sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Após licitação cancelada, elefanta tem destino incerto em SP

Uma das estrelas do Circo Kroner, a elefanta asiática Mayson, 38, de três metros e quatro toneladas, que chegou a Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) na semana passada, agora tem destino incerto.
Pelo alto custo, a prefeitura decidiu cancelar na quarta-feira (26) uma licitação que adaptaria o recinto onde o animal ficaria permanentemente. Caso a prefeitura não consiga reduzir o valor da obra, de pouco mais de R$ 1 milhão, e abrir uma nova licitação, a elefanta não ficará na cidade.
A Folha apurou que as prefeituras de Sorocaba e São Paulo estariam interessadas em receber Mayson caso o recinto em Ribeirão não se viabilize.
A prefeitura chegou a anunciar que um recinto de 1.800 metros quadrados estava sendo construído no bosque municipal de Ribeirão para recebê-la, com lago e fosso de segurança, conforme as normas estabelecidas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).
Enquanto isso, a elefanta estava em quarentena (isolada de outros animais), em um local provisório no bosque.
Em nota, as secretarias do Meio Ambiente e da Educação de Ribeirão dizem que a doação do animal, a princípio, “foi bem aceita”, mas que “a informação inicial do doador do animal é que o custo seria apenas com alimentação” e que “por isso a doação foi aceita”.
Porém, o Ibama e o Estado solicitaram adequações ao local onde Mayson ficaria. Após avaliação do projeto do recinto, as pastas identificaram “o alto custo” do projeto e “decidiram cancelar sua execução”.
O valor da licitação seria de R$ 1,297 milhão – suficiente, por exemplo, para construir creches ou unidades de saúde.
O projeto agora será refeito. Enquanto isso, a elefanta permanece provisoriamente no bosque.
Em setembro, a Folha já havia publicado que a prefeitura definiu a empresa que construirá um aquário no bosque, ao custo de R$ 960 mil. 

(Fonte: Folha.com)

Veterinários usam a criatividade para salvar animais em Uberaba

O Hospital Veterinário de Uberaba, no Triângulo Mineiro, tem chamado a atenção pelo cuidado com os animais e pela criatividade nas técnicas adotadas em tratamentos. Para ajudar os bichos sobreviverem a problemas de saúde como câncer e deficiências físicas, os profissionais já fizeram rodinhas para jabuti, criaram casco de resina, têm ensinado filhotes de cachorros a andar com duas patas, implantaram cauda em beija-flor e até perna mecânica em um lobo-guará, animal típico da região do Cerrado.
Os animais são para muita gente parte da família, tanto que quando estão doentes a intenção é fazer o que antes parecia impossível se tornar possível. Recentemente veterinários da cidade tentam ajudar três filhotes de cachorro a andar. Bethoven, Pitoco e Vitória têm um problema genético chamado amelia, que causa a falta dos membros superiores. A deficiência é causada tanto por fatores genéticos quanto pelo ambiente. O caso, que é uma raridade na ciência, despertou a atenção dos pesquisadores do Hospital Veterinário: eles não têm as patas da frente.
Segundo o veterinário Cláudio Yudi, filhotes de uma mesma ninhada nasceram com a mesma deficiência, que é algo raro. “Os dois machos já conseguiram andar só com as duas patas de trás, mas a fêmea ainda enfrenta dificuldades e talvez seja preciso a implantação de uma prótese”, explicou. Ainda conforme Yudi, a prótese deve ser uma espécie de cadeira de rodas que irá dar suporte para o animal onde seriam as patas dianteiras. Quando atingirem a idade adulta os animais serão castrados para evitar que as futuras gerações sejam afetadas pelo mesmo problema.
Jabutis ganham nova vida – Eles têm a fama de serem lentos e até preguiçosos, mas a história de Miguinho, um jabuti que vive na Congregação das Irmãs Dominicanas em Uberaba, é um pouco diferente. Após sofrer um acidente ao passar próximo de um fio de cerca elétrica, o animal pegou uma infecção e perdeu uma das patas. Ele foi um dos pacientes do Hospital Veterinário e lá ganhou vida nova, ou melhor, rodinhas. Foram feitas duas adaptações, a primeira delas implantada no início de março deste ano, onde foi implantada uma rodinha para substituir o membro amputado.
Como o animal demonstrou certa dificuldade de locomoção, uma semana depois foi implantada outra rodinha para dar estabilidade aos movimentos. Hoje Miguinho não enfrenta mais dificuldades, passa apenas por algumas manutenções nas rodinhas no hospital, quando necessário. Segundo a irmã dominicana, Maria Helena Salazar, o jabuti esta cada vez melhor. “Ele está mais ligeiro, temos que ficar atentos e deixar ele em local plano como foi recomendado pelo veterinário. Quando ele fica solto é preciso ficar atento pra não perder ele no jardim”, completa.
Outro jabuti que recebeu atenção especial foi Jabite, de apenas oito anos. O animal teve 95% do corpo queimado em um incêndio e não sobreviveria sem a carapaça. Para não sacrificá-lo, a equipe desenvolveu um casco feito com resina odontológica. Foi necessário aproximadamente um ano de tratamento para que Jabite ficasse recuperado e a prótese ajustada. Hoje são necessárias apenas algumas revisões, pois o jabuti ainda é jovem e deverá triplicar de tamanho, ou seja, o novo casco pode quebrar se não for ajustado constantemente. “É preciso um acompanhamento para ver o estado da prótese de resina, pois Jabite ainda deve crescer e pode quebrar o casco. Será preciso fazer pequenos reparos”, ressaltou Cláudio Yudi.
Papagaio passa por cirurgia após ser diagnosticado com câncer – Há alguns anos o papagaio Frederico foi diagnosticado com dois nódulos causados pela fumaça do cigarro. A família que vive com a ave há 19 anos têm vários fumantes e isso transformou Frederico em um fumante passivo. O animal foi tratado no Hospital Veterinário de Uberaba e lá passou por uma cirurgia. Hoje curado vive bem ao lado da família, que dispensou o cigarro quando está perto do falante Frederico.
Beija-flor recebe transplante de cauda – Outro caso curioso tratado pelos especialistas de Uberaba foi o transplante de cauda feito em um beija-flor. A ave teve a cauda arrancada após um ataque de um cachorro. No hospital foi feito um implante para que o beija-flor voltasse a voar normalmente. A cauda do pássaro foi recuperada e colada com cola cirúrgica especial, depois disso ele foi solto.
Animal típico do cerrado, lobo-guará ganha perna mecânica – Um lobo guará de aproximadamente dois anos foi encontrado em uma fazenda no município de Veríssimo, no Triângulo Mineiro. O animal foi resgatado pela 5ª Companhia da Polícia Militar, muito ferido e com dificuldade para andar. A suspeita é que ele tenha sido atropelado numa rodovia que corta a região.
Após exames foi constatado que o animal estava debilitado, desidratado e com uma fratura exposta no tornozelo da pata traseira esquerda. “A fratura é antiga, ou seja, já existem pontos de cicatrização do osso, mas infelizmente de forma inadequada, o que impede uma possível cirurgia para a correção”, explicou o veterinário Cláudio. O lobo-guará foi encaminhado para o setor de quarentena do zoológico de Uberaba. Uma prótese metálica está sendo fabricada na cidade para que o animal volte a andar normalmente. Dependendo de como o animal reagir à prótese não será preciso amputar a perna. O lobo-guará é uma espécie ameaçada de extinção.
Enquanto as próteses não ficam prontas, a equipe do Hospital Veterinário de Uberaba, composta por especialistas e estudantes, continua desenvolvendo novas ideias e equipamentos para garantir a qualidade de vida dos animais. Para o professor Cláudio Yudi é uma oportunidade para que os alunos tenham contato com a rotina da profissão e também com as mais variadas alternativas de tratamento. “O contato com esses animais é sem dúvida nenhuma um aprendizado para todos nós”, afirmou o veterinário.  

(Fonte: G1)

Sociedade protetora dos animais pede fechamento de canil em SC

A direção do Sociedade Lagunense de Proteção aos Animais (Solpra) protocolou, nesta quinta-feira (3), no fórum de Laguna (SC), uma ação civil pública pedindo o fechamento do canil municipal da cidade, sob a alegação de que os animais que são recolhidos pela carrocinha não recebem os cuidados necessários e que, ao contrário do que se espera, têm o estado de saúde agravado no local. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o canil atua conforme a legislação e que é fiscalizada pela Polícia Ambiental.

Segundo Edden Araújo, presidente da Solpra, muitos dos cães que estão no canil foram recolhidos das ruas da cidade em boas condições de saúde e não receberam os cuidados necessários no local. "O que se espera de um abrigo para cães, principalmente municipal, é que ele forneça atendimento veterinário básico e suficiente para que o um cão doente melhore ou estabilize seu estado de saúde. Não é o que estamos vendo neste canil."
Atualmente, o abrigo municipal tem 52 animais encontrados doentes e abandonados nas ruas, de acordo com a prefeitura. O canil começou a funcionar em dezembro de 2010 e chegou a ser fechado por falta de condições, sob pedido judicial, segundo a Solpra.
Segundo ONG, cachorro 'Gordo' chegou saudável ao canil municipal de Laguna (SC) e pegou sarna no local (Foto: Divulgação/Kellin Crippa Speck/Sociedade Luganense de Proteção aos Animais)Segundo ONG, cachorro 'Gordo' chegou saudável ao canil municipal de Laguna (SC) e pegou sarna no local (Foto: Divulgação/Kellin Crippa Speck/Sociedade Luganense de Proteção aos Animais)
O tratador Bruno Lopes de Oliveira, que mora no canil e é responsável pela limpeza do local, disse que os cães que chegam ao canil estão doentes e ficam em uma área isolada de 48m², sem contato com os demais cães. "Eles ficam nesta área de triagem. Aqui não falta ração e a veterinária vem nas manhãs ou tardes para cuidar dos cães."
Apesar de informar que os cachorros recebem cuidados médicos, Oliveira confirmou ao G1 que o cão "Gordo", recolhido pela carrocinha no começo do ano, chegou ao canil são, mas ficou doente no estabelecimento. "Ele veio aqui sem doença e acabou pegando sarna. Hoje, ele fica direto comigo, separado dos outros cachorros". (Veja foto acima)
Ainda de acordo com o tratador, que é filho do dono da área onde funciona o canil, o terreno do abrigo para cães é de 348m².
A Prefeitura Municipal de Laguna informou que o canil está em funcionamento desde de 20 de abril de 2011 e que, até outubro deste ano, foram recolhidos 202 animais. O estabelecimento realizou a castração de 527 animais, entre os recolhidos das ruas e de moradores carentes da cidade
Segundo ONG, cadela 'Pittboa' chegou ao abrigo com sarna e estado de saúde dela piorou na unidade (Foto: Divulgação/Kellin Crippa Speck/Sociedade Luganense de Proteção aos Animais)Segundo ONG, cadela 'Pittboa' chegou ao abrigo com sarna e estado de saúde dela piorou na unidade (Foto: Divulgação/Kellin Crippa Speck/Sociedade Luganense de Proteção aos Animais)
Cuidados e fiscalização
Segundo a secretaria de saúde, os cães ficam 15 dias à espera do dono. Após esse período, os animais são castrados e ficam disponíveis para adoção. A administração municipal, no entanto, não informou quando animais foram adotados, quantos precisaram ser sacrificados ou que morreram no canil.
"Estive no canil ontem e vi cães com sarna e desnutridos, muito magros. Ao mesmo tempo, percebi que alguns cães que tinha visto em outra visita, doentes, não estavam mais no canil. Não recebi uma informação sequer sobre o paradeiro desses cães", disse Kellin Cripa Speck, voluntária da Solpra.
Edden informou ainda que tem autorização judicial para fiscalizar o canil. "Apesar dessa autorização, tenho dificuldade de ter acesso a documentos dos cães, de como estão sendo feitos os tratamentos veterinários e até de visitar o local e por isso fazemos as visitas duas vezes por semana."
De acordo com a prefeitura, a quantidade de ração fornecida aos cães foi aumentada. Os animais que têm dificuldade de adaptação à alimentação recebem arroz para cachorro.
Cães saudáveis no canil de Laguna (SC), de acordo com a Secretaria de Saúde da cidade (Foto: Divulgação/Kellin Crippa Speck/Sociedade Luganense de Proteção aos Animais)Cães saudáveis no canil de Laguna (SC), de acordo com a Secretaria de Saúde da cidade (Foto: Divulgação/Kellin Crippa Speck/Sociedade Luganense de Proteção aos Animais)
 
fonte: G1

"O cachorro é meu, faço o que quero com ele", disse homem que arrastou cão por ruas de Piracicaba (SP)

Um cachorro da raça rottweiler foi amarrado com uma corda pelo próprio dono a um carro e arrastado por vários quarteirões na tarde de ontem (2), em Piracicaba (160 km de São Paulo). Testemunhas disseram que o motorista da picape Ford Courier disse, após deixar o veículo: “O cachorro é meu, faço o quero com ele”.
O animal passou por cirurgia e corre risco de ter uma das pernas amputada. Ele perdeu a parte de baixo das patas, chamadas coxin, e teve escoriações na barriga. A parte óssea das patas ficou exposta em alguns pontos. Ontem, moradores da cidade realizaram uma manifestação contra o crime, que revoltou a cidade.
Na tarde desta quinta-feira a polícia localizou o dono do cão, o mecânico Cláudio César Messias. Ele alegou em seu depoimento no 2º DP de Piracicaba que passeava com o cachorro e este teria pulado da carroceria da picape. Ele declarou que o cão pode ter sido arrastado por pelo menos um quilômetro.
O dono do animal alegou ainda que só percebeu que estava arrastando o cachorro depois que um motoqueiro o parou e o avisou. Ele disse que fugiu do local e deixou o bicho porque achou que ele tivesse morrido, segundo a Polícia Civil.
O presidente da SPPA (Sociedade Piracicabana Protetora dos Animais), Luiz Américo Chittolina, disse ao UOL Notícias que entrará com uma representação nesta sexta-feira (4) no Ministério Público cobrando que Messias seja punido com multas e prisão por maus tratos aos animais.
O boletim de ocorrência foi registrado no plantão policial como prática de abuso contra animais, crime previsto no artigo 32 da Lei de Defesa ao Meio ambiente.
“Eu cheguei ao local logo que recebi informações. As testemunhas relataram que o motorista estava visivelmente alcoolizado e que disse que não queria mais saber do animal. Infelizmente não foi feito teste de bafômetro”, afirmou Chittolina.
No boletim de ocorrência consta que duas testemunhas gritaram para alertar o motorista, que então parou o carro no meio da rua. “Foi um absurdo o que aconteceu. Uma barbárie. O responsável tem de ser punido exemplarmente”, disse ele. “Vamos também cobrar que ele pague pelo tratamento do animal.”
Chittolina disse que o animal passa bem, apesar dos diversos ferimentos. “Ninguém sabe ao certo por quantos metros ou quilômetros o cachorro foi arrastado, mas o fato é que ele estava bastante ferido”, afirmou.
O presidente da SPPA estimou, pela dentição do animal, que ele tenha por volta de três anos de idade. Nesta tarde, o cachorro estava em uma clínica particular.

fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2011/11/03/o-cachorro-e-meu-faco-o-que-quero-com-ele-disse-homem-que-arrastou-cao-por-ruas-de-piracicaba-sp.jhtm