sábado, 6 de dezembro de 2008

Bototerapia ajuda crianças deficientes na Amazônia

Uma técnica desenvolvida na região amazônica tem ajudado crianças com necessidades especiais. A bototerapia contribui para desenvolver as atividades cerebrais dos pacientes.

http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=117076&CNL=20

Educação aprova projeto que promove debate de questões ambientais



A Comissão de Educação e Cultura aprovou, na quarta-feira (3), o Projeto de Lei 3681/08, do deputado José Linhares (PP-CE), que institui no Brasil a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

O objetivo é chamar a atenção da sociedade para o debate de questões ambientais. "A questão ambiental, que inclui a sustentabilidade, é hoje uma preocupação mundial. A medida é oportuna, pois está alinhada com a Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)", defende a relatora da proposta na comissão, deputada Angela Portela (PT-RR).

Educação ambiental

A proposta foi aprovada com duas emendas da relatora. Uma delas suprime artigo com o objetivo de preservar o termo educação ambiental, que o projeto pretendia modificar para "educação para o desenvolvimento sustentável". "Essa definição está convencionada, adotada e ratificada, e por isso não há necessidade de alterá-la como foi sugerido", argumenta a relatora.

Essa emenda também suprime artigo que estabelece a disciplina Educação Ambiental como obrigatória e define seu conteúdo nos diferentes cursos. A relatora considera que essa tarefa já cabe ao Conselho Nacional de Educação.

Licenciatura

Angela Portela retirou também artigos que determinavam como deveriam ser cursos de licenciatura na área de educação ambiental e disciplinas ligadas ao assunto.

Ela considera que a educação ambiental deve permear todas as disciplinas e, por isso, não deve ser tratada em lei separada da Lei de Diretrizes e Bases para a Educação (LDB). Além disso, destaca a deputada, a importância da preservação da biodiversidade e do meio ambiente já está incluída na Lei de Educação Ambiental.

Eixos temáticos

A ONU adotou, em dezembro de 2002, a Resolução nº 57/254, que proclama a Década das Nações Unidas da Educação para o Desenvolvimento Sustentável de 2005 a 2014. A medida inclui, como eixos temáticos, a cidadania, os valores comunitários, a diversidade, a interdependência, a sustentabilidade, a qualidade de vida e a justiça social.

Para o autor do projeto, a proposta só será eficiente se os gestores e os educadores do sistema formal promoverem uma educação que mostre as estreitas conexões entre os fatores ambientais, sociais e econômicos. "Às escolas cabe a missão de construir os alicerces de um novo paradigma, de um outro modelo de civilização", pondera.

http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=275918

ONU abre conferência sobre animais em perigo

Atualmente, restam apenas 10 mil guepardos adultos na África e menos de 50 na Ásia, onde vivem no deserto iraniano.

Da Redação com agências

Roma - Representantes de 100 países iniciaram ontem (1º), em Roma, uma conferência sobre as medidas para reforçar a proteção a cerca de 30 espécies de animais em risco de extinção, como guepardos, baleias azuis e golfinhos do Mar Negro.

A IX conferência dos países membros da convenção da ONU sobre a conservação das espécies migratórias animais também examinará, até sexta-feira (5) na sede do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o caso dos peixes-boi, que vivem no Caribe, na costa leste da América do Sul e nos rios da Amazônia.

Os peixes-boi poderão entrar para a "lista 1" dos animais em perigo de extinção, ao lado de várias espécies de golfinhos. A ONU proclamará 2009 o "ano do gorila" e espera arrecadar mais de meio milhão de euros em doações para preservar este primata, quando restam menos de 6 mil indivíduos na África.

Durante a conferência na capital italiana também poderão entrar para a "lista 2", de animais ameaçados, três espécies de tubarões, que nos últimos anos sofreram uma redução de mais de 90% em suas populações devido à pesca.

Sete espécies de pássaros também são candidatas à proteção total da "lista 1" de animais sob risco de extinção, incluindo falcões do Cazaquistão e do Uzbequistão, que tiveram uma queda de 90% em suas populações naturais devido ao adestramento para caça.

O guepardo, o animal mais veloz na terra, com seus 120 km/hora, desapareceu de 18 países em um século. Atualmente, restam apenas 10 mil guepardos adultos na África e menos de 50 na Ásia, onde vivem no deserto iraniano.

"O mundo enfrenta a sexta onda de extinção de espécies animais de sua história, devido especialmente à atividade humana. É preciso acelerar nossa ação (...) se quisermos deixar o planeta em boa saúde para as futuras gerações", declarou Achim Steiner, diretor do programa das Nações Unidas para a Proteção do Meio Ambiente.

http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=7939192&canal=401

Rapaz tenta roubar cobra do Passeio Público de Curitiba



Mario Malschitzky Osvaldo Ribeiro/AEN Um rapaz foi preso em flagrante por roubo, ao meio-dia desta sexta-feira (5), em Curitiba. O que chamou a atenção, no entanto, foi o objeto de roubo: uma serpente do Passeio Público. Renato Serra, de 32 anos, chegou ao terráreo com um martelo, quebrou o vidro e levou o animal. Na saída, foi visto na rua pelos transeuntes com o pobre bicho dentro de uma garrafa pet de dois litros. Osvaldo Ribeiro/AEN Renato Serra, autor de um dos mais estranhos roubos já vistos em Curitiba A Guarda Municipal, avisada pela população, encontrou o ladrão e o prendeu em flagrante. Renato teve que ser encaminhado ao posto de saúde para tratar um corte na mão feito ao quebrar a vidraça de proteção. Ele afirmou que foi mordido pela cobra, mas os biólogos da Passeio Público confirmaram que não se tratava de um animal peçonhento. Sobre os motivos da tão inusitada atitude, respondeu à repórter da Rádio CBN: "Eu gostei dela. Queria ficar com ela por dois dias e depois devovê-la", disse. Enquanto a cobra já foi devolvida ao seu lugar, o intrépido ladrão foi para o 1º Distrito de Polícia Civil, onde se encontra preso. Segundo informações da polícia, Renato afirma trabalhar em uma chácara. Ele será indiciado acusado de furto qualificado.
http://www.parana-online.com.br/editoria/policia/news/340453/

Ong Abrigo Animal faz bazar em Joinville

Dinheiro arrecadado será para ajudar nos custos da entidade

O Abrigo Animal realiza até as 20 horas deste sábado, no estacionamento do Supermercado Giassi, bairro América, um brechó e bazar para arrecadar dinheiro para a entidade.

A Organização Não Governamental (ONG) cuida atualmente de mil cães e 300 gatos, que foram recolhidos das ruas. O dinheiro arrecado vai servir para comprar alimentos para os bichos e manter a estrutura do abrigo.

A dona de casa Isabel Eyng aproveitou a manhã de sol para passar no brechó do Abrigo Animal e comprar uma camisa de verão.

— Está bem variado e os preços são bons. Vale a pena ajudar e ainda poupar um dinheiro — explica.

Os preços variam de R$ 5 a R$ 35. Os artigos vão desde vestidos, camisas e calças, até sapatos e bolsas. Já o bazar oferece camisas com a marca do Abrigo Animal, toalhas e panos de pratos novos.

O Abrigo Animal tem um custo de manutenção estimado em R$ 20 mil por mês. A ONG recebe um apoio de R$ 8 mil da Prefeitura de Joinville, todo o restante é arrecado por meio de doações.

— Nesta época do ano, precisamos garantir a ração para os animais e produtos de limpeza para a manutenção do abrigo — revela a vice-presidente da ONG Luciana Faganello.

A última feira de doações de animais deste ano acontecerá em 20 de dezembro, das 10 às 18 horas, no BIG da avenida Beira Rio. Luciana pede que a comunidade doe ração e produtos de limpeza na hora de escolher o bichinho.

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2321848.xml

Gravação de "Survivor" no Brasil causa danos em área, dizem moradores

A próxima temporada do reality show norte-americano "Survivor" será ambientada no Brasil, em uma unidade de conservação do Estado do Tocantins conhecida como Jalapão.

As gravações da 18ª temporada do programa começaram no mês passado e se tornaram polêmica na região, que abrange seis municípios em uma área de 34 mil km quadrados.

A chapada do Jalapão é conhecida por suas nascentes, cachoeiras, corredeiras, praias de água doce e rios cristalinos e por sua paisagem intocada.

Moradores e a imprensa local afirmam que as filmagens estão devastando a área.

Produzido pela rede norte-americana CBS, o programa - que já ganhou uma versão nacional na Globo, o "No Limite"-- traz os participantes isolados em alguma região do mundo onde disputam entre si e ainda lutam para sobreviver.

Atualmente, o canal pago "People&Arts" exibe o "Survivor - Guatemala".

As gravações do programa estariam sendo camufladas por um suposto contrato milionário da CBS com o governo local, e a produção estaria causando estragos e impedindo visitas a região.

Sigilo - Em um texto postado em seu blog, a jornalista Fernanda Bruni afirma que "o problema está no desastre ecológico que a equipe está causando na região quando coloca tratores e sistema de esgoto".

"Além de interditar as dunas do Jalapão colocando placas bilíngües com escritas dizendo 'Fechado para o público' e 'Propriedade Particular', parece que eles estão tirando dos cofres da emissora mais alguns milhões de dólares para manter a imprensa de boca fechada", diz o texto da jornalista.

Suzana Barros, assessora da Secretaria de Comunicação do Tocantins, rebate as críticas afirmando que não existe nenhum contrato envolvendo o governo do Estado e a CBS.

"Nada foi assinado em troca das gravações. O governo ganha somente com a mídia espontânea que o programa irá gerar quando for ao ar", explica.

Segundo a assessoria do governo do Tocantins, o governador e alguns jornalistas que visitaram a área onde as filmagens estão sendo feitas tiveram que assinar um termo de confidencialidade.

"Como é um reality show que ainda será editado, a produtora precisa manter as informações em sigilo para que isso não vaze para o mundo todo", disse Suzana.

Ainda de acordo com informações da assessoria, o Jalapão não sofreu desmatamentos para que as gravações pudessem acontecer. "Eles gravam em uma área de campo limpo, que não precisou ser alterada por conta das filmagens", diz a assessora. Segundo ela, a CBS também contratou uma empresa para reparar danos ambientais depois que deixar o local.

"Somente a região onde a gravação acontece é interditada. E os turistas e moradores são avisados com antecedência", explica Suzana.

O Naturatins, instituto responsável pelas unidades de conservação do Tocantins, entre elas o Jalapão, afirma que a região passou por um licenciamento ambiental antes da gravação e que representantes do órgão fazem um constante monitoramento da região.

As gravações do "Survivor" no Jalapão começaram em novembro e devem seguir até o final do mês.

Esclarecimentos - No final de novembro, o deputado estadual Marcello Lelis (PV) encaminhou ao governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), um pedido de esclarecimento a respeito dos critérios que envolveram a autorização das filmagens no Jalapão. O pedido, apresentado na Câmara Estadual, foi negado pela bancada do governo e arquivado.

Segundo o assessor de imprensa do deputado, neste final de semana ele irá, acompanhado por uma comitiva da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), até a região das filmagens verificar se o acesso está restrito à equipe de filmagem.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42378

Campanha "adote um coala no Natal" tenta salvar animais na Austrália

Em um tempo em que os problemas como a preservação do meio ambiente e a crise financeira estão em pauta, uma ONG na Austrália decidiu sugerir que neste Natal a população presenteie seus entes queridos com um certificado de adoção de coala.

"É o presente ideal, ainda mais nos dias de hoje, quando as crianças já têm de tudo", disse à agência Reuters a voluntária Anne Walsh, do hospital do programa Adote um Coala Selvagem em Port Macquarie, na Austrália.

O programa existe há 15 anos e é a maior fonte de renda do The Koala Hospital. O custo anual para adoção de um animal é de US$ 25 (cerca de R$ 62) para quem está na Austrália e US$ 32 (cerca de R$ 80) para outros países.

Segundo a ONG, o dinheiro pago por quem realiza a adoção é utilizado no resgate de coalas doentes e feridos, na preservação e expansão do habitat desses animais e em sua volta à natureza.

Quem escolhe adotar um coala recebe um certificado, uma foto do animal e a descrição de como ele foi parar no hospital, assim como adesivos e folhetos informativos sobre a espécie e a instituição.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42379

Neste domingo, tem passeata pelos Direitos Animais em SP

Neste domingo, ao meio-dia, toda a população está sendo convidada a participar de uma passeata que percorrerá a Avenida Paulista. O ato marca mais um Dia Internacional dos Direitos Animais e, este ano, chama atenção para o tema “lugar de animal não é no circo!”.

Pelo terceiro ano seguido, quem organiza o evento são os grupos Holocausto Animal e VEDDAS – dois fortes militantes na defesa dos direitos animais. A passeata brasileira abre as celebrações mundiais dessa data - oficialmente dia 10 de dezembro (quarta-feira).

“Antecipamos o evento para estimular maior número de participantes, já que a passeata e o apoio à causa animal não vão entrar em conflito com os compromissos profissionais da maioria”, diz Fabio Paiva, do Holocausto Animal.

O manifesto tem apoio de uma marca de cosméticos que não testa seus produtos em animais – a Surya - e da Associação Santuário Ecológico Rancho dos Gnomos, que atua com animais que já trabalharam em circos. Vai expor uma autêntica carreta circense, só que, no lugar dos animais, “pessoas enjauladas representam a crueldade a que os bichos são expostos”, conforme Paiva.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42387

Governo dos EUA é processado por não proteger morsas do Alasca

Um grupo de conservação do Alasca quer que o governo dos EUA inclua as morsas do Pacífico na lista de espécies ameaçadas.

O centro de diversidade biológica está processando o U.S. Fish and Wildlife Service (unidade do departamento do interior dos Estados Unidos que é dedicado a preservar a vida selvagem) por não ter previsto a proteção às morsas na lei ambiental que fiscaliza espécies criticamente ameaçadas de extinção.

O mesmo grupo que está lutando pela preservação desses animais no Alasca foi responsável pela inclusão dos ursos polares à lista dos animais ameaçados. O grupo também arquivou petições para proteger as focas do Ártico.

As morsas estão ameaçadas pelo aquecimento global, que dissolve o gelo do mar do Ártico. Segundo o instituto The National Snow and Ice Data Center, o verão de 2008 atingiu o segundo nível mais baixo de quantidade de gelo desde que o monitoramento via satélite começou em 1979, totalizando 1,7 milhão de quilômetros quadrados.

O ano de 2008 perde apenas para o 1,6 milhão de quilômetros quadrados registrados no ano anterior. Com isso, animais marinhos como as morsas são colocados em risco.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42391

Animais domésticos de Santa Catarina também precisam de ajuda

Mônica Pinto / AmbienteBrasil

A situação nas cidades de Santa Catarina assoladas pela maior tragédia ambiental natural de sua história não é preocupante apenas no cuidado com as vítimas humanas. As enchentes e desabamentos tiveram como saldo, também, centenas de animais domésticos – cães, gatos e cavalos - abandonados por seus donos no desespero em salvarem as próprias vidas e as de seus familiares.

Segundo um apelo da ONG Viva Bicho, sediada no balneário Camboriú, muitos barcos de salvamento a pessoas ilhadas não permitiram que estas levassem seus animais. Com isso, só no canil mantido pela entidade, estão hoje mais de cem cães alojados – fora os 500 que a ONG já abrigava antes da tragédia. Muitos dos animais permanecem guardados lá enquanto seus donos reconstroem as respectivas casas.

O maior problema das entidades protetoras dos animais não está sendo em alimentar os que conseguiram recolher. A Coordenadoria do Bem Estar Animal (Coobea) da Prefeitura de Florianópolis enviou 500 quilos de ração para Itajaí e montante idêntico para Blumenau. As entidades estão trabalhando articuladas e recebendo ração de várias partes do país.

“Agora, precisamos de vacinas e medicamentos, pois muitos animais ficaram doentes e com baixa imunidade, portanto, mais suscetíveis a doenças”, disse a AmbienteBrasil Bianca Jung, secretária da ONG Viva Bicho.

Pela internet, ela está divulgando um apelo em nome dos animais: “Eles não têm como pedir socorro, não podem se ajudar sozinhos! Não falam, mas sentem como nós! Por isso, quem puder ajudar os animais ajude, dêem comida aos que verem nas ruas, abriguem os perdidos, tentem salvar os que estão em casa ilhados, enfim, salvem estes seres desesperados, com medo, fome, frio e saudade da família”.

Segundo Bianca, está sendo encaminhado um mutirão para castrar os animais, que já conta com vários veterinários dispostos a fazer o procedimento voluntariamente.

A Coordenadoria do Bem Estar Animal de Florianópolis iniciou uma campanha de solidariedade, com as ONGs parceiras, recolhendo doações de alimentos para cães, gatos e cavalos, medicamentos, material de enfermagem, abrigos e casinhas. Confira abaixo os contatos para saber como ajudar.

POSTO DE ARRECADAÇÃO EM FLORIANÓPOLIS

Centro de Zoonoses de Florianópolis
Aos cuidados de: Coordenadoria do Bem-estar Animal (Coobea)
End.: Vila Ivan Matos, ao lado do Cemitério do Itacorubi
Florianópolis (SC) – CEP 88032-005
Horário de entrega: 8 às 18h
Contato: Maria da Graça Dutra
Fones: (48) 3234-5677/ 9619-8878/ 9114-2537/ 9977-0342
E-mail: bemestaranimal@pmf.sc.gov.br
Site: http://www.pmf.sc.gov.br/bemestaranimal

Em Florianópolis, as doações serão encaminhadas para os animais do sul da ilha e comunidade do Rio Papaquara, no norte da ilha – áreas mais atingidas no município. A Campanha “Não esqueçam de nós!” também destinará doações para outras regiões do Estado.

Segue contatos de ONGs que precisam de ajuda urgente:

Blumenau

APRABLU - Associação Protetora de Animais de Blumenau
Contato: Bárbara
e-mail: aprablu@terra.com.br
Site: http://www.aprablu.com.br/

Itapema

ONG Amigo Bicho
Contato: Rosele Fatima Perozzo
(47) 3368-4758
Site: fotolog.terra.com.br/aamigofiel

Itajaí

ONG Viva Bicho
Contato: Bianca
E-mail: vivabichobc@yahoo.com.br
(47) 8425-1459 / 9903-5441
Site: http://www.vivabicho.org.br/

Joinville

ONG Abrigo Animal
e-mail: contato@abrigoanimal.org.br
(47) 3416-0734
Site: http://www.abrigoanimal.org.br/

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=42395

Balcão do tráfico de animais

Felipe Sáles e Luciana Abade, Jornal do Brasil

RIO - Famosa pelas belezas naturais e pelas zonas de risco, a Cidade Maravilhosa –ou Cidade Partida – é o balcão de negócios preferido não apenas de traficantes de armas e drogas. O Rio é uma das principais rotas de animais silvestres do país (ao lado de São Paulo), abastecendo tanto o mercado externo quanto o interno, incrementado com mais de 100 feiras livres, segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). Terceiro crime mais rentável do mundo – movimentando em torno de US$ 900 milhões por ano no Brasil – o tráfico de animais vem batendo recordes de apreensões no Rio, com acréscimos superiores a 150%, apesar da precária infra-estrutura com que convivem os agentes fiscalizadores.

O Renctas afirma que o tráfico de drogas e armas está diretamente ligado ao de animais silvestres, informação avalizada pelo primeiro tenente Eric Cardoso, subcomandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Florestal e de Meio Ambiente da Polícia Militar (BPFMA). Depois de mudar as estratégias de combate às feiras livres, o batalhão aumentou as apreensões de animais de 1.908 no ano passado para 4.816 até outubro deste ano.

– Hoje há olheiros com radiotransmissores em pontos avançados das feiras, como acontece com o tráfico – contou Cardoso. – Por isso, tivemos de mudar o modus operandi: enviamos policiais à paisana e, em seguida, chegam as viaturas. Com isso, conseguimos apreender até 80% dos animais comercializados.

Lei tênue

Ao todo, existem mais de 100 feiras livres no estado do Rio, em municípios como Vassouras, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Piraí, São Gonçalo, Magé, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, São Fidélis e Muriaé, além de Duque de Caxias, a mais famosa do Rio. Um dos principais problemas enfrentados no combate ao crime, porém, é a fragilidade da Lei 9.605, que determina a pena de um a três anos de prisão para os criminosos.

– De 30% a 60% dos bandidos são reincidentes – conjecturou. – Os criminosos apenas são levados à delegacia, assinam um termo circunstancial e vão embora após pagarem fiança de R$ 960. Uma mixaria. Um dos presos tinha no bolso R$ 2.600, e a feira estava ainda no início. Quando terminamos a ocorrência do vigésimo preso, por exemplo, o primeiro já está nas ruas.

A PM foi a corporação que mais fez apreensões este ano – embora conte com viaturas antigas e apenas quatro policiais de plantão por dia, isso quando não estão em busca de corpos de gente em morros da cidade. Em seis meses, a Polícia Federal apreendeu 1.787 animais, e a Polícia Rodoviária Federal contabilizou 459 até novembro deste ano, contra 250 no ano passado. O inspetor Eugênio Nemirovsy, chefe da seção de policiamento e fiscalização da PRF, conta que muitos animais vêm sendo transportados dentro de ônibus, o que dificulta a fiscalização.

– Quanto mais aumentamos a repressão, mais os traficantes criam rotas alternativas e horários variados – afirmou Eugênio, citando as principais rodovias, como a Via Dutra e a Rio–Petrópolis, como as maiores rotas. – O Rio é o principal mercado, e, sem dúvida, as apreensões serão maiores se maior for a fiscalização.

Segundo o Renctas, por ano, cerca de 38 milhões de animais são retirados da natureza. De cada 10, nove morrem durante a captura ou no transporte. Apenas um chega às mãos do consumidor, 60% deles no mercado interno e 40% o exterior.

Centro de Triagem do Ibama no estado será ampliado

Embora o Rio seja o principal receptor de animais traficados, a superintendência do Ibama no estado conta com apenas um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), contra quatro existentes em São Paulo, por exemplo. São 16 recintos, muitos deles improvisados e adaptados pelos próprios sete técnicos que se desdobram em plantões para cuidar dos animais, que chegam na maioria das vezes extremamente machucados. Por ironia do destino, será justamente a construção de uma rodovia que poderá ajudar a salvar as espécies.

O Arco Rodoviário Metropolitano – que está sendo construído pelo estado – vai cortar a Floresta Nativa Mário Xavier, em Seropédica, na Baixada Fluminense, onde o Cetas está localizado. O novo Cetas – ainda sem prazo de construção – terá a área duas vezes maior do que a atual, com cerca de 4 hectares. O Centro receberá R$ 5 milhões de indenização que serão usados para modernizá-lo.

– Se tivéssemos 10 Cetas, os 10 estariam lotados – acredita o Rodrigo Costa, biólogo do Instituto Estadual de Florestas que está cedido ao Ibama. – O Rio é um centro

distribuidor e a oferta e procura é imensa.

Animais em extinção

O Cetas conta com apenas sete tratadores, número que poderá ficar ainda menor caso o contrato do IEF com o Ibama não seja renovado. Segundo Vinícius de Oliveira, coordenador do Cetas, o ideal para o centro seria haver pelo menos mais quatro tratadores de animais. No local vivem animais em extinção como canário xoxó, arara e trinca-ferro, que podem valer de R$ 3 mil a R$ 30 mil. Em competições de pássaros, um pio mais alto pode elevar o valor área até R$ 250 mil.

– Aqui não tem greve nem feriado – conta. – Tem sempre alguém de plantão para cuidar dos animais. Recebemos 95% dos animais apreendidos no Rio e tivemos de improvisar alguns locais.

Para não sobrecarregar o centro, Vinícius conseguiu um convênio entre o Ibama e a Força Aérea Brasileira para fazer o repatriamento dos animais. O primeiro foi em outubro para Vitória da Conquista, na Bahia. Outros são repatriados em sítios ecológicos da região. O Cetas tem hoje 3.200 animais. Alguns, como o ouriço caxeiro que se enche de espinhos ao se sentir ameaçado, tiveram os olhos queimados para que compradores o considerassem manso.

Brasil é quarto no tráfico de animais

O Brasil ocupa uma posição desonrosa no ranking mundial de tráfico de animais. É o quarto país que mais exerce a prática criminosa, atrás apenas da Malásia, Índia e Indonésia. A Europa é o principal mercado consumidor, seguida dos Estados Unidos. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estima que mais de 5 milhões de animais são enviados ilegalmente para o exterior todos os anos. Os números do tráfico surpreendem. Um pássaro como um cancão, por exemplo, é vendido pela pessoa que o captura na mata por R$ 10. O comprador revende em alguma capital brasileira por R$ 300 e, se a ave for exportada, será arrematada na Europa por R$ 7 mil. No Velho Mundo, aliás, uma arara chega a custar R$ 30 mil.

A ousadia dos traficantes surpreende mais que os números. Em Salvador, qualquer pessoa pode comprar um beija-flor por R$ 10. Basta ir à Feira do Rolo, localizada às margens da Avenida Suburbana. A denúncia é feita pela ambientalista Telma Lobão, que trabalha há 12 anos combatendo o tráfico de animais na capital baiana. Segundo Telma, os feirantes dopam os animais com cachaça ou gardenal – remédio usado por epilépticos – para que eles fiquem mansos e sejam facilmente levados pelo cliente. Os bichos vendidos na feira são capturados, principalmente, no sertão e no Recôncavo Baiano.

– É de doer o coração – lamenta Telma. – O pior é que ninguém faz nada. Havia uma blitz programada para domingo passado na feira, mas foi cancelada pela PM.

O promotor do Ministério Público do Estado Eron Santana confirma que a existência de tráfico de animais na feira é de conhecimento das autoridades baianas, mas ressalta que não cabe ao MP fiscalizar. Apenas apurar denúncias. Segundo Santana, o órgão já fez dois pedidos de operação à Polícia Militar, mas nunca obteve resposta.

Para Telma, além da falta de fiscalização, o problema do tráfico de animais no Nordeste é cultural. Ela acredita que, pelo menos, 90% dos bichos da feira são enviados para nordestinos que moram em outros estados.

Legislação branda

O coordenador da Divisão de Fiscalização de Fauna do Ibama, Antônio Ganme, também acredita que a sociedade é muito tolerante com o tráfico de animais e insiste em achar um absurdo o Ibama confiscar o papagaio que está com uma família há anos. O problema, segundo o coordenador, é que existe uma continha que o juiz que libera o animal apreendido não sabe fazer: um papagaio domesticado deixa de reproduzir quatro vezes ao ano por pelo menos 50 anos. Esse mesmo papagaio deixa de carregar sementes, contribuindo para a devastação das florestas como a Amazônia e a Mata Atlântica e, por não reproduzir, existe uma piora genética da espécie. A conta deve começar com os nove animais que morrem para cada dez transportados.

De acordo com Antônio, a legislação ambiental brasileira é tão permissiva que não existe a definição legal de tráfico de animais. O infrator pode ser preso por vender ou capturar, mas não é enquadrado como traficante. A probabilidade de ficar na prisão, no entanto, é mínima, uma vez que a Lei 9.099/95 tipifica esse crime como de menor potencial ofensivo. A pena é de seis meses a um ano de detenção, que, geralmente, é substituída por pagamentos de cestas básicas ou prestação de serviços comunitários. A multa administrativa é de R$ 500 a R$ 2 mil, dependendo da raridade da espécie. No ano passado, o Ibama aplicou R$ 13 milhões em multas e 1.376 autos de infração.

– Para reforçar a fiscalização nos aeroportos, seriam necessários R$ 120 mil para construir cada posto – explica Antônio. – E, pelo menos, oito funcionários. O problema é que o Ibama tem 1.100 fiscais mas, na prática, apenas 300 efetivamente na fiscalização e cobrindo todo o território brasileiro. Hoje, só temos inspeções 24 horas por dia nos aeroportos de Belém e Fortaleza. Em Manaus, no horário comercial.

http://jbonline.terra.com.br/extra/2008/12/06/e06129550.html