Segundo matéria publicada no Jornal do Brasil deste domingo, o Rio não é apenas o balcão de negócios preferido de traficantes de armas e drogas, mas também é uma das principais rotas de animais silvestres do país (ao lado de São Paulo), abastecendo tanto o mercado externo quanto o interno, incrementado com mais de 100 feiras livres. As informações são da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).
A reportagem afirma que o tráfico de animais é o terceiro crime mais rentável do mundo e movimenta em torno de US$ 900 milhões por ano no país.
De acordo com o Renctas, o tráfico de drogas e armas está diretamente ligado ao de animais silvestres. O Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente da Polícia Militar (BPFMA) informou que desde que mudou as estratégias de combate às feiras livres, o batalhão aumentou as apreensões de animais de 1.908 no ano passado para 4.816 até outubro deste ano.
Ao todo, existem mais de 100 feiras livres no estado do Rio, em municípios como Vassouras, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Piraí, São Gonçalo, Magé, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, São Fidélis e Muriaé, além de Duque de Caxias, a mais famosa do Rio. Segundo a polícia, um dos principais problemas enfrentados no combate ao crime, porém, é a fragilidade da Lei 9.605, que determina a pena de um a três anos de prisão para os criminosos. A fiança é de R$960.
Segundo o Renctas, por ano, cerca de 38 milhões de animais são retirados da natureza. De cada 10, nove morrem durante a captura ou no transporte. Apenas um chega às mãos do consumidor, 60% deles no mercado interno e 40% o exterior.
http://www.sidneyrezende.com/noticia/24314+rio+e+balcao+de+negocios+preferido+do+trafico+de+animais