Baleeiros japoneses suspenderam atividades na Antártida em consequência de pressões de grupos de defesa do meio ambiente e estudam a possibilidade de concluir antes do previsto a missão anual, anunciou nesta quarta-feira (16) a Agência de Pesca do Japão.
Ativistas da organização não governamental (ONG) de defesa do meio ambiente Sea Shepherd Conservation Society perseguiram por meses a frota para tentar impedir a caça das baleias.
Tatsuya Nakaoku, funcionário da agência de pesca, afirmou que o navio-fábrica Nisshin Maru, que foi perseguido pela Sea Shepherd, suspendeu as operações em 10 de fevereiro para garantir a segurança da tripulação.
“Estamos estudando a situação, incluindo a possibilidade de encerrar a missão antes”, disse Nakaoku à AFP, confirmando informações da imprensa, mas fazendo questão de afirmar que “nada foi decidido até o momento”.
A agência de notícias Jiji Press informou que o governo considera ordenar o retorno da frota antes do previsto. A missão anual geralmente prossegue até meados de março.
O Japão alega que a caça das baleias é “científica” em uma área do Oceano Antártico, determinada como protegida pela Comissão Baleeira Internacional (CBI).
Em 1986, entrou em vigor uma moratória que proíbe a caça com fins comerciais. Desde então, quase 40 mil baleias foram caçadas no mundo por países que não aceitam a proibição, sob o pretexto das caças científica e tradicional, autorizadas com cotas limitadas pela CBI. (Fonte: G1)
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