terça-feira, 12 de agosto de 2008

Ações efetivas combaterão a captura de tubarões por pesca de emalhe

Meio Ambiente - Estudo feito pelo pesquisador Jorge Kotas, do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul), centro especializado do Instituto Chico Mendes, contabilizou a retirada de 35 mil tubarões-azul (Prionace glauca) das águas do Sul do Brasil, entre 1997 e 2005.

Essa espécie é uma das favoritas dos pescadores por ser fácil de apanhar e ter barbatanas enormes.

A cobiça se dá devido o aumento no preço destas barbatanas, puxado pela demanda asiática para uso na culinária, em especial a chinesa.

Hoje, a barbatana pode chegar a R$ 100 por quilo no Brasil. As barbatanas de tubarões-azuis trazidas por pescadores após 20 dias no mar em Itajaí, litoral de Santa Catarina, por exemplo, são a maioria exportadas.

Em reunião ocorrida no mês de julho, um grupo formado por especialistas da Diretoria de Conservação da Biodiversidade/ICMBio, do Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul), do Ibama em Rio Grande-RS, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler, do Rio Grande do Sul e da Fundação Universidade de Rio Grande avaliaram medidas de conservação destas espécies.

A proposta é ordenar a pesca de emalhe. Para isto discutimos três possíveis cenários, levando em consideração a minimização dos riscos de captura destas espécies pela frota pesqueira nacional, explica o analista ambiental da Diretoria de Conservação da Biodiversidade/ICMBio Luis Otávio Frota da Rocha.

Outras análises levaram em consideração o prejuízo das medidas de ordenamento para o setor pesqueiro, bem como o nível de incerteza da eficiência das medidas. Mas as definições virão do Grupo Técnico de Trabalho - GTT de Gestão da Pesca de Emalhar, instituído pela Portaria Conjunta ICMBio-Ibama Nº 07, de 2007, informa Rocha.

O grupo de especialistas apresentou a conclusão das análises ao GTT, que tomará as decisões em breve. A situação dos tubarões e raias é crítica, porque eles são mais vulneráveis à pesca. Entre as ameaçadas estão a raia viola e o cação anjo. Entre as espécies sobrepescadas estão o cação magona e o tubarão azul, explica Rocha.

Fonte: Editoria: Vininha F.Carvalho - diretora da Del Valle Editoria

Editora do Portal Revista Ecotour...www.revistaecotour.com.br

Contato: vininha@vininha.com

http://www.seashepherd.org.br/noticia.php?not=104

Polícia desmonta rinha de canários

Ibama combate no Cariri o crime ambiental de comércio envolvendo espécies silvestres, como as rinhas de canários
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Canários apreendidos foram levados para o Escritório do Ibama no Crato e serão libertados em reserva indicada pelo órgão ambiental (Fot Antônio Vicelmo)

Crato. A Polícia Ambiental desmontou, nesse domingo, em Juazeiro do Norte, uma rinha de canários de briga que, funcionava numa chácara na Rua Sebastião Mariano, 528, bairro Tiradentes, de propriedade de Cícero Simões de Souza. Na oportunidade, os policiais apreendeu 62 canários, um sabiá e um gola. Além das aves, foram levadas para a Delegacia da Polícia Federal de Juazeiro do Norte, nove pessoas que foram flagradas no local durante a operação ambiental.

O Termo circunstanciado de Ocorrência (TCO) foi feito pelo delegado, Jonas Viana Duarte, que incluiu o infratores no artigo 32, da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.

De acordo com o artigo 32, é proibido praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A pena é de seis meses a um ano de prisão. Os infratores foram ouvidos e liberados em seguida, após pagamento de fiança.

Reserva autorizada

Os canários foram levados em 17 gaiolas para o escritório do Ibama no Crato, que providenciará a libertação das aves numa reserva autorizada, provavelmente no município de Campos Sales. O chefe do escritório, Francisco Sales da Silva, informou que cabe ao setor de fiscalização, em Fortaleza, indicar a reserva, onde as aves deverão ser soltas.

Sales adverte que um dos objetivos das rinhas é ganhar dinheiro com as apostas e com a comercialização das aves, um negócio multimilionário, onde os canários são um instrumento cruel de exploração financeira. O preço de um canário varia de R$ 500 a R$ 2 mil. Ontem pela manhã, foram apreendidas outras aves nos bairros do Crato, que estavam presas em gaiolas em frente às residências. Os ficais do Ibama informaram que a fiscalização terá continuidade na região, onde ainda é comum a venda de animais silvestres nas feiras.

SAIBA MAIS

Dasaparecimento

O canário é um dos pássaros mais comuns e conhecidos no País. A caça predatória, bem como a depredação ambiental, já ocasionaram o seu desaparecimento em várias localidades.

Cantador

Entre os indígenas é conhecido como Guiranheemgatu, que significa pássaro de bom canto. Além de excelentes cantores, são extremamente valentes e combativos, por isso, num ato criminoso, são utilizados em rinhas de Canários.

Machos

É também conhecido como Canário-de-briga e Canário-Chapinha. As fêmeas são levemente mais escuras do que os machos, tendo penas amareladas no corpo, asa e cauda, além das laterais do corpo fortemente riscadas. Já os machos, são de plumagem onde o amarelo é dominante, com tom esverdeado nas partes superiores.

ILEGALIDADE

Aves são criadas para brigas apostadas

Crato. A exemplo das brigas de galo, as rinhas de canários são proibidas por lei. Como esses animais possuem uma natureza um pouco indócil e são bastante ciumentos em relação a suas fêmeas, os criadores se aproveitam disso para colocá-los para brigar. As apostas, nesse casos, rendem bastante dinheiro.

Para atiçar as aves, os apostadores criam os canários machos sem nenhum contato visual com o outro, salvo com as fêmeas. Crescidos, eles são postos em duas gaiolas, lado a lado, e ao abri-las, eles se atiram um sobre o outro. A luta só termina quando um deles se machuca muito, ou foge. As lutas são rápidas, e eles são treinados para isso.

Os animais tem um código de comunicação, que permite um diálogo antes da disputa. Os pássaros eriçam as penas para intimidar o adversário, que também pode fazer sinais de apaziguamento e abandonar o território, pondo termo à disputa. Em algumas rinhas, os canários para briga são alimentados com sementes de maconha ou comprimido de Melhoral.

ANTÔNIO VICELMO
Repórter
http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2382

Polícia ambiental apreende 111 aves silvestres

FAUNA - Animais serão tratados e depois reintroduzidos em seu ambiente

A polícia ambiental apreendeu 111 aves silvestres e uma iguana nas feiras livres de Nova Natal e Cidade da Esperança, no último domingo. A diligência foi feita após denúncias de populares. Os vendedores se dispersaram quando viram os policiais e abandonaram os animais, encaminhados ao centro de receptação de animais silvestres do Ibama-RN. A polícia conseguiu deter apenas uma pessoa, que foi conduzida à delegacia de plantão.

O comerciante ilegal não ficou detido, porém, responderá por crime ambiental classificado no artigo 29 da Lei de Crimes Ambientais 9605/98, que prevê multa de R$ 50 para cada pássaro apreendido (que não consta na lista de extinção). Um homem foi detido quando tentava fugir, portando uma gaiola contendo uma ave. Quando os animais correm risco de ser extintos, a multa prevista é de R$ 500 por exemplar.

O major Túlio César Alves de Oliveira, comandante da polícia ambiental, explicou que seis animais morreram no trajeto porque estavam muito debilitados. “Eles são acondicionados de maneira muito cruel, em acomodações coletivas, expostos ao sol, sem alimentação, alguns chegaram muito desidratados”, declarou. Segundo ele, se os pássaros não tivessem entrado rapidamente no processo de reidratação, provavelmente teria havido mais óbitos.

“Agora eles estão no local adequado, onde existem profissionais habilitados para cuidar dos pássaros. Quando for a hora ideal, serão reintroduzidos em seu meio natural”, afirmou. O policial explicou que a iguana estava em boas condições e foi “devolvida” ao Parque das Dunas, pois ficou entendido que o animal havia sido retirado daquele local. Duas equipes fizeram as apreensões.

Diversos tipos de pássaros foram apreendidos, sendo que os galos de campina, azulão, papa-capim, vem-vem, verdelinho, sibite, golinha, caboclinho e gaturama se destacavam por estar em maior quantidade. Três aves não foram identificadas, talvez porque não sejam típicas da região Nordeste, à exemplo do cardeal (ave originária do Sudeste) presente no grupo. Pela apreensão de aves não típicas da região, pode-se concluir que a rede de tráfico de animais está interligada. O major Túlio explicou que nenhuma das aves apreendidas está na lista de extinção, mas o cardeal está na lista de perigo.

No dia 26 de agosto será realizada uma reunião, no parque das Dunas, com pesquisadores das universidades do Rio Grande do Norte para debater a respeito do plano de soltura dos animais apreendidos. O destino dos animais que se encontram no centro de triagem do Ibama-RN só é decidido após ter passado o período chamado quarentena, em que são observados os aspectos relativos à saúde dos indivíduos.
Foto:Junior Santos
Disque-denúncia
Polícia Ambiental: (84) 3201-3985 / 190 (PM)
Ibama-RN - 0800-61-8080/3211-0100
http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2381

Tumulto marca ação para retirar animais de circo no DF

Correria, agressões e tumulto marcaram hoje a remoção de cerca de 20 animais apreendidos no circo Le Cirque - a 4 quilômetros do Palácio do Planalto - para o Zoológico de Brasília, como parte da Operação Arca de Noé. Um laudo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) determinou a interdição do circo por "falta de segurança" para o público e "maus tratos" aos animais, entre os quais duas girafas, cinco elefantes, chimpanzés, pôneis, um rinoceronte e um hipopótamo. Tratadores e funcionários protestaram e tentaram impedir a retirada dos animais.
  • Tumulto marca ação para retirar animais de circo em Brasília

Os trabalhadores do circo haviam se acorrentado aos rebocadores, mas tiveram as correntes arrebentadas e foram arrastados da frente dos veículos. Artistas do circo, funcionários e até um menor de 13 anos que formavam uma barreira humana para resistir à Operação também foram retirados à força. "É uma arbitrariedade", protestou o advogado Luiz Sabóia, que tentou em vão negociar uma trégua com os fiscais e policiais militares, requisitados para dar suporte à operação.

Sabóia exibia uma liminar da Justiça Cível de Brasília, concedida em 2 de agosto, que considerava as condições de alojamento dos animais satisfatórias e derrubava os efeitos da interdição anterior, emitida pelo Ibama no final de julho. Mas o Ibama fez nova inspeção e emitiu novo laudo. Para o advogado, foi uma "maneira esperta" do Ibama de não cumprir a decisão judicial.

Essa é a segunda vez que o circo é interditado quando se apresenta em Brasília, onde a Câmara Distrital aprovou leis tão rigorosas de proteção aos animais que praticamente tornam inviáveis as exibições em circos. Nas duas vezes, a casa só funcionou amparada por liminar da Justiça. A primeira vez, foi em outubro de 2006.

De origem francesa, o Le Cirque está radicado no Brasil desde a década de 70, com sede em Santa Catarina. O espetáculo é eclético, mas a grande atração da criançada são os mais de 30 animais, das mais variadas espécies. Eles consomem duas toneladas de alimentos por dia e exigem uma logística extraordinária a cada deslocamento.

Teto baixo

O coordenador de Operações do Ibama, Roberto Cabral Borges, reconhece que não falta alimento e água fresca para os animais. Mas os espaços em que eles estavam confinados eram "muito aquém dos limites" previstos nas normas de proteção e o item conforto também "deixa muito a desejar". Além de pequeno, o alojamento das girafas, conforme o laudo, tem teto baixo. Com dez centímetros de altura a menos, o teto obriga os animais a ficarem com pescoço torcido na maior parte do alojamento.

Confinados numa jaula que os deixa com freqüência estressados, os chimpanzés tiveram os dentes extraídos para evitar acidentes com os tratadores ou populares. Quando bebês, chimpanzés são graciosos e afáveis, mas adultos adquirem a força de sete homens e passam a ter dentes poderosos, capazes de decepar a mão de uma pessoa numa mordida.

O Ibama também constatou que os elefantes estavam muito mal acomodados e podiam fugir a qualquer instante. "Eles poderiam facilmente chegar à Esplanada dos Ministérios e causar graves acidentes com populares", disse Cabral. "O perigo era iminente e a gente não precisa esperar o acidente ocorrer para agir", explicou.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2008/08/12/ult4469u29562.jhtm

Promovida, baleia jubarte não está mais sob ameaça

da Associated Press

A baleia jubarte está em "vias de recuperação" e não consta mais da lista de espécies ameaçadas de extinção, disse ontem a IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza).

A ONG, que é responsável pela lista anual de espécies com mais riscos de sumir do planeta, ainda promoveu a baleia franca. A espécie melhorou de posto e entrou para a categoria "vulnerável".

Segundo Bill Perrin, técnico da IUCN, as jubartes haviam sido reduzidas a alguns milhares de exemplares antes de 1966, quando a pesca comercial da espécie passou a ser proibida.

Hoje, com um crescimento "saudável" de 5% ao ano no norte do Pacífico, as estimativas indicam que a comunidade tem 60 mil animais.

Segundo a IUCN, a proibição da pesca comercial é o que explica o aumento recente das duas populações.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u432465.shtml

Elefantes-marinhos ajudam a mapear mudança climática na Antártida

da France Presse, em Sydney

Um grupo de cientistas utilizou elefantes-marinhos que vivem no gelo do oceano Antártico para desenhar um mapa sobre a mudança climática na região.

Dotados com sensores, os animais de até três toneladas transmitiram informações aos satélites dos pesquisadores quando emergiam da água para respirar.

Eles nos permitiram observar pela primeira vez as grandes áreas abaixo dos gelos invernais", explicou Steve Rintoul, do Centro de Pesquisas do Clima e Ecossistema no Antártico da Austrália.

"A observação sob o gelo marinho é uma operação muito cara e lenta", continuou. "Os satélites não podem ver o oceano através do gelo e os dispositivos que utilizamos em todos os oceanos do mundo também não conseguem emergir para transmitir os dados ao satélite porque estão presos sob o gelo."

Os elefantes-marinhos medem a temperatura, a salinidade e a profundidade.

As regiões polares têm um papel muito importante na avaliação do aquecimento da Terra e mudam numa velocidade maior do que qualquer outra parte do mundo.

Focas

Não é a primeira vez que animais são usados com essa finalidade. Um dos aspectos mais inovadores da pesquisa com focas, por exemplo, foi utilizar os dados das mudanças de salinidade para determinar a quantidade de gelo que se formou durante o inverno.

"O gelo marinho é importante para o clima porque reflete a energia solar de volta ao espaço", afirmou o cientista.

Os sensores, do tamanho de um celular, foram colocados nas focas quando elas voltavam às ilhas sub-antárticas para se reproduzir durante o verão. Os pesquisadores colocaram os aparelhos em suas cabeças de forma que, quando sobem à superfície para respirar, eles ficam fora da água e podem transmitir os dados aos satélites.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u432413.shtml

Batalhão Florestal retira animais de praça de São Gonçalo

O Globo

RIO - Policiais do Batalhão Florestal da Polícia Militar determinaram a retirada imediata de animais silvestres que eram mantidos em pequenos viveiros num mini-zôo montado pela Prefeitura de São Gonçalo na Praça do Zé Garoto, no Centro. Numa operação realizada no fim da noite desta segunda-feira, os policiais encontraram dois tucanos, duas araras, micos e calopsitas (aves australianas parecidas com periquitos). A presença dos animais na praça foi denunciada na coluna Extra, Extra, do jornal "Extra".

Segundo os funcionários da prefeitura que receberam os policiais, os animais são de criadouros autorizados pelo Ibama e a presença deles no mini-zôo estava autorizada pelos órgãos competentes. O comandante do Batalhão Florestal, tenente-coronel Ivanir Linhares, disse, contudo, que os funcionários apresentaram apenas um protocolo do Ibama, a quem a prefeitura pedira autorização para criar o mini-zôo:

- Recomendamos que os animais fossem levados para local adequado até que o Ibama conceda a autorização para funcionamento do mini-zôo. Acredito, porém, que esta autorização não seja concedida. O local não é propício porque os animais são submetidos a estresse permanente devido à presença de público na praça.

http://extra.globo.com/rio/plantao/2008/08/12/batalhao_florestal_retira_animais_de_praca_de_sao_goncalo-547693563.asp

Ex-estrela pornô defende castração de animais

Só faltava essa... O PETA, grupo de proteção aos animais, escolheu Jenna Jameson para protagonizar uma campanha de controle de natalidade animal. A ex-atriz pornô aparece de perfil cobrindo os seios ao lado da frase: "As vezes, muito sexo pode ser uma coisa ruim."

A campanha incentiva os donos de gatos e cachorros a castrá-los. Assim, a organização busca diminuir o número de animais sem abrigo ou em instituições de recolhimento.

Jenna é velha companheira do PETA. Ela já participou de outras campanhas e, no site do grupo, há papéis de parede da atriz para download.

A atriz é uma das mais conhecidas no meio pornô. Ela coleciona mais de 25 prêmios por seu desempenho em filmes.

http://verdesmares.globo.com/v3/canais/noticias.asp?codigo=229849&modulo=808

Operação Gladiadores fecha uma das maiores rinhas de brigas de galos da Paraíba

Durante a noite da última sexta-feira (8) e madrugada do sábado (9) uma equipe de fiscais do Ibama, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, desencadeou a Operação Gladiadores com o objetivo de coibir um crime que ocorria há bastante tempo em uma grande instalação localizada na Rua Cônego Vicente, no bairro do Rangel, em João Pessoa (PB). O local contava com toda infra-estrutura, com bar, arquibancadas em volta das rinhas e alojamento para dezenas de aves (galos de briga). A prática das brigas de galos em rinhas é infração prevista na Lei dos Crimes Ambientais, o que caracteriza crime contra a fauna.

No local havia centenas de pessoas, entre homens, mulheres, algumas crianças e jovens. Imediatamente foi identificado o proprietário do local, Antônio Ramos, que recebeu voz de prisão, juntamente com outras pessoas organizadoras do torneio e proprietários de galos de briga. Após feita a triagem, muitos dos espectadores foram liberados. Foi chamado o Conselho Tutelar para cuidar do caso dos menores e os demais infratores devidamente identificados, entre eles havia inclusive policiais civis e até um juiz de direito. Foram todos embarcados em um ônibus trazido até o local, para transportar as 42 pessoas detidas, que foram levadas à Delegacia de Polícia para serem devidamente autuadas. Foi aplicado multa no valor de R$ 3 mil por cada galo ao seu proprietário. Antônio Ramos foi autuado em R$675 mil.

A Operação Gladiadores começou a ser planejada a partir de denúncia, recebida por meio da Linha Verde (0800 61 8080). Após dois meses de investigações e depois de ter sido confirmada a data de realização do Torneio Interestadual de Aves Combatentes, uma operação conjunta entre o Ibama e PRF foi montada com muitos detalhes sigilosos. Cerca de três horas antes do horário previsto para o desencadeamento da operação, o Ibama obteve a informação de que os organizadores do evento iriam colocar pessoas vigiando pontos estratégicos do bairro, para avisar da aproximação de viaturas policiais ou do Ibama. Diante desse fato, o Ibama mudou a estratégia de deslocamento das equipes, deixando as viaturas para chegarem ao local após a abordagem da equipes de fiscais e policiais, que chegaram de surpresa embarcadas em um caminhão baú.

De acordo com analista ambiental, Edberto Farias de Novaes, chefe da Divisão de Fiscalização, os animais, ao todo 225 galos de briga, um papagaio e algumas aves, foram levados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres. Cães da raça pitbull, também utilizados em lutas, irão para o Centro de Zoonoses. Os fiscais do Ibama ainda apreenderam no local, que foi devidamente fechado e lacrado: computadores e muito material com anotações de apostas e agendas com datas de eventos envolvendo brigas de galos em todo o Estado da Paraíba. Também foi encontrado no local, três mil cartuchos de calibre 12, material para recarga desses cartuchos, três pistolas calibre 380, um revolver calibre 38, armas encontradas em poder do proprietário da rinha, além de munição para armas de uso exclusivo do exército, o que indica que o local tem ligação com o crime organizado, também havia drogas (maconha) e dinheiro no valor de R$ 30 mil reais. Todo material está sendo devidamente analisado pelas equipes de fiscalização envolvidas nesta operação. (Fonte: Gutemberg Pádua/ Ibama)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=39993