sábado, 18 de outubro de 2008

Aquecimento global ameaça cangurus, diz estudo

Uma pesquisa feita na Austrália diz que o aumento na temperatura média em apenas dois graus poderá ter um efeito devastador para a população de cangurus, ícones da fauna do país.

Os pesquisadores da James Cook University se debruçaram por três anos em observações de campo e usaram modelos de cálculos em computadores, considerando as alterações de temperatura prováveis neste século, para prever o que acontecerá com quatro espécies de cangurus.

"Nosso estudo oferece evidências de que as alterações climáticas têm a capacidade de causar impactos de grande escala, bem como a possível extinção de uma espécie da família dos macropodidae (marsupiais, que incluem cangurus, wallabies e wallaroos) no norte da Austrália", afirmam os autores do estudo, Euan G. Ritchie e Elizabeth E. Bolitho.

Os maiores impactos do aquecimento global não atingirão os cangurus propriamente, mas seus habitats, colocando em risco a disponibilidade de água.

Habitat

De acordo com o estudo, um aumento de apenas 0,5º Celsius já será suficiente para diminuir a área onde vivem os cangurus. Se a temperatura média subir 2ºC poderá reduzir os campos em quase pela metade, 48%.

Em uma situação ainda mais dramática, um aumento de 6ºC será capaz de encolher as áreas em 96%. "Isso poderá resultar na fome e inibir a reprodução do animal, além de provocar a morte devido à desidratação das espécies que se movimentam menos entre os habitats", diz Ritchie.

Apesar dos cangurus terem mobilidade para deixar áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas, a vegetação da qual se alimentam, não se adapta na mesma velocidade.

O antilopine wallaroo, um tipo de canguru mais adaptado para viver em climas úmidos e tropicais, seria a espécie mais ameaçada de extinção, segundo o estudo.

Os pesquisadores alertam que os cangurus são valiosos tanto para a economia, como para o ecoturismo e o comércio de carne na Austrália, além "de serem uma importante fonte de alimento para os povos aborígenes".

De acordo com modelos climáticos aceitos no meio científico, a temperatura no norte da Austrália deve subir 0,4 a 2ºC até 2030 e, entre 2 e 6ºC até 2070.

O estudo sobre as conseqüências do aquecimento global será publicado na edição de dezembro da revista Physiological and Biochemical Zoology.

http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2008/10/17/aquecimento_global_ameaca_cangurus_diz_estudo-585987396.asp

Índios isolados no Acre correm risco de desaparecer, alerta indigenista

A tribo isolada nunca tive contato com o homem branco. (Foto: Gleylson Miranda/Funai)

RIO BRANCO - As últimas comunidades indígenas brasileiras que nunca tiveram contato com o homem branco correm risco de desaparecer. Elas vivem no Acre, na divisa com o Peru, e suas terras estão sendo invadidas por tribos peruanas também isoladas, que fogem da ação de madeireiros em seu país.

Segundo o sertanista José Carlos Meirelles, que há 20 anos monitora as três tribos brasileiras que vivem sem contato, a invasão dos territórios pode causar conflitos entre os povos. “O pau pode estar comendo dentro do mato e a gente não vai nem ficar sabendo”, afirma.
Meirelles, que vive na região e sobrevoa essas tribos pelo menos uma vez por ano, conta que os índios peruanos começaram a aparecer no território brasileiro há cerca de dois anos. Ele diz que é muito difícil de ver as pessoas durante os vôos, mas pelo número de malocas avistadas calcula que a tribo estrangeira tenha cerca de 80 indivíduos. “Quando o avião chega perto deles, eles desaparecem. Alguém de avião já deve ter dado tiro, soltado bomba”, avalia.

Como nunca tiveram contato com brancos ou mesmo índios de outras etnias, os povos isolados do Peru encaram todos que encontram como inimigos. “Eles chegam aqui, vêem os brancos e pensam que são os madeireiros, iguais aos de lá. Aí eles atacam a gente, com toda razão”, relata o sertanista, que já foi alvo de flechas dos indígenas.

Ameaçados

Além dos índios brasileiros isolados, outras tribos que vivem na região também correm perigo. Em entrevista ao Globo Amazônia, os líderes indígenas Moisés e Bekni Ashaninka, que também moram no Acre, relataram que temem conflitos com os isolados, já que eles os confundem com índios da mesma etnia que trabalham no desmatamento no Peru.

Segundo Meirelles, que trabalha para a Fundação Nacional do Índio (Funai), o governo brasileiro pouco pode fazer além de pressionar o Peru para fiscalizar a retirada ilegal de madeira em seu território. Ele diz que o lado brasileiro já está todo demarcado com terras indígenas, e não há ameaças deste lado. “Os índios estão vindo de lá para cá porque aqui está tranqüilo”, afirma.

Para o sertanista, a melhor forma de os brasileiros ajudarem a evitar o conflito entre as tribos é pararem de comprar mogno, desestimulando a atividade madeireira na região. Essa madeira é o principal produto retirado das florestas peruanas. No Brasil, o corte da espécie já é proibido.


Para assistir a vídeos com notícias e informações sobre a Amazônia, acesse gratuitamente www.portalamazonia.com/videosdaamazonia

http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=73879&idLingua=1

Rally Ecológico e SOS Pantanal fazem palestra sobre educação ambiental

A partir desta segunda-feira (20), as comunidades de Três Pedras e Nossa Senhora da Guia, na Região da Baixada Cuiabana, vão conhecer um pouco mais sobre educação ambiental.

A série de palestras que faz parte da programação oficial da 7ª Edição do Rally Ecológico, será comandada por três rofissionais da Organização Não Governamental "SOS Pantanal."

Parceira da LG Esportes e do Sportsmotor Clube de Automobilismo-promotores do evento, a ONG pretende retransmitir importantes informações aos moradores das regiões por onde o rally vai passar. "Vamos falar sobre a destinação do lixo. Explicar que a reutilização do material que seria jogado fora, pode contribuir com a própria comunidade e gerar renda", disse ao site Sportsmotor, a turismóloga Graciela Patrícia da Costa Borges.

Graciela já percorreu parte da trilha da prova que terá largada dia 15 de novembro, em Cuiabá, com destino à Região do Lago de Manso e comentou a experiência inédita. "Como eu, muitas pessoas adoram estarem contato com a natureza e não tem essa oportunidade. O rally ecológicovai proporcionar isso, unindo turismo, esporte e preservação do meio ambiente", completou.

As palestras ministradas pelas biólogas Ana Paula Pereira Leite e Marilu Olive, da SOS Pantanal, vão ensinar os moradores a reutilizar o lixo doméstico.

"O óleo de cozinha usado, já foi colhido e em vez de poluir o Rio Cuiabá, vai voltar para a comunidade em forma de sabão líquido e em barra, para uso da própria comunidade", disse Graciela.

Além disso haverá uma oficina ecológica. Através de trabalhos manuais, os moradores de Três Pedras e da Guia, vão aprender a confeccionar móveis, como sofás, mesas e outros utensílios domésticos, a partir de garrafas Pet, que antes eram jogadas no lixo e terminavam desembocando no Pantanal Mato-grossense.

Material Escolar - Entre os alunos já cadastrados para as palestras, Graciela conta que há uma senhora de 79 anos, e,que, como os demais espectadores, receberão kits de material escolar, doados pela Papelaria Dunorte, e, parceiros como a Bic, Credeal, entre outros.

A primeira palestra começa às 9 horas da próxima segunda-feira, no centro comunitário de Três Pedras. NO dia 27 será a vez do distrito da Guia ser beneficiado com as ações que antecedem o Rally Ecológico. O evento tem o apoio da Toyota, Petrobras, STP, Bridgestone, Firestone, Sena e Galeão Pneus, Sema, Sedtur Seel, Prefeitura de Cuiabá, Smades, Seminfe, MT Gás, Detran-MT, Mama Gaya e Penalux.

Em reunião com o secretário adjunto de meio ambiente da Capital, engenheiro Eduardo Figueiredo Abreu, a direção do Rally Ecológico definiu o local do plantio das mudas de árvores nativas, que será feito no dia 15de novembro, na largada da prova,em Cuiabá.

O local escolhido em comum, é a Avenida das Torres, onde 500 mudas de Ipê, Jatobá, Ingá, entre outras espécies nativas, oriundas do viveiro da Prefeitura de Cuiabá,são cultivadas.

"O projeto do Rally Ecológico é fantástico. Somos parceiros e vamos trabalhar para que o evento seja um sucesso", disse o secreetário adjunto Eduardo Figueiredo.

http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=270653

Você é contra ou a favor da caça regulamentada - Enquete feita pelo IBAMA - DÊ A SUA OPINIÃO !

O Supremo Tribunal Federal – STF está julgando uma ação sobre a legalidade da caça amadora no país e solicitou ao Ibama um parecer. O único estado que tem a atividade regulamentada é o Rio Grande do Sul, mas a caça está proibida de ser realizada desde 2005. Atualmente, os únicos tipos de caça permitidos são a de controle e a científica, mas somente podem ser realizadas após estudos sobre sua necessidade e com o dimensionamento dos respectivos impactos para as espécies.

De um lado, os defensores da caça amadorista alegam que as áreas utilizadas para a atividade são uma alternativa de uso sustentado à expansão agrícola e que o dinheiro arrecadado pelas associações são utilizados, também, como apoio na proteção a áreas de planos de manejo e de unidades de conservação.

Aqueles que são contrários à caça amadora alegam que a prática é cruel, que há suspeita de poluição ambiental, pois há emissão irregular de chumbo na biosfera, que faltam estudos e que a atividade não tem uma finalidade social relevante que a legitime.

Neste contexto, o Ibama quer saber a sua opinião sobre a caça amadora. Você é contra ou a favor a manutenção da atividade no Brasil?

DÊ A SUA OPINIÃO CLICANDO NO LINK ABAIXO:

http://www.ibama.gov.br/2008/10/enquete-voce-e-contra-ou-a-favor-a-caca-amadora/