domingo, 30 de novembro de 2008

Resgate de cão em Santa Catarina



fonte:
http://www.gaepoa.org/site/?m=Noticia&id=162

Animais mortos pela enchente em SC devem ser enterrados

Carcaças não devem ser jogadas em valas e rios por causa do risco de contaminação


A Companhia Integrada de Desenvolvimento de Santa Catarina (Cidasc) orienta a população a enterrar os animais encontrados mortos por causa da enchente. Esses animais não devem ser jogados em valas ou rios devido ao risco de contaminação.

A Cidasc sobrevoou a região de Itajaí, a mais atingida pela enchente, e constatou a morte de animais em diversas propriedades. Só em uma delas foram 600 bovinos, que já estão sendo enterrados.

Nas áreas urbanas, a orientação é para que as pessoas enterrem os animais nos lixões.

O brinco de identificação do animal morto deve ser retirado e encaminhado à Cidasc para que seja feito o registro do óbito do gado. Em outubro, foi concluído o trabalho de identificação de todos os bovinos e bufalinos de Santa Catarina.

O número de telefone da Cidasc para emergências com animais é 0800-6439-300.

http://www.clicrbs.com.br/pioneiro/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&action=noticias&id=2313309&section=Geral

ONGs enviam alimentos para animais de Itajaí (SC)

A Prefeitura de Itajaí (SC) registrou hoje a doação de 2.500 quilos de ração animal. Os produtos foram enviados por ONGs (organizações não governamentais) de todo o país, principalmente dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com dados da Defesa Civil, os alimentos estão sendo doados diretamente para a população mais afetada pelas enchentes.

A Aipra (Associação Itajaiense de Proteção aos Animais) contabiliza que cerca de 700 a mil cães, gatos e cavalos tenham morrido em Itajaí.

A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrário de Santa Catarina) alertam a população a enterrar os animais em vez de não jogá-los em rios em valas. A medida é para evitar um surto de contaminação.

Quem tiver ração para animais domesticados pode encaminhar para o Centreventos Itajaí, ou entrar em contato com a Aipra pelos telefones: 0/xx/47 9928-2222/9919-4769.

http://www.votebrasil.com.br/noticia/regional/ongs-enviam-alimentos-para-animais-de-itajai-sc

Tamanduá morre em região alagada de SC; animais buscam refúgios

A chuva já matou 97 pessoas e deixou 19 desaparecidos em Santa Catarina. Oito cidades estão isoladas e mais de 100 mil pessoas permanecem ilhadas no Estado.

Em Gaspar, uma das dez cidades em que foi decretada situação de calamidade, os animais também são vítimas da chuva. Na zona rural, um tamanduá-mirim foi encontrado morto na tarde de ontem (26). O animal parecia ter sido arrastado pela água.

Segundo o leitor Fernando André Schmitt, que registrou a imagem, os bichos da região estão procurando refúgios para escapar das águas. Ele vive em Blumenau e foi a Gaspar verificar como está sua avó, Carmen, que mora sozinha.

"É muito difícil chegar de carro", diz Schmitt. "A região foi muito atingida."

Além de diversos gatos, o gado de um vizinho também migrou para a propriedade da família. "Os bois conseguiram subir o morro e estouraram a cerca", relata.

A Defesa Civil está alertando os moradores para o risco de animais peçonhentos, que abandonaram suas tocas devido às águas.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42235

Desmatamento da Mata Atlântica pode ter contribuído para tragédia em SC

O desmatamento da Mata Atlântica pode ter contribuído para a tragédia causada pelas chuvas em Santa Catarina. É o que avalia o professor do departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina, Lino Brangança Peres.

“As árvores foram substituídas por casas e vegetação rasteira, o que contribuiu para a erosão. Esses deslizamentos aconteceriam mais cedo ou mais tarde, as fortes chuvas desses dois meses apenas aceleraram esse processo”, explica.

A floresta cobria uma área de aproximadamente 1,29 milhão de quilômetros quadrados, em 17 estados brasileiros, incluindo Santa Catarina. O bioma ocupava cerca de 15% do território nacional. Atualmente, apenas 7% desse total permanece intacto.

O desmatamento da Mata Atlântica está diretamente ligado à expansão das cidades brasileiras. E, na opinião do professor, a ocupação desordenada dos municípios pode ser outro fator para a catástrofe no Vale do Itajaí.

“Choveu muito acima da média, mas isso é apenas parte do problema. O modelo de ocupação irregular das cidades do Vale do Itajaí contribuiu para que isso acontecesse. E tudo com a conivência do poder público”, explica o professor.

Segundo Peres, as primeiras residências na região surgiram durante o século 19, época da imigração de europeus para o Brasil, próximas aos rios. No século 20, as pessoas passaram a ocupar os morros e as encostas. “O planejamento municipal começou muito tarde no Brasil, na década de 70, quando as cidades já tinham crescido”, conta.

A solução, na avaliação do urbanista, é o governo realocar a população dos morros e encostas para outros locais mais seguros. “O problema é que boa parte das áreas adequadas já foram ocupadas”, ressalta.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42275

544 casos de calazar animal (leishmaniose)

De janeiro a outubro deste ano, 544 casos de calazar em animais foram confirmados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Aracaju, através de exames sorológicos. Desse total, 371 animais foram sacrificados. Os 173 restantes não passaram pelo processo de eutanásia porque vieram a óbito natural logo após a confirmação da doença ou os proprietários se recusaram a entregar o cão.

Segundo a coordenadora do Centro, Gina Blinof, a Zoonoses não tem poder de polícia para exigir que o proprietário entregue o cão. “Essa é a nossa grande dificuldade, porque não podemos recolher o cão sem a autorização do dono do animal, por isso ele deve ter a consciência e entregar o animal”, disse. Segundo ela, calazar é uma doença que não tem cura, por isso o animal já com a doença confirmada deve ser sacrificado, porque só dessa forma é quebrada a cadeia da transmissão.

Quando isso não acontece, acaba se colocando em risco a vida de toda população que vive próximo ao animal contaminado. O calazar (leishimaniose) é transmitido do cão contaminado para o ser humano através do mosquito flebótomo. A presença de vegetação úmida e material orgânico (terrenos baldios com depósito de lixo) contribuem como locais ideais para a reprodução dos insetos transmissores. “Por isso é importante que as pessoas mantenham os quintais das casas limpos e livres de entulhos”, orientou Gina Blinof.

Proibição

A portaria interministerial 1.426, publicada pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Agricultura, tem dividido opiniões. Ela proíbe o tratamento da leishmaniose visceral canina (calazar) com produtos de uso humano ou não registrado no Ministério da Agricultura, por considerar que não há, até o momento, nenhum medicamento ou esquema terapêutico que garanta a eficácia do tratamento canino, bem como a redução do risco de transmissão.

Segundo Gina Blinof, a portaria interministerial se baseia também no fato da existência do risco de os cães em tratamento se conservarem como reservatórios e fontes de infecção para o vetor, uma vez que não há evidências científicas da redução ou interrupção da transmissão. “Os produtos usados para os animais contaminados têm que ser aprovado pelos Ministérios da Agricultura e da Saúde. Enquanto essa eficácia não for comprovada, a indicação para os animais que tiverem a doença confirmada é a eutanásia”, disse.

Casos em humanos

Este ano, foram confirmados 12 casos de calazar em humanos, sem ocorrência de óbito. Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, em Aracaju, as áreas de maior incidência da doença são os bairros Mosqueiro, na zona de expansão da capital, América, Getúlio Vargas, Suíssa, Soledade, Lamarão, Santos Dumont. “Principalmente nesses locais, as pessoas vivem em casas com sítio, onde há presença de muita vegetação, animais de carga e doméstico, que produzem muita matéria orgânica que serve de alimento para o flebótomo”, disse.

De acordo com a coordenadora Gina Blinof, combater o mosquito transmissor do calazar não é tão simples. Diferente do mosquito que transmite a dengue (aedes aegypti), no caso do flebótomo não é possível visualizar sua larva, porque ela fica na terra. “Por esta razão trabalhamos muito com as pessoas a questão do manejo ambiental, fazendo a borrifação das residências e proximidade de áreas onde a presença do vetor foi confirmada, para evitar que ele se propague”, explicou.

http://www.jornaldacidade.net/2008/noticia.php?id=19738