A morte de uma égua, com requintes de crueldade, ocorrida em um terreno baldio do Bairro Bom Fim, em Santa Cruz do Sul, repercutiu na sessão de segunda-feira da Câmara. O vereador Nasário Bohnen (DEM) disse que a comunidade espera que o crime seja esclarecido.
O caso foi relatado em reportagem da Gazeta do Sul no dia 20 de março. A égua teve um porrete introduzido no órgão genital, o que perfurou vários órgãos internos e provocou hemorragia. O proprietário, José da Silva Moura, que usava o animal na coleta de sucatas, disse que procurou ajuda junto à Brigada Militar, Corpo de Bombeiros e Vigilância Sanitária, mas sem sucesso. O animal acabou morrendo depois de horas de sofrimento.
Conforme Bohnen, desde a divulgação da barbárie, semanalmente as pessoas têm se manifestado em cartas, na Gazeta, repudiando o fato e cobrando das autoridades o indiciamento do responsável. Para ele, um crime dessa natureza e a falta de ajuda para o proprietário, pessoa sem recursos, “representam o fundo do poço em relação ao tratamento dispensado aos animais.”
DENÚNCIA
Destacou que em Santa Cruz existem trabalhos positivos de proteção aos animais, citando como exemplo o Abrigo São Francisco de Assis. Por isso, a violência contra a égua provocou revolta e a comunidade quer a apuração do caso. O vereador Hildo Ney Caspary (PP), que apoiou a manifestação, sugeriu que os moradores da área que tenham alguma informação sobre os autores façam a denúncia na Delegacia de Polícia.
Bohnen ainda pediu que a Vigilância Sanitária deixe um veterinário de plantão para atender casos urgentes. Salientou que muitas pessoas de baixa renda utilizam cavalos no recolhimento de sucatas. Como não têm recursos, muitos animais acabam sofrendo por falta de assistência.
Texto escrito por José Augusto Borowsky
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