sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ajuizada ação contra lei que prevê multa para quem deixar animais mortos nas ruas

Foi distribuída na tarde de sexta-feira (20) ao desembargador Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, no âmbito do Órgão Especial do TJRS, a ação direta de inconstitucionalidade proposta por entidades que defendem a prática de religiões de matriz africana contra a vigência da Lei Complementar de Porto Alegre nº 591/08.

A LC nº 591/08 introduziu no Código Municipal de Limpeza Urbana local dispositivo que inclui como ato lesivo à limpeza urbana “X - depositar em passeios, vias ou logradouros públicos, riachos, canais, arroios, córregos, lagos, lagoas e rios ou em suas margens animais mortos ou parte deles; multa de 50 a 150 UFMs”.

No entender da Congregação em Defesa das Religiões Afro-brasileiras, da Comunidade Terreira Ile Axé Yemonja Omi Olodo, do C.E.E. Cacique Tupinambá, e da Africanamente – Centro de Pesquisa, Resgate e Preservação de Tradições Afrodescendentes, a “manobra tem um cunho total de apologia contra uma religião e seus dogmas”.

A petição esclareceram que as entidades não desejam a total liberação das esquinas para depósitos de animais: “ao contrário, há muito tempo as entidades autoras tem realizados fóruns e reuniões com seus afililados explicando a questão ambiental, e orientando práticas de reaproveitamento de alguns poucos animais utilizados em suas liturgias”.

Afirmam que a nova Lei Complementar fere a Lei Orgânica Municial que, em seu art. 148, prevê que “o Município não embaraçará o funcionamento de cultos, igrejas e o exercício do direito de manifestação cultural coletiva”. E que as Constituições Federal e Estadual prevêem a liberdade de culto. (Proc. nº 70024938946 - com informações do TJRS e da redação do Espaço Vital ).

http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?idnoticia=11686

Vírus ameaça gatos com ataque ao sistema imunológico

ALESSANDRO REIS
da Revista da Hora

Caso seu gato apresente dor abdominal, apatia, falta de apetite, vômitos e diarréia com sangue, é hora de consultar um veterinário com urgência. O animal pode estar sofrendo de panleucopenia felina, uma doença viral que ataca o sistema imunológico dos felinos. Muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é alta. Afeta, principalmente, bichos jovens, que ainda não desenvolveram totalmente as defesas naturais.

"Acredita-se que a panleucopenia tenha originado a parvovirose canina por meio de mutação genética, pois os sintomas e as características do vírus são parecidos. Nos gatos, causa uma redução drástica da taxa de glóbulos brancos no sangue, afetando a defesa do organismo contra agentes externos", explica o veterinário Rodrigo Gonzalez, professor da Universidade Anhembi Morumbi.

Segundo o especialista, a doença afeta a medula óssea, onde são produzidos os glóbulos brancos, e o sistema gastrointestinal. Um dos sintomas mais graves é a gastroenterite (inflamação do estômago e dos intestinos) aguda, que leva rapidamente à desidratação.

"Quando houver suspeita de panleucopenia, a alimentação do gato deve ser interrompida imediatamente para evitar os vômitos e a diarréia. É dado imediatamente soro ao gato para alimentá-lo e hidratá-lo. O animal, ainda, recebe antibiótico com o objetivo de prevenir e controlar infeções bacterianas decorrentes da baixa imunidade", recomenda Gonzalez. O tratamento, afirma o veterinário, dura de cinco a sete dias.

"A taxa de mortalidade é elevada, mas gatos que vencem o quinto dia da doença têm mais chances de sobreviver", afirma o especialista. Segundo ele, a doença é bem mais branda ou até assintomática quando afeta felinos adultos.

Outro cuidado em relação à panleucopenia se deve à resistência do vírus causador da enfermidade, que é altamente transmissível. Prova disso é que gatos já curados podem infectar outros durante cerca de 30 dias após serem atingidos pela panleucopenia.

"A doença pode ser contraída por meio do contato direto com fezes, saliva e urina infectadas. Também é transmitida pelo ar. O vírus deve ser eliminado com a aplicação de hipoclorito de sódio [água sanitária] no ambiente infectado para evitar o contágio de outros felinos. Passar álcool nas superfícies contaminadas não resolve o problema", diz o veterinário Paulo Salzo, professor da Universidade Metodista.

Apesar de grave, a ocorrência de panleucopenia diminuiu bastante ao longo dos últimos dez anos, de acordo com os especialistas. A vacinação correta explica o controle da doença. "Fazer as três vacinações do gato após os primeiros 45 dias de vida é a melhor forma de o bicho criar anticorpos e prevenir o problema", salienta o veterinário Paulo Salzo. Portanto, fique de olho na saúde do bichano.

Saiba mais

Panleucopenia felina

É uma doença específica de gatos, altamente contagiosa e causada pelo parvovírus felino. Reduz drasticamente a quantidade de glóbulos brancos no sangue do animal, afetando seu sistema imunológico. Os felinos ficam suscetíveis a infecções bacterianas, e o risco de morte é bastante elevado. Afeta principalmente animais jovens, que ainda não desenvolveram anticorpos adequadamente. Pode matar em poucas horas, antes mesmo de surgirem os principais sintomas. A doença dura cerca de cinco dias, em média.

Sintomas
- Infecção intestinal grave, com vômitos, diarréia e desidratação intensa
- Dor abdominal
- Apatia
- Falta de apetite
- Febre ou hipotermina podem se manifestar

Contágio
Ocorre pelo ar e o contato direto com secreções e fezes infectados pelo vírus, que é muito resistente. Espalha-se rapidamente em ambientes com muitos gatos, sendo capaz de infectar ninhadas inteiras. É importante desinfetar ambientes em que estiveram animais doentes usando água sanitária.

Diagnóstico
Além de observar os sintomas clínicos, o diagnóstico, geralmente, é feito por meio de exame de sangue (hemograma). O teste verifica a quantidade de glóbulos brancos no sangue.

Tratamento
Uma vez constatada a panleucopenia, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar o risco de morte. O gato deve ser preferencialmente internado em uma clínica veterinária e receber soro na veia durante o período de observação --recomenda-se suspender a alimentação via oral. Além disso, é dado antibiótico para controlar e prevenir as infecções bacterianas --não há medicamentos específicos para combater o parvovírus felino. Há remédios específicos que ajudam a evitar vômitos.

Prevenção
A melhor forma de prevenir a doença é vacinar corretamente o animal a partir do 45º dia de vida. Além disso, é fundamental isolar animais infectados rapidamente, tomando o cuidado de desinfetar o local. Ao adotar animais de rua, leve-os primeiro a um veterinário para fazer uma avaliação.

Fonte: veterinário Paulo Salzo, professor de clínica médica de pequenos animais da Universidade Metodista de São Paulo

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u415693.shtml