sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Nadadora americana faz o primeiro protesto de atleta em Pequim


PEQUIM (AFP) — A nadadora americana Amanda Beard protagonizou o primeiro ato de protesto de um atleta nos Jogos Olímpicos de Pequim, mostrando uma foto dela mesma nua, fora da Vila Olímpica, para apoiar a luta contra os maus-tratos e a matança de animais.

Bicampeã olímpica, que defenderá o ouro de Atenas-2004 na prova dos 200 metros peito, exibiu uma foto gigante de um novo anúncio em apoio às Pessoas pela Ética no Tratamento de Animais (PETA).

"Os Jogos Olímpicos são um grande fórum para mim, para mandar uma forte mensagem", disse Beard. "Para mim é importante fazer isso. Este é um ótimo lugar para expressar uma opinião e fazer com que minha voz seja ouvida", comentou a nadadora.

"Estou dizendo que não se deve matar animais inocentes. Não há nada de mal nisso", acrescentou.

Na foto, Beard aparece nua de joelhos na água, com a mão esquerda escondendo seu seio direito e sua mão direita apoiada na cintura direita, olhando para a câmara, com a bandeira dos Estados Unidos de pano de fundo.

"Eu fiz fotos para a revista Playboy. Estou muito satisfeita com meu corpo", afirmou Beard. "Desfruto disso", esclareceu a americana.

Consciente de que o governo chinês está atento aos protestos e questões de segurança, Beard contou que queria passar sua mensagem de forma tranqüila e sem causar grandes confusões.

"No estoy aqui tirando a roupa. O que estou fazendo acontece de forma positiva. Estamos fazendo algo bom. Estou tentando não fazer nada agitado nem louco. Minha luta é pelos animais que não têm voz para queixar-se", afirmou.

A China é líder em exportação de peles e, para obtê-las, os animais são assassinados de forma brutal, inclusive eletrocutados ou por envenenamento.

http://afp.google.com/article/ALeqM5iM7LJfaBTOY0HqHaAz3BsR8YvMUA

Ativistas usam frequência de rádio FM para protesto em Pequim

Por Chris Buckley

PEQUIM (Reuters) - Ativistas dos direitos humanos fizeram um protesto no ar no dia da abertura dos Jogos Olímpicos ao realizarem uma transmissão pirata em Pequim, pedindo a libertação de prisioneiros e o fim da censura.

O grupo Repórteres Sem Fronteiras iniciou a transmissão em uma rádio FM local pouco depois das 8h da manhã de sexta-feira (horário local), 12 horas antes do início da cerimônia de abertura, denunciando o controle da China sobre a mídia.

O grupo afirmou que as tentativas da China de controlar a imprensa "nunca terão sucesso", e pediu a libertação de cidadãos chineses presos pelo que escreveram na Internet.

"Queremos direitos humanos, não Jogos Olímpicos", disse uma voz na transmissão, com forte interferência de uma emissora oficial.

Vincent Brossel, porta-voz do grupo em Paris, disse que o momento foi escolhido para coincidir com a preparação final para a abertura dos Jogos na sexta-feira.

A China tem sido bastante criticada por suas tentativas de controlar a Internet e a imprensa e por suas ações contra dissidentes.

(Reportagem adicional de Simon Rabinovitch)

http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRN0729249720080808

50 CONSEQÜÊNCIAS FATAIS DE EXPERIMENTOS COM ANIMAIS

Todos os dias milhares de animais são submetidos a experiências que causam sofrimento hediondo em nome da Ciência. Ao contrário do que muitos acreditam, a experimentação animal além de ser cruel, é responsável pela morte de seres humanos.

1) Pensava-se que fumar não provocava câncer, porque câncer relacionado ao fumo é difícil de ser reproduzido em animais de laboratório. As pessoas continuam fumando e morrendo de câncer.[2]

2) Embora haja evidências clínicas e epidemológicas de que a exposição à benzina causa leucemia em humanos, a substância não foi retida como produto químico industrial. Tudo porque testes apoiados pelos fabricantes para reproduzir leucemia em camundongos a partir da exposição à benzina falharam. [1]

3) Experimentos em ratos, hamsters, porquinhos-da-índia e macacos não revelaram relação entre fibra de vidro e câncer. Não até 1991, quando, após estudos em humanos, a OSHA - Occupational, Safety and Health Administration - os rotulou de cancerígenos [1]

4) Apesar de o arsênico ter sido reconhecido como substância cancerígena para humanos por várias décadas, cientistas encontraram poucas evidências em animais. Só em 1977 o risco para humanos foi estabelecido[6], após o câncer ter sido reproduzido em animais de laboratório.[7][8][9]

5) Muitas pessoas expostas ao amianto morreram, porque cientistas não conseguiram produzir câncer pela exposição da substância em animais de laboratório.

6) Marcapassos e válvulas para o coração tiveram seu desenvolvimento adiado, devido a diferenças fisiológicas entre humanos e os animais para os quais os aparelhos haviam sido desenhados.

7) Modelos animais de doenças cardíacas falharam em mostrar que colesterol elevado e dieta rica em gorduras aumentam o risco de doenças coronárias. Em vez de mudar hábitos alimentares para prevenir a doença, as pessoas mantiveram seus estilos de vida com falsa sensação de segurança.

8) Pacientes receberam medicamentos inócuos ou prejudiciais à saúde, por causa dos resultados de modelos de derrame em animais.

9) Erroneamente, estudos em animais atestaram que os Bloqueadores Beta não diminuiriam a pressão arterial em humanos, o que evitou o desenvolvimento da substância [10][11][12]. Até mesmo os vivisseccionistas admitiram que os modelos de hipertensão em animais falharam nesse ponto. Enquanto isso, milhares de pessoas foram vítimas de derrame.

10) Cirurgiões pensaram que haviam aperfeiçoado a Keratotomia Radial (cirurgia para melhorar a visão) em coelhos, mas o procedimento cegou os primeiros pacientes humanos. Isso porque a córnea do coelho tem capacidade de se regenerar internamente, enquanto a córnea humana se regenera apenas superficialmente. Atualmente, a cirurgia é feita apenas na superfície da córnea humana.

11) Transplantes combinados de coração e pulmão também foram "aperfeiçoados" em animais, mas os primeiros três pacientes morreram nos 23 dias subseqüentes à cirurgia [13]. De 28 pacientes operados entre 1981 e 1985, 8 morreram logo após a cirurgia, e 10 desenvolveram Bronquiolite Obliterante , uma complicação pulmonar que os cães submetidos aos experimentos não contraíram. Dos 10, 4 morreram e 3 nunca mais conseguiram viver sem o auxílio de um respirador artificial. Bronquiolite obliterante passou a ser o maior risco da operação[14]

12) Ciclosporin A inibe a rejeição de órgãos e seu desenvolvimento foi um marco no sucesso dos transplantes. Se as evidências irrefutáveis em humanos não tivessem derrubado as frágeis provas obtidas com testes em animais, a droga jamais teria sido liberada.[15]

13) Experimentos em animais falharam em prever toxidade nos rins do anestésico geral metoxyflurano. Muitas pessoas que receberam o medicamento perderam todas as suas funções renais.

14) Testes em animais atrasaram o início da utilização de relaxantes musculares durante anestesia geral.

15) Pesquisas em animais não revelaram que algumas bactérias causam úlceras, o que atrasou o tratamento da doença com antibióticos.

16) Mais da metade dos 198 medicamentos lançados entre 1976 e 1985 foram retirados do mercado ou passaram a trazer nas bulas efeitos colaterais, que variam de severos a imprevisíveis [16]. Esses efeitos incluem complicações como disritmias letais, ataques cardíacos, falência renal, convulsões, parada respiratória, insuficiência hepática e derrame, entre outros.

17) Flosin (Indoprofeno), medicamento para artrite, testado em ratos, macacos e cães, que o toleraram bem. Algumas pessoas morreram após tomar a droga.

18) Zelmid, um antidepressivo, foi testado sem incidentes em ratos e cães. A droga provocou sérios problemas neurológicos em humanos.

19) Nomifensina, um outro antidepressivo, foi associado a insuficiência renal e hepática, anemia e morte em humanos. Testes realizados em animais não apontaram efeitos colaterais.

20) Amrinone, medicamento para insuficiência cardíaca, foi testado em inúmeros animais e lançado sem restrições. Humanos desenvolveram trombocitopenia, ou seja, ausência de células necessárias para coagulação.

21) Fialuridina, uma medicação antiviral, causou danos no fígado de 7 entre 15 pessoas. Cinco acabaram morrendo e as outras duas necessitaram de transplante de fígado.[17] A droga funcionou bem em marmotas.[18][19]

22) Clioquinol, um antidiarréico, passou em testes com ratos, gatos, cães e coelhos. Em 1982 foi retirado das prateleiras em todo o mundo após a descoberta de que causa paralisia e cegueira em humanos.

23) A medicação para a doença do coração Eraldin provocou 23 mortes e casos de cegueira em humanos, apesar de nenhum efeito colateral ter sido observado em animais. Quando lançado, os cientistas afirmaram que houve estudos intensivos de toxidade em testes com cobaias. Após as mortes e os casos de cegueira, os cientistas tentaram sem sucesso desenvolver em animais efeitos similares aos das vítimas.[20]

24) Opren, uma droga para artrite, matou 61 pessoas. Mais de 3500 casos de reações graves têm sido documentados. Opren foi testado sem problemas em macacos e outros animais.

25) Zomax, outro medicamento para artrite, matou 14 pessoas e causou sofrimento a muitas.

26) A dose indicada de isoproterenol, medicamento usado para o tratamento de asma, funcionou em animais. Infelizmente, foi tóxico demais para humanos, provocando na Grã-Bretanha a morte de 3500 asmáticos por overdose. Os cientistas ainda encontram dificuldades de reproduzir resultados semelhantes em animais. .[21][22] [23][24][25][26]

27) Metisergide, medicamento usado para tratar dor de cabeça, provoca fibrose retroperitonial ou severa obstrução do coração, rins e veias do abdômen.[27] Cientistas não estão conseguindo reproduzir os mesmos efeitos em animais.[28]

28) Suprofen, uma droga para artrite, foi retirada do mercado quando pacientes sofreram intoxicação renal. Antes do lançamento da droga, os pesquisadores asseguraram que os testes tiveram [29][30] "perfil de segurança excelente, sem efeitos cardíacos, renais ou no SNC (Sistema Nervoso Central) em nenhuma espécie".

29) Surgam, outra droga para artrite, foi designada como tendo fator protetor para o estômago, prevenindo úlceras, efeito colateral comum de muitos medicamentos contra artrite. Apesar dos resultados em testes feitos em animais, úlceras foram verificadas em humanos [31][32].

30) O diurético Selacryn foi intensivamente testado em animais. Em 1979, o medicamento foi retirado do mercado depois que 24 pessoas morrerem por insuficiência hepática causada pela droga. [33][34]

31) Perexilina, medicamento para o coração, foi retirado do mercado quando produziu insuficiência hepática não foi prognosticada em estudos com animais. Mesmo sabendo que se tratava de um tipo de insuficiência hepática específica, os cientistas não conseguiram induzí-la em animais.[35]

32) Domperidone, droga para o tratamento de náusea e vômito, provocou batimentos cardíacos irregulares em humanos e teve que ser retirada do mercado. Cientistas não conseguiram produzir o mesmo efeito em cães, mesmo usando uma dosagem 70 vezes maior.[36][37]

33) Mitoxantrone, usado em um tratamento para câncer, produziu insuficiência cardíaca em humanos. Foi testado extensivamente em cães, que não manifestaram os mesmos sintomas.[38][39]

34) A droga Carbenoxalone deveria prevenir a formação de úlceras gástricas, mas causou retenção de água a ponto de causar insuficiência cardíaca em alguns pacientes. Depois de saber os efeitos da droga em humanos, os cientistas a testaram em ratos, camundongos, macacos e coelhos, sem conseguirem reproduzir os mesmos sintomas. [40] [41]

35) O antibiótico Clindamicyn é responsável por uma condição intestinal em humanos chamada colite pseudomembranosa. O medicamento foi testado em ratos e cães, diariamente, durante um ano. As cobaias toleraram doses 10 vezes maiores que os seres humanos. .[42] [43][44]

36) Experiências em animais não comprovaram a eficácia de drogas como o valium, durante ou depois de seu desenvolvimento [45] [46]

37) A companhia farmacêutica Pharmacia & Upjohn descontinuou testes clínicos dos comprimidos de Linomide (roquinimex) para o tratamento de esclerose múltipla, após oito dos 1200 pacientes sofrerem ataques cardíacos em conseqüência da medicação. Experimentos em animais não previram esse risco.

38) Cylert (pemoline), um medicamento usado no tratamento de Déficit de Atenção/Hiperatividade, causou insuficiência hepática em 13 crianças. Onze delas ou morreram ou precisaram de transplante de fígado.

39) Foi comprovado que o Eldepryl (selegilina), medicamento usado no tratamento de Doença de Parkinson, induziu um grande aumento da pressão arterial dos pacientes. Esse efeito colateral não foi observado em animais, durante o tratamento de demência senil e desordens endócrinas.

40) A combinação das drogas para dieta fenfluramina e dexfenfluramina -- ligadas a anormalidades na válvula do coração humano-- foram retiradas do mercado, apesar de estudos em animais nunca terem revelado tais anormalidades.[47]

41) O medicamento para diabetes troglitazone, mais conhecido como Rezulin, foi testado em animais sem indicar problemas significativos, mas causou lesão de fígado em humanos. O laboratório admitiu que ao menos um paciente morreu e outro teve que ser submetido a um transplante de fígado.[48]

42) Há séculos a planta Digitalis tem sido usada no tratamento de problemas do coração. Entretanto, tentativas clínicas de uso da droga derivada da Digitalis foram adiadas porque a mesma causava pressão alta em animais. Evidências da eficácia do medicamento em humanos acabaram invalidando a pesquisa em cobaias. Como resultado, a digoxina, um análogo da Digitalis, tem salvo inúmeras vidas. Muitas outras pessoas poderiam ter sobrevivido se a droga tivesse sido lançada antes.[49][50][51][52]

43) FK506, hoje chamado Tacrolimus, é um agente anti-rejeição que quase ficou engavetado antes de estudos clínicos, por ser extremamente tóxico para animais.[53][54] Estudos em cobaias sugeriram que a combinação de FK506 com cyclosporin potencializaria o produto.[55] Em humanos ocorreu exatamente o oposto.[56]

44) Experimentos em animais sugeriram que os corticosteróides ajudariam em casos de choque séptico, uma severa infecção sangüínea causada por bactérias.[57][58]. Em humanos, a reação foi diferente, tendo o tratamento com corticosteróides aumentado o índice de mortes em casos de choque séptico. [59]

45) Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos, Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito doente, uma vez que ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da penicilina, afirmou: "Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos.

46) No início de seu desenvolvimento, o flúor ficou retido como preventivo de cáries, porque causou câncer em ratos.[60][61][62]

47) As perigosas drogas Talidomida e DES foram lançadas no mercado depois de serem testadas em animais. Dezenas de milhares de pessoas sofreram com o resultado (*nota do tradutor: A Talidomina foi desenvolvida em 1954 destinada a controlar ansiedade, tensão e náuseas. Em 1957 passou a ser comercializada e em 1960 foram descobertos os efeitos teratogênicos provocados pela droga, quando consumida por gestantes: durante os 3 primeiros meses de gestação interfere na formação do feto, provocando a focomelia que é o encurtamento dos membros junto ao tronco, tornando-os semelhantes aos de focas.)

48) Pesquisas em animais produziram dados equivocados sobre a rapidez com que o vírus HIV se reproduz. Por causa do erro de informação, pacientes não receberam tratamento imediato e tiveram suas vidas abreviadas.

49) De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação.

50) Muitos pesquisadores que trabalham com animais ficam doentes ou morrem devido à exposição a microorganismos e agentes infecciosos inofensivos para animais, mas que podem ser fatais para humanos, como por exemplo o vírus da Hepatite B.

Tempo, dinheiro e recursos humanos devotados aos experimentos com animais poderiam ter sido investidos em pesquisas com base em humanos. Estudos clínicos, pesquisas in vitro, autópsias, acompanhamento da droga após o lançamento no mercado, modelos computadorizados e pesquisas em genética e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos.

Importante salientar que experiências em animais têm exaurido recursos que poderiam ter sido dedicados à educação do público sobre perigos para a saúde e como preserva-la, diminuindo assim a incidência de doenças que requerem tratamento.

Experimentação Animal não faz sentido. A prevenção de doenças e o lançamento de terapias eficazes para seres humanos está na ciência que tem como base os seres humanos.

Referências:

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http://www.gatoverde.com.br/

A China e os Jogos Olímpicos de Pequim

Por Ignacio Ramonet*

Estes Jogos celebram os trinta anos desde o início das reformas impulsionadas em 1978 por Deng Xiaoping que permitiram o milagre econômico e o excepcional renascimento da China. Mas esse milagre tem vários lados ocultos. Em primeiro lugar, as graves violações em matéria de direitos humanos, que contradizem os valores do olimpismo. Outro grave problema é o desastre ecológico em curso no país. A análise é de Ignácio Ramonet.

Com o lema "Um Mundo, Um Sonho", os Jogos Olímpicos de Pequim deveriam oferecer aos dirigentes chineses, de 8 a 24 de Agosto, a oportunidade para uma reabilitação internacional depois da condenação mundial que sofreram após a matança na Praça de Tiananmen em 1989. Por isso o êxito das Olimpíadas é tão primordial para eles e o primeiro-ministro Wen Jiabao insiste nas consignas de "harmonia" e de "estabilidade".

Isso também explica a brutalidade da repressão contra a revolta do Tibete em março passado, assim como o furor das autoridades contra as manifestações que perturbaram, em alguns países, a passagem da tocha olímpica. Ou a rapidez no envio de auxílio aos afetados pelo terremoto de Sichuan de 12 de maio. Nada pode perturbar a consagração mundial da China neste ano olímpico.

Estes Jogos celebram os trinta anos desde o início das reformas impulsionadas em 1978 por Deng Xiaoping que permitiram o milagre econômico e o excepcional renascimento da China. Certo é que os seus triunfos impressionam. O PIB chinês duplica a cada oito anos e, em 2008, o seu crescimento pode ultrapassar os 11%. Com uma população de 1,35 bilhões de habitantes - igual à soma das Américas (900 milhões) com a Europa (450 milhões), este país já é a terceira economia do planeta: ultrapassou a Alemanha, ultrapassará o Japão em 2015 e pode superar os Estados Unidos em 2050. A China tornou-se o primeiro exportador mundial e o principal consumidor do planeta.

Mas esse milagre tem vários lados ocultos. Em primeiro lugar, as graves violações em matéria de direitos humanos, que contradizem os valores do olimpismo. Por exemplo, a China leva a cabo mais de 7.000 execuções capitais por ano, ou seja, 80% de todas as penas de morte aplicadas no mundo. Além disso, a estabilidade deste colosso vê-se ameaçada por outros perigos: uma previsível quebra bolsista, uma inflação desmedida, um desastre ecológico e motins sociais que se estão multiplicando.

O próprio vice-presidente da Assembléia Popular, Cheng Siwei, alertou: "está se formando uma bolha especulativa. Os investidores deveriam preocupar-se com os riscos" (1). E Alan Greenspan, ex-presidente do Banco Federal dos Estados Unidos, acaba de afirmar que os mercados financeiros chineses estão "sobrevalorizados" e alcançaram níveis "insustentáveis". O índice da Bolsa de Xangai multiplicou por cinco desde 2006 e o seu crescimento desde princípios de 2008 é de 106%. Quando uma bolsa atinge picos deste gênero, o afundamento poucas vezes está longe.

Neste momento, o número de ricos não pára de aumentar. A China já tem 250.000 milionários em dólares. Mas as políticas liberais do sistema também fizeram aumentar as desigualdades entre ricos e pobres, entre ganhadores e perdedores. 700 milhões de chineses (47% da população) vivem com menos de dois euros por dia; destes, 300 milhões vivem com menos de um euro diário.

O "milagre" assenta na repressão e exploração de um imenso exército de trabalhadores (os que fabricam para o mundo inteiro todo o tipo de bens de consumo baratos). Às vezes trabalham entre 60 e 70 horas por semana, recebendo menos do que o salário mínimo. Mais de 15.000 operários morrem em cada ano em acidentes de trabalho. Os conflitos sociais têm aumentado anualmente 30%: greves selvagens, revoltas de pequenos agricultores, além do escândalo das crianças escravas.

O atual contexto é propício ao descontentamento, pois na China, como em muitos países, o incremento do preço dos alimentos e da energia (a 19 de junho passado, o governo aumentou o preço dos combustíveis em 18%) traduz-se numa subida da inflação (que alcançava os 7,7% em maio) e uma consequente degradação do nível de vida. As autoridades temem a ameaça de uma inflação desestabilizadora que poderia provocar manifestações de massas semelhantes às que foram afastadas da Praça Tiananmen em junho de 1989.

A tudo isto soma-se o perigo de uma catástrofe ecológica que cada dia preocupa mais os cidadãos. O próprio ministro do Meio Ambiente, Pan Yue, admitiu a enormidade do desastre: "Cinco das cidades mais contaminadas do planeta encontram-se na China; as chuvas ácidas caem sobre um terço do nosso território; um terço da nossa população respira um ar muito contaminado. Em Pequim, 70% a 80% dos casos de câncer têm por causa o meio ambiente degradado" (2).

Todos os descontentes da China vão querer aproveitar o grande evento das Olimpíadas e a presença de 30 mil jornalistas estrangeiros para expressar as suas iras. As autoridades encontram-se em estado de alerta máximo. Sonham poder desativar o gigantesco barril de pólvora social a ponto de rebentar. Para que os Jogos de Pequim não incendeiem a toda a China.

* Tradução de João Romão (Esquerda.Net)

(1) Financial Times, Londres, 30 de janeiro de 2007.

(2) Der Spiegel, Hamburgo, abril de 2005


(Envolverde/Agência Carta Maior)
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=50568&edt=1

Sábado é dia de vacinação contra pólio e rubéola

No dia 9 de agosto, quando acontece a segunda fase da Campanha de Vacinação contra Poliomielite, as crianças serão o incentivo para conduzir os pais aos postos de saúde e motivá-los a participar do início da Campanha de Vacinação contra Rubéola.

Batizada de Dia da Vacinação Familiar, a iniciativa deverá imunizar tanto os menores de cinco anos contra a paralisia infantil como os adultos com idade entre 20 e 39 anos contra a rubéola. Será a maior campanha de imunização em massa já realizada pelo Estado de São Paulo.

A vacinação contra a rubéola prossegue até 12 de setembro e pretende atingir 13,5 milhões de paulistas entre 20 e 39 anos de idade, o que representa 95% do total de pessoas nessa faixa etária que vivem no Estado.

No ano passado, foram registrados em São Paulo 1.659 casos de rubéola, dos quais 1.122 (68%) em homens, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), da Secretaria da Saúde. Foi o número mais alto desde 2000, quando 2.566 paulistas contraíram a doença. Em 2006, foram 66 ocorrências. De janeiro a maio deste ano houve 329 notificações de rubéola, das quais 210 em homens.

A incidência maior da enfermidade no sexo masculino é ainda mais acentuada na faixa entre 20 e 29 anos, responsável por 50,5% dos casos entre homens em 2007. Os de 30 a 39 anos de idade responderam por 28,6% das ocorrências. Nas mulheres, a incidência é similar entre 20 e 39 anos, público-alvo da campanha.

Força-tarefa

Desde 2000, avacina contra a rubéola faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira dose deve ser tomada com 12 meses de vida, com reforço entre quatro e seis anos de idade. A secretaria também indica a vacinação para qualquer pessoa nascida a partir de 1960 que não tenha recebido nenhuma dose anterior.

“O grande desafio desta campanha será imunizar a população masculina, que não costuma procurar os postos de saúde. Os homens contaminados pela rubéola podem transmitir o vírus para mulheres em idade gestacional, o que representa grave perigo”, alerta Helena Sato, diretora de imunização da pasta.

Para garantir que a imunização atinja o maior número de pessoas, o Estado de São Paulo prepara uma força-tarefa contra a rubéola. Além dos postos fixos de vacinação, o Estado busca parcerias com associações de classes, empresas, clubes e entidades religiosas que possam funcionar como unidades volantes. Estima-se que cerca de 7 mil postos fixos e volantes estarão à disposição da população no período. A operação envolverá 50 mil profissionais de saúde e 4 mil veículos.

Doença causa febre e manchas

A rubéola é uma doença infecciosa causada por vírus do gênero rubivirus e transmitida por secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. Os principais sintomas são febre baixa, manchas no corpo, dores articulares, conjuntivite, coriza e tosse. Normalmente, a rubéola é uma doença benigna, mas, quando ocorre durante a gestação, há o risco de síndrome da rubéola congênita, que pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar abortamento espontâneo, morte fetal e malformações congênitas – surdez, glaucoma, catarata e diabetes.

SERVIÇO

Homens e mulheres entre 20 e 39 anos deverão procurar os postos de saúde até o dia 12 de setembro, das 8 às 17 horas (exceto finais de semana), para receber uma dose da vacina dupla viral, que protege também contra o sarampo.


(Envolverde/Secretaria da Saúde do Estado de SP)
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=50589&edt=34


PARANÁ CONTRA OS TRANGÊNICOS

O Paraná, aliás, levantou de vez a bandeira anti-transgênica, está rotulando esses produtos e montou até uma página na Internet, com notícias que você não lerá por aí. Como sobre o tomate de pele negra, polpa vermelha e rico em antioxidantes, oriundo da Itália. Sem humanos metendo a mão em seus genes, o fruto surgiu a partir do cruzamento de várias espécies.
http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=69

O Governo do Paraná está defendendo o direito do cidadão poder decidir se quer ou não consumir alimentos processados com produtos transgênicos. A população paranaense deve ser informada sobre a composição dos alimentos que consome para que exercendo o livre arbítrio possa escolher o que é mais saudável para a sua saúde.
Sob a coordenação da Casa Civil, órgãos da administração estadual estão empenhados na implementação da fiscalização da rotulagem de produtos transgênicos.
As ações estão sendo desenvolvidas em todo o território paranaense, em produtos importados de outros estados e países, além dos produzidos no Paraná.
A legislação vigente defende o direito do cidadão à informação, amparada no Código de Defesa do Consumidor, sobre alimentos ou ingredientes produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, além de dar a oportunidade ao consumidor de optar pelo produto que desejar.
Os alimentos embalados, vendidos à granel ou “in natura” deverão apresentar no rótulo um símbolo amarelo “T” (de acordo com a Portaria 2568/2003 do Ministério da Justiça).
O rótulo deve especificar o nome do produto transgênico, do ingrediente transgênico ou se é produzido a partir de algum organismo geneticamente modificado. Tal modificação deve ser registrada na nota fiscal do produto.
Também devem obedecer as mesmas exigências de rotulagem bebidas derivadas de
Soja, proteínas texturizadas de soja (PTS), lecitina de soja, rações animais, embutidos, entre outros alimentos.
Entre as punições previstas pela legislação para casos de desobediência à lei estão: advertência, cobrança de multas, apreensão do produto, suspensão da atividade e, até mesmo, o cancelamento da autorização para funcionamento da empresa em âmbito estadual, com base no Código Sanitário e Código de Defesa do Consumidor.

http://www.transgenicos.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=6

Conhecimento pela metade

Um estudo idealizado pela BBC rendeu um bonito slide show para o site do The Guardian. Ao todo, 700 crianças que freqüentam a escola deveriam identificar quinze espécies da fauna e flora típicas da Grã-Bretanha. O resultado não foi lá muito animador: em média, apenas 50% dos jovens soube responder à pesquisa. Entre os bichos, o mais conhecido pela garotada foi o tordo, com percentual de acerto de 95%. Já a salamandra, coitada, era familiar para apenas 14 estudantes. Do conjunto de plantas, 70% acertaram na mosca quando a imagem mostrada foi a de uma amora-preta. Mas somente 12% tinham resposta na ponta da língua quando a figura em frente a seus olhos representava uma amarelada prímula.
http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=72

Escritório do Ibama em Rio Grande/RS apreende 600 quilos de bagre

Fiscais do Escritório do Ibama em Rio Grande apreenderam 600 quilos de bagre em uma ação de fiscalização realizada na terça-feira (5), na Lagoa dos Patos. A fiscalização feita com uma lancha, começou à tarde estendeu-se até à noite, pois segundo analista ambiental Sandro Klippel, chefe do Escritório, a época do defeso na Lagoa dos Patos (iniciada em 1º de junho) se estende até 30 de setembro. Durante esse período, está proibida a pesca de arrasto.

Sandro explica também que além de ser época de defeso, os peixes apreendidos estavam todos abaixo do tamanho mínimo determinado pela legislação que é de 40 cm. Além do pescado, foi apreendido o barco de pesca artesanal usado na Lagoa dos Patos bem como cerca de 250 m de redes de emalhe. A lei prevê a apreensão de todos os instrumentos da infração. “Isso no antigo decreto era uma possibilidade”, explica Sandro, “agora no novo Decreto (nº 6.514 que substitui o Decreto 3179/99) é obrigatório”.

O proprietário do barco (que ficou como fiel depositário) foi autuado e deverá pagar multa no valor de R$ 12,7 mil (R$ 20 por quilo de peixe apreendido mais R$ 700), que é a multa mínima estipulada para a infração, mas que pode ser reduzida depois do processo administrativo instaurado. A ocorrência será encaminhada ao Ministério Público.

O peixe apreendido foi doado ao Programa MESA Brasil do SESC que o repassou a entidades beneficentes da cidade de Rio Grande.Outros dois barcos que também realizavam pesca de arrasto dentro da Lagoa conseguiram fugir, mas tiveram seus nomes anotados e foram fotografados. (Fonte: Maria Annes/ Ibama)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=39931

1º supermercado verde e o 1º Eco-estádio de futebol - Cidades e Soluções

Por André Trigueiro

O primeiro supermercado verde da América Latina (Indaiatuba/SP) tem carrinhos de plástico PET reciclado, isopor de mandioca, sacolas retornáveis e sistemas inteligentes de energia elétrica e de água. O primeiro Eco-estádio do Brasil (Curitiba/PR) privilegia os espaços verdes e o uso de madeiras descartadas como lixo em lugar do cimento e do concreto.


http://envolverde.ig.com.br/?edt=34&PHPSESSID=4f04aebe7dbde0887e5de1c2275eddde