sexta-feira, 13 de junho de 2008

Porto Alegre: Votação sobre fim de carroças deve ser na segunda-feira

Votação sobre fim de carroças deve ser na segunda-feira
Falta de quórum determinou o encerramento da tumultuada sessão
Atualizada às 19h05min

Nilson Mariano | nilson.mariano@zerohora.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
Após serem derrotados na votação do requerimento que pedia o adiamento
da votação do projeto que prevê a retirada gradativa das carroças das
ruas de Porto Alegre por 17 a 16, vereadores do PT, PCdoB, PTB, PDT e
PSDB se retiraram do plenário da Câmara de Vereadores e, por falta de
quórum, a sessão foi encerrada — restaram 14 vereadores e o mínimo
exigido é 19. O projeto deve ir à votação na segunda-feira.

A sessão desta quinta-feira foi tumultuada. Carroceiros e entidades em
defesa dos animais lotaram as galerias da Câmara, e se manifestavam
durante os discursos dos parlamentares. Carroceiros vaiavam os
vereadores a favor do projeto, gritando "máfia do lixo". A Câmara de
Vereadores reforçou a segurança para a sessão, com 38 guardas e
detectores de metal.

O vereador do PP Beto Moesch queria que a votação ocorresse nesta quinta:

— A bancada do PT retirou o quórum, conseguiu liderar este movimento,
mas o que eles realmente queriam, que era procrastinar (adiar) o
projeto, não conseguiram. Nós conseguimos manter a pauta. Portanto, só
existe uma coisa agora pautada na Câmara de Vereadores de Porto
Alegre, que é regrar, disciplinar para sempre o uso de carroças na
cidade de Porto Alegre.

Já Carlos Comassetto, do PT, diz que os cinco partidos utilizaram um
artifício regimental:

— Nós propusemos que a sessão fosse adiada para que as 13 emendas que
fossem resentadas pudessem ser equalizadas, inclusive dar a chance
para que o Executivo mandasse o projeto para cá. Como fomos derrotados
por um voto, utilizamos um artifício regimental, de não dar quórum,
para dar chance até segunda-feira para ter mais diálogo sobre o
projeto, que tem que ser qualificado. Não basta forçar uma solução que
não vai resolver o problema na totalidade.

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