quarta-feira, 2 de junho de 2010

Governo de SP dá 100 mil para a Festa do Peão de Americana (SP)

O dinheiro de nossos impostos, em vez de ser usado na cultura, educação, saúde, está sendo usado para ajudar na realização de um evento violento e particular que dá lucro para os capitalistas: a Festa do Peão de Americana. A Prefeitura de Americana recebeu R$ 100 mil do Governo do Estado de S. Paulo para a festa com a intermediação do deputado estadual Chico Sardelli.

Além de ser um evento onde se torturam os animais (o rodeio), os peões também são explorados e correm o risco de ficarem paraplégicos e até mesmo morrer, como ocorreu recentemente no Rodeio de Hortolândia. No rodeio de Jaguariúna, 4 pessoas morreram pisoteadas.

Os rodeios são uma versão mais atualizada do Coliseu da Roma Antiga e da então política de pão e circo para alienar a população. Naquela época os gladiadores tinham que enfrentar outros gladiadores ou enfrentar animais para entretenimento da população. Pouca coisa mudou até o século 21, como podemos perceber…

Se você não concorda com o uso de seu imposto para patrocinar este evento grotesco (rodeio na festa do peão de Americana), ajude a protestar. O rodeio ocorrerá entre 2 e 13 de junho em Americana. Para reforçar argumentos em relação à crueldade praticada contra os animais em rodeios, visite os sites Odeio Rodeio e Marica.

Enviem mensagens de protesto:

1) Governo do Estado de S. Paulo: Preencham um formulário em http://www.saopaulo.sp.gov.br/sis/fale.php

2) Prefeitura de Americana: Escrevam um email para o prefeito DIEGO DE NADAI (PSDB): gabinete@americana.sp.gov.br

3) Deputado estadual Chico Sardelli. Preencham um formulário em http://www.chicosardelli.com.br/contato.html

Fonte: ANDA

Japão utiliza eutanásia em cães de rua

Mais de 70% dos pets abandonados morrem por ano em canis do arquipélago.

A economia japonesa sofreu um forte abalo no final de 2008, que fez as vendas despencarem, ao mesmo tempo em que elevou o número de desempregados, falências e concordatas. E apesar de toda essa turbulência, um segmento parece não ter sido afetado pela recessão: o de animais de estimação.

Segundo dados da Associação de Alimentos para Pets do Japão, em 2008, 26,8 milhões de pets viviam no arquipélago, o que representa um aumento de 5,1% em relação a 2007. E todo o segmento é impulsionado pelo consumo de roupas, alimentos, seguros, hotéis, e tantas outras invenções desenvolvidas para os bichos.

Mas nem tudo são flores, apesar do cenário aparentemente favorável para os pets. Isso porque, à exemplo de muitos países, no Japão, os cães de raça são os mais desejados. Assim, os cães SRD (sem raça definida) sofrem com o desprezo e abandono, abarrotando cada vez mais os canis municipais.

E ao invés de estimular a adoção desses animais, as prefeituras recorrem à eutanásia, método muito utilizado no Brasil até abril de 2008, quando o então governador José Serra sancionou a lei que proíbe o ato em animais saudáveis nos 645 municípios do Estado de São Paulo. Vale lembrar que alguns Estados brasileiros ainda praticam a eutanásia, através da câmara de gás ou de descompressão.

Morte silenciosa

De acordo com o site da ONG inglesa Dogs Trust, de 2007 a 2009, o número de cachorros que foram levados à eutanásia na Grã-Bretanha era de 6 a 9%. Já no Japão, segundo a organização de bem-estar animal ALIVE, infelizmente, o número chegou a 70%.

E o resultado pode ser pior, dependendo da província analisada, como Tokushima, por exemplo. A prefeitura local informou que apenas em 2008, mais de 88% dos cães abandonados no Centro de Bem-Estar Animal foram mortos.

Segundo apuração da Reuters e relatos de voluntários e funcionários de ONGs, os motivos do abandono são vários. A maioria é descartada pelo próprio dono, enquanto outros nasceram nas ruas, filhos de vira-latas. Há ainda os que são comprados para a temporada de caça, e em seguida, com o término do período, são deixados na rua.

Cabe então à prefeitura recolhê-los, dando a eles apenas sete dias de vida, antes de irem para a "caixa dos sonhos", eufemismo para a câmara de gás (dióxido de carbono), local em que os bichinhos são colocados para morrer.

Luz no fim do túnel

Na opinião do adestrador Kensuke Kuramoto, que tem um Doberman, a atitude em relação aos pets está mudando, aos poucos, para melhor. Principalmente com a cobertura da imprensa destacando as cidades que apresentam um número elevado de cães soltos pelas ruas. "Assim como há pessoas que tratam os animais como um membro da família, também há aquelas que os compram apenas para celebrar o aniversário da filha", lamenta.

Apesar dos esforços das ONGs em estimular a adoção de pets, estima-se que de março de 2008 a março de 2009, o Centro de Bem-Estar Animal de Tokushima levou para a eutanásia mais de 2,7 mil cachorros.

E por mais que o dióxido de carbono não cause dor ou sofrimento aos bichinhos, toda a operação acaba causando sofrimento em quem é obrigado a conviver com a eutanásia diariamente. É o caso do veterinário chefe do Centro de Tokushima, Akinori Kume. "Sempre que eu aperto o botão para injetar o gás (na câmara), eu me sinto completamente impotente", confessou o veterinário à Reuters.

Fonte: PetMag


http://www.animaisos.org/noticia.php?id=967

Leões explorados em circos são libertados na Bolívia, para viver em santuário nos EUA

Quatro leões conseguiram a liberdade após serem explorados durante anos em espetáculos circenses, graças à lei que proíbe circos com animais na Bolívia, aprovada há quase um ano. O país é pioneiro na América Latina, e proíbe a exploração de animais selvagens e domésticos em espetáculos circenses.

Cada um dos leões resgatados pela ONG Animal Defenders International (ADI) foi colocado em uma jaula especial, completamente acordado, para serem transportados em um avião de carga, do aeroporto de Cochabamba, no centro da Bolívia, com destino à Sociedade de Bem-estar Animal, na Califórnia, Estados Unidos.

A atriz da minissérie CSI, Jorja Fox, estava com o time da ADI em São Francisco esperando para saudar os leões e disse: “Nós tivemos que superar o vulcão Islandês, greves, motins, todos os tipos de dificuldades logísticas, uma enorme papelada, e ainda uma visita presidencial na chegada dos leões ao aeroporto. Será maravilhoso ter a oportunidade de ver os leões caminhando livremente em suas novas habitações, sentindo a grama debaixo de seus pés pela primeira vez na vida.”

Após anos de exploração, crueldade e maus-tratos, os leões finalmente poderão viver seus últimos dias com dignidade, tranquilidade e paz, com o mínimo de contato humano em um espaço de noventa quilômetros quadrados.

Infelizmente, uma leoa idosa, cega e mãe de três dos quatro leões não embarcou. Devido ao seu estado crítico de saúde, resultado dos maus-tratos diários a que foi submetida durante toda a sua vida, ela precisou ser sacrificada para evitar maiores sofrimentos, segundo Enrique Mendizabal, voluntário da Animal Defender International (ADI), que coordenou a operação de transferência dos leões.

No circo os cinco leões viviam em uma jaula um pouco maior que eles e eram submetidos a constantes maus-tratos. A crueldade com os animais foi filmada e divulgada, o que auxiliou no convencimento dos legisladores bolivianos a aprovar a lei que proíbe a exploração de animais selvagens e domésticos em circos.

Os felinos são os primeiros animais a conseguir a liberdade. Centenas de animais domésticos e selvagens ainda têm um destino incerto, vivendo em pequenos circos espalhados pela Bolívia, segundo organizações defensoras dos animais.

O prazo para que os circos se adaptem à lei, aprovada em junho de 2009, termina no final de junho deste ano. Esperamos que esta seja apenas a primeira história com final feliz para estes animais, que foram explorados e maltratados durante longos anos na Bolívia, e que agora possam, finalmente, viver em paz.

De volta à natureza

Após o resgate e os devidos cuidados, os animais foram liberados dos caixotes e soltos em um grande habitat natural, construído especialmente para eles. Fox ainda disse: “Que maneira maravilhosa para começar uma semana. Estes leões que viveram anos em jaulas minúsculas e enferrujadas em carretas de caminhões agora estão em casa para descansar”. O resgate provocou grande interesse na mídia e no público na América do Sul, principalmente neste momento em que o Brasil e o Peru estão prestes a votar medidas para banir o uso de animais em circos.

Fonte: ANDA

Casal de leões está abandonado no Zoológico de Ivinhema (MS)

Desativado há cerca de 2 anos, o Zoológico Municipal de Ivinhema abriga um casal de leões que não puderam ser removidos e outros animais. A denúncia foi feita pelo site Nova News e chamou a atenção de uma grande rede de televisão nacional.

Segundo informações do site, os leões estão obesos e quase não vistos. No zoológico é possível encontrar macacos, porcos do mato e um veado. O local fica na entrada de Ivinhema, às margens da MS-276, no sentido para Deodápolis.

Em nota, a prefeitura de Ivinhema informou que o zoológico não atende à legislação, por ter sido criado há mais de 30 anos. O valor para adequação está fora do Orçamento do município, que repassou a responsabilidade para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

O zoológico fica próximo a área residencial da cidade e está tomado pelo mato. Uma família é responsável por cuidar dos animais, que ainda não tem destino definido. Denúncias apontam que o local transformou-se em criatório do mosquito da dengue.

Fonte: Campo Grande News


http://www.animaisos.org/noticia.php?id=972

Governador do Paraná assina decretos para a conservação da biodiversidade

O governador Orlando Pessuti e o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Jorge Augusto Callado Afonso, abriram nesta terça-feira (1) a Semana do Meio Ambiente no Paraná - durante a Escola de Governo – com a assinatura de dois decretos para a conservação da diversidade biológica no Paraná. Um dos decretos prevê a atualização da Lista de Mamíferos Ameaçados de Extinção no Paraná e o outro é um termo de cessão de uso do Parque Iguaçu para o município de São José dos Pinhais.

“Para proteger a sua biodiversidade, o Paraná vem implementando uma política avançada. Temos diversas ações importantes e queremos reiterar a importância de ações de educação ambiental”, disse Pessuti.

Com o decreto, o Estado passa a ter 182 espécies de mamíferos que deverão ser protegidas. O Paraná foi o primeiro Estado brasileiro a aprovar uma Lei de Proteção da Fauna Ameaçada de Extinção. A Lei 11.067, de 17 de fevereiro de 1995, de autoria do então deputado estadual Orlando Pessuti, proíbe a utilização, perseguição, destruição, caça, coleta ou captura de exemplares da fauna ameaçada de extinção, bem como a remoção, comércio de espécies, produtos e objetos que impliquem nas atividades proibidas.

O secretário do Meio Ambiente, Jorge Augusto Callado Afonso, lembra que em 2004 foi feita a primeira revisão da Lista Vermelha, que resultou na criação do Sistema Estadual de Proteção à Fauna no Paraná. A atual lista de mamíferos foi revisada em 2009, quando passou a ter 182 espécies. “Com a divulgação desta lista, o Governo do Paraná quer mostrar que, além de projetos para manter o equilíbrio dos ecossistemas, o Estado precisa do conhecimento e do envolvimento da sociedade paranaense. Esse esforço é vital para o bem-estar da humanidade no presente e no futuro”, declarou Callado.

CLASSIFICAÇÃO – A lista classifica as espécies ameaçadas de extinção nas seguintes categorias: regionalmente extinta, criticamente em perigo, em perigo, vulnerável, quase ameaçada, de risco menor, não avaliada e insuficientemente conhecida.

Para garantir a proteção destas espécies, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) desenvolve uma série de ações no âmbito do Sistema Estadual de Proteção à Fauna no Paraná. Entre elas, reuniões do Conselho Estadual de Proteção à Fauna, que prevê plano de ações regionais para proteção das espécies; a Rede Pró-Fauna e o Selo Amigo da Fauna, que surgiu para reconhecer com o Selo instituições que desenvolvem projetos para proteger a fauna. Com isso, o Instituto quer somar esforços com as empresas e organizações que desenvolvem atividades voltadas à conservação da fauna silvestre.

“Todos estes projetos estão sendo desenvolvidos para conter a perda da biodiversidade e precisamos da participação da sociedade civil neste sentido. É necessário agregar atores interessados que auxiliem na busca de resultados positivos”, comenta o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), José Volnei Bisognin.

Outro importante decreto foi assinado durante a Escola de Governo pelo governador Orlando Pessuti e pelo prefeito do município de São José dos Pinhais, Ivan Rodrigues, que prevê a sessão de uso do Parque Iguaçu para o município. O prefeito explica que a área é muito importante para manter a preservação e também oferece um espaço de lazer aos moradores. “Estamos cientes das responsabilidades ambientais que deverão ser mantidas e ao mesmo tempo vamos oferecer um espaço para que a população tenha um contato maior com a natureza”, disse.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

Projetos de lei relacionados a animais confundem protetores

Alguns projetos de lei que objetivam o bem-estar dos animais no Brasil contêm trechos que, quando mal compreendidos, podem comprometer importantes avanços na legislação animal. Projetos de lei como o PLC 4/2005 e o PL 215/2007 têm recebido críticas que geram polêmica e trazem pouco esclarecimento às pessoas.

O texto original do PLC 4/2005, que estabelece regras para o controle populacional de cães e gatos, instituía o controle por meio da castração cirúrgica somente, excluindo outros métodos. Uma emenda feita no plenário do Senado alterou o Art. 1º do texto, no sentido de tornar possíveis outras formas de esterilização. O artigo passou a ter, então, a seguinte redação: "O controle de natalidade de cães e gatos em todo território nacional será regido de acordo com o estabelecido nesta Lei, mediante a esterilização permanente, cirúrgica, ou não, desde que ofereça ao animal o mesmo grau de eficiência, segurança e bem-estar”.

A partir daí, manifestações contra essa mudança têm sido constantes, com a alegação de que a castração química ainda está em fase de testes e que não é um método ainda reconhecido. A Gerente de Programas Veterinários da WSPA, Dra. Rosangela Ribeiro, não vê problema na emenda, mas destaca a importância de se garantir a eficácia dos produtos existentes:

– Acreditamos que esse PL colabora para que políticas de controle populacional humanitárias substituam aquelas que durante décadas exterminaram os animais domésticos com o intuito de controlar as zoonoses. Não podemos negar que é preciso mais pesquisas que certifiquem a eficácia dos produtos já existentes e que, acima de tudo, garantam o bem-estar dos animais. Porém, é importante ressaltar que, quando o projeto se tornar lei, o sacrifício de animais saudáveis, que acontece todos os dias no Brasil, não será mais permitido. – avaliou Rosangela.

Ela citou ainda o recente documento lançado pela WSPA Internacional, intitulado “WSPA Advice in Chemical Castration”, em que a castração química foi abordada. Nele, além de não haver uma posição contrária ao método, recomenda-se sua utilização aliada a certas condições básicas, como a sedação, o uso de analgésicos e/ou antiinflamatórios, sua aplicação por pessoas altamente capacitadas e a observação do animal por pelo menos 10 dias após a aplicação do produto. Outras medidas de controle também foram citadas, como a educação em guarda responsável, o registro e a identificação de animais com microchip.

A emenda já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Atualmente aguarda parecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

O Código Federal de Bem-Estar Animal
Com o objetivo de estabelecer diretrizes e normas para a garantia dos princípios de bem-estar animal nas atividades de controle populacional e de zoonoses, experimentação científica e produção animal, o PL 215/2007 (mais conhecido como Código Federal de Bem-Estar Animal) também tem gerado debate entre os defensores de animais. A polêmica se deve à presença de elementos que estabelecem exceções em temas como eutanásia, resgate e adoção de animais.

De autoria do deputado Ricardo Tripoli, atuante no movimento pelos animais e colaborador das Campanhas “Circo Legal não tem Animal” e “Defenda os Animais Domésticos”, promovidas pela WSPA, o PL atualmente aguarda a designação de Comissão Especial para continuar sua tramitação.

A médica veterinária e consultora da WSPA em Brasília, Ana Nira Junqueira, esclarece que por se tratar de um código bastante abrangente, ressalvas ou correções favoráveis à melhoria dos artigos postos em questão serão bem-vindas por Tripoli. Ana recomendou ainda cuidados aos internautas que recebem e-mails com correntes condenando o conteúdo do código:

– O deputado Tripoli tem demonstrado grande interesse em contribuir para o bem-estar animal e se colocado aberto a críticas e sugestões que possam melhorar o Código. Seu e-mail está disponível no site da Câmara (dep.ricardotripoli@camara.gov.br). Em vez de repassar mensagens deturpando o objetivo do projeto de lei, é muito mais produtivo enviar novas alternativas diretamente a quem pode de fato propor essas mudanças – alertou Ana.

Para a consultora, é importante que as pessoas tenham em mente que o objetivo do projeto é a melhoria de vida de bilhões de animais. Ana lembrou também que o Código Federal de Bem-Estar Animal ainda é um projeto de lei e, por isso, ainda passará por longas tramitações até sua aprovação. Durante esse processo, podem ser feitas emendas e alterações ao texto original.

Fonte: WSPA



http://www.animaisos.org/noticia.php?id=978