segunda-feira, 4 de agosto de 2008

China tenta combater e maquiar problemas ambientais do país

AFRA BALAZINA
da Folha de S.Paulo

Grupos ambientalistas costumam definir o rápido crescimento econômico da China como uma bomba-relógio ambiental. Alguns de seus efeitos são bastante conhecidos --como a alta emissão de gases de efeito estufa-- e outros problemas são menos expostos --como a propagação de espécies invasoras de animais e plantas pelo país e a perda de biodiversidade.

Ainda não há consenso de que o país seja o maior emissor de gases-estufa do mundo, à frente dos Estados Unidos, mas todos sabem que a China está entre os primeiros da lista, alavancada pelo uso de carvão como fonte de energia. E o problema cresce. Estimativas do IPCC (painel do clima da ONU), indicam que até 2010 as emissões chinesas crescerão até 5%, em relação a 2004.

Cientistas da Universidade da Califórnia, porém, publicaram em maio no periódico "Journal of Environmental Economics and Management" uma revisão pouco animadora.

A pesquisa mostra que as emissões na China devem crescer ainda mais. Ao levar em conta todas as províncias e fazer uma análise detalhada, os americanos projetam um aumento de ao menos 11% na produção chinesa de gases-estufa.

"Todos têm tratado a China como um só país, mas cada uma das províncias é maior do que muitos países da Europa, tanto em tamanho quanto em população", diz um dos pesquisadores, Richard Carson.

E o problema do crescimento chinês não se resume ao aquecimento global. Outra pesquisa, revelada neste ano na revista "BioScience" por cientistas chineses e americanos, afirma que o avanço da indústria e do comércio também tem ajudado a estabelecer espécies invasoras por todo o país.

Ela mostra que 400 plantas e animais exóticos são considerados invasores. Um tipo de lagarta vinda da América do Norte, por exemplo, rapidamente devasta a paisagem urbana de Pequim ao desfolhar mais de 200 espécies de planta.

Da mesma forma, sementes de grama não-nativa e outros vegetais importados para deixar a capital mais bonita para as Olimpíadas podem ter dado carona a insetos nocivos.

Espírito olímpico

A catástrofe ambiental chinesa porém, só ganhou destaque na imprensa com o problema da poluição atmosférica de Pequim, que pode afetar atletas e turistas durante a Olimpíada.

Um relatório do Greenpeace, porém, aponta algumas melhorias, apesar do problema. "No topo da lista dos problemas ambientais chineses está o aquecimento global, seguido de perto pela falta de água para sua população e preocupações sobre segurança alimentar e erosão de terras", diz a ONG.

A ONG considerou positivos a adoção de cortes de emissões para veículos, a construção de linhas de metrô e o incentivo para que 32 mil pessoas mudassem o aquecimento à base de carvão de suas casas. Também citou as novas estações de tratamento de água e esgoto.

Entre os pontos negativos, a ONG destacou que não foram aplicadas tecnologias de economia de água em toda Pequim nem priorizada uma política de gerar menos lixo --em vez de construir mais incineradores.

"Cerca de 300 cidades na China têm grave carência de água; 70% dos rios chineses são poluídos", informa o relatório. A disponibilidade de água por pessoa é somente 1/ 32 do nível médio internacional.

E alguns animais refletem os problemas ambientais do país. O boto baiji, natural do rio Yangtzé, por exemplo, está praticamente extinto (criticamente ameaçado). Segundo a Sociedade Zoológica de Londres, caso seja confirmada a sua extinção, ele será o primeiro cetáceo a desaparecer como resultado direto da influência do homem: pesca abusiva, navegação excessiva, poluição fluvial e construção de usinas hidrelétricas.

Sobrou até para o panda-gigante, símbolo nacional, que perdeu muito de seu habitat e quase sumiu nos anos 1980. Ainda é tido como "em perigo".

Apesar dos problemas ambientais, o Greendex, o "ranking verde" da National Geographic, que analisa 14 mil consumidores em 14 países, coloca os chineses em 3º lugar em consumo sustentável. A boa posição ocorreu em razão do transporte. Muitos usam bicicleta e só 22% têm carro.

Mas a frota cresce, e o Greendex reconhece que sua metodologia mascara os efeitos negativos da alta utilização de carvão para aquecimento doméstico na China. Consumidores brasileiros e indianos ficaram em primeiro lugar no índice e americanos, em último.

Dias de cão

Compreensivelmente, o governo chinês não tem interesse em mostrar coisas que assustam os turistas. Além de limitar carros para controlar a poluição durante a Olimpíada, proibiu a venda de carne de cachorro, iguaria tradicional. A fumaça de automóveis, porém, deve sair de cena só durante os jogos.

Já os cães, por ironia, podem passar de vítimas a vilões. Estudo no "American Journal of Tropical Medicine and Hygiene" mostra que, na última década, os maiores estorvos para turistas foram doenças respiratórias e... mordidas de cachorro.

"Não ficamos surpresos com o fato de muitos viajantes precisarem de cuidados respiratórios durante a viagem", disse Phyllis Kozarsky, professor da Universidade Emory (EUA). "Mas estamos admirados com a quantidade de pacientes que foram a clínicas após a viagem com mordidas de animais --400 de cachorro, algumas de gato e macaco-- e precisavam de vacina para raiva."

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u429274.shtml

Pingüins filhotes e fraquinhos chegam em número recorde ao Brasil

CÍNTIA MARCUCCI
da Revista da Folha

Quem visita as praias do litoral norte de São Paulo nesta época do ano tem grandes chances de cruzar com pingüins. Todo inverno, as aves, vindas da Patagônia, passam perto da costa brasileira em busca de alimento. Mas, neste ano, a quantidade de animais que chega na areia ou perto dela é recorde. Em pouco mais de um mês, cerca de 200 pingüins apareceram no litoral paulista. Muitos outros chegaram ao Espírito Santo e à Bahia, o que, segundo os especialistas, é pouco comum.

A aparição dos animais nas praias é divertida para quem os vê. Mas não para os bichos. Em geral, eles são pingüins jovens, de menos de um ano de idade, que se perderam do bando e mudaram de rota. Por conta disso, muitos apresentam problemas de saúde e precisam de cuidados especiais para sobreviver.

Divulgação
Pingüins-de-magalhães (_Spheniscus magellanicus_) invadem o litoral brasileiro nesta época vindos do extremo sul do continente
Pingüins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) invadem o litoral brasileiro nesta época vindos do extremo sul do continente

Na maioria das vezes, os pingüins chegam à costa com fome, hipotermia (baixa temperatura corporal) e sem forças para continuar nadando. Cerca de 20% deles aparecem mortos. Dos que chegam vivos, entre 60% e 70% respondem bem aos cuidados e sobrevivem.

Parte das mortes ocorre por falta de conhecimento da população. Ao encontrar um pingüim, tem gente que acredita que o bicho está passando calor. E, na melhor das intenções, o coloca dentro de isopores com gelo. Já houve casos até de quem mantivesse os bichos na geladeira de casa.

De volta para a casa

O destino dos animais nem sempre é o mar. A primeira opção é enviá-los para zoológicos, aquários e instituições de pesquisa no território nacional. Os que são devolvidos para as águas vão em bandos e precisam esperar a época certa do ano em que as correntes são favoráveis para regressar rumo à região sul do continente. A idéia é não colocar demais o dedo humano no curso natural da espécie.

É muito raro encontrar um pingüim adulto perdido. Os que ficam nessa situação são, geralmente, "calouros" de primeira viagem. Trata-se de um processo de seleção natural: os mais fracos não completam a jornada.

''A espécie não está ameaçada de extinção. Uma intervenção de devolução em massa dos animais reabilitados poderia ser maléfica para o equilíbrio do ecossistema em que vivem'', explica o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, diretor do Aquário de Ubatuba, local que recebe e trata os animais que se perdem no litoral paulista e sul fluminense em parceria com a ONG Instituto Argonauta, de conservação costeira e marinha.

As duas instituições são as únicas autorizadas pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) para resgatar aves e mamíferos na região.

No centro de reabilitação, todos recebem anilhas de identificação e passam por exames para averiguar peso, temperatura e estado de saúde. Além de desnutridas, há aves que passam por cirurgias no bico e que apresentam infecções pulmonares. Em situações como essas, os pingüins precisam receber soro, antibióticos, vitaminas e vermífugos para ficarem saudáveis.

Raio-x da espécie

Nome: pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus)

Origem: Patagônia (argentina e chilena); os que vêm ao Brasil são da Argentina

Hábitos: vivem em grupo, formam casais monogâmicos e nadam depressa

Tamanho: de 60 cm a 70 cm

Peso: até 5 kg

Época reprodutiva: de setembro a março; a fêmea põe dois ovos por ano

Migração: entre junho e setembro; eles pegam carona na corrente das Malvinas, que sai do sul em direção aos trópicos, em busca de comida

Características: plumagem preta e branca; os juvenis, encontrados nesta época do ano, são acinzentados

Onde saber mais: www.aquariodeubatuba.com.br e www.institutoargonauta.org

Fontes: Aquário de Ubatuba e Instituto Argonatuta

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u429328.shtml

JUSTIÇA PROÍBE CIRCO DE EXIBIR ANIMAIS EM SP

Em atenção à ação civil pública movida pelo promotor de justiça Laerte Fernando Levai, do Ministério Público Estadual em São José dos Campos/SP, o juiz Gustavo Alexandre da Câmara Leal Belluzzo determinou que o Le Cirque "se abstenha de utilizar ou exibir animais nos seus espetáculos, shows, performances e demonstrações de destreza em quaisquer condições e circunstancias durante as suas temporadas realizadas seja especificamente na Comarca de São José dos Campos seja também em todo território do Estado de São Paulo".

Cabe recurso contra esta decisão e o Le Cirque já recorreu, porém pela primeira vez no país a Justiça profere uma sentença proibitiva de animais em circo fundamentada no abuso e maus-tratos.

Baixe o arquivos contendo a Petição Inicial da Ação Civil Pública e a Sentença clicando aqui (formato ZIP).

http://www.sentiens.net/top/PA_NOT_ciscosSP_0018_top.html

A NECESSIDADE DA CONSCIENTIZAÇÃO


Mônica, criação de Mauricio de Sousa, ensina como cuidar dos animais de estimação

Os animais de companhia são uma preocupação constante de organizações que lidam com o bem-estar animal. Afinal, existem milhões de cães e gatos abandonados pelas ruas do Brasil. A Sociedade Mundial de ProteçãoWSPA) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) estão unindo forças na campanha “CUIDANDO DE SEU BICHINHO”, que compreende quatro filmetes de 30 segundos, criados por Mauricio de Sousa. Animal (

Neles, a personagem Mônica ensina conceitos de guarda responsável ao mostrar como é importante atender às necessidades do seu cão, que incluem alimentação adequada, higiene, exercícios, brincadeiras, vacinação e espaço amplo para viver. Os vídeos ainda lembram que a adoção é uma ótima opção para quem quer ter um cachorrinho e que o dono nunca deve abandonar seu cão. Os quatro filmetes são: “Evite Agressões”, “Cão Feliz Traz menos Perigo”, “Quero um Cachorrinho” e “Cuidado com a Raiva”.

A idéia dessa campanha de utilidade pública é levar a população a repensar a forma como trata os animais de estimação e a considerar alternativas mais humanitárias para o relacionamento diário animal-ser humano. É preciso evitar que a população de cães e gatos abandonados nas ruas cresça ainda mais. O Comitê de Especialistas de Raiva da OMS de 2005 destaca a prática da posse responsável: os procedimentos de castração, controle de comércio e mobilização de animais são os métodos mais eficazes para reduzir a população de cães nas ruas e prevenir a transmissão da raiva. Isso pode ser alcançado através de iniciativas na área de educação, como esta.

Para assistir aos vídeos, clique nos links abaixo.

Vídeo 1 - Evite Agressões

Vídeo 2 - Cão feliz traz menos perigo

Vídeo 3 - Quero um Cachorrinho

Vídeo 4 - Cuidado com a Raiva

Para fazer o download dos vídeos, clique aqui.


http://www.wspabrasil.org/monica-animais-estimacao.html#


Opinião do blog:

Penso que além de termos todo esse cuidado em estarmos protegendo, lutando, abrigando, tratando, dando amor, carinho aos animais temos que erguer a bandeira da CONSCIENTIZAÇÃO, pois só assim penso que conseguiremos no futuro mudar toda essa realidade horrível na qual estamos vivendo. É preciso sim olhar para nossas crianças e por elas, criança bem assistida, amada, bem orientada com certeza será um cidadão muito mais consciente e é através delas também que acredito que podemos chegar até os demais da família. Uma criança consequentemente leva aquilo que aprende seja bom ou ruim para o seu lar, para a sala de aula e ou para o meio em que vive.
Então penso que cabe a nós além de nos entregarmos à causa animal, nos doar um pouco que seja a causa humana contribuindo para que as novas gerações sejam muito melhores do que a nossa.


Somos Todos Um

Operação Musashi - A totalmente possível Missão Impossível

Podem alguns poucos voluntários derrubar a maior frota baleeira do mundo?
A resposta é sim. Nόs temos a poderosa frota de baleeiros japoneses nas cordas do ringue e tudo o que precisamos fazer é nocauteá-los.

Os baleeiros piratas japoneses estão seriamente feridos. Possuem um débito de mais de 50 milhões de dólares e conseguimos evitar que atingissem a cota de matança por três anos seguidos.

Em nossa primeira campanha, em 2005/2006, perseguimos a frota por 3.500 milhas a oeste da costa Antártida.

Embora debilitados pela lentidão do navio, nós os confrontamos três vezes e os mantivemos em fuga. Nós abalroamos o navio de suprimentos forçando-os a retornar ao Japão e, ao final da temporada, voltaram com 83 baleias a menos que a cota. Nós reduzimos o número de baleias mortas em 10%.

Sabíamos que precisaríamos de um navio mais rápido se pretendêssemos retornar em 2006/2007. Também tínhamos problemas, uma vez que o Farley Mowat ficou retido na África do Sul em razão da pressão dos Governos Japoneses e Canadenses.

Começou, assim, a impossível missão da Operação Leviathan. Enquanto eu procurava por um navio mais rápido, Capitão Alex Cornelissen definiu uma estratégia para retirar o Farley Mowat do porto de Cape Town, partindo dissimuladamente às 3:00 horas da manhã, seguindo um cargueiro na escuridão, com todas as luzes apagadas. Eles obtiveram sucesso em despistar a marinha sul-africana escapando para o Oceano Índico.

Seguiram-se à desafiadora fuga do Farley Mowat as condições meteorológicas extremamente severas, até alcançarem o amistoso porto de Freemantle, na Austrália, onde o navio e a tripulação foram recebidos como heróis e presenteados pelo Major Peter Tagliaferri com a honra de ter o Freemantle como nosso porto honorário.

Enquanto isso, eu inspecionara um navio em Malta, mas era muito caro para adquiri-lo. Em junho, eu achei um segundo navio em Trinidad e depois de passar dois meses trabalhando para comprá-lo, fomos forçados a desistir da aquisição devido a ilegalidades com proprietário do navio.

Com a rápida aproximação da próxima campanha de caça às baleias, nós finalmente encontramos o navio perfeito em Edinburgh, Escócia em outubro. Era o Westra, navio aposentado da patrulha pesqueira. Nós o compramos na primeira semana de novembro, com um empréstimo bancário graças ao apoio leal e generoso de um de nossos apoiadores. Pelo meio de novembro o navio ficou em manutenção e em 5 de dezembro o Westra, agora rebatizado de Robert Hunter, desceu rumo ao sul, por todo o Oceano Atlântico através do estreito de Magalhães, alcançando o Mar Ross em 19 de janeiro de 2007.

Eu tirei o Farley Mowat de Melbourn e encontrei o Robert Hunter no Mar Ross, onde nossa tripulação construiu um heliporto no Robert Hunter em apenas dois dias.

Não foi fácil. O governo japonês tinha pressionado o governo canadense para retirar nossa bandeira. Nós registramos novamente em Belize porém, em 9 dias, a bandeira de Belize foi retirada, mas não antes de estarmos preparados para partir da Tasmânia rumo ao sul, em direção à costa da Antártida. Nós adentramos o Santuário das Baleias como um navio pirata, sem qualquer registro.

Juntos, os dois navios caçaram e alcançaram a frota japonesa duas vezes. Então, um acidente ocorreu no navio-fábrica japonês Nisshin Maru, um incêndio que matou um membro da tripulação e inutilizou o navio. A frota baleeira japonesa foi forçada a retornar ao Japão com menos da metade de sua cota de caça. Mais de 500 baleias foram poupadas. O governo japonês estava furioso e forçou os britânicos a retirarem a Red Duster do Robert Hunter, deixando-nos sem bandeira.

Rapidamente, nós registramos nossos dois navios com a bandeira holandesa, uma nação não vulnerável à ditadura japonesa ou qualquer outra nação baleeira pirata.

Em junho de 2007, eu encorajei o capitão Cornelissem a levar o Farley Mowat para Galápagos e então para a Islândia, para a Operação Ragnarok, a campanha para intervir nas ações baleeiras ilegais do país.

O Robert Hunter permaneceu em Melbourne preparando-se para o retorno ao Santuário das Baleias em dezembro.

Mais uma vez, iniciamos o trabalho hercúleo para arrecadar fundos para a próxima campanha.

Ao mesmo tempo que o Farley Mowat alcançou Galápagos, a Islândia decidiu cancelar suas ações de caça às baleias e o Farley Mowat voltou sua atenção à confiscar linhas de pesca ilegais, intervindo contra caçadores ilegais de tubarões e cessando os planos de uma companhia chamada Planktos em despejar limalha de ferro no oceano fora de Galápagos.

Naquele verão, nós investigamos e apreendemos 45 mil barbatanas de tubarão e mais de 100 mil pepinos do mar dos caçadores ilegais e contrabandistas no Equador. Eu fui recompensado pelo presidente do Equador com o Prêmio Amazon Peace e um contrato pela minha morte e a do diretor da Sea Shepherd Galápagos, Sean O’Hearn, foi oferecido pela máfia das barbatanas de tubarão de Manta, Equador. Sean viu-se forçado a demitir-se, com apoio de sua esposa e um agente da polícia que nos apóia enviou-me um colete à prova de balas.

No final do ano, a Planktos cessou suas atividades. O capitão Alex Cornelissem aceitou a posição de diretor da Sea Shepherd Galápagos e eu finalmente estava pronto para assumir o leme do Robert Hunter e retomar a viagem para a Antártida, na campanha que batizamos de Operação Migaloo.

Em um movimento que o saudoso Robert Hunter aprovaria, rebatizei o navio de Steve Irwin, que reflete a paixão dos australianos na oposição à caça ilegal de baleias e para focar como símbolo as baleias da Austrália – Migaloo, a amada baleia jubarte branca, que os japoneses avisaram que arpoariam se tivessem uma chance.

Seguimos ao sul em 5 de dezembro, depois que Teri Irwin lançou o navio sob o nome de Steve. A bordo, estava uma equipe de filmagem do Animal Planet para começar a trabalhar uma série chamada Guerra das Baleias.

Foi uma perseguição longa, perigosa e de sucesso com o Steve Irwin percorrendo mais de 22.000 milhas em três etapas atrás da frota japonesa, através da imensidão do remoto e imprevisível Oceano Antártico. Nós abordamos um navio arpoador criando um incidente internacional que foi manchete no mundo todo. E o mais importante: nós impedimos as operações baleeiras ao ponto de, mais uma vez, os caçadores de baleia falharem, sem atingir sua cota de matança.

Da cota de 50 baleias jubarte, eles não pegaram nenhuma. Eles não caçaram uma única baleia fin de sua cota. Eles caçaram 583 baleias minke. Nós salvamos a vida de 522 baleias minke e um total de 622 baleias das três espécies.

Foi um desastre econômico e de relações públicas para a frota baleeira japonesa e sua frustração restou demonstrada quando eles jogaram bombas de efeito moral e deram tiros em nossa tripulação, com uma bala atingindo meu peito e uma bomba de efeito moral arremessando o cameraman Ashley Dunn ao convés, ferindo sua coxa. Por sorte, meu colete à prova de balas parou o projétil e não houve nenhuma lesão séria do confronto.

Nós descobrimos que poderíamos encontrá-los e cessar suas operações. Nossa única limitação era a necessidade de reabastecer. Isso levou cerca de 10 dias para retornar ao porto, alguns dias para reabastecer de combustível e provisões e outros 10 dias para retornar para a frota. Foi aí que 583 baleias morreram. Se pudéssemos contar com um segundo navio, conseguiríamos pará-los 100%.

E essa é nossa atual missão impossível. Nós podemos e vamos retornar ao Santuário de Baleias do Oceano Antártico em dezembro, com o Steve Irwin. A questão agora é encontrar e garantir um segundo rápido navio, para cobrir o Steve Irwin quando for forçado a retornar ao porto para reabastecer.

Finalmente, nós estamos trabalhando para levantar mais fundos para comprar um segundo navio. Nós também precisamos levantar fundos para combustível, reparos e provisões aos dois navios.

Nós não temos nenhum problema em tripular os navios. Estamos lotados de inscrições. Isso é um alívio, pois agora estamos aptos a tripular o navio com uma diversidade de indivíduos capazes e habilitados. Nossa última campanha foi limitada por alguns desistentes e alguns corações fracos, que não entenderam que ser um membro da tripulação da Sea Shepherd requer um tipo raro de paixão e coragem. Se alguém não está disposto a arriscar sua vida para defender uma baleia, então, esta pessoa não pertence a nossa tripulação. E se não entendem porquê nós perguntamos essa questão, eles não pertencem à nossa tripulação.

Pessoalmente acredito que correr riscos para proteger espécies ameaçadas é, de longe, mais nobre e valioso que arriscar uma vida para proteger o Estado, dinheiro e poços de petróleo e eles dão medalhas às pessoas que fazem isso.

Nós lutamos pela vida, pela diversidade e pelo futuro da humanidade e de todas as coisas vivas e, na minha opinião, essa é a melhor justificativa para navegar em direção ao perigo. O que nos leva à Operação Musashi.

Miyamoto Musashi é uma lenda no Japão e eu escolhi o nome porque Musashi escreveu sobre estratégia de duas formas, usando a caneta e a espada. Em outras palavras, Musashi sabia que além da intervenção agressiva, seria necessário informar e educar.

Ano passado, pela primeira vez no Japão, a questão da caça ilegal de baleias pelo Japão atingiu as manchetes. Porque nossas estratégias, dramáticas e agressivas, eram novas e nos permitiu enviar aos jornais notícias sobre o abate das baleias.

Isso nos trouxe apoio dos japoneses que eram contra à política de matança das baleias de seu governo.

Nossas intervenções são a espada, por uma ação direta e a mídia é a caneta, portanto, nossa abordagem é exatamente o que Musashi tinha em mente.

Alguns anos atrás, todos nos diziam que lutar contra a frota baleeira japonesa era uma causa perdida –os crimes sem punição no oceano Antártico eram cometidos por uma grande equipe de máquinas assassinas, unidas e controladas por mafiosos como a Yakusa. O Nisshin Maru era a formidável Estrela da Morte de Cetáceos. Os assassinatos das baleias pelos criminosos ocorriam em vastas extensões de iceberds, gélidas, atingidas por tempestades nos mares hostis. Nós não tínhamos dinheiro. Nós não tínhamos navios. Em outras palavras, somente um tolo pensaria em se aventurar nessas águas hostis sem os recursos adequados, em um exercício de Quixotismo fútil.

Mas eu recordo o que meu amigo Martin Sheen me disse uma vez: “Causas perdidas são as únicas causas que valem à pena lutar”.

E gente bastante me chamou de tolo, ao ponto de que não tive problema em acreditar e, deste modo, surpreendê-los trilhando o caminho de um tolo como Dom Quixote, em uma missão desesperada para proteger a inocência e a vida que, para ser franco, foi um tanto quanto atraente.

Nossa impossível e desesperada missão causou tanto impacto que agora eu acredito que podemos vencer e expulsar os baleeiros criminosos do Santuário de Baleias do Oceano Antártico.

Não há dúvidas de nossa superioridade moral. Os baleeiros japoneses estão alvejando baleias ameaçadas e indefesas em um Santuário de Baleias, em violação às leis internacionas e a moratória comercial da caça à baleia. São assassinos sádicos envolvidos com a máfia japonesa Yakusa em uma indústria que não tem honra e não oferece nenhum benefício ao povo japonês.

Nós vamos adiante na proteção e defesa da vida. Nós nunca lesionamos ninguém. Nós somos tão a favor da não-violencia que a alimentação em nosso navio é vegano. Nós nunca fomos condenados por um crime hediondo em qualquer lugar do mundo. Nós somos voluntários arriscando nossas próprias vidas para proteger a vida.

O governo japonês pode nos chamar de eco-terroristas e piratas até o Monte Fuji derreter, mas o fato que permanece é que nós lutamos pela vida e eles matam por lucro.

Nesse caso, os piratas do bem vestem preto e a nossa bandeira pirata é um símbolo de esperança para as baleias e para a proteção de nossos oceanos. Nós somos piratas da compaixão e vida em uma batalha para subjugar e derrotar os piratas da ganância e da morte.

Woody Allen disse uma vez que 90% do sucesso era apenas aparecer. Nesse caso, ele está absolutamente certo. Nós só precisamos continuar aparecendo no encalço da frota japonesa, perturbando e intervindo contra a matança. Nós precisamos puxá-los para baixo, forçando-os a encarar perdas financeiras a cada ano, até que eles tenham tantos débitos que irão sucumbir.

Nós podemos e vamos destruir a Estrela da Morte de Cetáceos. Nós pretendemos afundar a frota baleeira japonesa – economicamente. Sem machucar uma única pessoa nós vamos levar suas operações à bancarrota e assim podemos encerrar a matança.

Seu investimento em nossas operações tem e continuarão tendo resultados.

Quanto vale a vida de uma baleia para você?

Seu apoio e credibilidade em mim e em minha tripulação retornarão com a dádiva das baleias vivas e a promessa de sobrevivência dos nossos oceanos.

Comentários do Capitão Paul Watson

. Red Duster é uma bandeira cortesia do Reino Unido, içada nas embarcações civis.
http://www.seashepherd.org.br/noticia.php?not=103

MPF/AP entende que IBAMA deve se posicionar sobre a morte de golfinhos

O Ministério Público Federal no Amapá, manifestou-se no dia 24 de julho para que ocorra a permanência da Ação Civil Pública que trata da morte indiscriminada de mais de oitenta golfinhos no litoral do Estado. Para o MPF/AP, uma nova oportunidade para que a União e o IBAMA se manifestem sobre o caso é fundamental, tendo em vista a gravidade do impacto ambiental.

Há aproximadamente um ano, a partir da veiculação nacional de matéria jornalística que apresentou a morte dos animais, o Instituto Sea Shepherd Brasil, ONG que atua na área ambiental, requereu a Justiça providências quanto ao ocorrido. Ocorre que a Justiça Federal entendeu que o assunto era de competência da Justiça do Estado do Amapá.

Desta forma, a União foi intimada para manifestar-se sobre o assunto, sendo o IBAMA incumbido por analisar se haveria algum interesse federal na causa, porém, nem o IBAMA, nem a União, se posicionaram para que a o assunto fosse tratado na esfera da Justiça Federal.

O Ministério Público Federal no Amapá, observando o grave impacto ambiental proporcionado pela matança indiscriminada dos golfinhos e pela pesca predatória que ocorreu em águas brasileiras, afirma que a causa é, sim, de interesse federal, recomendando à União e ao IBAMA que reconsiderem sua posição, trazendo novamente o assunto para a seara da Justiça Federal.

Considerando que a matança ocorreu em mar territorial, que é bem da União, onde é proibida a pesca da espécie em questão, o MPF/AP afirma que torna-se ainda mais evidente o interesse federal na solução da questão, com o objetivo de remediar o mal causado ao meio ambiente.

Além disso, tendo em vista que as redes utilizadas para massacrar os animais durante a pesca predatória possuíam mais de quatro quilômetros de comprimento, estas estariam fugindo do padrão determinado, inclusive, em resolução do próprio IBAMA, apresentando aproximadamente o dobro da dimensão especificada, novamente torna-se clara a necessidade da entidade tomar providências quanto ao assunto.


Fonte:
Assessoria de Comunicação
Procuradoria da República no Amapá
Telefone: (96) 3223-9450

http://www.seashepherd.org.br/noticia.php?not=98

Doze ônibus movidos a biodiesel de óleo de fritura vão rodar experimentalmente em Curitiba (PR)

Mônica Pinto / AmbienteBrasil

No próximo mês chegam a Curitiba (PR) doze ônibus articulados (veículos duplos com estruturas unidas por uma “sanfona”) que marcam o início de mais uma experiência da administração municipal no sentido de implantar no transporte urbano combustíveis alternativos ao diesel.

Esses ônibus – seis da Volvo, seis da Scania – vão rodar movidos a biodiesel feito com óleo de fritura usado. O processo de beneficiamento do produto – resumidamente, filtragem e esterificação - terá de observar especificações européias, uma exigência das montadoras para garantir que não haja prejuízo aos componentes do motor.

Essa iniciativa foi o tema da segunda Reunião do Grupo de Trabalho de Avaliação das Mudanças Climáticas, formado em maio passado no âmbito do Conselho Municipal de Meio Ambiente.

No encontro, realizado na sexta-feira passada na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Smma), Élcio Luiz Karas, da Área de Vistoria e Cadastro da Urbs (Urbanização de Curitiba), fez uma apresentação sobre ações do órgão dentro do Programa de Utilização de Combustíveis Alternativos, posto em prática desde 1995, quando cinco ônibus começaram a circular abastecidos com uma mistura de álcool hidratado e aditivo, na proporção de 95% e 5% respectivamente.

Agora, esses doze veículos movidos a B100 – tecnicamente, como se denomina o combustível – vão demandar por dia dois mil litros de óleo de fritura, pelos cálculos da Urbs. A oferta deste, a princípio um resíduo de alto potencial poluente, é estimada em 800 mil litros/mês, portanto suficiente para essa investida inicial.

A proposta é que uma empresa já em operação na cidade faça a coleta, numa logística que incluirá condomínios, restaurantes e comunidades. “Isso está sendo desenhado e estamos cientes de que precisaremos do apoio de grande parte da população”, disse Élcio, lembrando que a experiência contribui para resolver – ou ao menos minimizar - um passivo ambiental.

Os doze ônibus compõem dois terços da frota inicial a circular pela chamada Linha Verde, o sexto corredor de transporte urbano de Curitiba, cuja primeira etapa está prevista para entrega em outubro próximo, num investimento de R$ 121 milhões.

Maior obra de infra-estrutura viária em andamento no Paraná, esse primeiro trecho tem 9,4 quilômetros de extensão e corta dez bairros, no leito da antiga rodovia BR-116.

Operam hoje em Curitiba 28 empresas de ônibus – urbanas e metropolitanas -, que disponibilizam à população 2.690 veículos, cujas emissões são verificadas periodicamente. Na mais recente verificação, a Urbs constatou que, comparativamente à anterior, seis meses antes, houve redução de 11% no índice de fumaça emitida (opacidade, no jargão técnico). A amostra foi de 680 ônibus, o equivalente a 36% da frota.
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=39832

Por Redação do Greenpeace

São Paulo (SP), Brasil — No próximo sábado, dia 9 de agosto, vista azul e participe da grande atividade do Greenpeace no anfiteatro do Parque Villa-Lobos

O mar quando quebra na praia é bonito... mas também poluído e com sua biodiversidade ameaçada! Os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra e são fundamentais para todas as formas de vida do planeta, mas apesar de sua importância não têm sido tratados com o cuidado que merecem. No Brasil e no mundo.


A cada dia que passa, aumenta o nível de sua contaminação com poluentes e seus estoques de peixes e de outras espécies marinhas estão próximos do colapso. Isso sem contar as catastróficas conseqüências do aquecimento global para os oceanos, previstas pelos mais recentes estudos científicos publicados, como a acidificação, o branqueamento dos corais e o aumento do nível do mar.


Para atrair a atenção das pessoas para o precário estado dos mares, o Greenpeace está agendando para o próximo sábado (9) uma atividade no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, e conta com sua presença para fazer uma grande onda.


Vista uma roupa azul e venha para o parque! O ponto de encontro é às 9 horas, ao lado do anfiteatro que fica do lado direito da entrada principal.


Vamos fazer uma grande onda azul para mostrar que os brasileiros estão sim preocupados com a atual situação do mar e exigem soluções!


(Envolverde/Greenpeace)
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Cadela sobrevive 70 dias debaixo de escombros do terremoto de Sichuan

da Efe, em Pequim

Fei Hongwei, morador da localidade de Hanwang, destruída pelo terremoto que atingiu a China em 12 de maio, conseguiu resgatar há poucos dias sua cadela de estimação Wang Wang, que conseguiu sobreviver nada menos que 70 dias debaixo dos escombros de sua casa.

Wang Wang agüentou mais de dois meses em um buraco debaixo da cama de um dos dormitórios e, segundo Fei, sobreviveu graças a 10 ovos e uma vasilha de água que havia deixado ali antes do terremoto.

Fei teve que deixar sua casa pouco depois do terremoto, e retornou às ruínas em 22 de julho, quando lhe foi permitido voltar.

Como muitas outras vítimas, Fei começou a buscar nos escombros para ver o que podia resgatar de seus antigos pertences, quando se surpreendeu ao encontrar Wang Wang.

A cadela voltou com seus donos à cidade de Deyang, onde a família de Fei foi realocada.

Wang Wang não foi o único animal que sobreviveu heroicamente ao terremoto: há um mês, a imprensa local exibiu o caso de um porco que tinha conseguido sobreviver 36 dias debaixo dos escombros.

O animal perdeu 100 de seus 150 quilos nos dias passados entre as ruínas, e após ser achado, foi batizado de "Zhu Jiangqiang", que poderia ser traduzido como "porco forte".

O terremoto foi o pior sofrido pela China desde 1976, e causou cerca de 90 mil mortes.

Algumas pessoas também sobreviveram milagrosamente debaixo dos escombros, em alguns casos por mais de uma semana.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u429199.shtml