quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Austrália decide sacrificar o filhote de baleia perdido

Apesar da polêmica, a Austrália decide sacrificar o filhote de baleia que confundiu um barco com a mãe.

Ambientalistas acusam o governo de fazer pouco esforço para salvar o animal. Apesar dos protestos, veterinários, ligados ao governo australiano, defendem que a única maneira de acabar com o sofrimento do animal é o sacrifício. E estudam o uso de uma injeção letal. Pela manhã, um aborígene, conhecido como encantador de baleias, tentou atrair o filhote para o oceano, com uma canção tradicional, sem sucesso. Há dias, voluntários e o exército australiano tentam alimentar e levar o filhote para o alto-mar. A baleia, que recebeu o nome de Colin, confundiu um pequeno barco com a mãe e até tentou mamar no casco. Testes de sangue revelaram que o filhote tem cerca de duas semanas e está cada vez mais fraco e machucado.

http://bandnewstv.band.com.br/conteudo.asp?ID=100492&CNL=20

Presos homens que traficavam aves em SP

A Polícia Rodoviária Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira, dois homens que traficavam animais silvestres em Cajati, interior de São Paulo. Os policiais desconfiaram do nervosismo de dois homens, que trafegavam pela rodovia Régis Bittencourt em uma caminhonete. Quando abordados, eles mostraram os animais que levavam. Foram apreendidos 300 animais, sendo que 290 deles eram pintassilgos e os outros dez são canários-da-terra. As aves teriam sido adquiridas em Curitiba e seriam vendidas nas feiras livres de São Miguel Paulista, por ao menos R$ 25. Muitas das aves encontradas já estavam mortas, pois foram acondicionadas em pequenas caixas de papelão. Os dois homens responderão por maus-tratos a animais e tráfico de animais silvestres.

http://jovempan.uol.com.br/jpamnew/noticias/ultimasnoticias/#128973

Chimpanzés maltratados em circo estão no Santuário de Sorocaba


Com marcas de maus-tratos primatas estão em Sorocaba

Após a operação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) para a retirada de bichos do circo - o Le Cirque -, onde o órgão encontrou uma série de evidências de maus-tratos, dois chimpanzés e um hipopótamo foram levados ao Jardim Zoológico de Brasília, no dia 12.

Com uma guia de trânsito do Ministério do Meio Ambiente, a dupla de primatas desembarcou ainda de noite em um santuário de chimpanzés, em Sorocaba. Mas uma nova decisão da Justiça no dia seguinte determinou que o Ibama devolvesse os animais em 24 horas, sob pena de multa de R$ 2 mil por dia.

Um dos proprietários do Le Cirque, George Stevanovich, protestou contra a transferência dos dois chimpanzés do circo. "Eles não nos comunicaram que iam levar os macacos e na guia diz que a finalidade é a pesquisa científica."

O advogado Luiz Sabóia e funcionários do Le Cirque chegaram ao Zôo para buscar os animais, respaldados por liminar concedida pelo juiz Alaôr Piacini, da 9ª Vara Federal do DF, que nega a existência de maus-tratos com base em relatórios antigos, de 2006 e 2004.

Os dois chimpanzés adultos que viviam isolados em uma jaula de três metros quadrados no circo - 20 vezes menor que a área mínima exigida pelo Ibama - agora estão em um área verde de 500 metros quadrados, onde convivem com outros 44 primatas. A associação sem fins lucrativos de Proteção aos Grandes Primatas (GAP) fornecerá assistência médica e alimentação adequada. "Fui pessoalmente a Brasília buscar eles, que estão banguelos, tinham correntes nos pescoços e apresentavam altos níveis de estresse", contou a presidente do GAP, Selma Mandruca.

A veterinária do Jardim Zoológico, Lúcia Magalhães, trabalhou no GAP por dois anos e cuidou dos animais antes da partida deles para São Paulo. "Quem perde com essa briga são os chimpanzés. Ele dizem que cuidam deles com se fossem filhos. Será que eles deixariam os filhos acorrentados em uma jaula enferrujada?", questionou. Lúcia explica que o santuário para proteção de grandes primatas que sofreram maus-tratos, em Sorocaba, é o lugar ideal para recuperação dos dois chimpanzés.

O CASO - O Le Cirque recebeu alvará para funcionamento na cidade em 1º de agosto, concedido pela Administração de Brasília. No dia 8, a administração revogou o documento por recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que defendeu a realização de vistoria para averiguar as condições dos animais. Respaldados pela decisão do MPDFT, agentes do Ibama e da Companhia Ambiental da Polícia Militar visitaram o local e produziram relatório de 30 páginas, com fotos, denunciando o estado precário em que 14 animais viviam no lugar.

Segundo o Ibama, os dois chimpanzés foram submetidos a mutilações - castração completa (extirpação dos testículos) e extração cirúrgica dos dentes. Este fato contraria um laudo apresentado judicialmente em defesa do circo há dois anos, no qual o Ibama de Minas Gerais teria atestado que os chimpanzés não estavam castrados, o que demonstra que os chimpanzés sofreram as mutilações no circo neste período.

Além disso, há uma sentença deferida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo em fevereiro de 2007 contra o Le Cirque. A sentença ratifica a proibição do circo de exibir seus espetáculos com animais em qualquer lugar do território do Estado, sob alegação de que a submissão dos animais nos espetáculos circenses leva a uma situação de abusividade e crueldade que não pode mais ser tolerada pela sociedade moderna.

A carreta apreendida tinha aproximadamente 10 metros de comprimento e continha um hipopótamo e dois chimpanzés, vivendo separados apenas por um estreito corredor. Era uma espécie de carreta de caminhão na qual se improvisou uma pequena plataforma e um tanque de água para o hipopótamo e uma jaula de não mais que três metros de comprimento, dividida em duas partes, para os chimpanzés.

Os chimpanzés estavam confinados neste pequeno espaço, que se apresentava muito sujo e estava extremamente corroído pela ferrugem, com pontas cortantes por todos os lados. Os locais que seriam "camas suspensas" estavam tão deteriorados que não permitiam que os animais se deitassem.

As jaulas não apresentavam nenhuma condição de segurança. Estavam enferrujadas, tinham apenas pequenas portinholas de correr, de difícil manejo, por causa do desgaste, falta de graxa e manutenção inadequada. Estavam fechadas apenas por um cadeado simples cada, ao qual os chimpanzés facilmente tinham acesso manual, tendo o risco de quebrar e fugir. Além das mutilações, os chimpanzés têm marcas de correntes em seus pescoços e pequenas lesões pelo corpo.

http://www.diariodesorocaba.com.br/noticias/not.php?id=23771


notícias repassada para mim por:
Kelly Grassi

Filhotes de foca são devolvidos à natureza

Três filhotes de foca foram devolvidos ao mar, seu habitat natural, nesta quarta-feira por tratadores do centro de criação destes animais na cidade de Norddeich, na Alemanha. As informações são da agência AFP.

As focas - que receberam os nomes de de "Eddy", "Emil" e "Jakob - foram criadas no centro e reintroduzidas à natureza após ganhar o peso mínimo que é de 25 kg.

Esta é a primeira reintrodução destes animais realizada pelo centro de Norddeich este ano.



Gorila carrega filhote morto em Zôo da Alemanha

A gorila Gana, do Zôo de Muenster, na Alemanha, se nega a deixar o corpo de seu filhote que nasceu morto no último sábado, dia 16. A gorila deu a luz a outro filhote que nasceu saudável e é carregado junto ao corpo do irmão pela jaula. As informações são da agência AP.
A porta-voz do zoológico, Ilona Zuehlke, disse à imprensa que o cadáver do pequeno gorila só poderá ser enterrado depois que a mãe "deixar o corpo para trás".

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3117801-EI8145,00.html

Ditadura da estética' castiga cães com pedigree

Na Grã-Bretanha, cães de raça pura, os chamados cães de pedigree, estão sofrendo de doenças genéticas em conseqüência de anos de cruzamentos, mostrou um documentário da BBC exibido na terça-feira.

Segundo o programa Pedigree Dogs Exposed ('Cães de pedigree expostos', na tradução livre), as doenças refletem a cultura de priorizar a aparência dos animais usados em shows em detrimento da sua saúde.

O documentário exibiu cavaliers King Charles spaniel com cérebros maiores que os crânios, boxers portadores de epilepsia e uma fêmea buldogue que não podia dar à luz sem assistência.

<>Mesmo com saúde debilitada, os cães são autorizados a participar de competições. Além disso, o Kennel Club do país aceita registrar animais nascidos de cruzamentos entre mãe e filho ou irmãos e irmãs. A prática é comum como forma de manter o padrão estético apreciado como "puro" no meio.

Três em cada quatro dos 7 milhões de cães que vivem na Grã-Bretanha têm pedigree, gerando para seus donos um custo anual de cerca de R$ 31 milhões só com veterinário.

Preço terrível
Uma pesquisa recente realizada pelo Imperial College de Londres mostrou que os cruzamentos entre cães com parentesco próximos são tão comuns em pugs que os cerca de 10 mil animais registrados na Grã-Bretanha vêm de uma linhagem de apenas 50 indivíduos distintos.

"As pessoas estão realizando cruzamentos que seriam, em primeiro lugar, totalmente ilegais em seres humanos", disse o professor de genética do University College of London Steve Jones.

"Isto é absolutamente insano do ponto de vista da saúde dos animais. Algumas raças estão pagando um preço terrível em termos de doenças genéticas."

Entrevistado pelo programa, o veterinário Mark Evans, da organização pelos direitos dos animais RSPCA, culpou o sistema de registro e as regras de aparência que determinam a lógica no mundo canino.

"O bem-estar e a qualidade de vida de muitos cães de pedigree estão seriamente comprometidos pelas práticas estabelecidas em função da aparência, guiadas primariamente pelas regras e requerimentos do registro e das competições", afirmou.

Entretanto, uma porta-voz do Kennel Club britânico disse que a entidade está trabalhando "incansavelmente" para melhorar a saúde dos cães de raça.

"Qualquer cão pode participar de exposições, cabe ao juiz decidir se ele corresponde aos padrões da raça", disse Caroline Kisko.

"Quando as características se tornam exageradas, ocorrem os problemas de saúde. Isto é algo que o Kennel Club não estimula. Ao contrário, ativamente educa as pessoas através de campanhas, incluindo os juízes, contra esse tipo de prática".

Ibama recomenda abate de capivaras

Remoção de roedores do Lago do Café para outro local é desaconselhada pelo órgão para evitar o risco de novas infestações
Delma Medeiros
da Agência Anhanguera

A questão não está fechada, mas tudo indica que o destino das cerca de 50 capivaras que habitam o Lago do Café, em Campinas, será mesmo o abate. A proposta foi feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para resolver o problema da transmissão de febre maculosa. O Lago do Café é considerado área de risco para a doença, com um caso de contágio confirmado. Este ano, há suspeita de outra morte por febre maculosa contraída no parque, de um funcionário, mas a confirmação ainda depende dos resultados dos exames sorológicos.

A Secretaria Municipal de Saúde estudava o manejo dos animais para outro local. “Pensamos, inicialmente, em retirar as capivaras, mas a proposta do Ibama é de abate, não de remoção”, afirmou o médico sanitarista da Coordenadoria de Vigilância em Saúde de Campinas (Covisa), André Ribas de Freitas.

“O problema das capivaras é uma questão de saúde pública. Não podemos transportar as capivaras vivas para outro lugar porque não há como garantir que elas não estarão levando e espalhando carrapatos infectados para outros locais. Por isso, a alternativa é fazer o abate e depois decidir o destino das carcaças”, explicou o chefe da Divisão de Fauna do Ibama-SP, Rodrigo Cassola.

Segundo ele, antes de tomar essa posição, o Ibama discutiu o assunto longamente com a Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) para a elaboração em conjunto de um Termo de Referência, que estabelece a medida drástica como forma de conter a disseminação de carrapatos possivelmente infectados com a bactéria Rickettsia rickettsii, transmissora da febre maculosa.

Cassola ressalta que o Ibama recebe inúmeros pedidos de remoção de capivaras, muitos deles, afirma, sem necessidade. Cada caso é analisado separadamente, mas para animais de áreas de risco (com histórico de transmissão) a indicação é o abate. Outros aspectos considerados, conforme o chefe da Divisão de Fauna, são a necessidade de fechar a área depois da retirada das capivara, para impedir a entrada de outros animais, além de dispor de informações precisas sobre a situação.

Mapeamento

Nesse sentido, para embasar a definição sobre o destino das capivaras do Lago do Café, a Secretaria de Saúde está elaborando um relatório completo sobre a situação dos animais no local. “O relatório tem que apresentar uma avaliação sobre a estrutura física da área, mapear a quantidade exata de capivaras no local, observar os hábitos e comportamento dos roedores, entre outros, tudo de acordo com metodologia do próprio Ibama”, explicou Freitas, destacando que trata-se de um processo complexo e demorado. A expectativa é concluir o relatório até o final deste ano.

Enquanto a questão não se define, a Covisa e Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) informam os freqüentadores e trabalhadores sobre como evitar o contato com carrapatos. “O essencial é evitar áreas de grama e vegetação”, orienta Freitas. Já os trabalhadores da capina ou limpeza, que ficam expostos a esse contato, são orientados a utilizar corretamente os equipamentos de proteção individual, usar roupas claras, manter a calça por dentro da meia, investigar o próprio corpo depois, usar carrapaticida em caso de infestação e procurar o serviço de saúde, citando a exposição, no caso de alguma manifestação, como febre sem causa aparente.

Saúde investiga mais uma morte por maculosa

A Secretaria de Saúde de Campinas investiga mais uma morte por suspeita de febre maculosa ou leptospirose. Trata-se de um pedreiro de 24 anos, morador de Sousas, que morreu no dia 11 de agosto no Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) no mesmo dia da internação. Segundo o médico sanitarista André Ribas de Freitas, o pedreiro foi exposto à leptospirose pelas condições de moradia (recolhia recicláveis) e presença de ratos, e à febre maculosa por freqüentar área de vegetação possivelmente infestada por carrapatos. “Do ponto de vista epidemiológico, investigamos as duas possibilidades. Mas o aspecto clínico sugere tratar-se de febre maculosa”, disse Freitas.

Independentemente do resultado, a secretaria deflagrou medidas de controle para as duas doenças, com recomendação de limpeza do entorno da moradia para eliminar roedores, e investigação na área de vegetação para identificar presença de carrapatos. Segundo Freitas, a febre maculosa tem maior incidência em homens adultos jovens. “Não por serem mais vulneráveis, mas pela exposição maior.”

Este ano ocorreram três mortes por suspeita de febre maculosa, todas aguardando confirmação por exames: o trabalhador do Lago do Café, que morava no Jardim Carvalho de Moura, região Sul, que morreu no dia 18 de junho; um homem de 28 anos do Jardim Santa Cândida, região Norte, que morreu em 12 de junho, e o morador de Sousas. No total, foram 113 notificações de febre maculosa este ano, das quais 93 de moradores de Campinas. Apenas um caso foi confirmado, de um paciente que evoluiu para cura. Em 2007, Campinas confirmou sete casos da doença, com dois óbitos, de um total de 390 notificações. Em 2006, foram 12 casos confirmados com quatro mortes. (DM/AAN)

http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2415

Nova campanha do Greenpeace já está no ar

O principal objetivo da campanha "Onda", criada pela Agência Freela para o Greenpeace, é apontar as condições dos mares brasileiros e convocar a população a se mobilizar pela conservação dos oceanos. No filme, produzido pela Brasileira, diversas pessoas em 11 diferentes pontos de São Paulo fazem uma onda com os braços em movimentos circulares, numa espécie de dança. O final bem humorado mostra um cidadão batendo na cabeça de um político e exigindo dele uma postura mais comprometida com os oceanos.

»Assista o filme

De acordo com os diretores de criação e sócios da Agência Freela, Bruno Bianchini e Pedro Borelli, a idéia do filme é incentivar a população a se sentir parte de uma corrente. "Para que os brasileiros, de uma maneira geral, se sentissem nesta corrente, escolhemos locações que não valorizassem um lugar específico e pessoas comuns, não atores, para participar", conta a diretora de cena Bia Flecha. Durante a gravação das cenas, a diretora enfatizava a importância de cada personagem olhar para a câmera como se estivessem cobrando uma atitude dos políticos.

"Hoje, 80% das espécies comerciais brasileiras estão ameaçadas de extinção. Uma das saídas para reverter essa situação é criar mais áreas marinhas protegidas, o que só vai acontecer se a população exigir dos políticos maior compromisso com a conservação dos oceanos. Atualmente, somente 0,4% da costa brasileira é protegida", destaca Leandra Gonçalves, campaigner de Oceanos do Greenpeace.

Aquecimento global afeta habitats de aves, diz estudo

Os habitats de espécies de aves selvagens estão mudando em razão do aquecimento global, mas não o suficiente para aliviar os efeitos das altas temperaturas. A informação é de um estudo publicado nesta quarta-feira (20).

"A flora e a fauna ao nosso redor estão mudando ao longo do tempo devido ao aquecimento global", afirmou Victor Devictor, principal autor do estudo e pesquisador no Museu Nacional Francês de História Natural.

"O resultado é uma falta de sincronismo. Se pássaros e as espécies de que eles dependem não reagem do mesmo modo, nós rumamos para uma mudança drástica na interação entre as espécies", afirmou o pesquisador.

O estudo mostrou que a área geográfica de 105 espécies de pássaros na França - o que representa 99,5% do total de aves selvagens do país - se moveu, em média, 91 km para o norte, entre 1989 e 2006.

Mas, as temperaturas médias, mudaram em uma área de 273 km ao norte durante o período - cerca de três vezes mais rápido.

O fato de alguns pássaros responderem à mudança climática já havia sido notada em algumas espécies. O que surpreendeu Devictor foi o fato de essas mudanças afetarem praticamente todos os pássaros na França, e o descompasso com a elevação das temperaturas está cada vez maior.

Esses "desencontros" tendem a se intensificar durante o tempo e podem levar algumas espécies de pássaros à extinção. (Fonte: Folha Online)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40183

Em audiência na Câmara, Minc antecipa que Decreto sobre crimes ambientais pode ser revisto

Fernanda Machado / AmbienteBrasil (*)


O Decreto Federal 6.514 - que dispõe sobre a regulamentação de crimes ambientais -, publicado no dia 23 de julho passado, foi o tema debatido nesta quarta-feira em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, promovida pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR).

Os pontos de maior polêmica levantados no debate foram o fato de o Decreto criar tipos penais, o que somente pode ser feito por lei, apresentando, no entanto, problemas de legalidade e constitucionalidade, e de prejudicar os produtores rurais.

O decreto prevê multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil, por hectare ou fração, para quem destruir florestas ou utilizá-las sem respeitar as normas de proteção em área considerada de preservação permanente, sem autorização do órgão competente. Além disso, o produtor que deixar de averbar a reserva legal em 180 dias terá de pagar multa de R$ 500 a R$ 100 mil.

No entanto, para a advogada ambiental Samanta Pineda, os critérios para compensação de reserva legal ainda não estão muito bem definidos. Existe uma dificuldade da classe produtiva na averbação de reservas ou de unidades de conservação. Além disso, segundo ela, os cartórios não estão preparados para receber mapas georreferenciados, que seriam necessários para averbação de reservas.

“Antes de resolver problemas fundiários e operacionais, não há como exigir averbação alguma”, disse a advogada a AmbienteBrasil.

Para Samanta, o decreto 6.514 representa uma reação governamental aos ataques à incompetência dos órgãos ambientais do país.

Para os deputados Marcos Montes (DEM/MG) e Moreira Mendes (PPS/RO), com essas medidas haverá perda de renda do produtor, em razão das restrições de uso de áreas de plantio, com a redução da produção de alimentos e o conseqüente aumento do preço dos produtos para o consumidor final.

“Os produtores rurais não são contra o meio ambiente, muito pelo contrário, são aliados e devem andar de mãos dadas. Todos devem compreender que os produtores são os maiores fiscais ambientais, pois um depende do outro. O que o Governo deveria fazer era ter coragem de rever o papel do Conama, de aplicar o Código Florestal e de reformular a Lei de Crimes Ambientais”, disse Moreira Mendes.

O ministro ponderou que o Governo está "correndo atrás do prejuízo" na esfera ambiental. Afirmou ser inadmissível que, em alguns estados, tenham sobrado apenas de 3% a 4% da Mata Atlântica. Segundo Minc, é preciso punir quem exagerou na devastação.

No entanto, ele admitiu que o Decreto 6.514/08 poderá ser revisto. Segundo o ministro, se houver prazos "inexeqüíveis" no decreto, eles poderão ser reavaliados, e os excessos serão suprimidos. “O que foi extrapolado e legislado pelo decreto será liminarmente retirado, e se houver artigos que necessitem de acertos, eles serão refeitos”.

Em resposta às críticas sobre as novas medidas para o setor agrícola, Minc disse que o setor é o principal interessado no decreto, pois é o mais prejudicado pela poluição dos rios ou pelo desmatamento. O ministro lembrou ainda que, dos 154 artigos do decreto, apenas 15 tratam de agricultura. “O Decreto está subordinado à Lei de Crimes Ambientais e, portanto, não pode ser maior do que ela”.

Carlos Minc comunicou também aos presentes que submeterá à análise da Câmara Federal de Compensação Ambiental a utilização de recursos provenientes de vários orçamentos para indenizar os desapropriados de áreas destinadas à reserva ambiental. O ministro informou que existe um estoque orçamentário de R$ 500 milhões destinados à conservação do meio ambiente, não utilizados.

Medidas do MMA para setembro

O ministro antecipou no evento algumas medidas do MMA para o próximo mês. Uma delas, o lançamento, no dia 15, pelo presidente Lula, em Teresópolis (RJ), de um programa de ecoturismo para incentivar a visitação a parques nacionais. “Os parques brasileiros recebem, anualmente, 3,5 milhões de visitantes. Nos Estados Unidos, esse número é de 192 milhões de visitantes por ano, e os nossos parques, convenhamos, são muito mais bonitos”, disse.

No dia 23 de setembro, será lançado o Plano Nacional de Mudanças Climáticas, a ser colocado em consulta pública por um mês. Além disso, serão divulgados os preços mínimos para dez produtos do extrativismo, como açaí, castanha-do-pará e babaçu, entre outros.

Outra ação do Ministério do Meio Ambiente, juntamente com o da Agricultura, será a visita a Municípios que tiveram impacto econômico em razão da fiscalização ambiental. “O objetivo é analisar alternativas para aqueles trabalhadores que perderam o emprego por causa da fiscalização”, explicou Minc.

Ele citou ainda um acordo entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), para agilizar a entrada de pesquisadores em reservas florestais. Segundo ele, as autorizações, que demoravam dois anos, agora saem em duas semanas.

* Correspondente em Brasília (DF).
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40185

Senado discutirá Plano Amazônia Sustentável e questão ambiental brasileira

A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) realizará na próxima terça-feira (26) audiência pública para discutir o Plano Amazônia Sustentável (PAS) e a questão ambiental brasileira no que se refere à Amazônia. A comunicação foi feita pelo presidente da CMA, senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), pouco antes do encerramento da reunião do colegiado, na terça-feira (19).

Foram convidados para o debate o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger.

A audiência, uma iniciativa do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), tem a finalidade de informar aos senadores da comissão sobre os procedimentos e estratégias de ação do PAS, além de debater a questão ambiental na região amazônica, o que inclui a sustentabilidade ambiental e a inclusão social.

O PAS, explicou Flexa Ribeiro na justificação do requerimento de audiência, constitui um conjunto de estratégias e orientações para as políticas federal e estaduais que têm por finalidade desenvolver a Amazônia. O senador ressaltou que a questão ambiental brasileira vem sendo debatida tanto em nível nacional como internacional. Para ele, é importante que os ministros de Estado responsáveis pela implementação do plano prestem informações à comissão. (Fonte: Agência Senado)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40187

Programa do CREA/ES quer “construir um mundo sustentável”

No próximo dia 29, a partir das 14h, no Teatro do Cefetes (Centro Federal de Educação Tecnológica do Espírito Santo), em Vitória, será realizado o Seminário Biogás: Da Geração de Energia ao Mercado de Crédito Carbono.

O evento faz parte do projeto "Construindo um Mundo Sustentável", do Programa de Educação Continuada e à Distância (Educ) do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Espírito Santo (Crea/ES).

“O objetivo é transformar o tema desenvolvimento sustentável em prática cotidiana, muito além da propaganda oficial do Estado e de empresas”, disse a AmbienteBrasil o engenheiro agrônomo Walter Batista Júnior, consultor do projeto e doutorando em Meteorologia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com ênfase em Mudanças Climáticas e seus impactos na Agricultura.

Ele antecipa que vai focar sua pesquisa no Espírito Santo, “para apoiar políticas públicas voltadas à preservação dos recursos naturais e de enfrentamento ao processo de desertificação já em curso no estado”.

Walter Batista Júnior demonstrou na prática esse pendor à colaboração cidadã – e científica. Foi fundador do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas e, durante dois anos, respondeu pelas articulações da entidade.

Mudanças do clima

A Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), em atividade conjunta com a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), convida para mais uma reunião que compõe o Projeto "Diálogos Setoriais: Contribuições à Construção do Plano Nacional sobre Mudança do Clima" do FBMC.

O Diálogo com o Setor Elétrico tem por objetivo dar continuidade ao processo de formulação de contribuições desse setor ao Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e se realizará amanhã, das 10h às 13h, na sede da Abrace, na Vila Olímpica, em São Paulo (SP).

Biodiesel

O Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) expôs ontem uma usina móvel de produção de biodiesel, com capacidade para fabricação de 100 litros/hora, criada pela indústria Biominas, em parceria com as universidades federais de Minas Gerais (UFMG), de Lavras (Ufla) e de Itaúna.

A unidade, montada em uma carreta, mostrou o passo-a-passo para transformação do óleo de fritura em combustível, como parte da programação do workshop "Coleta e Reaproveitamento de Óleos Vegetais – Discussão do PL 1505/2007", que aconteceu durante todo o dia na sede do CMRR.

Kiwi orgânico

O grupo de empresas do Projeto Organics Brasil, que trabalha para vender orgânicos brasileiros certificados no exterior, cresceu nos primeiros 45 dias do segundo semestre de 2008, recebendo quatro adesões. Nesse período, também, o primeiro lote de kiwi orgânico chegou à Europa. Ao todo, 20 toneladas da fruta brasileira foram embarcadas pelo Porto de Paranaguá (PR) e, agora, estão distribuídas entre os principais varejistas europeus.

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=40188

Cães combatem contrabando de animais em Frankfurt

O aeroporto de Frankfurt, na Alemanha, passou a utilizar dois cães farejadores para combater o contrabando de animais raros para dentro da União Européia.

Apenas no ano passado, o aeroporto descobriu 6 mil animais vivos sendo contrabandeados, dos quais 560 eram espécies protegidas.

Durante 10 semanas, os cães passaram por um treinamento especial para identificar cheiros específicos, como penas, répteis, corais, marfim e ossos.

Estima-se que a indústria do contrabando de plantas e animais raros movimente cerca de US$ 300 bilhões no mundo todo e que a Europa seja um dos destinos favoritos dos contrabandistas.

http://noticias.uol.com.br/bbc/reporter/2008/08/21/ult4909u5193.jhtm