da Efe, em Pequim
O centro de conservação e pesquisa de pandas de Wolong (Sichuan, sudoeste), o maior e mais conhecido da China, será transferido por causa dos danos causados pelo terremoto do último dia 12 de maio e pelos riscos potenciais de deslizamentos, informou hoje a agência oficial Xinhua.
As autoridades explicaram que o novo centro se manterá dentro dos limites da Reserva Natural de Wolong, nas montanhas ao norte de Chengdu, capital da província e cujo clima úmido é ideal para o crescimento do bambu, principal alimento desses ursos em risco de extinção.
AFP |
Panda é espécie ameaçada de extinção; restam apenas 1.600 indivíduos na China |
"Construiremos refúgios, um centro de pesquisa de pandas e um centro de reprodução em um novo local por motivos de segurança", explicou Li Desheng, subdiretor do Centro de Conservação e Pesquisa da Reserva Natural de Wolong.
A reserva, habitat de mais de 150 pandas, sofreu graves danos por causa do terremoto. Quatorze dos 32 recintos para esses animais em Wolong foram atingidos pelo tremor, que matou um panda em um deslocamento de terra, feriu um segundo e provocou o desaparecimento de outro.
"Para decidir a nova localização, consideraremos fatores de segurança e climáticos, incluindo sua sustentabilidade e o acesso dos animais a fontes de água e florestas de bambu", acrescentou Li.
Hoje, 48 pandas vivem em cativeiro na reserva de Wolong, após oito animais serem transferidos para o zoológico de Pequim por ocasião dos Jogos Olímpicos de 2008.
Calcula-se que cerca de 1.600 ursos vivem em liberdade na China, concentrados nas províncias de Sichuan, Shaanxi e Gansu, enquanto outros 180 estão em cativeiro.
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