segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Circo abre mão de bichos

A professora Cristine Rocha achou estranho um circo sem animais, mas foi conferir. “Quando eu ia, sempre tinha a presença de animais. Eu gostava dos macacos, dos elefantes. Vim dessa vez para ver a motivação de um circo sem bichos”, conta.

Já Igor de Carvalho, de 8 anos, adorou a idéia. “Antes, os animais estavam sendo muito maltratados. Eles levavam chicotadas e choques. Eu ficava com dó”, diz o menino.

Depois de 157 anos exibindo animais, o circo de Moscou doou todos os bichos para um santuário ecológico. Para o descanso deles, os artistas têm que trabalhar mais. “Contratamos mais artistas, nosso espetáculo agora explora mais as pessoas. São palhaços, trapezistas de pêndulo espacial , globo da morte, maca russa e muito mais”, revela o dono do circo, Charliston Monteiro.

Cinqüenta cidades já têm leis que proíbem o uso de animais no circo. No Congresso Nacional está em discussão um projeto de lei para acabar com essa prática no país. Aqui no DF, os animais podem ser exibidos, mas é preciso ter um parecer do Instituto Brasília Ambiental e do Ibama. “Lugar de animal é na floresta, na vida natural. Não é explorando o animal para o homem tirar proveito”, opina o fisioterapeuta Carlos Zaconetta.

Fernanda Galvão / Emerson Soares
http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL804220-10040,00.html

Cientistas tentam salvar bichos de habitat 'fatiado' causado por estradas

Ursos sofrem para atravessar estradas como esta (Foto: Scott Thompson/NYT)

Rodovias impedem fluxo genético entre ursos e outros animais nos EUA.
Risco de atropelamento pode ser contornado com túneis sob pistas.


Chris Servheen passa bastante tempo remoendo uma séria pergunta científica: por que o urso pardo não cruzou a estrada?

O futuro do urso pode depender dessa resposta.

As montanhas do Glacier National Park e os montes ao redor dele estão cheios de ursos. Um censo que durou cinco anos e que foi concluído recentemente encontrou 765 ursos pardos no noroeste de Montana, mais que o triplo do número de ursos da época em que o bicho foi classificado como espécie ameaçada em 1975. Ao sul, encontra-se uma faixa de área selvagem protegida pelo governo federal muito maior do que o Yellowstone, onde o habitat é bom e não existem ursos pardos. Eles foram varridos dali há 50 anos para proteger as ovelhas. Uma das principais razões pela qual eles não voltaram é a rodovia Interstate 90.

Para chegar ali vindo do norte, um urso teria de escalar uma barreira de concreto na pista, cruzar as duas pistas, enfrentar um tráfego de veículos a 130km/h, escalar uma barreira de concreto que divide as pistas (ainda mais alta), cruzar mais duas faixas e finalmente cruzar outra barreira de concreto. "É o corredor de vida selvagem mais crítico no país", disse Servheen em relação à ligação entre os dois habitats. Ele é coordenador da recuperação dos ursos pardos para o Fish and Wildlife Service.

Como o tráfego chega a mais de 3 mil veículos por dia, cruzar uma estrada se torna extremamente difícil. Os 20 quilômetros da rodovia Interstate 90 aqui, onde ursos pardos provavelmente cruzariam, têm de 8 mil a 10 mil veículos por dia, então é impossível cruzá-la grande parte do tempo. Não só para ursos – lobos, carcajus e várias outras espécies circulam por aqui.

Direito de ir e vir

Nos últimos anos, cientistas conseguiram entender as importantes mudanças trazidas pelas rodovias que cruzam a paisagem. Alguns especialistas acreditam que a fragmentação de habitats, o fatiamento de grandes paisagens em pequenas terras com estradas, casas e outras construções, seja o maior de todos os problemas ambientais.

"De longe", disse Michael Soule, biólogo aposentado e fundador da Sociedade para a Biologia de Conservação, "é maior do que as mudanças climáticas. Enquanto os efeitos graves das mudanças climáticas estão 30 anos para frente, não haverá nada para salvar se não resolvermos essa fragmentação. E a força causadora da fragmentação são as estradas."

A fragmentação isola a vida selvagem de elementos essenciais, incluindo comida, segurança ou outros membros da mesma espécie para reprodução e diversidade genética. No fim, eles desaparecem. Existem cerca de 6,4 milhões de quilômetros de estradas afetando 20% dos Estados Unidos, e nos últimos dez anos o novo campo da ecologia das estradas surgiu para estudar os diversos impactos das rodovias e como minimizar os estragos.

"Estradas são os maiores artefatos humanos do planeta", disse Richard T.T. Forman, professor de ecologia da paisagem em Harvard, que trouxe a ecologia das estradas da Europa para os Estados Unidos. Ele é editor de um texto decisivo na área, "Road Ecology: Science and Solutions" (Island Press, 2003).

Crocodilos correndo

Um dos primeiros projetos no país para melhorar o efeito das estradas foi no Corredor dos Crocodilos na I-75, Flórida. Uma série de 24 passagens subterrâneas restaurou o fluxo d'água para o Everglades (região pantanosa) e permitiu que a vida selvagem migrasse de forma segura. As mudanças reduziram a mortalidade das panteras da Flórida – que só tinham 50 exemplares – de 4 para 1,5 por ano.

Agora, o número de projetos de rodovias sensíveis à ecologia no país, construídos ou em progresso, chega a centenas. Em Amherst, Massachusetts, salamandras surgem da hibernação na lama na primeira noite de chuva de abril. "Elas aparecem e saem correndo atravessando a rua para o lago onde se reproduzem e então fazem uma orgia", disse Forman.

Tantas salamandras estavam sendo mortas que os habitantes locais pararam o tráfego na noite em que os animais surgiram para deixá-los cruzar a estrada em segurança. Em 1987, engenheiros colocaram um túnel sob a estrada, com duas cercas para guiar os répteis na travessia, como um funil.

O mais alto padrão de estradas "amigas da vida selvagem" está no Banff National Park nas montanhas do oeste do Canadá. A principal rodovia do país, a Trans-Canada 1, passa através do parque. Com 25 mil veículos por dia, colisões entre veículos e animais selvagens eram bastante freqüentes. Existem 24 cruzamentos (todos subterrâneos, menos dois) e eles reduziram as colisões com ungulados (animais com casco) em 96% e em 80% com mamíferos de grande porte.

Nos últimos anos, o conceito se tornou parte integrante das estradas, com a ajuda de um projeto de lei federal de transporte que ordenava a elaboração de projetos de rodovias verdes. "Existem coisas sendo feitas por toda parte, até com insetos", disse Patricia Cramer, bióloga pesquisadora da Universidade Estadual de Ohio, que avaliou centenas de projetos domésticos. Essa minimização de impactos é especialmente importante para 21 espécies protegidas para as quais a mortalidade nas estradas é um grande fator na sobrevivência, incluindo linces e tartarugas do deserto. No entanto, acabar com a mortalidade direta é somente um aspecto da fragmentação causada pelas estradas.

Conectividade restaurada?

Ainda não está claro o quão bem a conectividade restaurada funciona para manter um conjunto de genes diversificados e manter uma viabilidade a longo prazo. Um estudo na Califórnia, ao longo da Santa Monica Freeway, uma das rodovias mais movimentadas do país, com 150 mil veículos viajando por dia e 16 faixas, descobriu que linces e coiotes usavam passagens subterrâneas existentes – que não foram projetadas para os animais selvagens – para chegar ao outro lado. A rodovia, no entanto, fez com que o território ficasse cheio e os animais mais novos eram desafiados a ponto de não conseguir sobreviver para se reproduzir.

A importância de prevenir e desfazer a fragmentação levou uma multidão de grupos ambientalistas a assumir a conectividade – preservando a capacidade de se mover dos animais selvagens – como um problema. Soule, por exemplo, é fundador do Wildlands Project, um esforço para proteger corredores em grandes paisagens.

Uma razão pela qual o problema tem recebido atenção é que ele envolve também a segurança humana. Ocorrem de um a dois milhões de colisões entre veículos e animais selvagens por ano, o que custa às empresas de seguro mais de US$ 1 bilhão. Cerca de 200 pessoas morrem a cada ano nesses acidentes. A intransitabilidade crescente das estradas aparece à medida que ocorrem mudanças climáticas e a necessidade de se cruzar rodovias se torna ainda mais importante.

Siga os arbustos

Grupos de vegetação, projeta-se, irão migrar para o norte, o que significa que os ursos pardos terão de ser capazes de segui-los. "Um bom exemplo são os campos com arbustos onde encontramos frutinhas", disse Servheen. "Se o clima quente os elimina, os ursos terão de ir para outro lugar." O problema é que eles podem não ser capazes de segui-los. "Nós os prendemos" com a estrada, afirmou.

As rodovias têm impactos ecológicos que vão além da fragmentação do habitat. O asfalto quente e a chuva que lava o acostamento nutrem o crescimento de grama na beira da estrada. Além disso, o sal que é usado para derreter o gelo em estradas, junto com a grama, atrai veados e outros animais selvagens. Com veados sendo esmagados, eles por sua vez atraem predadores e animais que se alimentam de restos orgânicos, como a águia-americana, que então são atropelados por carros.

Mas o lado negativo de minimizar os impactos das rodovias, disse Trisha White, diretora da Campanha de Habitat e Rodovias para os Defensores da Vida Selvagem, é pensar que isso resolve todos os problemas. "O maior perigo é pensar que podemos construir novas estradas com passagens para os animais e tudo ficará bem", ela disse. "Existem tantos outros impactos. Nada é mais equivocado do que pensar dessa forma".

Ainda assim, as passagens realmente ajudam. Servheen instalou câmeras sensíveis ao calor e aos movimentos em duas passagens subterrâneas em estradas daqui, onde os ursos podem cruzar a I-90 por baixo, mas os dispositivos ainda não capturaram cenas dos ursos pardos usando essas passagens. No entanto, ele espera que de alguma forma os ursos se movam em direção ao sul.
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL805294-5603,00-CIENTISTAS+TENTAM+SALVAR+BICHOS+DE+HABITAT+FATIADO+CAUSADO+POR+ESTRADAS.html

Acusados por matança de golfinhos podem pagar R$ 415 mil

Embarcações foram flagradas em filmagem, em 2007.
MPF ajuizou ações civil e criminal contra donos de pesqueiros.
O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou duas ações – civil e criminal – para garantir a punição dos proprietários dos pesqueiros “Graça de Deus
IV” e “Damasco III”, flagrados no ano passado durante uma matança
indiscriminada de golfinhos no Amapá e no Pará.

Segundo a Procuradoria da República do Pará, no dia 11 de fevereiro de 2007, dezenas de golfinhos, chamados na região amazônica de botos, surgiram ensangüentados quando as redes de pesca foram puxadas para o barco “Graça de Deus IV”.

Ainda segundo a procuradoria, o barco “Damasco III” havia participado da matança, que aconteceu na costa do Amapá, registrada em vídeo por um cinegrafista contratado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Agora, os donos dos dois barcos envolvidos, ambos da cidade de Vigia (PA), podem ser condenados a pagar R$ 5 mil por cada animal morto, toalizando R$ 415 mil pelos 83 botos mortos. Para garantir o pagamento, o MPF pediu o sequestro dos três barcos envolvidos.

No processo criminal, Jonan Queiroz e Waldemar Chagas Mendonça podem ser condenados a penas que variam de um a três anos de prisão. João Dias da Silva também está entre os réus.

Segundo a Procuradoria da República do Pará, Mendonça comprou parte dos botos para usar a carne como isca na pesca de tubarão.

Ainda de acordo com a Procuradoria da República do Pará , os botos mortos são do mesmo tipo que foi recentemente considerado ameaçado pela União Internacional pela Conservação da Natureza, que atualiza anualmente a lista de animais em perigo de extinção.

Segundo a União, eles vivem nos rios da Amazônia e na costa brasileira, de Santa Catarina ao Amapá, mas correm risco justamente pela prática da pesca com redes muito grandes.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL803354-5598,00-ACUSADOS+POR+MATANCA+DE+GOLFINHOS+PODEM+PAGAR+R+MIL.html

Excesso de coelhos ameaça ilha onde Mandela ficou preso

Os animais são tão numerosos que estão causando danos à vegetação da ilha e aos prédios históricos, segundo as autoridades sul-africanas.
Cidade do Cabo - A prisão da Ilha de Robben, lugar na África do Sul onde o ex-presidente Nelson Mandela ficou preso, será fechada por duas semanas para o abate de coelhos que ameaçam o local.

Os coelhos são tão numerosos que estão causando danos à vegetação da ilha e aos prédios históricos, segundo as autoridades sul-africanas.

"A atual população (de coelhos) é tão grande que ameaça danificar de forma permanente a frágil vegetação da ilha, e também significa uma ameaça grave a outras espécies da fauna local", afirmou o diretor-executivo interino do Museu da Ilha de Robben, Seeland Naidoo.

Atualmente, a Ilha de Robben, considerada patrimônio mundial pela ONU e localizado na costa da Cidade do Cabo, é uma das atrações turísticas mais populares do país.

Abate 'humano'

Segundo o jornal sul-africano Cape Times, Naidoo acrescentou que não resta alternativa a não ser adotar um programa de abate "humano" junto com grupos locais que defendem o bem-estar animal.

Depois do abate, no início de novembro, será iniciado um programa de esterilização para manter uma população de coelhos pequena na ilha.

Mandela foi condenado à prisão em 1964 por militar contra o apartheid, passando 18 anos de seus 27 anos de prisão na Ilha de Robben.

Ele só foi libertado em 1990 e, quatro anos mais tarde, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul.

Mandela ganhou reconhecimento internacional por sua luta pela reconciliação entre brancos e negros de seu país. As informações são da BBC.

http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=7785028&canal=404

Passeata critica abate de animais

Fernando Amorim, Agência A TARDE


Carine Aprile Iervese, do A TARDE

Com faixas pedindo o fim do massacre de animais e cartazes com fotos chocantes de bois, porcos e galinhas mortos, a 1ª Caminhada Vegetariana da Bahia, que aconteceu neste domingo, 19, entre o Farol da Barra e Ondina, buscou mostrar à sociedade que o tema deve ser encarado com atenção. O protesto foi organizado pela Associação União Defensora dos Animais Bicho Feliz.
As reações das pessoas que passavam pelos vegetarianos foram variadas. Algumas simplesmente diziam: “Ah, tá. Parar de comer carne. Até parece!” Em atitude oposta, outras pessoas paravam para refletir sobre o hábito de comer carne de animais diariamente, o que resulta na matança de milhões de bichos por ano. “Eu como carne, mas meu filho de 9 anos não come, por opção. Ele nunca gostou, e eu não insisto. Já pensei em parar de comer carne, mas não consegui. Já parei para pensar sobre isso e sei que, se o mundo fosse vegetariano, seria muito melhor”, disse a professora Cláudia Santana, que passeava com o filho.

LUTA – Vegetariano há seis anos, o promotor de Justiça e Meio Ambiente de Salvador, Heron Santana Gordilho, parou para pensar no fato de deixar de comer carne quando as ONGs começaram a procurá-lo em seu gabinete, mostrando a luta contra o massacre de animais. “Acabei defendendo uma tese de doutorado sobre o assunto e concluí que, assim como os escravos, que tiveram a ajuda dos homens brancos para defendê-los na luta abolicionista, os animais precisam dos homens para fazer o mesmo. Nós somos a voz deles”, diz o promotor, também presidente do Instituto Abolicionista dos Animais.

Professor de pós-graduação da Ufba, o promotor escreveu a primeira tese de doutorado em defesa dos animais no Brasil. Em 2005, pediu habeas corpus para a chimpanzé Suíça, que estava no zoológico de Salvador. Longe de seu habitat, Suíça não tinha perspectiva de vida. O ato é até hoje referência mundial, pois Suíça foi reconhecida como sujeito de direito.

O geógrafo Jorge Conceição, 56 anos, está há cerca de 30 anos sem comer carne e garante que se sente muito mais saudável. “O objetivo desta caminhada é também mostrar que o vegetariano vive. Há um mito de que o vegetariano definha, não é verdade. Depois que parei de comer carne, sinto-me mais ágil. Hoje, jogo capoeira angola sem me cansar e já participei de três maratonas da São Silvestre, em São Paulo”, conta.

O geógrafo também revela que tomou a decisão de abolir a carne do seu cardápio depois que estudou os princípios vegetais e macrobióticos. O jovem Rogério Lemos, que também passeava pela calçada da Barra com a sua namorada, é daqueles que não dispensa um suculento corte de picanha. “Não dá para viver sem carne”, decreta ele. Já a dentista Rita Barreto disse ter fico sensibilizada com a caminhada. “Foi uma ótima iniciativa. Estou amadurecendo a idéia de aderir ao movimento”.

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=988530

Baleias jubarte dão show em Abrolhos (BA)

Gritos e muita emoção. Essas são as reações mais comuns entre os turistas que se aventuram entre os meses de junho e novembro em um passeio de duas horas e meia, em lancha rápida ou catamarã, que leva até Abrolhos, no sul da Bahia. Nessa época, as baleias jubarte deixam as águas geladas da Antártida e chegam na região do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, deixando os visitantes do arquipélago de queixo caído.
As baleias jubarte são dóceis e têm um tamanho que foge da escala normal dos animais que conhecemos. Elas habitam todos os oceanos e, no Brasil, escolhem as águas quentes da costa brasileira para se reproduzirem e darem à luz os filhotes. Ver esse gigante mamífero milenar a menos de cem metros do barco em um show aquático sincronizado com direito a saltos, esguichadas de água pelo dorso e brincadeiras é realmente inesquecível. Além de vê-las pular e mostrar a cauda, também é possível ouvir seu famoso canto, com a ajuda de um equipamento chamado hidrofone.

Com 90.000 hectares de área, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos é a principal área de reprodução dessa espécie no Atlântico Sul Ocidental, pois tem condições de temperatura e profundidade adequadas. Segundo dados do IBJ (Instituto Baleia Jubarte), ONG criada para a preservação da espécie, levantados em 2005, Abrolhos recebe cerca de 6.000 indivíduos por ano.
Ciclo de reprodução das baleias jubarte

As baleias se reproduzem na região, voltam para a Antártida e, no ano seguinte, retornam ao litoral brasileiro para terem seus filhotes. Elas se alimentam de pequenos peixes e do krill, uma espécie de camarão, na Antártida, e armazenam os nutrientes para consumirem durante os meses de reprodução. Uma jubarte adulta fêmea mede até 16 metros de comprimento e pesa até 40 toneladas. Segundo Eduardo Camargo, coordenador regional do IBJ em Caravelas, a Megaptera novaeangliae, nome científico da jubarte, vive cerca de 70 anos.

O período de gestação das jubarte é de 9 a 12 meses. Os filhotes nascem com cerca de 4m de comprimento e pesam duas toneladas. Eles consomem cem litros de leite por dia, que é lançado na água pela mãe, pois as baleias jubarte não têm glândula mamária externa, e acompanham a mãe até se tornarem adultos.

A população mundial de baleias jubarte já chegou a ter 150.000 indivíduos, mas hoje está estimada em quase 25.000 baleias. As jubarte estão na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção do Ibama. O turismo de observação de baleias é uma das formas encontradas para a preservação da espécie.

http://viagem.uol.com.br/ultnot/2008/10/20/ult4466u423.jhtm

Governo dos EUA declara baleia beluga ameaçada de extinção

O governo dos Estados Unidos colocou as baleias beluga do Golfo Cook, no Alasca, sob a proteção da Lei de Espécies Ameaçadas, concluindo que esforços empreendidos nos últimos dez anos não bastaram para salvar a espécie.

"A despeito das proteções já adotadas, as baleias beluga não estão se recuperando", disse James Balsiger, administrador-assistente em exercício da Administração Nacional de atmosfera e Oceano (NOAA).

A determinação da NOAA conflita com as alegações da governadora e candidata republicana à Vice-Presisdência dos EUA, Sarah Palin, que questionou as evidências científicas de que a população de baleias beluga na região de Anchorage continua a cair.

A governadora vinha se opondo fortemente à possibilidade de que a baleia fosse declarada ameaçada. Ela havia dito que uma contagem realizada em 2007 indicava que a população estava começando a se recuperar, o que levou a um adiamento da decisão da NOAA.

Mas outra revisão dos números, feita neste ano, não mostrou aumento na população e documentou um declínio continuado, concluíram os cientistas.

Este é o segundo choque da governadora com as autoridades ambientais do governo Bush. Ela pediu à Justiça que revertesse uma decisão do Departamento do Interior que havia declarado o urso polar protegido sob legislação federal.

A beluga do Golfo Cook é uma das cinco populações de baleias beluga nas águas do Alasca, mas trata-se da única considerada ameaçada.

A NOAA disse que a população em Cook caiu 50% de 1994 a 1998, e "ainda não começou a se recuperar", a despeito na restrição ao número da baleias que as populações nativas podem caçar para subsistência. (Fonte: Estadão Online)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41398

'Baby boom' de diabos-da-tasmânia traz esperança para a espécie

Os zoológicos da Austrália estão comemorando a histórica marca de 34 nascimentos de filhotes de diabo-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii), espécie do país ameaçada de extinção por causa de uma misteriosa epidemia de câncer facial.

Os bebês podem ser essenciais como reprodutores de cativeiro caso a doença, que já pode ter matado até 50% da população da espécie, avance ainda mais no habitat natural dos bichos. O marsupial carnívoro, famoso por sua ferocidade, é um dos membros mais conhecidos da fauna australiana. (Fonte: G1)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41402