quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Exposição fotográfica destaca condições de animais que vivem nas ruas
Turismo e a poluição dos oceanos
Por Antonio Silveira R. dos Santos
- Como se sabe, os oceanos cobrem 71% da superfície da Terra e, atualmente, bilhões de pessoas moram em cidades e vilarejos costeiros, sobrevivendo quase exclusivamente da pesca e do turismo relacionado às suas belezas naturais.
O turismo é fortemente dependente dos oceanos. Milhões de viajantes em todo o mundo procuram locais à beira-mar para relaxar, praticar esportes aquáticos - como mergulho, vela e pesca - ou simplesmente para sentir a brisa e apreciar um bom jantar diante da paisagem.
Praias como as das Ilhas Seychelles, do Havaí, de países caribenhos e da costa brasileira são apenas alguns exemplos de lugares paradisíacos que têm sua atividade turística inteiramente dependente dos mares. Nesses locais, foram construídos grandes empreendimentos hoteleiros cada vez melhores e mais bem equipados, com mais variedade de atividades e itens de conforto para o bem-estar dos turistas.
E todos esses investimentos, cujo objetivo é atrair mais clientes, podem ser colocados a perder se a indústria turística e, em maior escala, toda a população do planeta não começarem a se preocupar de verdade com a poluição dos oceanos.
No começo deste ano chegou ao público a informação, retirada da respeitada revista Science, de que 40% dos oceanos já estão deteriorados e quase não existem mais locais no planeta sem poluição marinha. A informação confirma a crença de que a atuação humana desregrada não compromete apenas as porções de terra emersas. As águas e tudo o que está submerso também sofrem com o uso indiscriminado e não sustentável dos recursos naturais.
Não sabemos quantas espécies ainda desconhecidas do homem estão sob risco por causa da poluição marinha. O ser humano também sofre prejuízos diretos com o problema em vista de sua dependência milenar dos recursos marinhos para alimento - atualmente, também como fonte turística. A pesca predatória compromete o estoque natural de pescado.
O estudo publicado na Science concluiu que praticamente todas as regiões costeiras do globo estão altamente poluídas e mais da metade dos grupos de seres vivos sumiu do ecossistema marinho.
Os cientistas listaram fontes de impacto como poluição orgânica por pesticidas, lixo de navios e portos, excesso de pesca, mudanças climáticas pelo aquecimento global, introdução de espécies exóticas em ecossistemas aos quais elas não pertencem e construção de plataformas de petróleo.
Infelizmente, já não é raro encontrar locais turísticos com praias tão poluídas que as atividades dentro d''água se tornam pouco recomendadas. Praias impróprias para banho desestimulam a presença de visitantes, prejudicam economicamente a região e desestabilizam os empreendedores locais, que perdem clientes e capacidade de novos investimentos. Resultam também em propaganda negativa que impede o local de atrair novos turistas.
Diante das graves constatações científicas recentes, é urgente que todos trabalhemos em conscientização e que tomemos medidas concretas no sentido de proteger os oceanos e a vida marinha. Explorar conscientemente esses recursos é a única forma de evitar prejuízos à indústria turística a médio prazo. E de evitar, também, colocar em risco a nossa própria sobrevivência.
Transposição: o estupro da Caatinga
Por Roberto Malvezzi (Gogó)
“É de cortar o coração”. Foi dessa forma surpreendente que uma repórter – uma profissional - se referiu ao que viu nas obras da transposição em Cabrobó. Ela vira a devastação da Caatinga pelo Exército, as montanhas de árvores empilhadas, justamente numa região onde a desertificação mais avança no semi-árido brasileiro. E olha que o Exército é responsável por apenas 3% da obra e não fez muito mais que 1%. Portanto, o que ela viu é apenas um aperitivo.
Se a obra for à frente, aproximadamente 1000 km de canais cortarão à caatinga, sem falar no que vem depois em cada estado receptor. Com o propósito de isolar 2,5 km em cada margem, o resultado final do desmatamento será de pelo menos 2,5 mil km quadrados. Não é pouco para uma área já em processo de desertificação.
Some-se a esses dados iniciais toda a perspectiva que o aquecimento global trás para o semi-árido brasileiro. Segundo a Embrapa Semi-árido, haverá, no melhor dos cenários, a diminuição de 20% no regime das chuvas e também no volume atual do rio São Francisco. Ainda mais, o nível de evaporação vai se intensificar a cada centígrado de elevação da temperatura.
É por aí que passa a encruzilhada da civilização brasileira, desde o Vale do Itajaí ao Vale do São Francisco. Para uns a obra da transposição é desse tipo de “orgulho nacional”, como nos tempos do regime militar. Para outros, não passa de um estupro da caatinga, do rio, de “cortar o coração”.
ONU diz que poluição sonora ameaça animais marinhos
Na abertura de sua Convenção Sobre as Espécies Migratórias, que vai até sexta-feira, 5, na sede da FAO em Roma, a ONU destacou que o aumento da cacofonia marinha originada pelo homem representa um problema, sobretudo, para os mamíferos, que usam sons para se comunicar.
"O barulho submarino feito pelo homem já provocou uma espécie de nevoeiro acústico e uma cacofonia de som em muitas partes dos mares e oceanos do mundo", disse o diretor cientista da Sociedade para a preservação dos golfinhos e baleias, Mark Simmonds, em comunicado da FAO.
A ONU, através de seu Programa para o meio Ambiente (Pnuma), pede aos Governos e às indústrias a que adotem motores mais silenciosos e alarmes menos danosos nos navios e medidas mais restritivas ao uso de testes sísmicos para prospecção de petróleo e gás.
Apesar de os maiores desabrigados serem mamíferos como as baleias, "parece que outras espécies marinhas podem ser afetadas", aponta Simmonds, que vincula ao barulho oceânico alguns danos que apresentam os tecidos dos cetáceos.
A ONU denuncia ainda que as mudanças na composição química marinha contribuem para o aumento da poluição sonora do oceano, já que o aumento dos níveis de acidez de água do mar fazem com que esta absorva 10% menos sons de baixa freqüência.
A menos que as emissões de gases do efeito estufa se reduzam, os níveis de acidez marinha poderiam chegar, em 2050, a um ponto em que o barulho dos navios chegue a distâncias 70% maiores.
"Agora enfrentamos evidências relevantes de que a combustão de combustível fóssil e a emissão de CO2 podem ser novas e, inclusive, maiores ameaças, a não ser que se tomem medidas para cortar as emissões nos próximos anos e décadas", insistiu Simmonds.
Prefeitura da UFPA coordena campanha contra abandono de animais
Estão como parceiros da prefeitura nesse trabalho, o Curso de Medicina Veterinária da UFPA (Campus de Castanhal), a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria Municipal de Saúde (SESMA - Prefeitura de Belém).
A primeira etapa da campanha constará de uma palestra de esclarecimento à comunidade universitária, envolvendo a Profª Carla Cristina Moraes, do CEDIVET, e a médica veterinária Rosa Helena, sobre as medidas que deverão ser tomadas pela Prefeitura do Campus com relação ao controle populacional desses “bichinhos”. A programação ocorrerá neste dia 4, de 9h às 11h, no auditório do Instituo de Geociências.
Estão convidados a participar desse momento de reflexão, principalmente os “padrinhos” de cães e gatos, ou seja, aquelas pessoas que voluntariamente assistem os animais que circulam no Campus, fornecendo lanches e refeições, além de representantes dos Centros Acadêmicos e de toda a comunidade universitária. “Espera-se que estes segmentos sejam importantes parceiros nesta campanha”, afirma a coordenadoria de Meio Ambiente da Prefeitura Universitária.
A campanha pretende alcançar também a população do entorno da UFPA, já que muitos dos animais que circulam no Campus vêm dos bairros vizinhos à instituição. Outra parceria importante será com as associações protetoras de animais, clínicas veterinárias, ONGs e voluntários em geral, que deverão participar do programa promovendo palestras e demais atividades de conscientização.
A próxima etapa será a esterilização dos animais que residem na Cidade Universitária. A intenção é reduzir a procriação e, conseqüentemente, o aumento da população de animais em situação de abandono circulando nos terrenos da universidade. Tal procedimento deve ser realizado pelos médicos veterinários do CCZ, os quais se comprometeram a realizar também os cuidados do pós-operatório, além de providenciar o retorno desses animais aos seus locais de origem.
Outras ações
No último dia 27 de novembro, representantes da Prefeitura da UFPA e os parceiros do projeto participaram de uma reunião em que discutiram pormenores sobre a realização de ações relacionadas ao tratamento de animais no Campus do Guamá. De acordo com o levantamento realizado pela equipe de segurança da Prefeitura, atualmente existem cerca de 35 animais em situação de abandono na cidade universitária, dentre cães e gatos.
A previsão é a de que tais animais sejam recolhidos e separados em grupos de 10, que serão levados ao Centro de Zoonoses, onde deverão ser castrados, vermifugados e vacinados (vacina anti-rábica). Inclusive podendo permanecer naquele Centro durante todo o período pós-operatório, ficando sob a responsabilidade da UFPA o fornecimento de coleiras de identificação e anestésico para ser utilizado no procedimento das cirurgias.
Segundo a coordenadoria de Meio Ambiente da Prefeitura, alguns fatores implicam em dificuldades para a realização desse trabalho. “Primeiramente o local para a separação desses animais, e também a maneira como a comunidade universitária se posicionará frente a essa ação, uma vez que a carrocinha só poderá recolher esses animais em dias úteis”, afirmam as coordenadoras Lúcia Almeida e Liana Figueira.
“A comunidade precisa estar ciente e informada de tudo o que irá ocorrer durante esse processo. Na palestra desta quinta-feira, será feito o convite aos presentes para se juntarem à causa como voluntários e, assim ajudarem no pré e pós-operatório dos animais”, complementam as representantes da Coordenadoria de Meio Ambiente.
A campanha será ainda oportunidade para divulgar o novo trabalho que a CZZ vem fazendo para tentar desmitificar a idéia de que a melhor saída para evitar situações de abandono é o extermínio dos animais. Devido a isso, o programa prevê que os animais retirados do Campus, após passarem pelo atendimento veterinário, voltem a conviver na UFPA, sem causar nenhum tipo de risco ou transtorno à comunidade universitária. Para garantir o sucesso do trabalho, as ações de conscientização serão desenvolvidas continuamente.
Serviço:
Palestra: “Os animais na Cidade Universitária”Dia: 04/12/2008
Horário: 9h às 11h
Local: Auditório do Instituto de Geociências (IG)
Informações através do ramal: 7370 ou e-mail ambiental@ufpa.br
http://www.ufpa.br/ascom/index.php?option=com_content&view=article&id=1645:prefeitura-da-ufpa-coordena-campanha-contra-abandono-de-animais&catid=1:noticias
Último dia campanha adoção de bichos na Zona Norte RJ
São cerca de 30 cães e gatos, filhotes e adultos, à espera de um novo lar, no estande montado na Praça Saiqui, em Vila Valqueire, das 10h às 16h.
Os interessados em levar para casa um novo amigo devem apresentar identidade e comprovante de residência. Os animais adultos são esterilizados e os filhotes adotados vão para o novo lar com a cirurgia encaminhada.
Na próxima semana a campanha estará na Zona Sul. Mais informações sobre a adoção de animais podem ser obtidas pelos telefones 3402-0388 e 3402-5417.
http://www.sidneyrezende.com/noticia/24053+ultimo+dia+campanha+adocao+de+bichos+na+zona+norte
Ibama entrega 200 gibis do projeto Liberdade e Saúde
A iniciativa de receber estes animais partiu após a palestra que 70 alunos do colégio assistiram na sede do Ibama, na última quinta-feira (27). Na ocasião ficou constatado que grande parte destas crianças costuma caçar animais silvestres com os pais, como forma de subsistência. Para surpresa dos palestrantes, as próprias crianças, ao fim da palestra, propuseram a entrega voluntária e soltura de animais que criam.
De acordo com o analista ambiental Fabiano Pessoa, os animais entregues serão recolhidos pelo Ibama com destino ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). "O Cetas tratará e encaminhará esses animais para um destino adequado e, sendo possível, serão reintegrados à natureza", explica o analista.
Recentemente o projeto Liberdade e Saúde foi incorporado à Campanha Nacional de Proteção à Fauna, lançada em outubro pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. Técnicos dos núcleos de fauna e educação ambiental do Ibama Piauí levaram a algumas escolas particulares do DF informações sobre a necessidade da participação social no combate ao tráfico e posse ilegal de animais silvestres.
http://180graus.brasilportais.com.br/geral/ibama-entrega-200-gibis-do-projeto-liberdade-e-saude-69349.html
Polêmica de animais em condomínio
A presença de animais em condomínios costuma gerar polêmica. No Paraná, segundo o Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), a questão é a que resulta no maior número de conflitos entre síndicos e moradores. Muitas vezes, o regimento interno do complexo residencial é desrespeitado e o problema acaba dando origem a uma série de transtornos.
O vice-presidente da área de condomínios do Secovi-PR, Dirceu Jarenko, destaca que cada condomínio tem seu próprio regimento. As determinações variam de um lugar para outro.
"Porém, é importante que esse regimento seja conhecido e respeitado por todos. Geralmente, ele define se pode ou não haver animais no condomínio, o porte dos mesmos e de que maneira eles podem estar presentes em áreas comuns, como elevadores, playgrounds e churrasqueiras", explica.
Segundo ele, o Secovi-PR não é contra a presença de bichos em condomínios e acredita que a convivência com os mesmos seja saudável aos seres humanos. Mas, para que os conflitos sejam resolvidos, sugere diálogo.
"Quando um animal está incomodando muito ou gerando riscos à saúde dos condôminos, o proprietário pode ser até multado. Porém, a multa deve ser a última alternativa. Síndico, integrantes do conselho consultivo do condomínio e moradores devem conversar para que seja encontrada uma solução."
Antes de determinar a saída de um animal, o síndico e os membros do conselho devem ter certeza de que o bicho está realmente incomodando a todos e se as reclamações realizadas em relação a ele não passam de implicância gerada por um único condômino.
Antes de se mudarem para condomínios, também é importante que os futuros moradores procurem conhecer as regras do lugar em relação à presença dos animais.
Se houver dúvidas ou problemas que parecem sem solução, tanto síndicos quanto moradores podem pedir auxílio ao Secovi-PR, que possui um departamento jurídico que presta orientações de forma gratuita. O telefone é (41) 3259-6000.
Indiferença
A farmacêutica bioquímica Carla Bernardinis, que mora na Avenida Silva Jardim, vem sentindo na pele o problema. Há seis anos, ela e suas duas filhas, Giulliana e Grazielle, mantêm dois gatos no apartamento.
Porém, recentemente, a síndica do condomínio determinou que a presença de animais não seria mais permitida. Carla conta que, desde então, não tem conseguido dormir à noite e que sua filha mais nova, Giulliana, não pára de chorar.
"Quando questionei a síndica sobre o que deveria fazer com meus gatos, ela sugeriu que eu os jogasse na rua, demonstrando total indiferença", reclama a farmacêutica. "Já estou pensando em sair do apartamento e ir morar numa casa em função do problema. Os gatos são castrados, vacinados, nunca saem de dentro de casa e dormem grande parte do dia. Não estão incomodando ninguém e, por isso, não entendo porque não posso tê-los."
Queimadas ameaçam reserva ambiental no norte do MA
As labaredas se espalham com rapidez e ameaçam a vida silvestre no norte do Maranhão. As queimadas sem controle estão destruindo toda a vegetação nativa na baixada maranhense, uma área de preservação ambiental com 20 km².
Há mais de 90 dias não chove. Lagos e rios estão completamente secos na região. Em Bacurituba, um dos municípios mais castigados pela seca, os rebanhos de búfalos sofrem com a falta d’água e o fogo destrói a pastagem nativa.
As aves de arribação fazem longas revoadas tentando achar água na imensidão de terra rachada pelo sol. As garças matam a sede na lama.
Toda esta planície na costa norte do Maranhão é considerada estratégica para a sobrevivência das aves aquáticas do planeta. Um santuário que está sendo destruído pelo fogo dia e noite.
As chamas iluminam a escuridão. O fogo se estende por mais de três quilômetros no interior da reserva.
“Está muito seco. Ele avança e para avançar é rápido. Fogo vai e se alastra”, observou o pescador Antônio Costa.
http://imirante.globo.com/noticias/pagina183833.shtml