quinta-feira, 18 de março de 2010

Ministério Público investiga mortes de animais em canil no Paraná

O Ministério Público de Apucarana (PR) vai investigar mortes de cães e gatos no canil municipal da cidade. Os animais estariam sendo envenenados por funcionários do órgão.

O promotor Eduardo Cabrini explicou ao G1 que a direção da Sociedade Protetora dos Animais de Apucarana encaminhou fotos de tubos de veneno encontrados no local. Ele foi ao local com representantes da entidade e encontrou o produto, que seria chumbinho, em um automóvel usado pelo canil municipal

“Um servidor admitiu que o veneno era administrado aos animais debilitados, magros, velhos. E quem determinava o envenenamento seria um veterinário, que também fornecia o veneno”, disse.

Ainda de acordo com o promotor, na sexta-feira (12) foi realizada uma escavação no local e encontrado corpos de inúmeros animais que teriam sido envenenados no canil. “Há resquícios dos animais, mas não temos como saber a quantidade. Também é preciso analisar esse material para detectar a presença de veneno”, afirmou.

Três tubos com o material foram apreendidos e encaminhados para a análise. Foi instaurado um inquérito civil para investigar o ato de improbidade administrativa do servidor público ter determinado o envenenamento dos animais e possuir no veículo da vigilância um produto ilegal, que seria o chumbinho.

De acordo com o Ministério Público, foi instaurado também um inquérito para apurar a prática de crimes ambientais, de envenenamento dos animais e uso de substância perigosa para o ser humano.

Segundo o promotor, toda a investigação deve ser concluída em 30 dias.

Sindicância - Além da investigação do Ministério Público, a Autarquia Municipal de Saúde da cidade abriu uma sindicância para apurar as denúncias.

A prefeitura divulgou uma nota em que informa que tem trabalhado dentro das normas ambientais e sanitárias, além de divulgar que desconhecia a existência de veneno que teria sido encontrado no local.

Ainda conforme o texto, a prefeitura esclarece que acolhe os animais e tenta oferecer o melhor tratamento possível até a adoção. O órgão diz ter orientado os funcionários a respeitar as normas. (Fonte: G1)


http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=52509

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