sábado, 9 de agosto de 2008

Tapes adota carroças para a coleta de lixo

Na contramão da tendência, município opta por veículo que não polui e prescinde de gastos com gasolina

Enquanto a Capital se prepara para extinguir o trânsito de carroças em oito anos, um município gaúcho renova sua frota. A prefeitura de Tapes entregará hoje 15 desses veículos, adquiridos com verbas do governo federal, para uso na coleta de lixo da cidade.

O serviço, realizado atualmente por dois caminhões do município, será executado pelas carroças na segunda-feira por meio da recém-criada Cooperativa Mista dos Carroceiros e Recicladores (Coopercare). Comprados com recursos do programa Catando Renda, do Ministério do Trabalho, cada veículo, produzido em uma fábrica de Sobradinho, custou R$ 1.850 e deverá atender a uma região da cidade diariamente, pela manhã. Os carroceiros usarão seus próprios animais.

– Tem gente que acha que estamos regredindo, mas há países de primeiro mundo que usam isso – afirma o coordenador do sistema de coleta e triagem de lixo, Luiz Carlos Aguiar, referindo-se a pequenas cidades francesas que adotaram o sistema por questões ambientais.

Além de não ser poluente, a prefeitura defende que a novidade irá diminuir custos de gasolina e manutenção dos caminhões, melhorar a coleta e gerar renda aos trabalhadores. Para não sujar as ruas, eles deverão recolher os dejetos de seus animais e, futuramente, uma espécie de fraldão para os cavalos poderá ser adotado. Manifestações de organizações protetoras de animais ainda não chegaram à administração municipal, mas o prefeito Sylvio Tejada Xavier (PDT) diz estar preparado para as críticas e planeja a contratação de um veterinário para cuidar dos animais.

A iniciativa faz parte de mudanças no destino do lixo em Tapes, que deverá criar um aterro municipal. Conforme os idealizadores, o sistema funciona para um município de 18 mil habitantes, mas não para a Capital, onde a votação da lei para o fim de veículos de tração animal, em junho passado, gerou grande polêmica.

– Porto Alegre tem muitas carroças, e o trânsito é muito diferente do nosso. É outra realidade – opina Tejada.

Trabalhadores festejam chegada do veículo

Na vida de Flávio Luiz Ribeiro Ferreira, 40 anos, e de seus 14 colegas, a novidade traz outras mudanças. Acostumados a usar o veículo para extração de areia de arroios e sangas para a construção civil, eles comemoram a renda extra que deverá entrar com o recolhimento de lixo. Luvas, botinas, jalecos e outros equipamentos de segurança farão parte do uniforme.

– É melhor até para a preservação da saúde da gente, não precisamos mais trabalhar na água. E para os cavalos, também será mais leve. Eles passam o mesmo trabalho que a gente na extração de areia – conta Ferreira, que preside a cooperativa.

Os caminhões continuarão a realizar a coleta na principal via da cidade, a Avenida Assis Brasil, e para reforço em épocas de veraneio, quando a Lagoa dos Patos atrai visitantes para o município. A solenidade está programada para hoje, às 11h, em frente à prefeitura, com a presença de um representante do Ministério do Trabalho. Além dos veículos e de outros materiais para os carroceiros, haverá a entrega de equipamentos para cooperativas de costureiras e de pescadores.
http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2101212.xml&template=3898.dwt&edition=10430&section=1003

OS ABSURDOS NÃO PARAM

Cientista sugere comer canguru para reduzir emissões de gases-estufa


da BBC

Um cientista australiano pediu a consumidores e produtores de carne que substituam produtos bovinos e suínos por derivados do canguru para reduzir as emissões de gases que causam o efeito estufa.

O pesquisador George Wilson, da agência de proteção de vida selvagem da Austrália, sublinhou que o gás metano produzido durante a digestão de vacas, cordeiros e porcos é um potente agente da mudança climática quando lançado na atmosfera --até mais que os tradicionais vilões, monóxido ou dióxido de carbono.

Por outro lado, cangurus, que têm um sistema digestivo diferente, praticamente não produzem metano, disse o cientista.

Em um país onde bovinos e caprinos são responsáveis por 11% das emissões de carbono, e que já cria cerca de 30 milhões de cangurus em fazendas, mudar os hábitos alimentares para evitar os danos da "criação tradicional de animais" pode perfeitamente se tornar uma preocupação, ele argumentou.

"Cangurus são adaptados ao ambiente australiano. Se forem criados em quantidade suficiente, seria muito sensato fazer mais uso deles do que já fazemos hoje", disse.

"Deveríamos nos preocupar mais com o dano ambiental causado pela criação tradicional de animais, que é profundo no caso da Austrália."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u431614.shtml

Natureza responde às ações dos homens

O ambientalista Arthur Soffiati apresentou, na semana passada, uma avaliação qualitativa dos estudos recém divulgados pela equipe do laboratório de engenharia cartográfica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Segundo o pesquisador, a erosão de sete metros da costa marítima da praia de Atafona, no litoral de São João da Barra, e a movimentação de cerca de 34 mil metros3 de areia no trecho entre Atafona e Grussaí, fenômenos registrados entre 2006 e 2007, estão sendo ocasionadas pela perda da força e do volume de água da foz do rio Paraíba do Sul, afetado pela série de intervenções realizadas pelo homem ao longo de sua bacia, e não apenas pelo aquecimento global ou por mudanças climáticas bruscas que acabam provocando a elevação da maré e o avanço do mar.

De acordo com Soffiati, a construção de barragens, o desmatamento da mata nativa da margem do rio e a implantação de canais que acabam desviando o curso do rio são os principais causadores da diminuição do volume das águas do rio, que não é capaz de controlar o avanço das marés sobre a costa de Atafona.

O ambientalista explicou ainda que as intervenções do homem acabam impedindo que o rio carregue em seu curso areia que renova a faixa de areia no trecho de quebra-mar.

— O aquecimento global também é responsável pela erosão em Atafona, porém não nas proporções apresentadas pelo estudo da equipe da Uerj. Essa perda de sete metros da faixa do quebra-mar é ocasionada pela perda da força das águas do rio em bloquear a elevação das marés. As intervenções do homem são as grandes responsáveis por isso — afirmou o ambientalista.

Soffiati disse que estudos apresentados pela Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que 12 grandes rios em todo o mundo não possuem mais forças para manter a foz aberta nos períodos de seca: “Se as intervenções na bacia do Paraíba continuarem no mesmo ritmo, é provável que em cinco anos essa erosão dobre. O rio Paraíba do não possui mais força para combater o mar”, afirmou o ambientalista.

Diminuição de água na foz do Paraíba

A movimentação de 34 mil metros3 de areia na costa da praia de Atafona também foi explicada por Soffiati. Segundo ele, a formação das dunas está sendo provocada por dois fenômenos distintos: o choque entre duas correntes marítimas, de sentidos opostos, que se encontram no litoral de São João da Barra, e a diminuição da água na foz.

— Na ausência das águas do rio, o choque entre as duas correntes provoca a movimentação de areia que é jogada pelo mar na costa. O vento fica responsável pela formação das dunas que se transformam em uma barreira durante a elevação das marés — disse.

Soffiati explicou que a preservação das dunas, que chegou a causar uma ação no Ministério Público Federal, movida por habitantes da área contra a Prefeitura local, que utilizava máquinas para retirar areia, é embasada por ordem legal.

Estudos da Uerj foram iniciados no ano de 2004

Os estudos dos alunos da equipe do laboratório de engenharia cartográfica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foram iniciados em 2004, quando o professor Gilberto Pessanha começou a medir a erosão da costa da praia de Atafona através do Sistema de Posicionamento Global (GPS).

Com o mapeamento, o pesquisador pôde identificar que, de 2006 até o segundo semestre deste ano, 20 metros da costa de Atafona haviam sido tomados pelo mar durante os períodos de maré-alta e ressaca.

Ele informou ainda que no espaço de um ano — 2006-2007 — 34 mil metros3 de areia se movimentaram no local, formando dunas que chegam a atingir casas e bloquear parte da pista da avenida Atlântica.

— As nossas pesquisas foram realizadas com o apoio de outras instituições que nos deram suporte, com aparelhos de alta tecnologia, permitindo aos nossos alunos comprovarem a erosão da costa e a formação das dunas em Ata-fona — informou Gilberto.

O professor apontou ainda que a expectativa é de que os fenômenos tenham intensidades maiores durante os próximos anos.

— Esses fenômenos estão sendo provocados pelas atuais mudanças climáticas, ocasionadas pelo aquecimento global. Caso a situação continue nesse mesmo ritmo, a erosão da costa da praia de Atafona e a movimentação da areia vão ser ainda maiores nos próximos — afirmou o pesquisador da Uerj.

Fonte: Jornal Folha da Manhã / Arthur Soffiati.

http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2008/agosto/09/6.asp

Filhote de tamanduá é resgatado em Goiás


Animal foi entregue por trabalhadores rurais ao Corpo de Bombeiros de Goiânia.
Filhote foi encaminhado para Centro de Triagem de Animais Silvestres.

Do G1, em São Paulo

Um filhote de tamanduá foi resgatado por trabalhadores rurais no município de Bonfinópolis (GO), na sexta-feira (8). O animal, que tem cerca de duas semanas de vida, foi entregue ao Corpo de Bombeiros de Goiânia.
O filhote foi encaminhado para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS).
http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2378

Ibama apreende 38 passeriformes em Barreiras

Salvador (08/08/2008) - Operação conjunta realizada por agentes da Gerência Executiva do IBAMA em Barreiras e da 10ª DPRF/BA (Polícia Rodoviária Federal), no último dia 01, sexta-feira, resultou na apreensão de 38 aves silvestres, sendo quatro canários-da-terra, dois galos-de-campina, um galo-de-topete, seis Estevão, dois bicos de pimenta, dois sabiás, dois curiós, um azulão, dois caboclinhos, um coleira e 15 pintassilgos.

A apreensão dos animais ocorreu em uma residência situada no bairro Sandra Regina, na cidade de Barreiras, local em que a equipe chegou através de uma denúncia feita àquela Gerex. Como conseqüência, o infrator foi multado em R$19 mil e responderá por manutenção de animais silvestres em cativeiro conforme determina a lei nº 9.605/98.

Os pássaros estão sob observação no Núcleo de Fauna do Ibama em Barreira e serão posteriormente encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres - Cetas em Brasília/DF a 620 Km de Barreiras.

Segundo o Gerente Executivo do Ibama em Barreiras, Zenildo Soares, em menos de dois meses já foram apreendidos 302 pássaros na região Oeste da Bahia, sendo que 264 estavam sendo transportados para comércio irregular em grandes centros (Salvador e Brasília).

“As operações serão intensificadas ainda mais em parceria com a Polícia Rodoviária Federal-PRF que auxilia o Ibama na realização de blitz nas quatro BR´s que cortam a região”, garante Zenildo. As BR´s 020 (Brasília-Fortaleza), 135 (Minas Gerais-Piauí), 242 (Bahia-Tocantins) e 349 (Bahia- Sergipe).

Zenildo destacou ainda a importância da contribuição da população nesse processo ao ligar para a Linha Verde do Ibama (0800 61 8080) e registrar os ilícitos ambientais. “Com as denúncias em mãos podemos estar realizado as ações de fiscalização com maior eficiência, pois uma programação planejada com antecedência tem muito mais efeito” declarou o gerente executivo.

Carlos Humberto
Ascom/Ibama/BA
http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2369

Castrar cães e gatos agora é Lei na cidade de Dourados

A gíria “capar o gato”, utilizada quando alguém quer dizer que vai sair às pressas de um lugar, ganhou sentido literal hoje em Dourados. Acontece que o Diário Oficial do Município traz nas páginas 12 e 13, a lei n° 3.109 que institui na cidade a “Campanha de Controle Populacional de Cães e Gatos”, que deverá ser anual e sempre realizada no mês de abril de cada ano.

A lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Dourados institui a castração dos felinos e dos caninos de ambos os sexos à preços populares para famílias que comprovadamente apresentem baixa renda.

A campanha de castração deverá ser coordenada pelo Centro de Controle de Zoonozes – CCZ, em conjunto com os cursos de Medicina que estiverem instalados na cidade e com as clínicas veterinárias particulares, que deverão ser credenciadas pelo CCZ.

O artigo 3° estabelece que quem vai decidir o preço da cirurgia será o CCZ e as clínicas. Caberá também ao CCZ informar a população os locais onde as cirurgias serão feitas, seja por panfletos ou pelos meios de comunicação.

Os proprietários que estiverem interessados em esterilizar seus bichinhos de estimação, deverão se inscrever de 01 à 30 de março de cada ano, com comprovante de residência e carteira de vacinação do animal. Os animais terão consulta agendada com antecedência e até data para retorno.

Simultaneamente o CCZ poderá desenvolver campanhas ações educativas junto à população, orientando-a a aderir à campanha. “As despesas decorrentes do disposto nesta Lei correrão por conta da dotação orçamentária prevista na Lei Orçamentária anual, ficando o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares ou especiais”, esclarece o artigo 11 da lei, que entrou em vigor retroativa à 30 de junho.


http://www.fatimanews.com.br/canais/noticias/?id=72921