quinta-feira, 7 de maio de 2009

Confrontos marcam sacrifício dos porcos no Egito; 12 ficam feridos

Ao menos 12 pessoas ficaram feridas neste domingo em violentos confrontos entre criadores de porcos e policiais que deveriam levar os animais para o sacrifício, em Cairo (Egito). O governo egípcio anunciou o sacrifício de todos os porcos do país por temor de um surto de gripe suína, embora a doença, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), não seja transmitida pelo consumo de carne de porco cozida.

Cerca de 400 moradores do bairro de Manchiyet Nasr, em uma colina da capital egípcia, jogaram pedras e garrafas contra os oficiais. Os policiais responderam com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha.

Segundo o chefe de segurança do Cairo, general Ismail Shaer, 14 pessoas foram presas e sete policiais estavam entre os feridos pelos protestos.

O governo egípcio ordenou na quarta-feira passada (29) o sacrifício dos cerca de 300 mil porcos criados no país, apesar de nenhum caso de gripe suína ter sido registrado no Egito.

A decisão foi muito criticada e OMS destacou que não existem provas da transmissão do vírus da gripe, oficialmente denominado influenza A (H1N1), do porco ao homem.

As autoridades egípcias afirmaram então que a medida era mais uma medida de higiene que uma precaução contra a gripe suína. O objetivo, segundo o Cairo, seria sanear as criações insalubres de membros da minoria cristã do Egito.

O consumo e a criação dos porcos no Egito é função restrita a uma minoria cristã de 10% da população. Os muçulmanos não consomem carne de porco. Em 2008, o presidente Hosni Mubarak havia ordenado que todos os porcos e frangos fossem retirados de regiões populosas por questões de higiene. A ordem, contudo, nunca foi implementada e o governo diz que a gripe suína é uma ótima oportunidade para cumpri-la.

"Tudo que o Egito decidiu fazer, apesar de todo o barulho causado aqui e ali, é antes de tudo em favor da proteção da saúde humana. A saúde do povo egípcio vale todo o esforço e as medidas tomadas", disse.

O Egito foi um dos países atingidos pela epidemia de gripe aviária que matou dezenas de pessoas nos últimos dois anos. Em 2007, quando houve o surto da doença, 25 milhões de aves foram mortas e novos padrões para criação de frangos foram estabelecidos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u559792.shtml

Boi "feliz" rende carne mais saudável, diz fazendeiro pecuarista vegetariano

RAFAEL GARCIA
enviado especial da Folha de S.Paulo a Corumbá (MS)

"Nós produzimos um boi feliz", afirma José Carlos Thimoteo Lobreiro, proprietário da Fazenda Millenium, no Mato Grosso do Sul. A frase soa inusitada por partir de um pecuarista que cria gado de corte, mas parece ainda mais estranha quando se descobre que Thimoteo é um vegetariano.

Ex-professor de patologia da reprodução na universidade federal do estado, o fazendeiro abandonou as técnicas tradicionais de criação de gado para adotar as ervas medicinais e a homeopatia como principal ferramenta de prevenção de doenças em seus rebanhos.

Sua opção por não comer carne, diz, não consiste em uma contradição. "É uma coisa absolutamente pessoal", afirma. "Fico feliz porque crio um produto de qualidade para pessoas que têm essa necessidade."

Thimoteo, que é secretário da ABPO (Associação Brasileira de Pecuária Orgânica), ajudou a definir o sistema de saúde implantado nas fazendas da associação para que os bois ganhassem o selo do Instituto Biodinâmico, entidade que certifica a carne orgânica no país. Além de proibir uso preventivo de alopatia, a técnica veta o uso de hormônios de crescimento e de ureia para facilitar a digestão dos animais.

Marcelo Rondon, veterinário que está implantando um programa de auditoria interna nas fazendas da associação, porém, reconhece que a medicina alternativa ainda não dá conta de alguns problemas, sobretudo no caso de miíases, as bicheiras.

"Se o animal está sofrendo muito ou correndo risco de morrer, eu faço uso de algum produto que pode ser um produto alopático", diz Rondon. O uso, porém, segue controle rígido. "Identifico o animal por número, o produto usado, a dosagem, e o motivo da aplicação."

A intenção, segundo o veterinário, não é apenas garantir a o bem-estar do animal, mas evitar o abuso de antibióticos e substâncias que podem deixar resíduos na carne consumida.

A "felicidade" do gado, porém, tem seu preço. Segundo o Friboi, uma peça nobre como uma picanha orgânica custa cerca de 30% mais em grandes redes de supermercado, principal ponto de venda do produto. Hambúrgueres orgânicos, contudo, já têm um preço que pode competir com a carne comum.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u559856.shtml

Crocodilos matam 9 crianças perto de rio em Angola

LUANDA (Reuters) - Crocodilos mataram ao menos nove crianças e também atacaram nas últimas semanas diversas mulheres na província Kwanza-Sul, ao sul de Angola, informou a Rádio Nacional de Angola nesta quarta-feira.

As crianças, com idades entre 10 e 16 anos, do município de Amboim, morreram enquanto elas se aproximavam do rio Keve para coletar água, informou uma autoridade local, segundo a rádio.

Bento disse que os ataques ocorreram assim que a água do canal em Amboim cessou, induzindo os moradores a coletarem água do rio Keve, que estava infestado de crocodilos.

Os crocodilos são predadores que se escondem para atacar. Capazes de passar muito tempo ou imóveis ou flutuando na correnteza do rio, os animais podem mostrar uma surpreendente velocidade ao atacar. Esses répteis podem atingir até 4 metros de comprimento.

(Reportagem de Henrique Almeida)

http://noticias.uol.com.br/ultnot/reuters/2009/05/06/ult729u79995.jhtm

Afeganistão coloca único porco do país em quarentena

da BBC Brasil

Como precaução contra a gripe suína, o Afeganistão decidiu colocar em quarentena o único porco que se tem conhecimento que exista no país, segundo funcionários do zoológico da capital do país, Cabul.

Por motivos religiosos, a carne de porco e seus derivados são ilegais no país muçulmano.

O porco, chamado Khanzir, foi dado de presente ao Afeganistão pela China em 2002.
No zoológico de Cabul, ele era mantido ao lado de bodes e veados, mas visitantes manifestaram temores de que ele pudesse ser vetor do vírus H1N1 - o que levou à decisão de isolar o animal.

Companheira

O diretor do zoológico, Aziz Saqib, disse que Khanzir se encontra forte e saudável.

"O único motivo que nos levou a movê-lo é que os afegãos não sabem muito sobre a gripe suína e quando veem um porco, ficam preocupado e acham que vão ficar doentes", disse ele.

Apesar do isolamento, Saqib disse que o porco vai ser mantido em um local maior e mais arejado. Ele disse ainda esperar que a quarentena dure poucos dias apenas.

Reconhecendo o fato de que Khanzir é solitário, Saqib disse ter esperança de encontrar uma companhia feminina para o animal.

Mas o diretor reconhece que a tarefa é atualmente difícil, por causa da gripe.

"Esses são tempos perigosos e difíceis para conseguirmos uma porca para nosso porco", disse ele.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u562149.shtml

"Crucificado" pela gripe, porco é animal de estimação de famosos

da Folha Online

Ainda não há provas que o incriminem definitivamente pelo atual surto de gripe que atingiu 11 países. Mesmo assim, o porco já vem sendo julgado culpado por autoridades mundo afora, que determinam até a morte de criações inteiras.

Na última segunda-feira (27), a OIE (Organização Mundial para a Saúde Animal) reiterou que ainda não foi comprovada a relação entre o vírus e os animais e pediu que a gripe suína seja denominada gripe da América do Norte.

Mas, para algumas pessoas, pouco importa se a culpa é ou não do porco. Para elas, o animal não é um inimigo, e sim um companheiro para todas as horas.






A atriz Reese Witherspoon, 33, adquiriu seu inusitado animal de estimação no ano passado. Bem diferente do chihuahua Bruiser de "Legalmente Loira", na vida real ela escolheu um porco para fazer companhia à família. Reese foi buscar um filhote em uma fazenda na Califórnia (EUA) com seus dois filhos, Deacon, 5, e Ava, 9.

Já George Clooney teve uma amizade de 18 longos anos com Max, seu porco de 130 quilos. O animal foi adotado pelo ator ainda filhote e vivia com ele em Hollywood, com direito a chiqueiro particular. Max morreu em 2006, pouco antes de completar 20 anos, de causas naturais.





Homer mostrou um bizarro relacionamento com um porco em "Simpsons - O Filme"

E algumas celebridades vão além. Nada de chiqueiro. Para elas, porco de estimação tem de viver em casa. Ao menos esse foi o caso de Homer Simpson, que mostrou ao mundo seu bizarro relacionamento com um porco em "Simpsons - O Filme" (2007).

Nas telas, o público pôde ver ainda os porquinhos Babe ("Babe - O Porquinho Atrapalhado", 1995; "Babe - Um Porquinho na Cidade", 1998) e Wilbur ("A Menina e o Porquinho", animação de 1973 com remake "real" em 2006), que mostraram um lado simpático do animal.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u557927.shtml

Justiça condena carroceiro por agredir cavalo em Florianópolis

Um homem acusado de agredir um cavalo em uma rua de Florianópolis (SC) foi denunciado, levado a julgamento e condenado a quatro meses de prisão em regime aberto por maus-tratos contra animais.

Elias Voltz, carroceiro de cerca de 35 anos, que ganha a vida catando latas e papelões, foi acusado de chutar e tentar arrastar um dos cavalos que o levava numa charrete pelas ruas após o animal cair de cansaço durante a travessia entre dois bairros.

Voltz negou a agressão, mas um laudo veterinário apontou indícios de espancamento.

O cavalo estava, segundo o documento, "sem forças, anêmico, debilitado e com lesões pela extensão do corpo", sem ferraduras.

"Não há dúvida de que houve uso abusivo, inadequado e insensível do animal. Maltratado, portanto", disse, na sentença, o juiz Samir Saad, do Juizado Especial Criminal de Florianópolis. A pena foi substituída por prestação de serviços à Apae.

O caso ocorreu em 2008 e a decisão foi publicada anteontem. À época, fotos do cavalo e do carroceiro foram publicadas por jornais locais.

Ao se defender, Voltz disse ter sido muito xingado e que foi até "intimado" a brigar por quem prometia vingar o cavalo --que ficou, afinal, com a prefeitura. Voltz responde ainda a outro processo por agressão-- a uma égua, que empacou numa rua da capital.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u558436.shtml

Após mortes em série, gatos deixam de passear em bairro de SP

om, Felipe e Isadora, de apenas três meses, andam cabisbaixos e com o olhar triste. Estavam em fase de amamentação quando perderam a mãe, Vivi, encontrada morta, há duas semanas, no quintal da casa onde vivem, no Campo Belo, zona sul, pela dona dos gatinhos, a artesã Martha Christina Campos de Araújo, 52.

Suspeita-se que Vivi seja mais uma vítima de um "serial killer" que atua nas imediações da rua Unapetinga. "Estou com medo", afirma a artesã. "Você não tem noção do quanto é doído."

Vivi foi o quinto animal que Martha perdeu naquela semana pós-Páscoa. Segundo a necropsia, a gata morreu em decorrência de um "colapso respiratório", causado, possivelmente, pela presença no estômago de um "agente tóxico do grupo dos carbonatos", popularmente conhecido como "chumbinho".

A primeira vítima foi Bombom, achada morta dentro da piscina vazia. Martha enrolou a gatinha em uma toalha e chamou a polícia. No dia seguinte, os corpos de Tuty, Minie e Babi foram encontrados em uma casa da vizinhança. Vivi foi a última vítima.

Todos os animais tinham marcas de sangue e sinais de envenenamento. Outras duas gatas da artesã, Princesa e Bambina, estão desaparecidas. "Tenho certeza de que estão mortas", lamenta Martha, que mora sozinha com seus dez bichanos -eram 17- em uma casa de três andares.

Os que restaram vivem confinados. Martha planeja colocar uma tela nos fundos de sua casa para que os animais não deem mais suas voltas pelas ruas do bairro. "Virou neurose. Agora, ninguém mais sai."

O caso foi registrado no 27º DP, e um inquérito policial, instaurado. "Estamos fazendo investigações e, por meio de denúncias, vamos tentar descobrir quem é o autor dos crimes", diz o delegado Ubiracyr Pires da Silva, 64.

Em um ano, foram 35 mortes por suspeita de envenenamento no bairro, famoso pela alta concentração de cães. Somente Martha perdeu 12 animais de estimação desde maio do ano passado, quando a siamesa Cindy foi encontrada pelo vigia. "Esticada, com baba e sangue pela boca", descreve a artesã. "Ficou comigo exatos quatro meses e foi feliz."

Uma situação semelhante viveu a família do defensor público Sérgio Wagner Locatelli, 45. Um de seus gatos, Barão, morreu em maio do ano passado, o que também o obrigou a colocar uma tela no quintal de casa para que os sete que ali vivem hoje não saiam mais. Caso o autor dos crimes seja descoberto, Sérgio vai ingressar com uma ação por danos morais porque seu filho, João Victor, 10, ficou muito abalado com a morte do animal. "Ele chorou durante três dias."

A corretora de seguros Analice Steiner Fruet, 56, também teve uma gata morta, Rebeca, com suspeita de envenenamento. "Ela passou por uma epopeia, teve de ser operada quando a adotamos", lembra Analice, que enterrou Rebeca no quintal da casa, onde hoje vivem oito gatos. "A gente acolhe, e eles acabam fazendo parte da família."

A corretora optou por não prender os bichanos. Mas se vale de uma tática, como explica o marido, Flávio França Pinto, 59: "Sempre procuro deixá-los bem alimentados". O objetivo é evitar que os animais comam na rua. "Mas é difícil segurar os gatos."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u560642.shtml

Rússia investiga caça com helicóptero a raro carneiro selvagem

Promotores russos abriram hoje uma investigação criminal sobre o uso de helicópteros por oficiais veteranos. As aeronaves estariam sendo usadas para caçar carneiros raros --um caso que revela as "regalias" da elite russa.

Sete pessoas morreram em um acidente com helicóptero em janeiro deste ano, incluindo um representante do presidente russo, Dmitry Medvedev.

Ambientalistas afirmam que imagens do local do acidente, em montanhas remotas próximas à fronteira com o Cazaquistão, mostram que houve uma caça aos carneiros selvagens da montanha, conhecidos como argalis, cuja principal característica são os grandes chifres em espiral.

Há apenas cerca de 200 argalis na Rússia e a caça ao animal é ilegal.

Os promotores investigam o que levou a aeronave a causar um acidente mesmo com bom tempo, mas ainda não atenderam aos apelos dos ambientalistas para dar destaque à questão dos carneiros.

Grupos de defesa dos animais estão promovendo um abaixo-assinado para investigar especificamente a caça ilegal aos argalis. Mais de 6.000 pessoas já teriam assinado o documento.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u560788.shtml

Feira de adoção oferece cães e gatos microchipados em SP

Neste sábado (9). o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de São Paulo realiza uma feira de adoção com cerca de 100 cães e gatos.

Os animais já estão prontos para encontrar um novo lar. Eles foram vacinados, vermifugados, castrados e microchipados. O dispositivo eletrônico foi implantado nos bichos para que possam ser identificados no caso de se perderem.

Os animais foram capturados por funcionários do centro --antigamente conhecido como carrocinha-- após serem abandonados em ruas e parques da capital paulista.


Divulgação
Estes são alguns dos animais disponíveis para adoção na feira do Centro de Controle de Zoonoses
Estes são alguns dos animais disponíveis para adoção na feira do Centro de Controle de Zoonoses

A feira de adoção acontece das 9h às 15h. Quem quiser levar um amigão (ou uma amigona) de quatro patas para casa deve apresentar documento de identidade, CPF e comprovante de residência, além de pagar uma taxa de R$ 14,60.

Para os gatos, é necessário levar uma caixa apropriada para abrigá-lo. Para os cães, o futuro dono deve levar coleira e guia.

Os interessados passam por uma breve entrevista para encontrar o animal ideal. São considerados espaço físico e composição familiar, entre outros fatores.

Além da feira deste sábado, o CCZ está aberto diariamente para adoção de cães e gatos (de segunda a sexta, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 15h).

Feira de Adoção do CCZ
Quando: sábado (9), das 9h às 15h
Onde: Centro de Controle de Zoonoses (r. Santa Eulália, 86, Santana, tel. 0/xx/11 2221-0449)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u561178.shtml

Pacto Verde Global

O new deal verde global não é uma utopia. Ele é possível, mas deve ser construído em cada país
por Sérgio Abranches
Mais de 2 mil cientistas se reuniram este ano em Copenhague para o congresso internacional sobre mudança climática. Quem achou que o encontro fosse gerar uma visão cataclísmica sobre o aquecimento global, errou o alvo. O congresso acendeu um alerta vermelho sobre o risco crescente de que a mudança climática acelere e provoque eventos abruptos e muito danosos. Mas não parou nas conclusões adversas.

Deixou, ao final, uma mensagem curta, com suas conclusões fundamentais, combinando alertas duros e propostas viáveis de solução. Essa mensagem diz que as tendências observadas de aquecimento estão numa trajetória inaceitável e que há o risco de que acelerem e terminem por levar a mudanças climáticas abruptas e irreversíveis. As sociedades, especialmente as mais pobres, se mostram vulneráveis mesmo a efeitos modestos de mudanças climáticas e não teriam como suportar os resultados de temperaturas médias superiores a 2o C. É necessário criar uma rede de proteção para as nações mais pobres, contra os efeitos tremendamente desiguais da mudança climática. O potencial de disrupção social desse quadro de aquecimento global não pode ser desprezado.

Metas fracas de redução das emissões para 2020 dificultariam a realização de propostas mais ambiciosas para 2050. A mitigação efetiva das emissões precisa começar imediatamente e demandará coordenação global e regional, numa estratégia de longo prazo.Temos os instrumentos necessários para enfrentar o desafio climático e os recursos para ampliar sua escala. A descarbonização das economias nacionais trará muitos benefícios. Vai criar empregos em atividades econômicas de baixo carbono em setores da economia e da sociedade, além de reduzir o risco de danos à saúde e perdas econômicas no futuro. Difícil discordar.

Quando os governos se reunirem em Copenhague para as negociações formais, em dezembro, ouvirão os ecos dessa mensagem. Alguns fatores novos vão pesar muito nas decisões. Um deles é contextual, como nós, politólogos, dizemos. Trata-se da recessão global, que fará o pano de fundo das decisões. Outro, o novo governo dos Estados Unidos, que deverá remover o veto a um adequado acordo sobre o clima. Muitos tentarão usar a crise como álibi para adotar metas menos ambiciosas de redução das emissões. Mas, como argumentou Nicholas Stern, do “relatório Stern”, em Copenhague, ela reduz os custos do início da transição para um novo regime. Também permite que as medidas de reversão da crise global ofereçam os incentivos certos para estimular a descarbonização, como fizeram Estados Unidos e Inglaterra. Essas políticas de investimento e geração de emprego podem estimular o crescimento da “economia verde”, das tecnologias e energias limpas, dando-lhes firme vantagem competitiva. A idéia de um new deal verde e global é apresentada em vários círculos do diálogo climático.
Para que cheguemos a esse “pacto verde global” será preciso que o presidente Obama assuma na COP 15 o compromisso de seu país com metas ousadas de redução das emissões. Tudo indica que fará isso. Ele tem adotado o desafio climático como baliza de suas principais decisões econômicas. A liderança dos Estados Unidos enfraquecerá muito o time dos “bloqueadores” da mudança. Pode conquistar agentes influentes e ativos do veto à mudança para o time dos que votam para mudar o status quo.

Mas a troca de posição, de “bloqueador” para “transformador”, é um processo determinado por forças fundamentalmente domésticas. Não se pode esperar que ocorra em grande escala apenas no plano multilateral ou global. Os exemplos dos Estados Unidos e da Austrália ilustram bem como ele se dá. Nos dois casos, teve origem nas escolhas das sociedades locais, em eleições que levaram ao poder governantes comprometidos com a mudança das políticas domésticas e global do clima. Antes, eram governos que bloqueavam os avanços e contribuíam ativamente para o impasse.

Negociações bilaterais, como a iniciada pela secretária de Estado Hillary Clinton, com a China, ajudam. Mas o que levará a China, um desses atores críticos, a adotar a mudança climática como prioridade é o desafio que ela já enfrenta internamente. Desastres associados a fenômenos climáticos têm causado, todo ano, prejuízos diretos da ordem de US$ 30 bilhões, afetado negativamente a vida de 400 milhões de pessoas e provocado mais de 4 mil mortes anuais. Esses dados foram apresentados ao Congresso chinês pela meteorologista Qingchen Chao, vice-diretora geral do departamento de desenvolvimento da ciência e tecnologia, da administração meteorológica da China. A China pode não mudar de “bloqueadora” a “transformadora” já em Copenhague. Mas já está mudando e provavelmente não terá a mesma atitude de veto, que se escorava, em grande medida, na posição dos Estados Unidos, o maior dos emissores de gases de efeito estufa.

http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/pacto_verde_global_2.html



Cara a Cara com o Urso Polar

Confira este estudo sobre o aquecimento global no Pólo Norte e como esse contribui a extinção do urso polar.

VEJA O VÍDEO:
http://tvuol.uol.com.br/permalink/?view/id=cara-a-cara-com-o-urso-polar-04023768CC891346/user=yaq680z51683/date=2009-05-01&&list/type=user/codProfile=yaq680z51683/

FONTE:
http://tvuol.uol.com.br/#view/id=cara-a-cara-com-o-urso-polar-04023768CC891346/user=yaq680z51683/date=2009-05-01&&list/type=user/codProfile=yaq680z51683/

SAIBA O QUE FAZER COM O LIXO DOMÉSTICO

O Brasil produz, atualmente, cerca de 228,4 mil toneladas de lixo por dia, segundo a última pesquisa de saneamento básico consolidada pelo IBGE, em 2000. O chamado lixo domiciliar equivale a pouco mais da metade desse volume, ou 125 mil toneladas diárias.

Do total de resíduos descartados em residências e indústrias, apenas 4.300 toneladas, ou aproximadamente 2% do total, são destinadas à coleta seletiva. Quase 50 mil toneladas de resíduos são despejados todos os dias em lixões a céu aberto, o que representa um risco à saúde e ao ambiente.

Mudar esse cenário envolve a redução de padrões sociais de consumo, a reutilização dos materiais e a reciclagem, conforme a "Regra dos Três Erres" preconizada pelos ambientalistas.

A idéia é diminuir o volume de lixo de difícil decomposição, como vidro e plástico, evitar a poluição do ar e da água, otimizar recursos e aumentar a vida útil dos aterros.

Tempo de decomposição dos resíduos:

VIDRO: INDETERMINADO

PNEUS: 600 ANOS

FRALDA DESCARTÁVEL COMUM: 450ANOS

TAMPAS DE GARRAFAS: 150 ANOS

PLÁSTICO: 100 ANOS

EMBALAGENS LONGA VIDA: ATÉ 100 ANOS

COPOS DE PLÁSTICO: 50 ANOS

NYLON: MAIS DE 30 ANOS

LATA DE AÇO: 10 ANOS

ISOPOR: 8 ANOS

CHICLETES: 5 ANOS

TOCO DE CIGARRO: 20 MESES

FRALDA DESCARTÁVEL BIODEGRÁDAVEL: 1 ANO

PANO: 6 MESES A 1 ANO

PAPEL: 3 A 6 MESES


Coleta Seletiva

Veja abaixo quais os tipos de lixo que podem ser reciclados:

* PAPEL

COLETA SELETIVA:

papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens longa vida, listas telefônicas, livros

LIXO COMUM:
papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou palstificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesivas

*PLÁSTICO

COLETA SELETIVA:

sacos, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, PET (como garrafas de refrigerante), canos e tubos, plásticos em geral (retire antes o excesso de sujeira)

LIXO COMUM:

plásticos termofixos (usados na indústria eletroeletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos), embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos)

*VIDROS

COLETA SELETIVA:


garrafas de bebida, frascos em geral, potes de produtos alimentícios, copos (retire antes o excesso de sujeira)


LIXO COMUM:

espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores

*METAIS

COLETA SELETIVA:

latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco), latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas), tampas de garrafa, embalagens metálicas de congelados, folhas-de-flandres

LIXO COMUM:

clipes, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos


Fonte: Instituto Akatu

Caso não haja coleta seletiva em seu bairro ou condomínio, procure as cooperativas de catadores e os Postos de Entrega Voluntária (PEVs).

O Grupo Pão de Açúcar também possui pontos de coleta nos supermercados em todo o país. A iniciativa está sendo ampliada para outras bandeiras do grupo, como a rede Extra.


http://cienciaesaude.uol.com.br/ambiente/lixo/index.jhtm