terça-feira, 10 de junho de 2008

Centro de conservação de pandas é transferido após terremoto na China

da Efe, em Pequim

O centro de conservação e pesquisa de pandas de Wolong (Sichuan, sudoeste), o maior e mais conhecido da China, será transferido por causa dos danos causados pelo terremoto do último dia 12 de maio e pelos riscos potenciais de deslizamentos, informou hoje a agência oficial Xinhua.

As autoridades explicaram que o novo centro se manterá dentro dos limites da Reserva Natural de Wolong, nas montanhas ao norte de Chengdu, capital da província e cujo clima úmido é ideal para o crescimento do bambu, principal alimento desses ursos em risco de extinção.

AFP
Panda é espécie ameaçada de extinção; restam apenas 1.600 indivíduos na China
Panda é espécie ameaçada de extinção; restam apenas 1.600 indivíduos na China

"Construiremos refúgios, um centro de pesquisa de pandas e um centro de reprodução em um novo local por motivos de segurança", explicou Li Desheng, subdiretor do Centro de Conservação e Pesquisa da Reserva Natural de Wolong.

A reserva, habitat de mais de 150 pandas, sofreu graves danos por causa do terremoto. Quatorze dos 32 recintos para esses animais em Wolong foram atingidos pelo tremor, que matou um panda em um deslocamento de terra, feriu um segundo e provocou o desaparecimento de outro.

"Para decidir a nova localização, consideraremos fatores de segurança e climáticos, incluindo sua sustentabilidade e o acesso dos animais a fontes de água e florestas de bambu", acrescentou Li.

Hoje, 48 pandas vivem em cativeiro na reserva de Wolong, após oito animais serem transferidos para o zoológico de Pequim por ocasião dos Jogos Olímpicos de 2008.

Calcula-se que cerca de 1.600 ursos vivem em liberdade na China, concentrados nas províncias de Sichuan, Shaanxi e Gansu, enquanto outros 180 estão em cativeiro.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u410810.shtml

Poodle é espancado e agressor leva multa de R$ 2.000

LUCAS FERRAZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Um jovem de 18 anos foi multado em R$ 2.000 pelo Ibama, por espancar um poodle. O animal teve a perna direita e a bacia quebradas. Foram os vizinhos, indignados com a atitude de Patrick Moitroux, que fizeram a denúncia.

Segundo Antônio Paulo de Paiva, coordenador da divisão de fiscalização de fauna do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e que investigou o caso, a denúncia foi feita na última quinta-feira (5), mas só no dia seguinte a equipe conseguiu localizar o poodle Bob, que fora levado ao veterinário pela namorada do jovem.

O rapaz tentou se explicar, disse o funcionário do instituto, que não se convenceu e o indiciou por maus-tratos baseado no artigo 32 da lei de crimes ambientais.

"A lei não se aplica somente a crimes contra animais silvestres mas também contra os domésticos", diz Paiva.

Segundo ele, há várias denúncias sobre agressões a cachorros, mas as demandas não são atendidas por "deficiências do Ibama".

A pena para esse tipo de crime, classificada por ele como "branda demais", é de um ano de detenção.

"Ele [o jovem] vai acabar prestando serviço à comunidade ou pagando cesta básica e fica por isso mesmo."

O Ibama vai encaminhar relatório sobre o caso ao Ministério Público Federal, que ficará encarregado de tocar a ação. O instituto, contudo, continua nesta semana a investigar outra caso de espancamento a um cão em Brasília que causou revolta: o animal, quando chegou ao veterinário, totalmente desfigurado, segundo relato, precisou ser submetido a eutanásia.

No caso de Bob, após a agressão, várias famílias se apresentaram para recebê-lo. A adoção se confirmou ontem (9), depois de análise do Ibama.

"Vi a história na TV e fiquei mobilizada", disse a nova dona de Bob, a engenheira florestal Valquíria Gonçalves, 38, casada, mãe de duas filhas.

"Vamos dar todo o carinho que ele não teve até então." Bob passou por uma cirurgia e está bem, conta Valquíria. A previsão é que ele esteja recuperado em 60 dias.

A Folha não conseguiu localizar Patrick no telefone do apartamento onde morava. Segundo o funcionário do Ibama que apurou o caso, o jovem se mudou do local, temendo represálias dos vizinhos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u410708.shtml

João Pessoa: Vereadora denuncia extermínio de gatos

A vereadora Paula Frassinete (PSB) denunciou hoje de manhã o que
chamou de "extermínio de gatos" no conjunto dos Bancários, zona sul de
João Pessoa. Ela contou ao Paraíba.com.br que seis animais foram
encontrados mortos hoje de manhã no interior do condomínio Água Azul.
Os moradores telefonaram à vereadora solicitando providências e a
investigação de quem seria o responsável pela morte dos felinos.

"Através da Associação Paraibana de Amigos da Natureza, vou encaminhar
um ofício à Curadoria do Meio Ambiente, à delegacia do Meio Ambiente e
à Polícia Florestal, solicitando a apuração do caso. Quem matou os
gatos cometeu um crime previsto na lei 9605/98, em seu artigo 32. Esse
exterminador de gatos está sujeito a prisão de três meses a um ano",
contou Paula.

A matança de animais se enquadra na tipificação de crime contra a
fauna. A causa da morte dos gatos do Condomínio Água Azul não foi
constatada, mas os moradores acreditam que eles tenham sido vítima de
envenenamento.

http://www.paraiba.com.br/noticia.shtml?70602
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=298&Itemid=89

Dissecação de sapo virtual é alternativa

Do Globaltech de hoje.
Uma boa notícia para os defensores dos direitos dos animais. Ativistas
norte-americanos da causa doaram à escola secundária Wheeling Park, no
Estado de Virginia Ocidental, um programa de computador que oferece a
experiência de uma dissecação virtual.

Desenvolvido pela organização Digital Frog International, dedicada a
criar softwares para pesquisa que evitem sacrifícios de animais, o
produto vai permitir que os alunos estudem a anatomia dos anfíbios sem
precisar machucar um espécime sequer.

O programa traz instruções aos estudantes e imagens detalhadas do
corpo de um sapo. A imagem ao lado mostra um diagrama do sistema
circulatório do anfíbio.

Se o programa estivesse disponível nas universidades brasileiras,
constrangimentos como o enfrentado pelo estudante de Ciências
Biológicas da UFRGS Róber Freitas Bachinski, que chegou a ingressar na
Justiça, no ano passado, para não participar de aulas com dissecação
de animais, poderiam ter sido evitados (leia aqui).

http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&uf=1&local=1&template=3948.dwt&section=Blogs&post=75574&blog=126&coldir=1&topo=3994.dwt
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=297&Itemid=89

Salvador: Cadelas eram mantidas em cativeiro para procriar

ONG recebe denúncia de exploração e resgata animais de ambiente insalubre

Maíra Portela
Um pedaço de papelão no chão e uma parede úmida eram o único consolo
da cadela Ritinha, da raça fox paulistinha. Mantida em "cativeiro",
dividia um cômodo da casa com outras 21 fêmeas, além de ratos e
baratas. Ficava confinada com a função de parir oito filhotes de 60 em
60 dias. Não tinha direito a alimentação, assistência veterinária e
tampouco a lazer e diversão. Assim como Ritinha e as outras
cadelinhas, muitos cães são utilizados como instrumento de procriação
para alimentar o desejo mercantilista de seus proprietários.


A exploração animal em prol do lucro humano é considerada crime –
artigo 32 da Lei Federal n°9.605/98. Através de denúncias, hoje
Ritinha e as outras cachorrinhas possuem um lar e foram curadas das
enfermidades. No dia 27 de julho de 2007, a Associação Brasileira
Terra Verde Viva resgatou os cães. O ambiente insalubre e fétido era
mantido há mais de dez anos pela dona de casa Marizete Dias, que
responde a aproximadamente 30 processos – criminal e cível por
maus-tratos.


Os animais ficavam em gaiolas enferrujadas, não eram vacinados,
estavam desnutridos e os filhotes nasciam doentes, quando não mortos.
"As cachorrinhas comiam as próprias fezes, porque a dona não dava
comida", conta indignada Ana Rita Tavares, presidente da associação.
Além de maltratar os animais, Marizete ainda enganava os compradores.
Vendia o filhote antecipado, mas quando nascia a cria ela informava
que o "produto" estava sem vida.


Mas Ritinha não é a única cadela vítima da exploração. A Terra Verde
Viva recebe constantemente denúncias de canis de "fundo de quintal",
pet shops e clínicas veterinárias que utilizam da mesma prática.
"Estamos apurando as queixas, já estamos com um pet shop na lista para
averiguar", informa Ana Rita. A venda de animais é condenada pelas
instituições protetoras. Segundo as entidades, a comercialização gera
o abandono e estimula a exploração das fêmeas.


Problema social - Atualmente, estima-se que Salvador possua 60 mil
animais abandonados e 300 mil domesticados. De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), uma cadela que dá à luz oito
filhotes, em seis anos terá gerado uma população de 64.700 cães. "A
comercialização contribui para o abandono. Porque não adotam, em vez
de comprar?", indaga Ana Rita. O promotor de Justiça e Meio Ambiente,
Luciano Santana, também é contra a venda de animais. De 1998 até maio
deste ano, já instaurou 67 inquéritos por maus-tratos contra animais.
"Se temos milhares de animais nas ruas, por que vender mais? Isso só
faz alimentar a superpopulação, que é um problema mundial", avalia.


Além da omissão da prefeitura, o descumprimento do termo de ajuste de
conduta (TAC) de 2004 – que em 2005 virou sentença judicial –
responsabiliza o governo municipal em 33 itens. Dois deles prevêem o
controle do comércio de criação de animais e apuração dos casos de
maus-tratos; e o programa de castração dos animais e vacinação. A
multa é de R$5 mil diários para cada cláusula não cumprida. Diante da
situação, o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos,
Juliano Matos, comprometeu-se a realizar 1.200 castrações por mês,
durante sua gestão.


***


Punição envolve detenção e multa


A penalidade para quem comete maus-tratos contra animais, prevista na
Lei Federal n°9.605/98, é de três meses a um ano de detenção e multa.
O promotor de defesa dos animais de São José dos Campos, no estado de
São Paulo, Laerte Levai, concorda que a punição é baixa, mas defende
os princípios ambientais de conscientizar em vez de punir. Assim como
acontece em Salvador, lá na comarca onde atua, o réu primário é
submetido a uma transação penal em favor dos animais. "Ele é obrigado
a fazer doações ou trabalho voluntário nas instituições de proteção ao
animal. Mas se houver reincidência a pessoa responde a processo",
explica.


Segundo Laerte, nos casos de exploração, as fêmeas são utilizadas como
instrumentos para alcançar fins comerciais e não são atribuídos a elas
quaisquer valores ou dignidade. O advogado da Terra Verde Viva,
Antônio Carlos Fernandes, acredita que em uma família onde o animal é
maltratado, também não haverá bons tratos com a criança. "Psiquiatra
forense, o paulista Guido Palomba defende que quem maltrata um animal
é um criminoso em potencial. Eu me baseio nessa teoria", salienta.


***


Conseqüências da exploração


Estresse
Depressão
Inflamação na genitália e útero
Mamas grandes e desfiguradas
Problemas de pele
Morte


Legislação


Artigo 32 da Lei n° 9.605/98:


"PRATICAR ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais
silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: pena –
detenção, de três meses a um ano, e multa".


Artigo 3º do Decreto n° 24.645/34:


"CONSIDERAM-SE maus-tratos: I – praticar ato de abuso ou crueldade em
qualquer animal".

fonte: http://www.correiodabahia.com.br/aquisalvador/noticia.asp?codigo=155396
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=296&Itemid=89