sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Célula-tronco adulta faz cão paraplégico voltar a ficar de pé

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) da Bahia estão se preparando para testar o potencial das células-tronco adultas para ajudar pessoas que sofreram lesões na medula espinhal e ficaram com parte do corpo paralisada. Após resultados animadores em animais – cães e gatos voltaram a ficar de pé após meses em estado paraplégico –, o grupo coordenado pelo médico Ricardo Ribeiro dos Santos espera a autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para iniciar os primeiros testes em humanos.

“Submetemos nosso pedido há cerca de seis meses”, contou Ribeiro dos Santos durante o 54. Congresso Brasileiro de Genética, que acontece em Salvador e termina nesta sexta (19). “É claro que gente é gente, e não podemos garantir que os mesmos resultados aconteçam com os pacientes humanos, mas estamos animados”, diz o pesquisador, um dos líderes na pesquisa com células-tronco no Brasil.

Ainda existe um grande debate a respeito do que as células-tronco adultas realmente podem fazer em termos terapêuticos. Não há dúvidas de que as células-tronco embrionárias, obtidas a partir de embriões com cerca de cem células, são extremamente versáteis, capazes de assumir a função de qualquer tecido do organismo. No entanto, ainda não se sabe ao certo como controlar a diferenciação (especialização) delas, o que impede, por enquanto, que elas sejam testadas em humanos.

Já as células-tronco adultas parecem envolver menos problemas de segurança, uma vez que são menos “rebeldes” em seu processo de diferenciação e, em muitos casos, podem ser extraídas do próprio paciente que vai recebê-las, evitando riscos de rejeição. Por outro lado, os pesquisadores têm dúvidas sobre a capacidade delas de se transformar em tecidos variados; para muitos, elas teriam apenas um papel de “suporte de vida”, estimulando a regeneração de órgãos lesados e impulsionando a formação de vasos sangüíneos para alimentá-los.

Cultivo especial

De qualquer maneira, pesquisadores brasileiros já utilizaram células-tronco adultas, provenientes principalmente da medula óssea, para tratamentos experimentais contra doenças cardíacas, derrames e diabetes tipo 1, entre outros problemas de saúde. “Já houve testes para tratar lesões da medula espinhal, mas a coisa não deu muito certo”, diz Ribeiro dos Santos. Para tentar evitar que o problema se repita, o novo protocolo desenvolvido pelos pesquisadores da Fiocruz envolve a obtenção de células-tronco da medula óssea e de tecido adiposo e seu posterior cultivo em laboratório durante três semanas, período no qual as células mais promissoras para o transplante são selecionadas.

Nos cães e gatos paraplégicos, os resultados foram animadores. “Eles conseguem ficar de pé, nem que seja só para brigar, como no caso de alguns dos bichos”, brinca Ribeiro dos Santos. “O controle urinário também melhora bastante. Se isso for reproduzido em humanos, já será um grande avanço”, afirma ele. A intenção é fazer os testes iniciais, destinados a comprovar que a terapia não piora o estado dos pacientes, num grupo de 20 pessoas.

Fonte: G1

http://www.culturadesantabarbara.com.br/capacompleta.php?id=33552&flag=ind

Filhote de baleia é encontrado morto em praia no Recife

Animal tinha cerca de 3,8 metros e pesava seis toneladas.
Segundo veterinária, não foi possível identificar a causa da morte.
Um filhote de baleia foi encontrado morto na Praia de Boa Viagem, no Recife, nesta sexta-feira (19). O animal tinha cerca de 3,8 metros de comprimento e pesava seis toneladas.

De acordo com a veterinária Fernanda Niemeyer, do Projeto Peixe-Boi na Ilha de Itamaracá (PE), o animal estava em avançado estado de decomposição e não foi possível identificar a causa da morte.

O filhote foi retirado do mar por guinchos do Centro de Mamíferos Aquáticos e da Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (Emlurb) e enterrado.
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL766958-5598,00.html

Após chuva de granizo, 13 animais morrem em zôo de Belo Horizonte/MG

Treze animais da Fundação Zôo-Botânica de Belo Horizonte morreram depois da chuva de granizo que atingiu a cidade, na quarta-feira (17). Segundo a assessoria de imprensa da fundação, os 11 marrecos, uma cotia e um flamingo provavelmente não encontraram abrigo para proteção.

Muitas folhas e galhos caíram e tomaram o espaço para caminhada dos visitantes. O zoológico permaneceu fechado nesta quinta-feira (18), para limpeza. Na sexta-feira (19), ele deve voltar a funcionar normalmente.

A clínica veterinária do zoológico também ficou cheia de pacientes. A assessoria informou que oito animais estão internados, mas não correm risco de morrer. (Fonte: G1)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40785

Aquecimento global gera mais preocupação do que atitudes, diz pesquisa

Que a mudança climática é importante, isso nenhum entrevistado discorda. Porém, segundo pesquisa feita sobre o tema pelo Iser (Instituto de Estudos da Religião), do Rio de Janeiro, ninguém está muito interessado em transformar a preocupação com esse tema em ações concretas. Para as pessoas ouvidas no levantamento, o ônus da ação é quase uma exclusividade do governo federal.

"No caso dos congressistas fica bem claro a situação. Se o assunto não estiver na boca do povo, se o executivo não tomar a iniciativa, não são eles que vão puxar o tema", afirma a cientista social Samyra Crespo, organizadora da pesquisa qualitativa, que contou com financiamento da Embaixada Britânica no Brasil.

O trabalho ouviu 210 lideranças das áreas da mídia, do Congresso Nacional, das ONGs e da iniciativa privada.

No caso dos políticos brasileiros (foram ouvidos 30 no total, divididos em quatro do Senado, seis de Assembléias Legislativas e 20 da Câmara dos Deputados), fica evidente a posição constatada pelo trabalho.

Do total da amostra, 16 disseram que cabe ao governo federal tomar a dianteira para a mitigação das mudanças climáticas. Apenas dois disseram que isso é papel do próprio Congresso Nacional. Além de sete omissões, receberam votos nessa pergunta as universidades (2), os empresários (2) e os proprietários de terra (1).

A tabulação das respostas dadas pelos políticos brasileiros também mostra um certo desconhecimento da classe com o tema das mudanças climáticas.

Ao responderem a pergunta "Como considera o seu grau de conhecimento sobre as mudanças climáticas", apenas um disse que é bastante abrangente. Outros nove responderam "bom, mas incompleto", 18 disseram explorando e aprendendo mais e um admitiu que conhece pouco do tema.

Dos 21 que responderam sobre quando eles ouviram falar pela primeira vez da questão climática, 18 disseram a partir dos anos 1990. Os outros três já conheciam a questão antes.

Segundo Crespo, a iniciativa privada, mostra a pesquisa, também aguarda um posicionamento do governo federal para agir com mais ímpeto.

"Os empresários querem, na verdade, saber mesmo quanto tempo eles terão para começarem a reduzir suas emissões (de gases que contribuem para o efeito estufa)", afirma Crespo.

E isso, segundo ela, depende de uma sinalização que só pode ser feita por uma política nacional de mudanças climáticas. (Fonte: Eduardo Geraque/ Folha Online)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40776