terça-feira, 20 de maio de 2008

ઇ‍ઉ Mais um inverno sem caça ou....água mole em pedra dura....

Raul Cassou

Marrecas piadeiras, um dos alvos dos caçadores

Estamos vivendo um divisor de águas em relação a caça esportiva, com duas importantes vitórias na Justiça em 2008.

Por Maria Elisa Dexheimer Pereira da Silva*

Pensamos que o inverno de 2008 é um bom momento para se fazer um balanço e apresentar à população o resultado dessa luta, que não é somente das organizações que se envolveram diretamente e sim a concretização de um anseio da maior parte da comunidade do RS, amplamente manifesto. Vivemos um divisor de águas na questão da caça esportiva, pois a luta pelo fim da atividade obteve duas importantes vitórias em segundo grau na Justiça, no ano de 2008. Os recursos impetrados pelo Ibama e Federação Gaúcha de Caça e Tiro, foram negados, com o acórdão do último deles publicado em 19/5/2008.

No final de 2003, a ONG União pela Vida (UPV) resolveu organizar um protesto contra a permissão dada anualmente pelo Ibama para a realização da temporada de caça esportiva no Rio Grande do Sul. Tudo começou com um abaixo-assinado, levado inicialmente ao Brique da Redenção, através do qual a ONG conclamava a população a se manifestar de forma contrária à política vigente. Os efeitos dessa iniciativa revelaram-se aos poucos: mais de 95% das pessoas abordadas declararam-se favoráveis à iniciativa e uma pequena minoria favorável à caça. Entre estes, alguns caçadores e os demais, pessoas totalmente desinformadas, invocando fatores "culturais", um tal manejo de fauna, problemas com caturritas, alegando que se não houvesse a caça, os animais se reproduziriam excessivamente.

No parque, cruzaram-se biólogos, advogados, filósofos, religiosos, jornalistas, políticos, pessoas muito simples, pessoas muito cultas,membros de outras ONGs, enfim, uma quantidade enorme de pessoas que passaram a fazer parte de uma rede de apoios que se manteve até os dias atuais.

Em maio de 2004, o Rio Grande do Sul ainda vivia os efeitos de uma monstruosa estiagem com efeitos ainda desconhecidos sobre a fauna. A União pela Vida decidiu ingressar com uma Ação Civil Pública, para evitar que a temporada fosse aberta em condições climáticas tão desfavoráveis.. Para tal, foi procurada a professora Patrícia Silveira, que além de abordar a questão da seca e da contaminação pelo chumbo, pediu que fosse declarada a inconstitucionalidade da caça, em função da crueldade praticada contra os animais.

A temporada de caça, porém foi aberta, tendo sido negado o pedido liminar, restando à UPV aguardar pelo julgamento do mérito. Em 2005, a União pela Vida junta-se ao Movimento Gaúcho de Defesa Animal (MGDA) fornecendo à advogada Sandra Royo os elementos para que ingressasse com outra Ação Civil Pública, dessa vez argumentando que o Rio Grande do Sul estava vivendo duas estiagens consecutivas e que os estudos efetuados, apenas com o intuito de liberação da atividade, eram insuficientes para garantir a longo prazo a sobrevivência das espécies caçadas, bem como a manutenção de suas funções ecológicas.

A ação do MGDA teve atendido seu pedido liminar e a temporada 2005 foi cancelada. Mas a alegria durou pouco, pois uma semana depois, os caçadores e o Ibama obtiveram a reversão da medida e a temporada foi reaberta. Quando tudo parecia irremediável, aconteceu o julgamento do mérito da ação de 2004 da União pela Vida e o Juiz Federal Cândido Alfredo Leal da Silva Júnior proibiu a caça, através de uma sentença considerada por todos que a leram como uma das mais belas sentenças judiciais já escritas em nosso país.

Pouco tempo depois, a liminar caçada do MGDA volta a valer. Em 2006, outro revés, a Justiça decide que a caça poderia retornar, mas já não havia tempo hábil para os procedimentos legais necessários para a abertura da temporada, que foi adiada para 2007.

Em 2007, a União pela Vida não havia tido ainda a possibilidade de recorrer da decisão e o mérito da ação do MGDA ainda não havia sido julgado.

A Fundação Zoobotânica então publica em Zero Hora o chamamento para a Audiência Pública para apresentação dos estudos, ato legal sem o qual a temporada não poderia abrir.Ainda restava uma Ação Civil Pública para ser julgada, a também proposta em 2005 pelo Ministério Público Federal (MPF). Inicia-se uma contagem regressiva, onde um grupo torcia para o julgamento da ação e outro torcia para que o julgamento ocorresse após a realização da temporada de 2007.

Nesse quadro, a Juíza Federal Clarides Rahemeier sentencia a ação do Ministério Público Federal e mais uma vez a caça é proibida no Rio Grande do Sul.

A movimentação quase que sincronizada das ONGs e do Ministério Público Federal, produziram um efeito inacreditável para todos que observaram o processo: interromperam um ciclo quase ininterrupto de temporadas e dirigiram o Estado do Rio Grande do Sul para uma situação de avanço ético, com significação ainda difícil de avaliar.

O ano de 2008, já no dia 13 de março, trouxe outra novidade aos defensores dos animais e de um meio-ambiente ecologicamente equilibrado: no julgamento dos embargos infringentes da União pela Vida, formulados pelos advogados Renata de Mattos Fortes e Ricardo Felinto de Oliveira, do Instituto JUS Brasil, o pleno do Tribunal Federal revalidou a sentença de 1º grau e determinou, por 5 x 1, que a caça esportiva era inconstitucional.

Menos de um mês depois, foi julgado o mérito da ação do MGDA, quando a turma por unanimidade, determinou que o Ibama não poderia ter aberto as temporadas de 2004 e 2005, em função de que os estudos prévios, não atendiam aos requisitos mínimos, tendo sido considerados nulos pela Justiça.

Percebe-se claramente, a partir dos resultados obtidos, que a tendência da Justiça é não mais permitir práticas agressivas e anti-éticas, seja em nome do que for. O Ibama teve a oportunidade de se defender, de comprovar que a atividade não era lesiva ao meio-ambiente, mas não o fez. A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, por sua vez, também teve a oportunidade de demonstrar a retidão dos seus estudos e a qualidade do trabalho dos técnicos que selecionou, mas omitiu-se, inacreditavelmente negou-se a participar do processo.

Para toda a sociedade gaúcha que assistiu ao desmoronar desse castelo de cartas, resta uma pergunta: se a atividade era insustentável tanto do ponto de vista ético e moral quanto ambiental, porque foi permitida de modo contínuo durante mais de 30 anos?

*A autora, Maria Elisa Dexheimer Pereira da Silva, é Coordenadora da ONG União pela Vida e acadêmica de Direito.

Leia mais:


Ação Civil Pública nº 2005.71.00.017196-9 (RS)


http://www.ecoagencia.com.br/index.php?option=content&task=view&id=3263&Itemid=62


ઇ‍ઉ ONU busca acordo para conter extinções antes de 2010

Conferência recebe representantes de 189 países com o lema 'Uma natureza. Um mundo. Nosso futuro'

Efe


BONN - A 9ª Conferência das Partes (COP9) da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB) começou nesta segunda-feira, 19, em Bonn (Alemanha) com a missão de criar um novo documento para preservar a biodiversidade e cumprir o objetivo da ONU de frear a extinção de espécies em 2010.

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid175030,0.htm

ઇ‍ઉ Biocombustíveis ameaçam plantas e animais nativos, diz grupo

Estudo eleva preocupação internacional a respeito dos efeitos secundários dos desse tipo de combustíveis

ALISTER DOYLE - Reuters

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OSLO - Plantas exóticas e de crescimento rápido usadas na fabricação de biocombustíveis podem prejudicar novos hábitats ao expulsar as plantas e animais nativos dali, afirmou nesta terça-feira, 20, o relatório de um grupo ambientalista.

O estudo, realizado pelo Programa Global de Espécies Invasivas (Gisp, na sigla em inglês), conclama os governos do mundo todo a empenharem-se mais para avaliar 32 espécies de plantas consideradas agressivas, entre as quais a cana-da-Índia, vinda do oeste da Ásia, e árvores de álamo da Europa, que podem escapar para além das áreas de cultivo ou de produção.

"Desejamos garantir que os riscos sejam compreendidos de forma adequada", disse à Reuters Stanislaw Burgiel, diretor de política do Gisp.

O relatório veio a público na mesma época da conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) que ocorre entre os dias 19 e 30 de maio, em Bonn, e que discute formas de proteger a biodivesidade.

Espécies invasivas podem apoderar-se de novos hábitats, provocando bilhões de dólares em prejuízos, caso não tenham competidores ou pestes que as mantenham sob controle.

O estudo do Gisp, entidade que reúne vários grupos de cientistas do mundo todo, adiciona questões à preocupação da comunidade internacional a respeito dos efeitos secundários dos biocombustíveis, entre os quais elevar o preço dos alimentos e incentivar agricultores a desmatar áreas ainda maiores com vistas a aumentar sua produção.

Muitos países defendem os biocombustíveis, vendo neles uma boa alternativa ao petróleo, cujo valor do barril já ultrapassou os 125 dólares, e vendo neles uma forma de combater o aquecimento global, provocado pelos gases do efeito estufa liberados durante a queima de combustíveis fósseis.

Segundo o relatório, os países do mundo todo deveriam ter cuidado com a cana-da-Índia (Arundo donax), por exemplo, que vem sendo usada nos EUA para produzir biocombustíveis.

"Naturalmente inflamável, essa planta cria ambientes favoráveis a incêndios -- uma ameaça tanto para os seres humanos quanto para espécies nativas em locais como a Califórnia", afirmou o documento.

A alfarroba norte-americana, que pode vir a ser usada na fabricação de biocombustíveis, é conhecida como "Árvore do Diabo" na Etiópia porque tomou conta de áreas muito maiores do que o esperado desde que chegou àquele país, na década de 1970, por ser uma planta resistente à seca.

Seus espinhos de 10 centímetros de comprimento ferem tanto as pessoas quanto os animais de criação.

E o dendezeiro, recomendado para a produção de biocombustíveis, "já se tornou invasivo em algumas regiões do Brasil, transformando áreas com florestas ameaçadas, antes compostas por uma rica mistura de árvores e outras plantas, em uma vastidão homogênea de palmeiras", afirmou o relatório.

O documento listou nove plantas como de baixo risco para serem usadas na qualidade de fonte de biocombustíveis porque não são seriam invasoras agressivas - entre essas estão o girassol, a soja, a cana-de-açúcar, o algodão e o trigo.

"Não é comum ver o trigo crescendo fora de uma área de cultivo de trigo. Essa planta tornou-se tão domesticada que precisa ser semeada", afirmou Jeffrey Howard, da União Internacional para a Conservação da Natureza, que dá apoio ao Gisp.

"Mas a cana-da-Índia será um problema em quase todos os lugares para os quais for levada", afirmou à Reuters.

As plantas usadas com fonte de biocombustíveis somam-se ao problema das espécies invasivas, que tratam de vários tipos de seres vivos, entre os quais ratos e águas-vivas.

Em seu comunicado, o Gisp afirmou que, segundo estimativas de especialistas, os prejuízos provocados por espécies invasoras representam até 5% da economia global.

"Só os EUA gastam anualmente 120 bilhões de dólares para controlar o impacto de mais de 800 espécies invasivas responsáveis por provocar infestações", afirmou.

O relatório recomendou que os governos avaliem os riscos antes de introduzir novas espécies. A Austrália e a Nova Zelândia, por exemplo, adotam leis rígidas de biossegurança e vetam a introdução de novos tipos de safra.

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid175508,0.htm

ઇ‍ઉ WWF-Brasil acompanha a 9ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP9/CDB)


9ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.

Entre 19 e 30 de maio de 2008, acontece na cidade de Bonn, na Alemanha, a 9ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). A conferência é a instância máxima de decisão da Convenção sobre Diversidade Biológica e acontece a cada dois anos.
[ Leia mais ]

http://www.wwf.org.br/informacoes/destaque/index.cfm


O WWF-Brasil estará observando a 9ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, que acontece em Bonn (Alemanha), entre 19 e 30 de maio. Além de acompanhar as discussões dos temas centrais da conferência, a organização participa de uma série de eventos paralelos, entre eles o da divulgação de estudo sobre a importância das unidades de conservação na redução das emissões de carbono na atmosfera. O estudo, elaborado em conjunto com o Instituto Ambiental da Amazônia (IPAM) aponta que as áreas protegidas apoiadas pelo Arpa (Programa de Áreas Protegidas da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente) ajudam a reduzir em 1,8 bilhão as emissões de carbono.

O WWF-Brasil também tem a expectativa, apesar das mudanças ocorridas no Ministério do Meio Ambiente na semana passada, de que o governo brasileiro aproveite a conferência para anunciar oficialmente o lançamento da segunda fase do Arpa.

A organização estará representada, em diferentes momentos da conferência, pelo presidente do seu Conselho Diretor, Álvaro de Souza, pela sua secretária-geral, Denise Hamú, e pelo superintendente de Conservação de Programas Regionais, Cláudio Maretti.

Seminário de Atualização para Jornalistas - Em parceria com o Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio), e apoio do Arpa/Ministério do Meio Ambiente, o WWF-Brasil promoveu o Seminário para Atualização de Jornalistas sobre a 9ª Conferência das Parte da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP9/CDB).

Realizado em São Paulo, nos dias 6 e 7 de maio, o seminário abordou temas como repartição de benefícios, mecanismos financeiros, biodiversidade florestal, mudanças climáticas e áreas protegidas. Também foi apresentado um quadro geral da participação do Brasil na conferência, pelo diretor do Departamento de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias. Todo o conteúdo do seminário, incluindo as apresentações e depoimentos dos palestrantes sobre qual deve ser o foco do jornalista na cobertura da COP9 da CDB estão disponíveis no site do WWF-Brasil.

Seminário de Atualização para Jornalistas sobre a COP9 da CDB

www.wwf.org.br/seminario_cop9

Apoio à imprensa - A equipe de comunicação do WWF-Brasil estará atendendo a imprensa diretamente de Bonn, com apoio de Brasília, durante as duas semanas da COP9 da CDB. Caso haja interesse em agendar uma entrevista com o WWF-Brasil durante o encontro, entre em contato diretamente com:

Em Bonn

http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2008/maio/20/1.asp

ઇ‍ઉ Mostra de Tecnologias Sustentáveis: garanta sua entrada gratuitamente


Solicite sua entrada gratuita aqui

Simultaneamente à Conferência Internacional Ethos, entre 27 a 30 de maio de 2008, no Palácio de Convenções do Parque Anhembi (SP), acontecerá a primeira edição da Mostra de Tecnologias Sustentáveis. “Tecnologia Sustentável” compreende metodologias, técnicas, sistemas, equipamentos ou processos economicamente viáveis, passiveis de serem produzidos e aplicados de forma a minimizar os impactos negativos e a promover impactos positivos no meio ambiente, na qualidade de vida das pessoas e na sustentabilidade da sociedade.

A Mostra reunirá informações e conhecimentos sobre tecnologias sustentáveis disponíveis, visando tanto a ampliação de seu uso pelos indivíduos e organizações como o estímulo de organizações públicas e privadas a intensificarem o desenvolvimento, produção e uso dessas tecnologias.

Clique aqui para fazer o download do regulamento (pdf 136kb)


Conheça as tecnologias que serão expostas na
Mostra de Tecnologias Sustentáveis

Fonte: Tiago J. Cocco Liberatori / Duva L. Steck Brunelli.

www.portaldomeioambiente.org.br

ઇ‍ઉ Câmara aprova projeto que regulamenta uso de cobaias no Brasil

A ONG Veddas (Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e
Sociedade), considerou a aprovação do projeto uma derrota. "Batalhamos
bastante contra isso, mas o lobby da indústria farmacêutica é muito
grande. Sabíamos que era só questão de tempo até que isso [a
aprovação] ocorresse", diz George Guimarães, presidente da Veddas.
20/05/2008 - 23h15
Câmara aprova projeto que regulamenta uso de cobaias no Brasil
da Agência Câmara
da Folha Online

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (20), o projeto de
lei 1.153/95, conhecido como Lei Arouca, que regulamenta o uso de
cobaias em pesquisas científicas no país. A votação da matéria, que
agora segue para o Senado, era reivindicação de grande parte da
comunidade científica, já que não há uma norma nacional que indique
claramente os limites da prática.

O projeto, que tramitava na Câmara há cerca de 13 anos, institui por
exemplo a criação do Concea (Conselho Nacional de Controle de
Experimentação Animal), que vai regulamentar o uso de animais para
pesquisa e estabelecer as normas e critérios éticos. O conselho terá
participação de membros dos ministérios, da sociedade civil e da
comunidade científica.

Até hoje, a função de estabelecer os parâmetros para a experimentação
animal fica a cargo das comissões de ética de universidades e
instituições de pesquisa. Caso esses órgãos não tenham sido
instituídos, as decisões cabem a cada cientista individualmente.

"Com a lei, teremos um órgão para regulamentar, fiscalizar e controlar
o uso de animais, sem o uso discriminado", afirmou Marcel Frajblat,
presidente do Cobea (Colégio Brasileiro de Experimentação Animal), à
Folha Online. Segundo ele, a maior parte das universidades não terá de
fazer grandes adaptações para realizar essas pesquisas, pois já
possuem conselhos de ética sobre o assunto.

A ONG Veddas (Vegetarianismo Ético, Defesa dos Direitos Animais e
Sociedade), considerou a aprovação do projeto uma derrota. "Batalhamos
bastante contra isso, mas o lobby da indústria farmacêutica é muito
grande. Sabíamos que era só questão de tempo até que isso [a
aprovação] ocorresse", diz George Guimarães, presidente da Veddas.

No fim do ano passado, a ONG protocolou em Brasília um abaixo-assinado
para impedir que a Câmara votasse o projeto. Entretanto, segundo
Guimarães, a ação não foi "abraçada" por nenhum parlamentar, reduzindo
a força política do documento. "Não encontramos uma voz no Congresso",
diz. Diante disso, ele considera que o projeto deve ser aprovado
também no Senado.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u403953.shtml
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Câmara aprova regulamentação de uso de animais como cobaias
Plantão | Publicada em 20/05/2008 às 22h52m
Isabel Braga - O Globo

BRASÍLIA - A Câmara aprovou nesta terça a regulamentação do uso de
animais como cobaias em atividades de ensino e pesquisa no Brasil. O
projeto define as regras de utilização dos animais e atribui ao
Ministério da Ciência e Tecnologia a tarefa de conceder o
licenciamento para o uso, o credenciamento das instituições e a
fiscalização do cumprimento das normas. O projeto segue para o Senado.

A falta de regras claras estava dificultando pesquisas no país,
principalmente porque o uso estava sendo questionado por entidades de
proteção de animais. O projeto diz que o uso de animais como cobaias
ficará restrito a estabelecimentos de ensino técnico de segundo grau
da área biomédica e aos estabelecimentos de ensino superior. E que não
serão consideradas como atividades de pesquisa as práticas zootécnicas
relacionadas à agropecuária.

O projeto estabelece que a morte das cobaias se darão com o mínimo de
sofrimento físico ou mental. E diz que não será considerado
experimento em animais a profilaxia e o tratamento veterinário; o
anilhamento, a tatuagem, a marcação ou a aplicação de outros método
que permita identificar o animal (desde que a dor ou aflição causada
seja apenas momentânea). Isso no caso, por exemplo, da pecuária, onde
os donos marcam seu gado ou de monitoramento de tartarugas e outros
animais (anilhamento).

O projeto cria o Conselho Nacional de Controle de Experimentação
Animal (Concea), que irá credenciar as instituições para a criação ou
utilização das cobaias, estabelecer e rever normas técnicas para
cuidados com os animais, seguindo normas internacionais. Será
presidido pelo ministro de Ciência e Tecnologia e terá representantes
de outros ministérios (Educação, Saúde, Agricultura e Meio Ambiente),
representantes de universidades, cientistas, entre outros. Os
conselheiros não serão remunerados.

Cada instituição que utilizar cobais para pesquisa terá que constiuir
Comissões de Ética, formadas por médicos veterinários, biólogos,
docentes e pesquisadores e um representante de sociedades protetoras
de animais. Essas comissões terão que examinar os procedimentos da
pesquisa, manter um cadastro atualizado do que está sendo realizado,
enviando cópia ao Concea, noticiar acidentes com animais, entre outras
atribuições.

O projeto estabelece multas que variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil para
instituições que transgridam as regras, além de interdição temporária
ou até mesmo definitiva da pesquisa. Se uma pessoa transgredir a
norma, a multa irá varias de R$ 1 mil a R$ 5 mil, além de interdição
para o exercício de qualquer pesquisa com cobaias.

O projeto foi apresentado em 1995, pelo então deputado Sérgio Arouca.
De lá para cá, houve muita negociação com o Executivo, o texto foi
aprimorado e ainda na noite de ontem, nova versão foi apresentada aos
deputados e seguirá agora à análise do Senado.

- A falta de regulamentação estava inviabilizando pesquisas no país.
Todo o uso de animal era considerado crueldade com os animais. O
projeto traça as regras e permitirá uma avanço nas pesquisas, sem que
os pesquisadores fiquem com uma espada no pescoço. Ao lado de projetos
como o de células-tronco e da Lei de Biossegurança, deixará nossos
cientistas com a segurança dos pesquisadores internacionais - afirmou
o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE).

http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2008/05/20/camara_aprova_regulamentacao_de_uso_de_animais_como_cobaias-427484081.asp

http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=258&Itemid=89

ઇ‍ઉ Após terremoto, cidade chinesa ordena sacrifício de cães

Agência ANSA

PEQUIM - O temor de epidemias no oeste da China, região devastada pelo terremoto ocorrido há uma semana, levou as autoridades de uma cidade a ordenar o sacrifício de todos os cães sem dono, afirmou nesta segunda-feira a agência oficial Nova China.

Na cidade de Qingchuan, onde mais de 2.670 pessoas perderam a vida, as autoridades ordenaram o abatimento "coletivo" dos cães que andam entre os destroços, para proteger a população de ataques e diminuir o risco de enfermidades.

- Desde que houve o terremoto, os cães do condado em sua maioria não foram alimentados por ninguém - disseram funcionários locais citados pela Nova China.

- Eles têm tendência a lutar por comida com os seres humanos e morder as pessoas, difundindo doenças - acrescentaram.

A agência disse que os cães abatidos serão desinfetados e sepultados em fossas profundas.

ઇ‍ઉ Memória

O IV Congresso de história ambiental da América Latina acontece este ano no Brasil. Vai ser em Belo Horizonte, entre os dias 28 e 30 de maio, na Universidade Federal de Minas Gerais.

http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=69

ઇ‍ઉ Campanha

Entrou no ar, semana passada, um site para angariar assinaturas numa carta que pedirá ao Congresso Nacional para rejeitar o ‘Floresta Zero’, projeto de lei do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) que virou a menina dos olhos da bancada ruralista. Seu texto prevê a redução da reserva legal em fazendas da Amazônia de 80% para 50%, autoriza o plantio de exóticas para fins de recuperação e anistia desmatamentos. O endereço do site, que ficou de pé por iniciativa do Greenpeace, é www.meiamazonianao.org.br

http://arruda.rits.org.br/oeco/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=6&pageCode=69

ઇ‍ઉ Canguru gigante de papel pode ser útil em pesquisa

Mick Tsikas/Reuters
Cientistas querem compreender melhor por que a Terra reflete a luz do sol

Um canguru de 32 m de altura, feito de cartolina branca, foi estendido sobre um gramado na Universidade de Monash, em Melbourne, na Austrália.


Pesquisadores acreditam que a imagem gigante do canguru, fotografada do espaço na semana passada, ajudará a compreender melhor por que a Terra reflete a luz do sol.

Segundo a agência Reuters, os cientistas australianos esperam que isso seja útil em pesquisas sobre o aquecimento global.


ઇ‍ઉ Greenpeace diz que videogames não são "verdes" o suficiente

da BBC Brasil

Os fabricantes de videogames Sony, Microsoft e Nintendo não estão fazendo o suficiente para eliminar substâncias químicas e metais danosos de seus consoles, segundo a organização ambientalista Greenpeace. A organização examinou os materiais usados na fabricação dos consoles PlayStation 3, da Sony, do Xbox 360, da Microsoft, e do Wii, da Nintendo.

O Greenpeace disse que, apesar de a fabricação dos três aparelhos seguir as determinações de leis européias, os consoles ainda contêm substâncias danosas que "precisam ser substituídas" e fez um apelo para que todas as empresas de tecnologia tomem medidas imediatas para eliminar substâncias químicas tóxicas de seus produtos.

"Essa é uma das indústrias mais inovadoras do planeta. Eles estão mudando o nosso modo de vida e se eles não aceitam o desafio de serem mais ecológicos, teremos muitos problemas. Não é suficiente simplesmente seguir a lei", disse Zeina Al-Hajj, coordenadora da Campanha Internacional de Tóxicos do Greenpeace

O estudo concluiu que o PlayStation 3 e o Xbox 360 têm níveis "muito altos" de ftalatos, substância usada para "amolecer" partes como revestimentos de fios e cabos. Essa substância não é permitida em brinquedos na Europa, por exemplo, mas a legislação não classificam os consoles como brinquedos.

O Greenpeace também diz que encontrou bromo, usado como retardante de chamas, nos três jogos e berílio no PlayStation 3 e no Xbox 360. O berílio não é proibido na Europa, mas a poeira do produto gerada em processos de reciclagem já foi ligada a câncer de pulmão.

Nintendo

No estudo, a Greenpeace criticou, em particular, a Nintendo, afirmando que as políticas ambientais da empresa são "não-existentes". "Nós ficamos chocados com a Nintendo; foi a maior surpresa", disse Al-Hajj. "A Nintendo não tem nenhuma política ambiental".

A empresa ficou no fim da lista de empresas de tecnologia "verdes" feita pela organização. Mas um porta-voz da empresa disse à BBC que a Nintendo "segue todas as leis européias sobre restrições ao uso de substâncias perigosas que têm o objetivo de oferecer proteção ambiental e segurança e saúde aos consumidores".

"Além disso, nós também levamos em consideração os padrões aplicáveis a brinquedos, para garantir que nossos produtos sejam seguros para crianças pequenas", afirmou o porta-voz.

PVC

Segundo o programa ambiental da ONU (Organização das Nações Unidas), 50 toneladas de lixo tóxico são geradas todos os anos por produtos tecnológicos --o Greenpeace disse estar preocupado com a falta de alternativas seguras para eliminar jogos eletrônicos.

Um porta-voz da Sony disse que a empresa se juntou a outras, como Braun, HP e Electrolux, para estabelecer uma plataforma européia de reciclagem. A Microsoft se comprometeu a eliminar o uso de PVC, que inclui os ftalatos, e retardantes de chamas à base de bromo (BFR) até 2010.

A Nintendo também se comprometeu a remover PVCs de seus produtos no futuro, mas não estabeleceu um prazo. "Nós estamos comprometidos a eliminar o uso de PVC, mas continuamos a usar a substância em alguns produtos, sempre dentro das leis existentes", disse o porta-voz da Nintendo.

O Greenpeace criticou a Sony por não concordar em acabar com o uso de PVC e BFR em seus jogos, enquanto, ao mesmo tempo, promete remover as substâncias de telefones celulares. Um porta-voz da Sony disse à BBC que a empresa irá eliminar o PVC e BFR de todos os seus produtos "como e quando estivermos certos de que é possível fabricar produtos com a mesma qualidade Sony usando materiais alternativos".

Ninguém da Microsoft estava disponível para comentar o relatório do Greenpeace.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u403722.shtml


ઇ‍ઉ Lista de aves em risco de extinção ganha oito novas espécies

da Efe, em Bonn (Alemanha)

A Lista Vermelha de Aves em risco de extinção, elaborada a cada ano pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e pela organização BirdLife, incluiu em 2008 outras oito espécies ameaçadas pelas mudanças climáticas.

O Brasil lidera a lista de países com maior número de aves ameaçadas, com 141 espécies, seguido de Indonésia, com 133; Peru, com 106; China, com 102; Filipinas, com 92; e Colômbia, com 90 espécies.

A chefe do Programa de Espécies da UICN, Jane Smart, explicou na segunda-feira (19), em Bonn, na Alemanha, que as transformações no clima e das florestas em áreas de cultivo para biocombustíveis prejudicaram o habitat de 24 das 1.226 espécies de aves que correm risco de desaparecer.

Smart disse que as longas secas e os climas extremos inesperados estão entre os fatores mais prejudiciais para estas espécies. "Esta última atualização da Lista Vermelha demonstra que as aves estão sob enorme pressão devido à mudança climática", afirmou Smart, que pediu aos participantes da conferência que adotem medidas firmes para garantir a sobrevivência da biodiversidade.

Trata-se, como explicou, de um problema global, que cada vez afeta mais os territórios continentais e que ameaça espécies da Austrália, como a Mallee Emuwren (Stipiturus mallee), e das ilhas Galápagos, como o Floreana Mockingbird (Nesomimus trifasciatus).

Entre as oito espécies elevadas ao nível de perigo crítico da Lista Vermelha figuram o albatroz de Tristão (Diomedea dabbenena), o Spoon-billed Sandpiper (Eurynorhynchus pygmeus), o Tachira Antpitta (Grallaria chthonia), Reunion Cuckooshrike (Coracina newtoni), e o Mariana Crow (Corvus kubaryi).

Completam o grupo o akekee (Loxops caeruleirostris) e o Gough Bunting (Rowettia goughensis).

Smart disse que a produção de biocombustíveis a partir de matérias-primas como soja, cana-de-açúcar e palma pode ajudar na luta contra a mudança climática em "alguns aspectos", mas o desmatamento indiscriminado de florestas, para esses cultivos, atenta contra a sobrevivência da biodiversidade.

Segundo ela, atualmente uma em cada oito aves estão ameaçadas, um dado "alarmante". Smart ainda destacou que um em cada quatro mamíferos e um em cada três anfíbios poderiam desaparecer nos próximos cem anos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u403532.shtml

ઇ‍ઉ Cientistas reativam DNA de mamífero extinto

da BBC

Cientistas da Universidade de Melbourne, na Austrália, reativaram um fragmento de DNA de um animal extinto há mais de 70 anos, o tigre-da-tasmânia.

Eles extraíram material genético de um animal da espécie que vinha sendo preservado em um museu há 100 anos e implantaram o seu DNA no embrião de um rato.

Segundo os pesquisadores, a intenção é observar a função biológica do material genético e a resposta funcional do DNA em outro organismo vivo.

BBC
Cientistas da Universidade de Melbourne, na Austrália, reativaram fragmento de DNA do tigre-da-tasmânia, extinto há mais de 70 anos
Cientistas da Universidade de Melbourne, na Austrália, reativaram fragmento de DNA do tigre-da-tasmânia, extinto há mais de 70 anos

A equipe observou que o DNA do animal extinto voltou a funcionar e agiu de maneira similar ao gene equivalente dos ratos, auxiliando na formação de uma parte da cartilagem do embrião, que mais tarde iria formar os ossos. Essa observação oferece informações sobre a função genética da espécie em extinção.

O último tigre-da-tasmânia conhecido morreu em cativeiro em 1936, no Zoológico Hobart, na Austrália. O mamífero marsupial carnívoro, também conhecido como lobo-da-tasmânia, foi caçado até sua extinção, no início do século passado, mas vários museus ao redor do mundo ainda guardam amostras de tecidos do animal preservados em álcool.

Registro

"Até agora só conseguimos examinar as seqüências genéticas de animais extintos mortos. Essa pesquisa foi criada para seguir um passo adiante, ao examinar a função de um gene extinto em um organismo completo", disse Andrew Pask, que liderou o estudo.

Pask afirma ainda que a pesquisa, publicada na revista científica "Public Library of Science One", é importante porque pode permitir acesso a um conhecimento que se acreditava perdido. "Cada vez mais espécies de animais estão em extinção, e estamos perdendo um conhecimento crítico sobre suas funções genéticas e seus potenciais", disse.

Segundo ele, trata-se da primeira vez que o DNA de uma espécie em extinção é usada para induzir uma resposta funcional em outro organismo vivo.

"Em uma época onde as taxas de extinção estão crescendo em ritmo alarmante, especialmente entre os mamíferos, o resultado da pesquisa é importante", afirmou Marilyn Renfree, que participou do estudo.

"Para as espécies que ainda não se tornaram extintas, nosso método demonstra como o acesso à sua biodiversidade genética pode não estar completamente perdido", afirmou Renfree.

De acordo com David Rawson, do Instituto de Pesquisa da Universidade de Bedfordshire, no Reino Unido, que participa de um projeto global intitulado Frozen Ark, que pretende preservar a informação genética de espécies ameaçadas, a pesquisa australiana oferece apenas uma visão limitada de uma parte ínfima de um animal em extinção.

"Nós temos apenas um vislumbre de um aspecto do organismo que não existe mais. Vemos somente uma pequena parte da coisa toda", disse.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u403646.shtml

ઇ‍ઉ Alunos da UNESP de São José do Rio Preto promovem o freeganismo

Aos 24 anos, Ana Paula Francisco, aluna do quarto ano do curso de
Química Ambiental do Instituto de Biociências, Letras e Ciências
Exatas (Ibilce) da Unesp, campus de São José do Rio Preto, estudou a
vida inteira em escola pública e é vegetariana há oito meses.
Simpatizante de filosofias anti-capitalistas, adota práticas
freeganistas desde o ano passado e acredita que é possível basear
nosso comportamento cotidiano em alternativas que causem menos
impactos ambientais e visem à auto-suficiência. Nesta entrevista, Ana
Paula explica o que é o freeganismo e como ele vêm sendo praticado no
Ibilce.

Universia: O que é o freeganismo?

Ana Paula: O freeganismo é uma ideologia que adota estratégias
práticas para boicotar o modelo de sociedade capitalista. Uma de suas
principais características é a tentativa de evitar ao máximo o
consumo, com o objetivo de depender o mínimo possível do mercado - o
que possibilita que evitemos desperdício desnecessário e consigamos
viver de maneira sustentável. Algumas das estratégias utilizadas por
freegans para atingir tais metas é realizar atividades como feiras de
trocas desinteressadas, moradia livre de aluguel, utilização de
transporte ecológico - como, por exemplo, bicicleta - etc.

Universia: Quais são as origens do movimento freegan?

Ana Paula: O freeganismo [free ("livre", em inglês) + vegan
(vegetariano)] surgiu do veganismo, filosofia que condena a exploração
dos animais e segundo a qual seus seguidores optam por se abster de
produtos que têm origem animal e que foram testados neles. O
freeganismo caminha no mesmo sentido, mas vai além porque estabelece
uma crítica à sociedade de consumo.

Universia: Quem introduziu as idéias do movimento no Ibilce? Há quanto
tempo iniciativas relacionadas a essa filosofia vêm sendo
desenvolvidas no campus?

Ana Paula: Essa filosofia tem ganhado espaço no Instituto desde 2006,
quando uma aluna do curso de tradução, Carina Ruiz Cai, trouxe as
idéias para o campus e começou a praticá-las. No começo, era apenas
ela que ia à feira recolher alimentos desperdiçados, mas depois que
começamos a promover a feira de trocas desinteressadas e a divulgar os
ideais freegan por meio de panfletos, mais gente começou a participar.
Começamos a oferecer almoços freegans aos domingos, para os quais
convidávamos todos que quisessem ir. Atualmente, cerca de quinze
alunos do campus estão envolvidos com essas atividades e apóiam nossas
iniciativas.

Universia: Que outros projetos alternativos você já desenvolveram no campus?

Ana Paula: Já realizamos a "Feira de trocas desinteressadas", que,
além de incentivar o não-uso do dinheiro, beneficia o meio-ambiente ao
promover o reaproveitamento de produtos. A idéia dessas feiras, além
de boicotar a sociedade de consumo, é que não haja preocupação em
trocar produtos que possuam valores financeiros equivalentes, mas que
os objetos que iriam para o lixo simplesmente sejam trocados. Ano
passado, também fizemos o "Baú de dádivas", algo semelhante à feira de
trocas desinteressadas: deixamos, na frente do DAF, uma caixa onde
eram depositados objetos que não interessavam mais aos seus donos e
outras pessoas poderiam retirá-los sem precisar colocar algo no lugar.

Universia: Como é a aceitação por parte dos seus colegas, dos
feirantes e das pessoas que vêem freegans recolhendo alimentos nas
ruas?

Ana Paula: As pessoas, em geral, acham essas práticas estranhas, já
que associam tais iniciativas ao repúdio que sentem por esses
alimentos, que são considerados como não aproveitáveis para o consumo.
Outras até pensam que estamos tirando de pessoas mais necessitadas,
mas não percebem que o desperdício é tão grande que, mesmo que a gente
recolha os alimentos desperdiçados nas feiras, muita coisa boa sobra e
vai parar no lixo. Às vezes é um pouco difícil que os outros entendam
isso. Uma vez, uma funcionária do Instituto viu uma amiga minha que ia
a uma feira próxima ao Ibilce todos os domingos recolhendo alimentos
do chão; por preocupação, ela contou isso para a assistente social,
que chamou a garota para conversar e ofereceu assistência estudantil
para ela.

Universia: Como você acha possível manter o ideal do freeganismo em
uma sociedade como a nossa? Não há momentos em que você sente um
impulso consumista e questiona essa filosofia?

Ana Paula: É possível acreditar no freeganismo quando não aceitamos
mais o modelo de sociedade em que vivemos e nos aliamos a grupos ou
pessoas que também desenvolvem atividades anti-capitalistas. Eu,
sinceramente, não tenho impulsos consumistas; antes de comprar
qualquer coisa, apenas reflito bastante sobre o que é realmente
necessário.

Fonte: Unesp
http://www.universia.com.br/noticia/materia_dentrodocampus.jsp?not=42444

http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=257&Itemid=89

ઇ‍ઉ Atualização de cadastro de conselhos municipais dos direitos da criança e do adolescente

O Instituto Brasileiro de Administração Municipal [Ibam], em parceria com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente [CONANDA] e a Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, está realizando a atualização do Cadastro dos Conselhos Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente [CMDCA] e Conselhos Tutelares de todos os municípios do Brasil. O cadastro tem o objetivo de levantar informações sobre funcionamento, endereço e contato de todos os Conselhos dos Direitos e Conselhos Tutelares do país.

Em abril, foram enviadas para as 5.564 prefeituras brasileiras duas fichas de cadastro em forma de carta-resposta (porte pago) que devem ser respondidas por quem o/a prefeito/a delegar, uma vez que o documento está em nome do/a chefe do executivo.

Caso haja dúvidas quanto ao preenchimento das fichas de cadastro ou atraso no recebimento desses documentos, representantes da prefeitura podem fazer contato com a equipe de coordenação do Ibam pelo e-mail cadastroconselhos@ibam.org.br ou pelo telefone Skype gratuito (21) 3521-6280. O horário de atendimento é das 9h às 12h30 e das 13h30 às 17h (horário de Brasília).

http://www.rits.org.br/

ઇ‍ઉ Aprovada convenção sobre direitos das pessoas com deficiência

Foi aprovada, no dia 13 de maio, na Câmara dos Deputados, a Ratificação da Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo. Por 418 votos a favor, com apenas 11 abstenções, a medida passa a ter característica de emenda constitucional, com reconhecimento de seu caráter vinculante. A convenção estabelece obrigações para os Estados signatários com o objetivo de assegurar, à pessoa com deficiência, igualdade de oportunidades e adaptações necessárias a seu livre acesso a bens, a serviços e a direitos.

http://www.rits.org.br/

ઇ‍ઉ Projeto piloto avaliou a opinião do consumidor e indicou a embalagem de tecido como a melhor opção

Wal-Mart lança sacolas retornáveis por R$ 2,00

A sacola foi desenvolvida após avaliação dos resultados do projeto piloto realizado por três meses em Curitiba (PR). Neste período, foram testadas em três lojas várias alternativas para transporte das compras, entre caixas, sacolas de papel e de lona. As sacolas de algodão apresentaram a melhor aceitação dos clientes, principalmente quando avaliam resistência, tamanho e formato para carregar as compras.

A opção do curitibano está alinhada com uma tendência global e no mundo da moda chamam-se "Ecobag". No Wal-Mart Brasil, elas foram desenvolvidas para suportar até 35 kg e medem aproximadamente 50 centímetros de largura por 50 cm de altura. O tecido vem na cor natural do algodão - creme - , com impressões em verde nos dois lados: "Eu faço a diferença. Uso Sacola Retornável."

Os próximos passos são distribuir as sacolas retornáveis para as lojas nos demais Estados do Sul e, em seguida, para o Nordeste e demais Estados do Sudeste.

Ações para os consumidores " Os clientes que forem aos hipermercados BIG, Wal-Mart Supercenter, ao supermercado Mercadorama, e Maxxi Atacado a partir desta quinta-feira (15/05) encontrarão, além das sacolas de algodão, sinalização diferenciada. As peças têm como objetivo mobilizar o consumidor e conscientizá-lo sobre a importância de se reduzir o uso de embalagens plásticas.

Um recurso utilizado para incentivar o consumo consciente é a apresentação de um carrinho de compras com 880 sacolas plásticas em seu interior. Um banner faz o alerta: "Achou muito? Pois essa é a quantidade de sacolas plásticas que cada brasileiro joga fora em 1 ano. Use sacolas retornáveis."

As mensagens de incentivo à mudança do hábito no transporte das compras foram desenvolvidas em parceria com o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente. Os banners - produzidos a partir de PET reciclado - sinalizam os expositores das sacolas retornáveis, assim como adesivos diversos.

A TV Wal-Mart, ferramenta de comunicação com os clientes dentro da área de venda das lojas, exibirá vinhetas com mensagens sobre a importância do uso das sacolas retornáveis para a preservação do meio ambiente. Além disso, os funcionários utilizarão jalecos padronizados com imagem da sacola retornável, a logomarca de Sustentabilidade do Wal-Mart Brasil e a mensagem "Use sacolas retornáveis".

Nas lojas da rede Wal-Mart no Brasil são consumidas 1,2 bilhão de sacolas plásticas por ano. Desde novembro de 2006, o Wal-Mart utiliza plástico reprocessado na confecção dessas embalagens, possibilitando uma economia de 30% de resina virgem derivada do petróleo. Em um ano, o Wal-Mart economizou, em petróleo, o equivalente a 1,2 milhão de litros de gasolina.

O projeto piloto " No período de 14 de janeiro a 14 de abril 2008, três lojas em Curitiba (PR) participaram de testes oferecendo aos clientes seis tipos de embalagens para transporte das compras. As opções oferecidas foram saco e sacola de papel, sacolas retornáveis de lona e algodão, caixa plástica e caixa de papelão. Enquanto o papel é reciclável e biodegradável, os demais itens são reutilizáveis. As lojas ofereceram também a sacola plástica tradicional, que no Wal-Mart é produzida com plástico reprocessado.

Após o projeto - realizado em um hipermercado, um supermercado e um atacadista " foi realizada uma pesquisa com os consumidores e verificou-se que as sacolas de algodão retornáveis foram as preferidas por 51% dos entrevistados por serem resistentes, duráveis, não rasgam, são laváveis e higiênicas, além de serem ecologicamente corretas. Deve-se ressaltar que, simultaneamente, também eram oferecidas gratuitamente a sacola de plástico tradicional e o saco de papel.

A sacola de papel com alça era a opção mais barata e foi a mais vendida. No entanto, ela não é uma opção tão duradoura quando as sacolas de algodão ou de lona, respectivamente segundo e terceiro colocados. "Fizemos uma análise criteriosa dos dados do projeto e ponderamos sobre qual seria a opção mais sustentável. Após negociarmos com nossos fornecedores e viabilizarmos a produção de uma sacola diferenciada a um preço de R$ 2, concluímos que essa seria a melhor opção", diz Daniela.

O projeto piloto avaliou a aceitação do público, a segurança dos produtos para os consumidores e funcionários das lojas, o real impacto que o item causa ao meio ambiente e a eficiência para o transporte das compras. A meta agora será ampliar o modelo adotado para as demais lojas do Wal-Mart. A empresa está monitorando toda implementação do novo modelo.



Wal-Mart Brasil - Assessoria de Imprensa

http://www.ecopress.org.br/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_jornal=2&id_noticia=26495&id_pag=22

ઇ‍ઉ ONGs exigem aplicação de lei em S.Bernardo

ONGs (Organizações Não-Governamentais) proteção dos direitos dos
animais de São Bernardo promovem uma manifestação nesta quarta-feira
(21), no Paço Municipal da cidade, a partir das 9h. As entidades
exigem que o governo municipal cumpra a lei estadual 12.916/2008, que
proíbe sacrifício de cães e gatos sadios em centros de controle de
zoonoses e canis públicos.

Entre as instituições presentes estarão o Gaama (Grupo de Apoio aos
Animais Maltratados e Abandonados) e a Uipa (União Internacional
Protetora dos Animais). As ONGs reivindicam também que as prefeituras
do ABC assumam despesas com castração e adoção de cães e gatos
abandonados, conforme consta na lei recém aprovada.
fonte: http://www.reporterdiario.com.br/index.php?id=76590

http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=256&Itemid=89