cena pensou que o cavalo tivesse morrido depois da agressão, mas moradores afirmam que, logo em seguida, ele se levantou e voltou a conduzir a charrete à qual estava atrelado.

— Ele comeu demais e não queria trabalhar — conta um homem que presenciou a agressão.

O trio que estava na charrete trabalha com recolhimento de papel, que é trazido das áreas centrais de Porto Alegre para a Ilha dos Marinheiros, onde é reciclado.

Zero Hora tentou localizar os jovens, na quarta à tarde, mas eles tinham retornado ao centro da Capital para buscar matéria-prima. Conforme moradores da região, eles residem há pouco tempo na ilha.

Conforme o Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais, em vigor desde 1998, causar maus-tratos a animais é crime. A pena prevista é de detenção de três meses a um ano, e multa, para quem praticar ato de abuso.

Zero Hora preserva a identidade dos carroceiros porque pode tratar-se de jovens protegidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Geral&newsID=a2272367.xml

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