quarta-feira, 22 de abril de 2009

Raro tubarão é encontrado e vira comida de pescador

Um raro tubarão de boca grande (Megachasma pelagios) - espécie ainda pouco conhecida no mundo, com somente 41 exemplares registrados - ficou preso às redes de pesca de um barco na baía de Sorsogon, nas Filipinas, e acabou virando janta de pescador, segundo anunciou nesta terça-feira a World Wildlife Fund (WWF). A ONG, que defende a vida selvagem, lamentou a decisão dos pescadores de esquartejarem o animal para virar alimento. As informações são da agência EFE.

Antes de opção pela refeição, os responsáveis pelo achado permitiram que especialistas em tubarões analisassem o animal raro. A carcaça media 4m de comprimento, pesava meia tonelada e a boca tinha quase 1m de largura.

De acordo com a WWF, a espécie foi descoberta somente em 1976, quando um exemplar foi atingido pela âncora de um submarino americano no Havaí. Dos 41 tubarões de boca grande registrados, conforme a ONG, oito foram encontrados nas águas das Filipinas.

Apesar de assustar pela dimensão, o tubarão de boca grande é inofensivo e muito parecido com o tubarão-baleia, por nadar com a enorme boca aberta, filtrando a água em busca de plâncton.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3690481-EI238,00-Raro+tubarao+e+encontrado+e+vira+comida+de+pescador.html


campanha quer proteger macacos do RS de matança

Preocupado com a matança equivocada de macacos bugios no Rio Grande do Sul, um pesquisador da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) decidiu lançar uma campanha para alertar a população. Nos últimos meses, a mídia gaúcha tem noticiado casos de pessoas que matam os bugios para prevenir a disseminação da febre amarela.

Sensíveis à doença, os macacos são os primeiros a adquiri-la, e a sua morte serve como um aviso para que os órgãos de saúde pública iniciem campanhas de vacinação. "Algumas pessoas pensam que os bugios transmitem a febre amarela aos humanos, o que é totalmente errado", explica o pesquisador Júlio César Bicca-Marques, autor da iniciativa.

No dia 3, ele começou a enviar emails e contatar os órgãos de imprensa para falar sobre o problema e intitulou a campanha Proteja seu anjo da guarda. A idéia é espalhar a informação de que o agente transmissor é um mosquito, e não os macacos. O projeto tem o apoio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre e outras instituições.

Por adoecerem primeiro, os primatas dão às autoridades informações valiosas sobre a circulação do vírus. "Por isso, matá-los seria como dar um tiro que sairá pela culatra", completa Júlio César.

Principais espécies de macaco do Rio Grande do Sul, os bugios preto e ruivo, que pesam 6 kg em média, vivem sob risco de extinção. Com o habitat natural reduzido pela substituição de florestas, eles já enfrentavam caçadores e comerciantes de animais silvestres antes de virarem alvo da população.


http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3708081-EI8145,00-vc+reporter+campanha+quer+proteger+macacos+do+RS+de+matanca.html

Australiana mantém clínica de morcegos na própria casa

Trish Wimberley possui uma clínica de morcegos, como ela mesma chama, nos fundos da sua casa, na cidade costeira de Gold Coast, no Estado australiano de Queensland.

Lá ela cuida de cerca 200 morcegos entre setembro e fevereiro, época em que as fêmeas dão à luz.

"Mas neste ano, devido à quantidade de tempestades que tivemos, estou com 500", disse ela à BBC Brasil.

Geralmente os animais resgatados por Trish possuem feridas visíveis, pneumonia, infecção nos rins ou membros fraturados.

O grupo no qual Trish trabalha, Wildcare Australia, é avisado por telefone cada vez que alguém encontra um morcego agindo estranhamente.

"Não aconselhamos ninguém a pegá-los e trazer para cá. Apenas quem é vacinado contra raiva pode trabalhar resgatando morcegos na Austrália", disse ela.


"Eles são sempre minha prioridade", diz Trish, que está 24 horas por dia e sete dias por semana com o celular ligado para qualquer emergência.

Na clínica na sua casa, os filhotes encontrados desamparados ou machucados geralmente ficam por 12 meses. Os recém-nascidos ficam algumas semanas em incubadoras. Lá eles são alimentados como bebês humanos, com mamadeiras.

Na primeira semana, eles bebem leite a cada três horas. Depois disso, a cada quatro horas, até chegarem ao sétimo mês de vida, quando eles começam a se alimentar com o pólen das flores e frutas, explicou a especialista.

Ao completarem um ano, os animais são estimulados a se tornarem independentes. Nesse período, o contato humano é diminuído ao máximo. Os morcegos só veem os tratadores na hora de serem alimentados.

Desta forma, segundo Trish, eles logo começam a se comportar como selvagens até serem liberados para voltarem a o seu habitat natural. O processo demora de uma a oito semanas, até eles pararem de voltar para receber comida, explicou ela.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u553432.shtml


Médico mantém ‘santuário’ para animais no Paraná

Um médico oncologista do Paraná mantém, desde 2003, uma área de 55 alqueires em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba, para a manutenção de animais da fauna brasileira. Luciano do Valle Saboia é um dos mantenedores licenciados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A ideia inicial do médico era repovoar a área, que estava degradada à época. Atualmente ele mantém cerca de 1,5 mil animais de 200 espécies. São onças, macacos, tamanduás, antas, jabutis, diversas aves, entre outras espécies, que recebem tratamento adequado, desde alimentação balanceada, supervisão de um médico veterinário, até a construção de ambientes adaptados para cada espécie – os animais que não correm risco de fugir vivem soltos na mata fechada da propriedade.

Os ambientes têm áreas maiores do que o recomendado para as espécies viverem em cativeiro. Esse é o caso dos cachorros-vinagre, cuja recomendação é que tenham um espaço de 30 metros quadrados em cativeiro, mas que vivem em um recinto de 1,8 mil metros quadrados na propriedade de Saboia.

Cem por cento - Os jabutis abrigados na propriedade do médico contam com aquecimento elétrico em suas tocas para não sofrerem com as baixas temperaturas típicas da região. “Tudo foi projetado exclusivamente para o bem-estar dos animais. Não é para ser bonito, até porque eles não estão em exposição. É para ser funcional para os animais, para eles se sentirem cem por cento bem”, diz Saboia.

O médico diz que vê a recompensa no comportamento dos animais. Como no caso da onça-pintada Juca. Após viver 19 anos em uma jaula de 4 metros quadrados de um zoológico de Matelândia (PR), o animal foi para o santuário em 2003, onde viveu mais cinco anos. “O Juca chegou velho, com artrite e artrose, mas mesmo assim, rolava de alegria, como um filhote, já que ele não conhecia grama. Ele morreu como merecia: comeu, bebeu água e dormiu”, afirma Saboia. (Fonte: G1)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=45103