quarta-feira, 23 de julho de 2008
China disfarça poluição durante Olimpíadas
Sabrina Domingos
Arranha-céus, auto-estadas
e lojas famosas - as novidades do mundo moderno chegam à China e se proliferam em tempo recorde, assim como os níveis de poluição. No país em que os direitos individuais muitas vezes são deixados de lado em nome do crescimento econômico, os operários migrantes das áreas rurais trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana, nos canteiros de obras para deixar prontas as construções desenfreadas de prédios, pontes e estradas. As largas avenidas (ampliadas em 300 vezes nos últimos 20 anos) alimentam a vontade de se comprar carros e fazem da China o segundo maior mercado para indústria automotiva.
Como resultado dessa corrida para liderar o mundo, o país - que abriga 16 das 20 cidades mais poluídas do mundo - já alcançou os Estados Unidos em volume de emissão de dióxido de carbono e, em 2010, será oficialmente o maior emissor de CO2 do planeta.
Toda essa realidade será, de certa forma, maquiada durante os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Com a ameaça de algumas provas de resistência ao ar livre serem suspensas em função da péssima qualidade do ar, o governo determinou ações para reduzir os índices de poluição na cidade olímpica.
No último domingo iniciou-se um rodízio nas ruas que deixará mais de um milhão e meio de automóveis sem circular até 20 de setembro. Com retirada de metade dos veículos das ruas de Pequim, as autoridades municipais esperam reduzir em 63% a emissão de poluentes.
A proibição de tráfego soma-se à outra, aplicada no início de julho, que retirou de circulação 300 mil veículos considerados altamente poluidores. Para compensar os trabalhadores que dependem de carro para ir ao trabalho, foram inauguradas três novas linhas de metrô e colocados em operação mais 1.500 ônibus que circularão por 34 linhas adicionais.
A medida não afetará a mobilidade de atletas, organizadores ou imprensa, já que os veículos olímpicos dispõem de uma via especial de 265 quilômetros ligando os estádios, a cidade olímpica e os hotéis.
O pó também será varrido da cidade. O governo determinou a paralisação de todas as obras da construção civil – o que também aliviará a poluição sonora. Além disso, mais de 150 empresas altamente poluentes (entre petroquímicas, fundições e de cimentos) precisarão reduzir ou interromper as atividades. A medida obrigará uma enorme massa de trabalhadores imigrantes a voltar para as províncias na área rural do país, o que servirá para disfarçar as diferenças sociais gritantes principalmente em Pequim.
O problema é que as iniciativas são temporárias. Ao final dos jogos, os operários do interior voltam a trabalhar nos canteiros de obras, os carros voltam a circular nas ruas e os níveis de poluição voltam a ser inaceitáveis.
O doutor em Geografia e Organização do Espaço, Hoyêdo Nunes Lins, acredita que transformar essas medidas em procedimentos de longo prazo implicaria em investimentos maciços, ou então na revisão do modelo de crescimento econômico chinês, calcado em produção industrial de trajetória vertiginosa.
“Não acredito que o governo esteja disposto a rever o modelo, que tem outorgado à China a proeminência que se conhece. Assim, restam os investimentos...”, entende Lins, e acrescenta: “Os primeiros movimentos após as Olimpíadas serão indicadores do que o governo chinês realmente pensa sobre a problemática ambiental”.
Resta ao mundo esperar e torcer para que consciência olímpica incentive uma mudança de atitude mais consistente.
Fonte: CarbonoBrasil.
http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2008/julho/23/9.asp
Operação Fauna Livre
Em uma operação da Polícia Rodoviária Federal, do Ibama e da Delegacia de Proteção Ambiental da Bahia foram apreendidas centenas de pássaros silvestres que estavam sendo vendidos ilegalmente. A ação ocorreu no domingo, em Feira de Santana.
A Operação Fauna Livre envolveu mais de dez viaturas e cerca de 30 agentes da Policia Rodoviária Federal, Ibama e Delegacia de Proteção Ambiental. O alvo da ação foi a feira livre do bairro Estação Nova. Quando chegou ao local, a polícia rapidamente montou um cerco.
A operação pegou os vendedores de surpresa. Quatro pessoas foram detidas e mais de 250 pássaros foram apreendidos.
“O tráfego de animais silvestres é um crime ambiental. É crime previsto no Código Penal. Vai contra as leis da legislação penal e contra as leis da natureza. O animal tem que estar livre”, disse Aline Freitas, delegada de polícia.
Os animais vão ser analisados e encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, em Salvador.
“As pessoas detidas serão encaminhadas ao complexo onde será feita uma averiguação. Se elas tiverem algum envolvimento com tráfego de animais, serão presas”, esclareceu Junaldo Correia, chefe do Núcleo de Operações Especiais.
Ao todo foram apreendidas quinhentas aves silvestres e um macaco.
http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2318Ibama Ceará autua caçadores e liberta 2000 avoantes no interior do estado
Foram dez autos de infração lavrados pela equipe, 20 pessoas foram conduzidas para Delegacias nos municípios onde ocorrem as ações, para a lavratura de termos circunstanciados de ocorrência-TCO. As ações prestam especial atenção a uma área com cerca de 80 hectares nos três municípios, onde as avoantes, uma espécie de pombas silvestres (Zenaida auriculata noronha), tem grande concentração de ninhos.
Segundo Rolfran Ribeiro, chefe da fiscalização do Ibama no Ceará, no Nordeste “é tradição usar a avoante como tira gosto ou para matar a fome, mas existem os comerciantes, que provocam um verdadeiro estrago nos ninhos, estamos combatendo essa caça predatória”.
Sobral
Fiscais do Ibama em Sobral também realizaram apreensão de avoantes, foram 400 aves abatidas, a pessoa que estava com os animais iria comercializá-los. O cidadão foi autuado, e as aves doadas em áreas carentes da cidade.
Christian Dietrich
Ascom/Ibama
Boatos on-line que chocam os que amam os animais
Em meados 2000 foi o Bonsai Kitten. Espalhou-se pela internet a informação de que gatos eram criados dentro de garrafas no Japão para que tomassem o formato do vasilhame. Tudo não passava de uma brincadeira de mau gosto. Biólogos e veterinários declararam ser impossível criar um ser vivo dessa forma e posteriormente comprovou-se que as imagens divulgadas eram fotomontagens.
Em seguida, no ano de 2005, vieram os Genpets, que seriam seres-vivos produzidos em laboratório, com temperamentos programados geneticamente para serem vendidos como se fossem meros brinquedos. A confusão foi alimentada por um site onde se poderia comprá-los via Internet e logo se propagou, em especial pelo Orkut. Porém, apesar de verossímil, site e bichinhos são falsos (a montagem pode ser conferida aqui). Adam Brandejs, artista responsável pela “brincadeira”, alegou que seu propósito é propor reflexões em torno das tecnologias genéticas.
Estes falsos boatos foram apelidados de Hoax (fraude ou falsificação em inglês), mensagens ou sites que costumam envolver emocionalmente os usuários de internet até que sua natureza fictícia seja revelada.
A exposição de Natividad
Atualmente, dois boatos têm tirado o sono de pessoas sensíveis à causa dos animais. O primeiro é uma história complexa, divulgada por e-mail e blogs internacionais, que envolveu pessoas de todo o mundo em torno de uma exposição de arte acontecida na Nicarágua. A história – com lances cruéis e final sinistro – movimentou um abaixo assinado que somou mais de dois milhões de assinaturas, além de gerar muita revolta e hostilidade contra os protagonistas.
Tudo começou quando, no dia 16 de agosto de 2007 o artista portoriquense Guillermo “Habacuc” expôs a obra “Exposición #1” em uma galeria chamada Códice na cidade de Manágua, capital da Nicarágua. Entre os elementos dessa exposição estava um cão vira-lata amarrado por uma corda a uma quina de parede. O cão foi nomeado Natividad pelo artista, o que seria uma homenagem ao morador de rua Natividad Canda, um nicaragüense morto por rottweilers enquanto era filmado pela mídia e observado por policiais que não tiveram a iniciativa de salvá-lo.
No dia 4 de outubro, o jornal La Nacion, de Porto Rico, publicou que o cachorro havia morrido de inanição após o primeiro dia de exposição. De acordo com eles, a informação vinha de Marta Leonor González, poetiza nicaragüense. A partir daí teve início o rebuliço e a comoção em torno do ocorrido.
Segundo organizadores do evento, Marta Leonor sequer esteve na mostra. Na mesma semana a galeria desmentiu a alegação da poetiza e revelou que o cão fugiu ao terceiro dia de exposição (a reportagem tentou contatar a poetiza Marta Leonor González, mas não obteve resposta). O suposto desaparecimento do cachorro durante a exposição teria dado margem ao surgimento de diversas versões.
Juanita Gonzales, a diretora da galeria Códice conversou exclusivamente com o Notícias da ARCA e garantiu que o animal foi alimentado satisfatoriamente durante o período em que esteve com eles, com comida levada pelo próprio Habacuc e que ficou apenas durante três diárias (o expediente da exposição). “Tanto eu como Guillermo temos mascotes e se Natividad não tivesse escapado, eu seguramente o teria adotado”, afirma. Enquanto isso, Guilermo Habacuc, que também conversou com o Notícias da ARCA, prefere um discurso mais hermético. Sempre que perguntado se o cão morreu, responde apenas “Natividad morreu”, referindo-se a Canda, o nicaraguense. Porém, ao jornal La Nación da Argentina, o artista revelou que “diante de um juiz diria que o cachorro não morreu”.
No descritivo em que propôs a obra para a galeria, o artista declarou que sua intenção com a montagem seria “produzir reações e comportamento similares aos ocorridos com Natividad Canda (...) que falassem a cada um sobre nossa condição humana”. Além do cachorro de rua amarrado (ele não fala em deixá-lo passar sede ou fome), os elementos relacionados no descritivo incluíam “a utilização dos meios de comunicação de massa: a imprensa escrita e a internet”. Parece que conseguiu.
Mais recentemente, com o anúncio de que Guillermo Habacuc representaria seu país na Bienal Centro-americana, surgiu um abaixo assinado para impedir que o artista participasse da mostra em Honduras (de 23 de julho a 20 de setembro). Na verdade, o artista representará a Costa Rica, mas com trabalhos inéditos sobre os quais não adiantou detalhes por estarem em estágio de concepção.
O caso continua mexendo com a sensibilidade das pessoas e artistas pelo mundo. “Mesmo que o criador não tenha deixado o cão passando fome e que o animalzinho não tenha morrido, só de ele sugerir essas idéias, já se torna um problema” opina a artista plástica brasileira Marisa Nunes. “Esse artista só quer aparecer e usou a fragilidade de um animal para isso”, critica.
Se é possível um lado positivo para essa história, é o fato de Natividad ter canalizado atenções sem precedentes para a situação de carência dos animais na América Central, em particular na Nicarágua.
A ARCA Brasil é contra o uso de animais em qualquer situação que ameace sua integridade física e comportamental, condenando atividades cruéis como rodeios, vaquejadas, rinhas ou corridas de animais.
O caso dos cinqüenta cachorros
O segundo caso que tem mobilizado os amantes dos bichos tem origem brasileira. Trata-se de um e-mail que circula pela internet contando sobre um canil que teve que fechar suas portas, deixando mais de cinqüenta cães de raça desabrigados. A história é verdadeira, mas aconteceu há cerca de um ano atrás e, graças a uma rede de cooperação, hoje todos os animais envolvidos já conseguiram um lar. A mensagem, com o pedido de ajuda original, circulou como se tivesse acabado de acontecer, mexendo com as pessoas que se sensibilizam com o bem-estar dos animais.
Esses episódios demonstram que a maioria das pessoas tem sensibilidade e está disposta a fazer alguma coisa pelos animais. Com essa reportagem, a ARCA Brasil espera ter colaborado com este processo até a tomada de decisão sobre a melhor maneira de investir os poucos recursos à disposição em prol dos bichos.
Contribuinte paga para empresários esfolarem animais: setor coureiro gaúcho recebe incentivo fiscal
Ou seja, todos nós que pagamos impostos vamos estar dando dinheiro, indiretamente, para que os integrantes da Associação das Indústrias de Curtume do Rio Grande do Sul (AICSul) continuem lucrando a partir da esfola do gado bovino, basicamente. Quem já teve oportunidade de ver as cenas de uma vaca tendo seu couro arrancado (sequer entramos no ramo das chinchilas, coelhos e demais animais considerados 'fofinhos') pode se perguntar como o uso de couro ainda pode receber incentivo do Estado, em tempos de 'couro vegetal' e demais produtos que prescindem do sofrimento e exploração dos animais. Tudo em nome da moda, seguindo os ditames do mercado internacional...
Fonte: www.canalrural.com.br
http://www.explorinter.com.br/home/noticia/5
Texto selecionado para o Poemas nos Ônibus aborda escravidão animal
Com o poema Noturno do navio-elefante, o jornalista José Weis, foi um dos 50 selecionados na 16ª edição do Concurso Poemas nos Ônibus e no Trem, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. A entrega dos certificados de participação e uma cópia do adesivo do poema, que será distribuído nos coletivos da cidade e no Trensurb, foi no último dia 18 de junho, no Teatro de Câmara Túlio Piva. A poesia de Weis faz um apelo à reflexão sobre a condição dos animais em circos e zoológicos.
Noturno do navio-elefante
No cais do porto, à noite,
ancorado e abandonado,
um navio tem o aspecto
de um animal raro,
exposto à curiosidade alheia
Triste, pesado e mal cuidado,
seu casco lembra uma pele envelhecida
dá vontade de consolá-lo, por compaixão
O navio-elefante e sua solidão.
Atacado, menino morde pit bull para se defender em Sabará (MG)
Um menino de 11 anos mordeu um cachorro da raça pit bull após ser atacado em Sabará, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), na tarde de terça-feira (22). Segundo o Corpo de Bombeiros, o garoto brincava no quintal da casa do tio quando o cão, que estava preso a uma corrente, avançou e mordeu seu braço.
Assustado, o menino gritou por socorro, mas não foi prontamente atendido. Para se defender, cravou os dentes no cão. Devido à força da mordida, um de seus dentes se soltou e ficou preso à pele do animal.
Pessoas que passavam pelo local ajudaram a separar o pit bull e o garoto, que foi encaminhado a um hospital. Ele foi medicado e liberado ainda na terça-feira.
O cachorro foi encaminhado ao centro de zoonoses da cidade, onde ficará sob observação.
Chimpanzé sobe em topo de edifício após fugir da jaula
Ichiro, um chimpanzé de 42 anos, escapou de sua jaula no zoológico de Ishikawa, no Japão, na terça-feira (22). Ele encontrou um lugar mais fresco no alto de um prédio.
O animal ficou lá durante duas horas e meia, enquanto tratadores tentavam o "impossível" para captura-lo. Chegaram até a disparar dardos tranqüilizantes e jatos d'água contra o chimpanzé, mas nada funcionou.
O macaco chegou a tomar a arma de um dos tratadores, mas por sorte ela caiu no chão antes que ele pudesse causar mais estragos.
A solução para finalmente acalmar o chimpanzé foi a mais óbvia: uma simples banana. Ao aceitar a isca, o animal acabou sendo dominado e levado de volta à jaula.
O problema todo começou depois que um dos tratadores se esqueceu de trancar uma porta, permitindo a fuga de Ichiro.
Símbolo do CCZ morre um mês após ser adotado
Patrícia Azevedo
(22/07/2008) - A cadelinha Mel, que virou símbolo da campanha de adoção de cachorros do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campinas, morreu na semana passada. Ela não resistiu aos maus-tratos a que foi submetida enquanto estava presa no canil do CCZ. Resgatada por uma rede de amigos, a cadelinha foi adotada pela secretária Sandra Mara Araújo em meados de junho e submetida a tratamento de saúde para se recuperar de uma anemia profunda e da doença do carrapato. Ela ganhou peso e vinha se recuperando da anemia, mas nos últimos 10 dias, a sua saúde piorou.De acordo com a Sandra, ela parou de se alimentar e de andar. Foi internada para tratamento mas não resistiu porque além da doença do carrapato, estava com cinomose, uma doença muito grave.
A sua proprietária ainda está muito triste com a morte da mascote e prefere não dar entrevistas. Quando foi retirada do CCZ, Mel estava esquelética e mal conseguia se mexer. Em uma série de reportagens sobre o CCZ, a reportagem da Agência Anhangüera revelou que cerca de 80 cães estavam definhando nos canis por causa da alimentação precária, das péssimas condições de alojamento - canis sem sol e pouco espaço para exercício - e da superlotação. Mel era uma dessas cachorras.
Sensibilizado pela situação revelada pela reportagem, um grupo de amigos e de veterinários se uniu para resgatar esses cães, tratá-los e colocá-los para adoção. Entidades de defesa dos animais, como o Instituto de Valorização à Vida Animal (IVVA) e a União Protetora dos Animais (UPA), também retiraram animais do CCZ.
Leia matéria completa na edição desta terça-feira (22/07/2008) do Correio Popular
http://www.cosmo.com.br/cidades/campinas/integra.asp?id=231667