segunda-feira, 11 de agosto de 2008

USP tem especialização em animais de laboratório (esperamos que as vagas ñ sejam preenchidas)

A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP está com inscrições abertas até o dia 12 de agosto para o Curso de Especialização em Ciências de Animais de Laboratório. A duração será de 14 meses, com início no final de agosto.

O curso destina-se a graduados nas áreas de biomédicas e biológicas e surgiu da necessidade de profissionais com conhecimentos específicos sobre implantação, manutenção e gerenciamento de biotérios.

Serão disponibilizadas 20 vagas, a serem preenchidas mediante processo seletivo. As informações sobre inscrição estão disponíveis no site http://www.fmvz.usp.br. As mensalidades do curso são de R$ 150,00.

Mais informações: (11) 3091-1358, ou e-mail ccexfmvz@usp.br

Fonte: USP

http://www.universia.com.br/noticia/materia_dentrodocampus.jsp?not=44245

Polícia prende homem acusado de traficar animais

Várias gaiolas foram apreendidas na boca de fumo na qual ele foi preso

A polícia prendeu essa semana homem acusado de praticar máfia com pássaros silvestres. Várias gaiolas foram apreendidas na boca de fumo na qual ele foi preso. Dentre os cinco pássaros encontrados com o rapaz encontram-se espécies como a “pega”.

Segundo o acusado, os pássaros são de posse do irmão dele e eles criavam os animais por esporte. O homem, de nome desconhecido, foi encaminhado para a Central de Flagrantes e está sob investigação.
http://180graus.brasilportais.com.br/geral/policia-prende-homem-acusado-de-traficar-animais-35707.html

Candidato pede voto em carta a animais no PR

No texto, o candidato se apresenta como veterinário formado pela Universidade Federal do Paraná

O candidato a vereador em Curitiba (PR) pelo Partido Verde (PV) Paulo Mazza tem enviado cartas às residências da cidade, endereçadas diretamente aos animais, como estratégia para pedir votos. Segundo Mazza, a idéia surgiu depois de uma campanha semelhante surtir efeito enquanto o candidato trabalhava como veterinário. Ele disse que enviava cartas aos bichos na época do Natal e as pessoas elogiavam a iniciativa. A partir daí, Mazza decidiu usar a estratégia, segundo ele inédita, para conseguir votos.

No texto, o candidato se apresenta como veterinário formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diz que sua experiência profissional "garantiu o conhecimento de muitos problemas que atingem você (animal) e seus semelhantes".

No final da carta, Mazza diz que "está certo de que com sua ajuda (dos animais) fará muito para beneficiar você (animal) e seus semelhantes" e pede apoio "dos seus melhores amigos humanos".

A estratégia tem surtido efeito entre os eleitores, segundo Mazza. Ele disse que tem recebido ligações elogiando a idéia.

Esta é a segunda vez que Mazza tenta se candidatar. A primeira tentativa foi em 2004, mas ele não usou esse método na campanha. Segundo o candidato, a distribuição começou há cerca de 15 dias e já foram enviadas mais de cinco mil cartas. O objetivo é enviar mais de 100 mil até o final da campanha.

A legislação eleitoral permite que os candidatos enviem cartas aos eleitores. Apenas emails são proibidos.
http://www.tudoagora.com.br/noticia/5402/Candidato-pede-voto-em-carta-a-animais-no-PR.html

Na Espanha a interacção com leões marinhos faz parte de um tratamento pioneiro para portadores de Esclerose Múltipla.

Os tratamentos com animais não estão provados cientificamente mas os especialistas garantem que o contacto com eles melhora substancialmente a qualidade de vida dos doentes.

A Fundação Rio Safari, na localidade de Elche, no leste de Espanha, costuma fazer estas terapias experimentais com cavalos e cães, onde pacientes portadores de várias doenças, desde o autismo à paralisia cerebral, entram em contacto directo com o carinho destes animais. Agora, a fundação espanhola anunciou que vai testar um tratamento pioneiro baseado na interacção com leões marinhos. Esta nova terapia será testada em crianças com transtornos psiquiátricos e com autismo, assim como adultos portadores de esclerose múltipla.

Durante os meses de Julho e Setembro, a fundação Rio Safari vai realizar nas suas instalações a primeira edição do Tratamento Assistido com Otarídeos (o grupo das otárias e dos leões marinhos). O trabalho irá começar com actividades de mobilidade e relacionamento, para depois passar para brincadeiras com os dois leões marinhos, especialmente treinados para este tipo de interacção com os humanos, Aragón e Curro, ambos de 5 anos de idade.

Para que esta terapia fosse possível, foi preciso um ano de preparação, pesquisa e treino dos animais, para que o seu comportamento fosse alterado.

Os participantes do tratamento são crianças autistas e com paralesia cerebral que trabalham previamente com o grupo de pesquisa da Fundação Rio Safari, assim como adultos da Associação de Esclerose Múltipla de Alicante (ADEMA).

Só em Outubro é que os resultados deste tratamento experimental vão ser conhecidos, mas a fundação espanhola já fez saber que estão a receber mais propostas de outras associações para que este projecto continue no próximo ano.

Fonte:Boletim Esclerose Múltipla nº 80
http://www.pcd.pt/noticias/ver.php?id=6955

Ativistas protestam pelos direitos dos animais na China



http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2008/08/08/040268C8C18327.jhtm

Girafa ajuda camelos e zebras a fugirem de circo na Holanda (aconteceu em julho deste ano)

Coices da 'pescoçuda' abriram buraco em jaula onde estavam bichos.
Polícia levou o dia inteiro para conseguir capturar fugitivos.
É a revolução dos bichos! A polícia de Amsterdã sofreu nesta segunda-feira (30) para recuperar um grupo de animais que fugiu do circo com a ajuda de uma girafa. A 'pescoçuda' abriu, a coices, um buraco na parede da jaula, libertando 15 camelos, duas zebras e um número indeterminado de lhamas e suínos.

Arnout Aben, porta-voz da polícia de Amsterdã, afirma que os animais escaparam por volta das 5h30. Em bando, eles caminharam pelas ruas do bairro vizinho ao circo. Com a ajuda de funcionários do circo e cães, os policiais conseguiram capturar os fugitivos apenas no início da noite.

De acordo com Aben, alguns moradores chegaram a ter contato com os animais, que foram até alimentados durante o período de 'liberdade'. "Felizmente os animais eram domados, e ninguém ficou ferido", disse o porta-voz.

"Você já imaginou acordar cedo e, ainda meio sonolento, olhar pela janela e pensar: 'estou delirando ou aquilo ali são 15 camelos passeando no meu jardim?'", brincou Aben.
http://g1.globo.com/Noticias/PlanetaBizarro/0,,MUL631795-6091,00-GIRAFA+AJUDA+CAMELOS+E+ZEBRAS+A+FUGIREM+DE+CIRCO+NA+HOLANDA.html

Cidade de São Paulo inicia vacinação gratuita contra raiva

colaboração para a Folha Online

Começou hoje e vai até dia 24 de agosto a vacinação gratuita contra a raiva para cães e gatos na cidade de São Paulo. Nesse período, a prefeitura espera imunizar cerca de 1 milhão de animais.

A vacinação pode ser feita em quase 2.000 postos fixos e volantes espalhados pelo município. O atendimento é das 9h às 17h.

Para serem imunizados os animais devem ter no mínimo três meses de vida, não podem apresentar sinais da doença ou estarem se recuperando de cirurgias. Até mesmo fêmeas no período de gestação devem ser vacinadas.

Para vacinar os animais não é preciso apresentar documentos do proprietário ou do animal.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u432123.shtml

Mais um pobre que vai viver ao bel prazer do ser humano

Casal de chimpanzés ganha filhote no Beto Carrero World


a Folha Online

Lucas, 14, e Kelly, 10, agora formam uma família completa. O casal de chimpanzés ganhou ontem (10) seu primeiro filhote no Beto Carrero World.

O pequeno primata nasceu nas primeiras horas do domingo com aproximadamente 800 gramas e ainda não tem nome.

A gestação durou oito meses e meio.

A mãe está isolada com o recém-nascido na maternidade do complexo de entretenimento, localizado no balneário de Penha, litoral norte de Santa Catarina.

Eles precisam ficar em um ambiente tranqüilo.

Kátia Cassaro, bióloga do parque, afirma que os dois estão bem. "Precisamos monitorar se o pequeno chimpanzé mamará normalmente e como a fêmea se comportará nas próximas horas", disse a especialista por meio da assessoria de imprensa do complexo.

O Centro de Primatologia do parque tem outras três fêmeas e dois machos, que convivem há cerca de dez anos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u432103.shtml

Mulher entra na Justiça para poder massagear cavalos nos EUA

da Folha Online

A norte-americana Mercedes Clemens já tem muita experiência com massagem em pessoas. Mas não pode exercer a atividade que mais gosta em cavalos. Isso porque o Estado de Maryland a proibiu de desenvolver a terapia corporal com animais.

A massagista entrou na Justiça para poder exercer a atividade depois de fechar as portas no subúrbio de Washington, informa a agência de notícias Associated Press. Na capital norte-americana, ela foi alertada oficialmente de que apenas veterinários podem realizar a terapia nos animais.

Mercedes move processo contra dois órgãos governamentais, alegando que está sendo ilegalmente proibida de exercer sua profissão.

O caso vem sendo acompanhado de perto pela verdadeira indústria que se tornou o setor de tratamentos veterinários alternativos, um mercado que vem crescendo nos últimos anos.

Nos Estados Unidos, a legislação muda de acordo com o Estado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u432088.shtml

Dentista abandona consultório em prol de cavalos vítimas de maus-tratos

FLÁVIA GIANINI
da Revista da Folha

Aos 47 anos, a dentista Cynthia Fonseca cursa o segundo período de veterinária. Durante a faculdade de odontologia, sua vocação ficava patente em atitudes como a de tentar salvar as cobaias. "Eu e alguns amigos roubávamos os bichinhos", conta ela. "Um dos professores falava que, se eu quisesse salvar os animais, que fosse estudar veterinária!"

O conselho foi seguido neste ano, para alegria do marido, sócio e também dentista Décio Ciasca, 52. Ele já estava cansado das encrencas em que a mulher se metia para tirar os cavalos das ruas e encaminhá-los para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Incomodado com esses arroubos heróicos, ele havia dado um ultimato quando a mulher entrou abruptamente no consultório toda suja, fedorenta e atrasada. Ou ela cuidava dos animais, ou dos pacientes.

Depois de 23 anos de profissão completados em 2005, ela escolheu os cavalos. "Ninguém cuida desses animais." Conhecida como "a mulher dos cavalos", a dentista fez fama em bairros afastados do centro ao recolher éguas, mulas, jumentos e cavalos. A tarefa, claro, deixa furiosos os donos que desrespeitam a lei municipal que proíbe a circulação de animais de grande porte na capital desde 2006.

A história de Cynthia como defensora de eqüídeos começou em 2002, quando uma amiga de sua mãe morreu. Era ela quem identificava os cavalos nas ruas e comunicava ao CCZ. "Fiquei pensando como iam ficar os animais", lembra Seguindo o outro lado da tradição familiar (a mãe é bióloga e presidente do Fórum Nacional de Defesa e Proteção Animal), a dentista passou a coordenar o projeto Anjo dos Cavalos, com apoio da ONG Quintal de São Francisco.

Em seis anos à frente do projeto, Cynthia contabiliza cerca de 3.500 cavalos recolhidos, tratados e encaminhados a sítios e fazendas dispostos a recebê-los. "É cada situação absurda", diz ela, sobre os abusos: patas em carne viva por falta de ferraduras adequadas, cascos apodrecidos, orelhas quebradas e animais cegos por chicotadas.

Fome e maus-tratos

Já houve casos de donos que furaram os olhos do cavalo quando o bicho se recusava a trabalhar. "Eles querem que o cavalo puxe carroça o dia inteiro e, à noite, alugam o animal para outro carroceiro, como se fosse máquina, sem necessidade de descanso", explica Cynthia. A dentista credita a maioria dos maus-tratos à falta de informação. "O chicote usado para fazer o cavalo andar atinge o olho e acaba cegando o animal."

Boa parte das debilidades apresentadas pelos animais é decorrente de fome. A maioria vive do pouco capim que encontra, revira lixos em busca de comida e não chega perto do peso de um animal sadio (500 kg). "Cada cavalo deveria comer cerca de cinco quilos de ração e, pelo menos, meio fardo de feno por dia", calcula a ex-dentista.

Cynthia parou de contar quantas vezes foi ameaçada. Os donos podem ter o animal de volta se procurarem o Centro de Controle de Zoonoses em até cinco dias úteis, mas só o levam depois de pagarem a multa, as taxas referentes ao exame de anemia infecciosa e o chip instalado para identificação.

Em razão do custo total de cerca de R$ 1.500, apenas 0,6% dos cavalos são resgatados pelos ex-donos. "Não cobre o valor de mercado do animal, que é de cerca de R$ 200", compara Cynthia. Após cinco dias, o cavalo é entregue aos cuidados do projeto. Nessa hora, começa a luta da coordenadora para encontrar donos de sítios, chácaras e fazendas fora de São Paulo para abrigar os animais.

O processo para salvar um cavalo começa com uma denúncia anônima, geralmente ao CCZ. O centro, então, manda um caminhão para capturar o eqüino abandonado ou circulando em vias públicas.

O casal de biólogos Fátima, 37, e Oswaldo Campos, 49, soube do projeto pela internet. Eles decidiram adotar dois animais, mas ficaram sensibilizados ao ver de perto a situação dos cavalos. Hoje são fiéis depositários de quatro, que vivem no sítio deles, em Ibiúna (60 km de São Paulo).

A atitude do casal sensibilizou a coordenadora, acostumada a voluntários que procuram belos exemplares de quatro patas. "Os animais mais maltratados são os que mais precisam de ajuda", diz ela. O biólogo só critica a burocracia: "O documento de liberação demora a ficar pronto e não havia transporte para os animais", conta ele.

Cynthia explica que paga os caminhões com dinheiro de doações, mas admite que o processo tem falhas. "Tentamos escolher boas famílias e agilizar o processo", diz. "Às vezes, nem durmo pensando se os cavalos vão ficar bem."

Acordada, ela protagonizou cenas heróicas. Como parar o carro na marginal Tietê para socorrer uma égua em trabalho de parto enquanto puxava a carroça. Uma madrinha e tanto para Maria Eduarda que hoje vive junto da mãe em um sítio em Ibiúna.

Passo-a-passo

1. O CCZ recebe denúncias pelos telefones: 0/xx/11 6224-5540 ou 5567 e pelo número 156

2. O animal recolhido é levado à sede do centro por cinco dias, quando faz exame de anemia infecciosa. Se der positivo, é sacrificado. Se der negativo, é entregue a uma ONG, que irá busca um novo abrigo para o bicho

3. O novo "dono" assina um termo de compromisso, no qual reconhece que não tem a posse do cavalo e, portanto, não pode vendê-lo ou trocá-lo. Deve aceitar receber visitas supervisionadas

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u432031.shtml

E dá-lhe absurdo - Candidato de Rondônia é acusado de trocar votos por pintinhos‏

Pintinhos (1) - Uma suposta troca de pintinhos por votos levou ontem o candidato a vereador Sandro Gonzaga, de Porto Velho (RO), à prisão. A Polícia Federal informou ter surpreendido a cabo eleitoral de Gonzaga Maria Cristina de Freitas entregando os filhotes no bairro Ulisses Guimarães, na zona leste da capital rondoniense. Havia 4 mil aves. O caso começou a ser investigado no dia 22, quando o TRE recebeu uma denúncia anônima. No mesmo dia, agentes da PF gravaram uma reunião em que Gonzaga prometia dar os animais, nesta semana, a eleitores carentes.

Pintinhos (2) - Ontem, os policiais misturaram-se entre os populares e, após o início da distribuição, prenderam Maria Cristina. O candidato a vereador de Porto Velho não acompanhava a ação, mas foi detido quando chegava em casa. Eles foram indiciados por compra de votos, cuja pena pode chegar a quatro anos de prisão. Gonzaga foi encaminhado ao Presídio Urso Branco e Maria Cristina, à Casa do Albergado. As aves foram doadas à Associação Pestalozzi.

http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?idnoticia=12174

O homem da carrocinha

Recebi este texto por email e penso que vale a pena postá-lo aqui no blog:

O homem da carrocinha.. .
POR NATHALIA ZIEMKIEWICZ


...não é do mal. Acompanhamos a rotina de Marcos, laçador do centro de zoonoses de São Paulo. Casado, três filhas, morador de Pirituba, adotou oito cães nos últimos sete anos.


O agente Marcos Barreto com um cão que capturou
Ele tem um sorriso vira-lata. Desses malandros, que cativam menos por serem perfeitinhos e mais pela simpatia. Católico, Marcos Roberto Barreiro carrega na carteira a imagem de Nossa Senhora Aparecida e um terço. De segunda a sexta-feira, o funcionário público se despede da mulher e das três filhas (de 12, 16 e 19 anos) e leva uma hora e meia no trajeto Pirituba–Santana de ônibus. Minutos antes das 8h, atravessa o portão do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Paulo. Sempre com o pé direito. E se benze – só para garantir "que o dia transcorrerá normalmente"

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O receio é justificável: há sete anos, Marcão veste calça, colete e boné azuis para trabalhar, uniforme que o identifica como oficial de controle animal. O título e o conceito do cargo mudaram para melhorar a imagem da atividade. Em outros tempos, ele seria apenas um laçador de cães. Aquele mesmo: o homem da carrocinha – ou a ponta do sistema que "eutanasiou" quase 14 mil cães em 2007.

Em São Paulo, a má fama teve origem em 1973, quando o CCZ foi criado para controlar uma epidemia de raiva que tomou conta da cidade. Como a doença era transmitida aos humanos pelos cães, uma das medidas para conter o avanço do problema consistia em recolher o maior número possível desses bichos das ruas, além de expandir campanhas de vacinação. A forma violenta como se dava a captura e o sacrifício em massa só aumentou o sentimento de repulsa à profissão.


Focinhos, patas e olhares disputam atenção atrás das grades dos canis no Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo
"Na época, os cães representavam um risco em potencial. Os funcionários tinham uma cota para trazer na carrocinha, então pegavam tudo o que viam na rua. Laçar um animal não é uma cena bonita. Isso contribuiu para que a população nos detestasse", diz Marcão. "'Assassino' é o que ouço de mais leve." Os protetores de animais mais radicais partilham do xingamento: argumentam que a incompetência e a insensibilidade da equipe do CCZ são responsáveis pelo "massacre". O departamento alega que está apenas removendo o que a própria sociedade descartou. "Faço um serviço que não deveria existir. Só existe porque as pessoas abandonam os animais nas ruas", afirma o oficial.

O preconceito contra o "trabalho sujo" esconde uma contradição: os mesmos que recolhem os animais e, por vezes, os executam, tiram do perigo os rejeitados e perdidos, tratam suas doenças, os alimentam e lhes dão a atenção. Contradição que, no caso de Marcão, representa um fardo difícil de suportar.

Ele adotou sete cães, que gastam em ração e medicamentos cerca de 300 dos 890 reais que ele recebe pela prefeitura. "Ainda que só dê para cuidar na base do fubá com pescoço de frango, dá-se um jeito", diz. Para Marcão, como pai de família e provedor do canil particular, o jeito foi arrumar bicos aos fins de semana. Como eletricista, pintor, pedreiro, encanador e mecânico de máquina de lavar, ele dobra a renda mensal. Folga só dois dias a cada quatro meses, quando gosta de ir ao cinema ou assistir a um DVD.

A lista e a história dos sortudos que vivem sob seu teto disputam em dramaticidade: o rottweiler Tob foi pego doente em uma praça, a vira-lata Nina foi deixada por um amigo que se mudou para o Japão e a mestiça de poodle com schnauzer Princesa foi apreendida por maus-tratos. Ainda tem a vira-lata Lindinha, resgatada na pista do aeroporto de Cumbica, o pinscher Bob, renegado pela dona por sofrer de epilepsia, a vira-lata Bolinha, que seria sacrificada por não conseguir comer sozinha, e o "mestiço de pinscher-com- não-sei-o- quê" Spit, atropelado. O pinscher Tico, o primeiro a ser adotado, com cinomose, morreu um mês atrás.
Os dramas não são menores que os encontrados no órgão da Secretaria de Saúde do município. Para lá vão os marginalizados de uma sociedade que, segundo a veterinária sanitarista Vânia Plaza Nunes, especialista em bem-estar animal pela Universidade de Cambridge, está diante de um enorme "mercado pet". "A indústria fomenta a idéia de que os animais de estimação são maravilhosos, sem dizer que há a necessidade de cuidado. Eles não são um objeto descartável, são seres vivos e sentem", afirma.

Estima-se que a população de cães no Estado de São Paulo seja de 12 milhões. Também segundo estudo do Instituto Pasteur (entidade da Secretaria da Saúde do Governo do Estado de São Paulo dedicada à pesquisa científica sobre a raiva animal), em 2001 existia aproximadamente um cão para cada quatro habitantes. Vânia diz que falta uma política de controle animal. "Os CCZs são horríveis, as entidades de proteção são ineficientes e os bichos continuam soltos por aí", afirma.

Até 17 de abril deste ano, os animais que dessem entrada no CCZ tinham três dias para ser resgatados por possíveis donos. Caso isso não acontecesse, eles passavam por uma avaliação física e comportamental e eram encaminhados para a eutanásia ou a adoção. Quanto maior o porte, a idade, a agressividade e as doenças, menores as chances de sair do canil com uma coleira. Dos 2.244 que entraram lá nos três primeiros meses de 2008, pelo menos 1.800, ou 80% do total, receberam a injeção letal.

Ao sancionar o projeto de lei de autoria do deputado Feliciano Filho (PV), o governador José Serra decretou no Estado a proibição da eutanásia em cães e gatos saudáveis e o adiamento para 90 dias caso os animais tenham feito vítima. A eliminação imediata fica restrita aos animais que apresentarem doenças infecto-contagiosas incuráveis.
Passa do meio-dia, mas o sol não alcança a recepção do CCZ, cinza como o pátio e a fachada. Lá, nunca faz silêncio. As pessoas que entram pouco falam. O barulho vem dos cachorros. Uivam, choram e latem. Um cartaz na parede estampa uma das frases ouvidas por ali: "Meu animal foi capturado". Abaixo: "A responsabilidade é sua. Animais não conhecem leis; proprietários, sim".

Marcão com cinco cães que adotou: xodós da família
Marcão já se acostumou com a movimentação do número 86 da Rua Santa Eulália. Carrocinha que sai para buscar agressores, que volta com a história de que o próprio dono simulou uma invasão do cão para livrar-se dele. Gente carregando bicho atropelado, queimado e doente para o sacrifício. Alguns na expectativa para resgatar um cão que a carrocinha levou. Outros, ansiosos por adotar um cão que lhes faça companhia.

O motorista de caminhão Luiz Carlos Perpétua pede à funcionária da recepção um crachá de visitante. Diz que é do interior, tinha um boxer que morreu de velhice no mês anterior e quer encontrar um cão dócil e menor. "Parece que está faltando alguma coisa lá em casa. Sinto saudade até desse cheiro", diz. É encaminhado ao canil de adoção. Curioso, Luiz espia entre as grades e deixa os animais em polvorosa.

Eles enfiam desesperadamente o focinho entre as barras de ferro, batem contra o cadeado, balançam o rabo, esticam patas e língua na tentativa de alcançar quem lhes dê atenção. Outros, conformados ou cansados, aproveitam a deixa dos colegas para se recostar em algum feixe de luz, disputadíssimo.

É que, ao contrário dos presos, eles não têm direito a banho de sol. Nem a visita de parentes. Nem a liberdade assistida. Os canis não possuem iluminação – o que os deixa especialmente sombrios, frios e com forte odor de urina e fezes. Dentro do espaço de cerca de 1 metro quadrado, apenas uma vasilha de água fixa na parede e um pote comunitário de ração. Ao perceber o interesse de Luiz no setor de filhotes, Arquimedes Galano, veterinário responsável pelo Controle de Animais Domésticos do CCZ, aproxima-se.

– Você quer um animal pra quê?
– Pra ficar em casa, de colo.
– Então esses daqui não servem. Eles vão crescer e ter um porte de 15 quilos.
– Moro em casa, mas o espaço não é tão grande.
– Tudo bem. É importante a gente saber exatamente o que você está procurando. Volte no sábado que teremos mais opções.

Luiz agradece e promete voltar. Arquimedes afirma que é fundamental encontrar compatibilidade entre o possível dono e o animal para evitar um futuro abandono. Abandono que, várias vezes durante o dia, gera ligações ao número 156. Seja para tentar desfazer-se do próprio animal, denunciar uma agressão, avisar sobre um atropelamento ou um errante incômodo, os pedidos carregam um sistema no computador. Há cinco anos, a recepcionista Roberta Guimarães filtra, confirma e distribui os chamados entre os oficiais de controle animal.



Denílson: ajuda psicológica por sofrer pelos animais que põe na carrocinha
Desta vez, escala Denílson de Andrade e Nilson Novaes para atender a dois avisos de cachorros soltos em via pública na região da Zona Norte. No furgão quadrado e branco, chegam ao primeiro endereço e desconfiam de um cão de porte médio e pêlos amarelados, que descansa sob um ponto de ônibus lotado. Mas passam direto por ele. A descrição é de um "animal pequeno, branco, doente e um pouco arisco". A médica veterinária responsável pela remoção de animais, Sônia Cerri, quer investigar melhor: abaixa-se na frente do cão, que coloca a cabeça entre as pernas dela, pedindo carinho. Ao perceber a presença de Nílson e Denílson, que a essa altura já haviam vistoriado a rua inteira, o cão se assusta, atravessa a rua e por pouco não é atropelado. Some no quarteirão – e os agentes saem do chamado sem a captura.

A veterinária conta que o bicho fugiu em razão da movimentação atípica e de seu jaleco. "Eles têm olfato muito aguçado. Deve ter sentido o cheiro de algum outro cão assustado que encostou em mim no CCZ. Retornamos mais tarde ou amanhã, disfarçados", diz Sônia. Denílson acredita que o fracasso foi culpa da precipitação e diz que, para ganhar a confiança do animal, é preciso fazer parte do ambiente. Há cinco anos no emprego, o oficial já recebeu até acompanhamento psicológico por se culpar cada vez que "traía" um animal e o trazia para a "armadilha".

A carrocinha volta vazia ao CCZ. Hoje, essa cena é bem mais comum do que se imagina. "A maioria dos chamados é improcedente. E, como o atendimento não é imediato, em muitos casos, quando chegamos, o animal não está mais. Não é que as pessoas sejam mentirosas", afirma Denílson. "Antigamente, colocavam tanto animal aí dentro que o eixo da roda ficava até arriado", completa Nílson, num momento de distração da veterinária, que percebe a tempo de emendar um "isso é passado".

O que também ficou para trás, após a lei, foram as saídas diárias de captura. Não há mais infra-estrutura. Marcos Antonio Vigilato, gerente do CCZ, nega que o fim da eutanásia tenha superlotado os canis. Mas admite que agora saem da sede apenas as viaturas destinadas a emergências e casos graves. "Temos capacidade para 400 cães e trabalhamos com margem de segurança. Não posso promover maus-tratos e condições indesejáveis para os animais ficarem. Estamos realizando feiras de adoção em parceria com ONGs para aliviar o espaço e atender a população", diz Vigilato.
Apesar dos esforços, duas ou três vagas são abertas por semana nos canis de adoção, onde predomina o vira-lata entre 1 e 3 anos, de porte médio. Funcionário do setor há 20 anos, Dionísio afirma que antes da lei eram adotados cerca de três por dia, porque as pessoas se sensibilizavam mais. Temiam que os animais fossem eutanasiados. "Agora, acontece o contrário. Querem deixar os animais como se aqui fosse um abrigo", diz.

O telefone toca na recepção. Alguém do bairro da Freguesia do Ó, Zona Norte, pede ajuda: dois pit bulls mataram outros cachorros, atacaram uma criança e recebiam pauladas da população. Roberta passa o chamado à frente dos demais e avisa Marcão, que convoca Denílson e o motorista. Quinze minutos depois, não há uma só pessoa da rua de barro que não torça o pescoço e atrase alguns minutos para ver a carrocinha passar. Nem mesmo os vira-latas, metidos até as orelhas em sacos de lixo, mastigando sabe-se lá o quê. Crianças começam a se aglomerar e a correr ao lado da viatura, indicando o local do acidente. "Lá embaixo", gritam.

Na beira do córrego imundo, bem ao lado de casas de madeira, o casal de agressores foi amarrado. A dupla de agentes observa de longe a reação dos animais. O domínio não demora dez minutos nem requer cambão (instrumento de aço que prende o bicho pelo pescoço e o mantém a distância): eles transformam a corda em coleira e os levam para a viatura. A fêmea, cor de mel, era um esqueleto ambulante com fratura craniana, tetas pesadas e um cansaço profundo. O macho, preto, ainda bufava e jogava o corpo sobre os curiosos, mas era impedido por Marcão.

Com a situação sob controle, os oficiais saem em busca de mais informações. "Eles sempre vão dizer que não provocaram a agressão", diz Denílson. O filho de uma moradora, de 11 anos, levou uma mordida da fêmea no peito e foi levado ao hospital. Com uma camiseta rasgada na mão, a mãe da vítima é logo identificada. "O pessoal não quis esses bichos e abandonou aqui na favela. Não é a primeira vez que eles mordem alguém. Eles grudaram no meu filho e só soltaram porque o pessoal deu paulada neles", diz. Marcão não se contém:

– O que o seu filho estava fazendo quando foi atingido?
– Ele foi pegar a cria. Disse que cada filhote valia 50 reais. Deixou todos comigo.
– Mas e se a senhora não conseguir vender? Não vai ter como cuidar deles, eles vão crescer e vai acontecer a mesma coisa.
– Ah, eu jogo no rio.
– Então é melhor a senhora me dar que eu levo e a gente tenta a adoção deles lá.
A moradora se convence e traz uma caixa de papelão. Dentro, cinco filhotes com 30 dias. "Sabia. É natural a mãe reagir, é instinto proteger a cria", diz Marcão. Alguns moradores interrompem a caminhada rumo à carrocinha; trazem vira-latas e perguntam se "não cabe mais um". Os agentes explicam que o CCZ está lotado. Pelo menos 50 pessoas acompanham a caixa ser colocada no compartimento da fêmea e uma criança, chorando, pede que não matem os animais. "Fica sossegado. Não tem mais disso, não", diz Denílson.

Os animais tinham três dias para ser encaminhados para a eutanásia ou a adoção. Depois da lei, a espera é indeterminada
Fêmea, macho e filhotes são destinados ao departamento de agressores/invasore s, lotado com 180 animais de porte grande. A mãe terá direito de amamentar a prole no canil 19. Com um sistema imunológico resistente, os cinco poderão ser levados para adoção. O casal não deve ter a mesma sorte. Como dificilmente alguém os levará para um lar, ficarão 90 dias no corredor da morte – isso se resistirem ao sofrimento causado pelo confinamento. O macho é obrigado a uma tortura ainda maior: à frente de seu canil fica a sala onde se realiza a eutanásia e o freezer que congela as carcaças, consideradas dejeto hospitalar. O departamento de Limpeza Urbana da cidade (Limpurb) as recolhe e destina para a incineração. Eles não viram sabão, como o imaginário popular especula.

É bem possível que Marcão participe dos últimos momentos desses cães. Muitas vezes, ele é chamado para segurar o animal enquanto assiste à aplicação da injeção letal. Apesar da experiência rotineira, nunca se acostumou. Já brigou muito porque não aceitava nenhum tipo de eutanásia; agora acredita que, em alguns casos, é necessário. "Quando me identifico com o animal, choro que nem criança e não consigo dormir. Prefiro que seja eu a segurá-lo. Pelo menos sei que vou acalmá-lo e ele vai receber um carinho", afirma. Marcão sai do trabalho às 17h, a caminho de Pirituba. Só em casa, quando estiver perto da família, vai aliviar o peso do trabalho. E a compensação do dia duro vai começar já quando abrir o portão. É quando é recebido com festa pelos cães que conseguiu salvar.


Agora já é possível testar várias doenças em células humanas deixando os animais em paz.

Cientistas replicam doenças em laboratório usando linhagens de células-tronco

Jennifer Michalowski

Doenças genéticas

Um conjunto de novas linhagens de células-tronco permitirá que os pesquisadores explorem dez diferentes doenças genéticas - incluindo distrofia muscular, diabetes juvenil e Mal de Parkinson - em uma grande variedade de tipos de células e tecidos. Essas novas linhagens podem ser desenvolvidas em culturas de laboratório.

Os pesquisadores liderados pelo Dr. George Q. Daley, do Howard Hughes Medical Institute (Estados Unidos) converteram as células de indivíduos portadores das doenças em células-tronco com os mesmos erros genéticos.

Células-tronco criadas artificialmente

Essas novas células-tronco criadas artificialmente irão permitir que os pesquisadores reproduzam a formação dos tecidos humanos em laboratório como ela ocorre em indivíduos com qualquer uma das dez doenças, um avanço gigantesco sobre a tecnologia atual, baseada principalmente em estudos em animais.

Como todas as células-tronco, essas células-tronco específicas de cada doença crescem indefinidamente, e os cientistas poderão fazer com que elas se transformem em uma grande variedade de tipos de células.

Transferindo a doença do paciente para um tubo de ensaio

Cientistas replicam doenças em laboratório usando linhagens de células-tronco

"Há muito tempo os pesquisadores tentavam encontrar uma forma de transferir a doença para um tubo de ensaio, para desenvolver células que pudessem ser cultivadas em vários tipos de tecidos relevantes para doenças do sangue, do cérebro e do coração, por exemplo," diz Daley.

"Agora nós temos uma forma de fazer exatamente isso - derivar células pluripotentes de pacientes com as doenças, o que significa que as células poderão formar qualquer tecido e crescer para sempre. Isto nos permitirá modelar milhares de condições utilizando técnicas clássicas de cultura celular," completa ele.

Células coletadas diretamente de pacientes afetadas pelas doenças tipicamente têm um tempo de vida muito limitado quando cultivadas em ambiente de laboratório, restringindo o tipo de estudo nos quais elas podem ser usadas.

Substituição dos testes em animais de laboratório

Daley afirma que, em muitos casos, as novas culturas de células-tronco irão replicar as doenças humanas de forma mais confiável do que os animais de laboratório. Apesar das vastas similaridades genéticas entre o homem e os camundongos, as diferenças fisiológicas invariavelmente afetam o curso da doença em um camundongo.

Em alguns casos, o defeito genético que produz uma desordem em um ser humano - como a Síndrome de Down - não causa os mesmos sintomas em camundongos. Além disso, as culturas celulares são um complemento essencial para a pesquisa com modelos animais, diz Daley.

Reproduzindo as doenças em laboratório

A aplicação mais imediata das células-tronco específicas das doenças será reproduzir as doenças humanas em cultura para explorar seu desenvolvimento em diferentes tecidos. A técnica irá eventualmente permitir aos pesquisadores comparar como a mesma doença varia entre pessoas por meio da geração de culturas de células-tronco específicas a partir de muitos indivíduos. As células também fornecerão um campo de prova para a avaliação de medicamentos para tratamento das doenças.

A longo prazo, Daley espera que a técnica seja aplicada clinicamente. Por exemplo, ela poderá permitir que os cientistas desenvolvam terapias utilizando as células do próprio paciente - reconstruindo as células para corrigir o defeito causado pela doença e então reintroduzindo-as no organismo.

Doenças genéticas estudadas por meio das células-tronco

Os pesquisadores criaram linhagens de células-tronco específicas para a distrofia muscular de Duchenne, distrofia muscular de Becker, diabetes juvenil, Mal de Parkinson, doença de Huntington, síndrome de Down, imunodeficiência severa combinada (comumente conhecida como "doença do garoto na bolha"), síndrome de Shwachman-Bodian-Diamond (que causa falhas na medula e predisposição à leucemia), doença de Gaucher (uma doença metabólica hereditária que faz com que as gorduras se acumulem em várias partes do corpo) e síndrome de Lesch-Nyhan (uma deficiência enzimática que faz com que o ácido úrico se acumule nos fluidos corporais).

A construção de outras linhagens específicas para outras doenças também é possível com a nova técnica e é nisto que os pesquisadores estão trabalhando agora, assim como na distribuição das linhagens já elaboradas para cientistas do mundo todo.

Fonte: Howard Hughes Medical Institute

http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=cientistas-replicam-doencas-em-laboratorio-usando-linhagens-de-celulas-tronco&id=3393
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Moisés