quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Relatório afirma que extinção ameaça 1,2 mil espécies de aves

Acredita-se que um total de 153 espécies de aves tenha sido extinta desde 1500


Um relatório divulgado nesta sexta-feira pela organização BirdLife International apontou que 1,2 mil espécies de aves estão ameaçadas de extinção, sendo 190 em situação crítica.

O documento, apresentado nesta quinta, dia 9, no Congresso Mundial da Natureza, em Barcelona, revela que, a apenas dois anos da data estipulada para frear o desaparecimento de aves, a velocidade da perda da diversidade "ainda está longe da desaceleração", o que faz prever que as metas previstas para 2010 não serão cumpridas.

Segundo Alison Stattersfield, diretora da BirdLife e editora do relatório da entidade, como o ser humano tem mais conhecimento sobre as 9.856 espécies de aves do que em relação à maioria dos outros animais e plantas, este dado é preocupante na hora de avaliar a perda global de biodiversidade do planeta.

A "lista vermelha" das aves, baseada no número e no estado das espécies ameaçadas, mostra que as aves "avançam mais rápido do que nunca" rumo à extinção e que os recursos disponíveis para sua conservação quase não aumentaram em 10 anos, além de não serem suficientes.

Acredita-se que um total de 153 espécies de aves tenha sido extinta desde 1500, e que nos últimos 25 anos do século 20 cerca de 18 tenham se extingüido, enquanto outras três desapareceram desde 2000. As aves marinhas e da Oceania são, em média, as mais ameaçadas, enquanto as asiáticas mostram uma queda acentuada por conta da destruição de suas florestas.

De acordo com o documento, os principais causadores desta situação são a perda de florestas, a agricultura, a superexploração e o desenvolvimento das infra-estruturas, além da poluição.

Das quase 10 mil espécies de aves do mundo, 45% são utilizadas pelo ser humano e mais de um terço é domesticada, enquanto uma entre sete espécies acaba caçada para servir de alimento.

Apesar da situação crítica, 16 espécies de aves conseguiram fugir da extinção nos últimos anos graças a campanhas de conservação, enquanto outras 18 foram classificadas em categorias de menor risco.

EFE
http://www.clicrbs.com.br/especiais/jsp/default.jsp?template=2095.dwt&newsID=a2232319.htm&tab=00052&order=datepublished&espid=21&section=Not%EDcias&subTab=04816&colunista=&

Brasileiro cria esculturas sonoras com excrementos de animais

Escultura com excrementos de animais vegetarianos, do artista brasileiro Ramiro Magalhães, em frente ao Banco Popular da Borgonha, na cidade francesa de Dijon, em 1998.
Foto : Américo Mariano

Há mais de 20 anos, o artista plástico Ramiro Magalhães circula entre o Brasil e a França com seus projetos artísticos e uma forte obsessão : preservar a natureza. Em Paris, o artista trabalha em um ateliê comunitário, que também virou sede de sua associação em defesa do meio ambiente, a Guardião Planetário. No Brasil, tenta arrecadar fundos para concluir "a primeira escola de consciência ecológica do país", localizada ao lado de um parque em Itapuã, em Salvador.

Ramiro Magalhães começou a criar aos oito anos quando, ao invés de ir para a escola, ia pegar minhocas na floresta. Em seguida colocava os bichinhos vivos em cima de uma folha de papel e os cobria com pigmentos naturais de cores primárias. As misturas de cores surpreendentes que resultaram dessas experiências inspiram o artista até hoje. Como ele mesmo diz, as minhocas e a natureza foram seus primeiros mestres de pintura.

Ramiro ficou conhecido no Brasil quando realizou esculturas arqueológicas feitas com ossos de baleias encontrados em um cemitério no mar da praia de Itapuã. Suas mais recentes esculturas foram realizadas com excrementos de vaca e cavalo, compostos de fibras semelhantes às fibras de bambu, "um material resistente e interessante", como explica o artista. Elas farão parte de uma futura exposição, intitulada "Os Dez Cavaleiros do Apocalipse".

Atualmente, Ramiro Magalhães escreve uma comédia musical para 25 instrumentos originais, construídos com esses mesmos excrementos. "Uma criação sonora ecológica", diz ele. Alguns desses instrumentos já foram tocados na seda da Unesco, na Maison de Molière, no espaço Pierre Cardin e na Maison do Brasil, em Paris.

http://www.rfi.fr/actubr/articles/104/article_12871.asp


Clima deve ameaçar até 75% das colônias de pingüins da Antártida

Entre 50% e 75% das colônias de pingüins da Antártida se encontram em declínio e ameaçadas de extinção no caso de um aquecimento global superior aos 2ºC, revelou nesta quarta-feira (8) um relatório da ONG WWF (Fundo Mundial para a Natureza).

Segundo os modelos climáticos examinados, uma alta de temperatura de 2°C pode acontecer em 40 anos, informa o WWF neste estudo apresentado em Barcelona, onde acontece o congresso da União Internacional para a Conservação da Natureza.

O aquecimento teria como conseqüência uma grande redução do gelo das mares antárticas que constituem o habitat predileto do pingüim Imperador e o pingüim de Adélia.

O desaparecimento parcial dos gelos do mar também se traduzirá numa diminuição do krill, base do regime alimentar dos pingüins.

"Os pingüins estão acostumados a viver no frio e em condições extremas. Com a contínua elevação das temperaturas e a diminuição das zonas de alimento e ninhos associadas, já ocorreu uma redução sensível das populações existentes", disse Juan Casavelos, coordenador da WWF para a Mudança Climática na Antártica. (Fonte: Folha Online)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41195

Lei que restringe uso de animais como cobaias está no Diário Oficial

BRASÍLIA - Estão na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União os procedimentos para o uso científico de animais. A Lei n.º 11.794 restringe o uso de animais em atividades educacionais a instituições de ensino superior e a estabelecimentos de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica.

São consideradas atividades de pesquisa científica, segundo a norma, as relacionadas com ciência básica, ciência aplicada, desenvolvimento tecnológico, produção e controle da qualidade de drogas, medicamentos, alimentos, imunobiológicos. Não são atividades de pesquisa as práticas zootécnicas relacionadas à agropecuária.

A legislação cria também o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), que tem como finalidade fiscalizar o cumprimento das regras, credenciar instituições para criação ou utilização de animais em ensino e pesquisa científica, monitorar e avaliar a introdução de técnicas alternativas que substituam a utilização de animais em ensino e pesquisa.

As instituições que desrespeitarem a lei estão sujeitas a multa de R$ 5 mil a R$ 20 mil.

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/10/09/lei_que_restringe_uso_de_animais_como_cobaias_esta_no_diario_oficial_1994979.html

Aquecimento global fará animais migrarem para áreas mais altas de florestas

Redação central, 9 out (EFE).- O aquecimento global obrigará plantas e insetos da floresta tropical a migrar para partes mais elevadas na busca de temperaturas mais baixas, segundo estudo realizado na Costa Rica e publicado hoje pela revista "Science".

Nas últimas décadas, foram realizadas numerosas pesquisas que constataram como pássaros, borboletas e plantas nos Estados Unidos e Europa mudaram seu habitat para o norte rumo às montanhas, onde puderam encontrar temperaturas mais favoráveis a suas necessidades.

No entanto, as florestas tropicais, até agora, não haviam recebido muita atenção no que diz respeito à mudança climática. As regiões ocupadas pela selva, especialmente as que se encontram ao nível do mar, são as mais quentes da Terra, mas também sentirão os efeitos do aquecimento global.

O estudo, dirigido pelo ecologista Robert K. Colwell da Universidade de Connecticut, mostra que desde 1975 a temperatura média nas selvas da América Central e do Sul aumentou mais de 0,75 graus centígrados, e a previsão é que dentro de 100 anos o termômetro marque três graus mais.

Uma diferença que equivale a 600 metros em altitude. Desta forma, no final de século, será necessário subir a esta mesma distância para encontrar a mesma temperatura de hoje.

A equipe de Colwell se propôs a investigar as conseqüências dessa mudança nas encostas do extinto vulcão Barva, no Parque Nacional de Braulio Carrillo e coberto por uma espessa floresta, com uma altitude próxima aos três mil metros, onde colheram dados de quase 2 mil espécies de plantas e insetos em diferentes altitudes.

Os resultados revelaram que mais da metade destas espécies estão confinadas a faixas estreitas.

Com isso, uma mudança de temperatura como a prevista, que as obrigasse a escalar o vulcão, seria um risco para sua sobrevivência, pois plantas e animais encontrariam uma temperatura confortável, mas não um ambiente os mesmos nutrientes a que estavam habituados.

Os pesquisadores afirmam, no entanto, que o desgaste da floresta tropical poderia ser menor do previsto caso estas espécies preservem a capacidade de suportar temperaturas muito altas.

"É preciso fazer um inventário em grande escala das florestas hoje e programas de acompanhamento que registrem as mudanças nestes ecossistemas", afirma Gunnar Brehm, co-autor do estudo pesquisador da Universidade Friedrich-Schiller em Jena, na Alemanha, em declarações à Agência Efe.

Além disso, ele lamenta que a soma de dinheiro gasta em pesquisa sobre a floresta seja "ridícula" em comparação com o que se investiu no Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), que fez o acelerador de partículas LHC na Suíça, ou nos programas espaciais.
http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2008/10/09/ult1809u16461.jhtm

Ativistas prostam seminus contra touradas em Bruxelas

BRUXELAS, 9 Out 2008 (AFP) - Uma organização de defesa dos animais denunciou as corridas de touros nesta quinta-feira em frente ao Parlamento Europeu em Bruxelas, com um protesto original de cerca de 30 pessoas seminuas.

Preparada pela organização "Gente pelo Tratamento Ético dos Animais" (Peta, na sigla em inglês), a manifestação tentou chamar a atenção para o "sofrimento e a morte dos touros em festas populares".

"Coloque-se na pele do touro. Abolição das corridas de touros", diziam os cartazes dos manifestantes, que apareceram deitados no chão, fingindo estarem cheios de sangue e com bandeiras coladas nas costas.

As touradas, e a suposta permissividade da União Européia (UE) diante desta prática popular, é tema de debate entre europeus há muito tempo.

Em junho passado, toureiros como o colombiano César Rincón e o espanhol Enrique Ponce saíram em defesa da prática no Parlamento europeu.

Pouco antes, na Espanha, a cantora espanhola nascida no México Alaska apareceu numa campanha contra as touradas com uma foto dela nua com três bandeiras coladas nas costas.

http://diversao.uol.com.br/ultnot/afp/2008/10/09/ult32u19887.jhtm

Filhotes de papagaio lotam centro de reabilitação em MS

Em 20 anos de existência, o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, nunca recebeu tantos filhotes de papagaio. Até agora, foram mais de 600. A maior parte foi apreendida com traficantes.

Os filhotes são de todas as idades: desde os recém-nascidos até mais crescidinhos. Todos são alimentados, um a um, duas vezes por dia. É um gasto de R$ 200 só com ração.

Uma das grandes preocupações é com os viveiros. A lotação do Cras está esgotada. O centro recebeu uma doação de R$ 3 mil, que deve ser aplicada em infra-estrutura. O governo prometeu construir novos viveiros, mas precisa ser rápido. Logo, logo os filhotes precisarão de mais espaço.

Um grupo de uma organização não-governamental de Florianópolis visitou o centro. Eles conseguiram autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para levar 30 filhotes de papagaio e cinco tamanduás-bandeira, todos filhotes de fêmeas que foram atropeladas nas estradas do estado.

O desafio agora é impedir a ação de traficantes, já que este é o período de reprodução de papagaios em Mato Grosso do Sul
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41186

Filhotes de cisne negro recebem chips sob a pele

A mais nova ninhada de filhotes de cisne negro do Parque do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, recebeu ao nascer microchips inseridos sob a pele e tatuagens com um número de registro no bico.

Segundo a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, as medidas ajudam na identificação, no monitoramento e no controle do crescimento dos animaizinhos. Como seus pais, os filhotes de cisne negro habitarão o parque e receberão cuidados da Divisão de Fauna.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41183
Bacia do Rio Negro tem maiores índices de presença do metal, diz cientista.
O mercúrio não provém de garimpos, mas da impregnação natural do solo.

Pesquisa liderada pelo ecólogo Bruce Forsberg, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), revela que a contaminação natural das águas de rios amazônicos com mercúrio pode prejudicar as populações que se alimentam de certos peixes, principalmente os carnívoros de grande porte.

Forsberg explica que o mercúrio é presente na forma gasosa na atmosfera e que o solo amazônico, por ser muito antigo, está impregnado pelo metal. “Esse mercúrio não vem do garimpo, mas do solo naturalmente rico em metais”, explica o cientista norte-americano, que há mais de três décadas vive em Manaus.

Os peixes são impregnados por ingerirem a água com mercúrio. A ingestão de espécies pequenas por outras maiores aumenta o grau de contaminação - os animais carnívoros, que estão em níveis mais altos da cadeia alimentar, são os mais contaminados. “O ideal seria que as populações ribeirinhas reorientassem o consumo para as espécies herbívoras e onívoras, como jaraqui, curimatá, branquinho e tambaqui”, cita Forsberg.

Proteína


Segundo ele, é importante, no entanto, que as pessoas não deixem de comer peixe, pois para os moradores da floresta, essa é, muitas vezes, a única fonte de proteína. “Se você deixa de comer proteína de peixe, deixa de se beneficar de suas qualidades nutricionais”, diz o ecólogo, acrescentando que os benefícios de consumir o pescado, ainda que com alguma concentração de mercúrio, são maiores que seus efeitos prejudiciais.

A ingestão de mercúrio em pequenas doses traz problemas neuro-sensoriais, como dificuldades visuais leves e pequena perda de controle motor. O consumo em alta concentração pode levar à perda de consciência e até à morte.

Forsberg explica que a Organização Mundial de Saúde recomenda que não sejam ingeridos alimentos com mais de 0,5 miligrama de mercúrio por quilo, mas que esse número foi calculado levando em conta pessoas que consomem pouco peixe. “É um cálculo feito para uma população que consome peixe duas vezes por mês. O caboclo que come um ou dois quilos por dia chega num índice acima do considerado saudável”, afirma.

Acima do limite

Peixes carnívoros, como a piranha, o tucunaré e a traíra apresentam impregnação por mercúrio em níveis acima do limite de 0,5 parte por milhão. “A maioria dos bagres é de predadores, por isso também não é bom comê-los”, acrescenta.

O cientista diz que a bacia do rio Negro é a que tem maior índice de contaminação, mas que naquela região não pôde observar pessoas com sintomas de intoxicação por mercúrio. Ele pretende aprofundar sua pesquisa com o auxílio de médicos. Outros pesquisadores, conta, verificaram contaminação por mercúrio em moradores da bacia do rio Tapajós.

http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL791328-16052,00.html