sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ibama faz vistorias em criadouros de pássaros

Em quatro dias de operação em SC, 311 aves foram apreendidas e sete criadores multados


Em uma semana, a Operação Sispass Legal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) já aplicou mais de R$ 6 milhões em multas, e apreendeu em torno de 3,69 mil animais em situação irregular em sete estados brasileiros.

Deflagrada na semana passada, a ação pretende verificar se os criadores de pássaros constam no Sistema de Cadastro de Criadores Amadoristas de Passeriformes-Sispass.
Em Santa Catarina, nos quatro dias de operação, foram vistoriados 42 criadouros nas regiões de Florianópolis, Joinville, Rio do Sul, Itajaí e Chapecó. Destes, apenas sete estavam em situação regular. Até o momento, os números dão conta de 311 aves apreendidas, entre curiós, coleirinhas, trinca-ferros, canários, bicudos, cardeais, sabiás e pixoxós (ameaçados de extinção).

Foram lavrados 27 autos de infração, o que alcança R$ 210,5 mil em multas. As equipes ainda estão atendendo notificações que foram emitidas. Há casos de pessoas que estavam ausentes no momento da vistoria e que serão procuradas nos próximos dias.

Ao longo da operação, muitos criadores correram para regularizar seus plantéis no Sispass. Mas também houve quem escondesse aves em banheiros e dormitórios na tentativa de evitar flagrante. A fiscalização detectou casos de comércio ilegal de anilhas entregues pelo Ibama e de falsificação e adulteração desses anéis.

— A população, ao observar a movimentação do Ibama nas fiscalizações, tem aumentado o número de denúncias. Criadores irregulares, falsificadores de anilhas e torneios ilegais com pássaros não anilhados serão alvo de rigorosa fiscalização — diz o chefe da Divisão de Controle e Fiscalização do Ibama, Felipe Bernardino Guimarães.

http://www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2&local=18&section=Geral&newsID=a2248697.xml



Mini-zôo de Canoas devolve coruja à natureza

Após passar um dia no Mini-Zôo de Canoas, localizado no Parque Municipal Getúlio Vargas – o Capão do Corvo -, a coruja da espécie ‘tyto alba’, conhecida como ‘coruja das torres’, será devolvida à natureza. O animal foi encontrado na tarde da última quinta-feira (16/10), no bairro Mathias Velho, em Canoas, e encaminhado para a Secretaria Municipal de Preservação Ambiental (SEMPA) pela Brigada Militar.

Segundo a bióloga do mini-zôo, Liliana Castoldi, o filhote não estava em cativeiro, nem apresentava sinais de maus tratos. “Depois de verificado o seu estado de saúde, ele foi alimentado e ficou sob observação. Por não ter apresentado debilidade física, o animal está apto a retornar para o seu habitat natural”, explicou.

O local escolhido pela SEMPA para liberar a coruja foi a Fazenda Guajuviras. “Decidimos por essa localidade porque ela representa um importante refúgio natural que o município dispõe”, observou a bióloga.

Saiba como ajudar os animais

“Casos como este são comuns nessa época do ano, porque os animais hibernam no inverno e saem de suas tocas na primavera”, afirmou Liliana. Por isso, a orientação da SEMPA para a comunidade é de que animais silvestres encontrados com indícios de debilidade física ou fora de seu habitat natural devem ser encaminhados à equipe do Mini-Zôo, que tomará as medidas adequadas.

http://www.riogrande.com.br/canoas_municipios_mini_zoo_de_canoas_devolve_coruja_a_natureza-o170334-en.html

Agentes do Meio Ambiente reabilitam animais selvagens capturados pelo tráfico

Os gritos estridentes ressoam pela pequena sala: 300 papagaios verdes, em caixas por todo o lugar, não param de fazer barulho, pedindo comida. Trata-se de um entre tantos exemplos de animais selvagens pegos por traficantes --muito presentes na selva do Brasil.

Indiferente à jaula, uma estudante de veterinária alimenta um a um, com a ajuda de uma sonda, que mistura proteínas e frutas. São muito jovens para comer sozinhos.

"Os que sobrevivem serão libertados assim que possível na natureza", explica à agência AFP Vinicius de Oliveira, responsável pelo Centro de Seleção de Animais Selvagens (Cetas) no Rio de Janeiro, ligado ao Ministério do Meio Ambiente.

Todos esses papagaios foram pegos em apreensões policiais, que tem se multiplicado nas últimas semanas no Rio e em todo o país. "Em um dos casos, um centena de papagaios estavam reunidos em um fundo falso de uma caminhonete, sedentos e famintos", explica Vinicius. "O traficante está disposto a tudo para lucrar o máximo de benefícios".

O jovem que transporta os papagaios recebe US$ 500 por seus serviços, o dobro de seu salário mensal. Agora corre o risco de ser condenado de 2 a 8 anos de prisão por tráfico de animais, entre outros crimes.

Mais de 7.000 animais --a maioria aves, mas também gatos selvagens, tartarugas e serpentes-- chegam todos os anos aos Cetas. Muitos dos animais recebidos foram abandonados em idade adulta por seus donos, porque tornaram-se agressivos.

"É um problema. Não podemos libertá-los na natureza porque eles não estão aptos para sobreviver sozinhos", lamenta Vinicius, médico veterinário.

"Estamos apertando o cerco em torno dos caçadores ocasionais e traficantes. Nos últimos três meses apreendemos mais de 2.000 aves e prendemos 25 pessoas", declarou o comissário da Polícia Federal para o Meio Ambiente do Estado do Rio, Alexandre Saraiva.

A legislação brasileira proíbe a caça em todo o país, assim como proíbe a manutenção de animal selvagem em cativeiro, exceto cativeiros autorizados, que são muito raros no país. Comprar um papagaio ou um tucano no mercado negro custa menos de US$ 100, já em um local autorizado custa dez vezes mais.

"É esta diferença de preço que alimenta o tráfico", explica o comissário, lembrando que depois das drogas e das armas, "o tráfico de animais é a terceira fonte mais importante de dinheiro ilícito".

Colocar fim ao tráfico não é uma tarefa fácil no Brasil, com imensa biodiversidade e onde as fronteiras são porosas, sobretudo na Amazônia. "É a lei da oferta e da procura. Temos que terminar com o mercado negro no Brasil, mas também no exterior. Uma arara azul, espécie em extinção, custa mais de US$ 10.000 no mercado negro internacional", afirma Saraiva, que aposta em uma "melhor cooperação internacional".

"Nosso objetivo imediato é reduzir os benefícios e aumentar o risco dos caçadores e contrabandistas. Mas isso requer um grande trabalho prévio dos serviços de informação", explica.

Em longo prazo, também deve-se trabalhar com a mentalidade dos brasilieiros: "desde a chegada dos portugueses, em 1500, é uma tradição cultural no Brasil ter um papagaio como animal de companhia".
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2008/10/17/ult1806u6192.jhtm

Campanha para coibir tráfico de animais terá imagens chocantes

Comércio ilegal chega a 10 milhões de animais por ano


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) vai utilizar imagens chocantes em campanha para coibir o tráfico de animais. De acordo com o ministro, Carlos Minc, a idéia é conseguir o mesmo impacto das campanhas publicitárias de combate ao fumo.

– Pode até parecer mundo-cão, mas, infelizmente, as imagens e campanhas muito bonitinhas não funcionam. A gente tem que pegar pesado pra fazer efeito.

Os cartazes da Campanha Nacional de Proteção à Fauna, lançada nesta quinta, dia 16, vão mostrar imagens de bichos silvestres debilitados ou até mortos com o slogan "Isso acontece porque você compra".

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), por ano, cerca de 50 mil animais apreendidos em todo o país são recebidos pelos centros de triagem de animais silvestres. No entanto, estudos do MMA mostram que o comércio ilegal chega a 10 milhões de animais por ano.

AGÊNCIA BRASIL
http://www.canalrural.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&action=noticias&id=2246925&section=noticias

Governo lança campanha de preservação de animais silvestres

Os Ministérios do Meio Ambiente e da Educação, além do Ibama lançaram nesta quinta-feira (16) a campanha nacional de proteção à fauna. A idéia é garantir a ampliação da preservação dos animais silvestres em todo país, uma vez que cerca de 50 mil são apreendidos por ano no Brasil. Um dos destaques da campanha será a conscientização de estudantes de escolas públicas e privadas por meio do projeto "A Escola é Bicho".

O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) afirmou que a campanha ganhará novas vertentes até o ano vem.

Segundo ele, a idéia é "pegar redes de traficantes". Tanto é que no começo de 2009 será lançada uma campanha em parceria com as organizações não-governamentais estrangeiras para tentar conter a ação dos consumidores de fora do Brasil - que consomem essas espécies que são protegidas pela legislação brasileira.

Minc disse ainda que será lançado também o livro que trata dos animais que estão extinção no país. De acordo com o ministro, o número de animais ameaçados aumenta cada vez mais. Segundo ele, será feita uma campanha informativa sobre o comércio ilegal de animais. "A gente não quer trocar a gaiola do traficante pela gaiola do Ibama", afirmou Minc.

O diretor de Uso Sustentável de Biodiversidades e Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, disse que a maior parte do comércio ilegal de animais silvestres envolve traficantes brasileiros. "É fundamental também a intensificação das campanhas de fiscalização", disse ele.

O coordenador de Gestão e Uso de Espécies do Ibama, João Pessoa Moreira, afirmou que o projeto "Escola é o Bicho" vai centralizar a atenção nos estudantes que têm de 10 a 12 anos. A idéia é atingir 20 escolas até o final do ano. Inicialmente, será um projeto-piloto.

A campanha nas escolas começa no Distrito Federal, em 20 colégios, depois deverá ser implantada em outros Estados. Nas escolas serão capacitados agentes sociais que vão se transformar em multiplicadores. Para divulgação da campanha serão utilizados historinhas em quadrinhos, cartazes, folders e adesivos. (Fonte: Renata Giraldi/ Folha Online)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41360

MMA e Ibama recorrerão de liminar que suspende saída de animais de Noronha

Os procuradores do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama vão recorrer da liminar do juiz Flávio Lima, da 10ª Vara Federal de Pernambuco, que suspendeu o prazo dado aos moradores para entrega de bovinos e caprinos que estão no Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha, unidade conservação de proteção integral pertencente à União. O prazo para entrega dos animais estava marcado para dia 18, sob pena de multa diária e apreensão.

Existe na área cerca de 180 bovinos e 340 caprinos. Em vez de apreender os animais, o Ministério do Meio Ambiente, o Ibama e a administração do parque firmaram acordo com 90% dos proprietários desses animais para ajudá-los na venda a agricultores do continente pelo preço real de mercado. A Marinha Brasileira iria transportar os animais para o continente sem custo para os moradores da ilha. O assessor especial do Ministério do Meio Ambiente, José Maurício Padrone, esclarece que cavalos e galinhas não serão retirados da ilha.

A decisão da Justiça Federal pode atrasar em oito meses a operação devido à falta de disponibilidade do barco cedido pela Marinha Brasileira, que tem agenda cheia em até junho de 2009. O MMA se empenhará para concluir o processo administrativo e poder retirar os animais que causam grande impacto.

A agropecuária é uma atividade permitida em Fernando de Noronha. Contudo, a presença de bovinos e de caprinos no Parque Nacional gera vários impactos ao meio ambiente como destruição de ninhos de tartaruga marinha, degradação de áreas verdes do parque e sujeira nas praias. (Fonte: Carlos Américo/ MMA)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41371