quarta-feira, 4 de junho de 2008

Índia cria comissão para salvar tigres-de-bengala ameaçados de extinção

da BBC

Um dos animais mais majestosos do mundo, o tigre-de-bengala, está ameaçado na Índia, país que abriga a maior população da espécie no planeta, de acordo com ambientalistas.

Há cerca de um século, o número de tigres-de-bengala na Índia ultrapassava os 40 mil. Hoje, cientistas calculam que existem pouco mais de 1.400.

Os culpados pelo declínio acentuado seriam os caçadores. Entre 1999 e 2003, 114 animais teriam morrido nas mãos de caçadores e apenas 59 de causas naturais.

O problema é tão grave na Índia que, recentemente, o primeiro-ministro do país criou uma comissão especial para estudar formas de reduzir o declínio. O grupo concluiu que os grandes felinos vivem sob um cerco cada vez mais apertado de caçadores e moradores de povoados dentro de reservas naturais.

O painel pediu a remoção de milhares de pessoas que moram dentro de 28 reservas.

Como as estimativas são de que metade dos tigres selvagens do planeta vive na Índia, grupos de proteção dos animais estão preocupados com o futuro. "É um milagre que ainda existam tigres", afirma a ativista Belinda Wright, da Sociedade de Proteção à Natureza da Índia. "Considero uma conquista extraordinária a maioria dos tigres ainda estar na Índia."

Para Wright, a questão "trágica" da batalha pelos tigres é o fato de os animais valerem mais mortos do que vivos. Além da alta cotação da pele, quase todas as partes do animal são aproveitadas pela medicina tradicional chinesa.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u408850.shtml

Tartarugas de Galápagos escapam ilesas de lavas de vulcão

da France Presse, em Quito

O vulcão Cerro Azul, nas ilhas equatorianas Galápagos, não está mais em erupção, mantendo a salvo a fauna local --incluindo as famosas tartarugas gigantes, que vivem nos arredores do vulcão.

Guilhermo Granja/Reuters
Tartarugas gigantes não foram afetadas pelas lavas do vulcão Cerro Azul, segundo comunicado do Parque Nacional Galápagos
Tartarugas gigantes não foram afetadas pelas lavas do vulcão Cerro Azul, segundo comunicado do Parque Nacional Galápagos

De acordo com o PNG (Parque Nacional Galápagos), depois de uma intensa elevação de lava, entre quinta-feira (29) e domingo (1º), paralisou-se o processo eruptivo do Cerro Azul, situado na ilha Isabela (a maior do arquipélago), onde a população está a cerca de 40 km da cratera.

O PNG anunciou que a lava percorreu cerca de 10 km sem provocar incêndios florestais e afetou, unicamente, espécies de flora.

Ainda segundo a nota do parque, guardas florestais e vulcanologistas confirmaram que o vulcão deu uma trégua após caminharem durante um dia e meio para chegar ao local, acrescentando que o novo fluxo de lava se juntou aos já solidificados das erupções de 1978 e 1998.

Além do Cerro Azul, há outros quatro vulcões ativos em Galápagos, entre eles o Sierra Negra, que registrou uma erupção importante em outubro de 2006, e La Cumbre, que lançou material durante três meses em 1995.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u408698.shtml

RTP proibida de emitir tourada à tarde

Televisão: Tribunal proíbe RTP de emitir tourada de domigo antes das 22h30m
04 de Junho de 2008, 17:35

Lisboa, 04 Jun (Lusa) - O Tribunal de Lisboa proibiu a RTP de emitir
antes das 22:30 a corrida de touros prevista para domingo às 17:00 por
considerar que o programa é violento e susceptível de influenciar
negativamente crianças e adolescentes.

A decisão foi tomada na sequência uma providência cautelar interposta
pela Associação Animal que visava restringir a exibição televisiva de
touradas pela RTP.

Considerando que a transmissão de touradas "é susceptível de influir
negativamente na formação da personalidade de crianças e adolescente",
como se lê na sentença judicial, o tribunal ordenou que a emissão só
possa acontecer entre as 22:30 e as 06:00 e acompanhada de um
identificativo visual permanente sob pena de a estação ter de pagar 15
mil euros e incorrer em pena de crime de desobediência qualificada.

A Lusa contactou a RTP para saber se já tinha recebido a notificação
do tribunal e se iria acatar ou recorrer da decisão, mas até ao
momento não foi possível obter nenhuma posição.

A estação de televisão tem anunciado a transmissão da "44ª Corrida TV"
no domingo às 17:00 a partir da Praça de Touros Celestino Graça, mas o
programa não se encontra nas previsões do site da estação.

A decisão foi qualificada pela associação Animal como "verdadeiramente
notável" por confirmar as "alegações avassaladoras contra a exibição
televisiva de touradas e contra os perigos que esta representa -
justamente pela violência contra os animais que exibe".

Agora a Animal quer avançar com a acção principal do processo que
pretende, como explicou o presidente da associação, que as televisões
"não voltem a transmitir touradas fora do período compreendido entre
as 22:30 e as 06:00 e sem a difusão permanente de um identificativo
visual apropriado".

"Acreditamos que a atitude certa que a RTP deveria tomar seria a de
não voltar a emitir quaisquer touradas. Trata-se de um espectáculo que
foi considerado violento e inadequado para crianças e adolescentes por
um tribunal", acrescentou Miguel Moutinho.
http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/ac2e915a3a2f373d3cbe73.html
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=282&Itemid=89

Assembléia gaúcha aprova restrição ao uso de animais em circos

Aqueles que utilizarem espécimes silvestres, nativos ou exóticos
estarão sujeitos à detenção e multa

A Assembléia Legislativa aprovou nessa terça-feira projeto de lei que
proíbe a utilização de animais silvestres, nativos ou exóticos em
circos ou espetáculos semelhantes no Rio Grande do Sul. A matéria
recebeu 26 votos a favor e 18 contra.

Pelo texto, o descumprimento da medida acarretará interdição do
estabelecimento e apreensão dos animais. Os responsáveis estarão
sujeitos à detenção e multa.

>> Enquete: Projeto na Assembléia gaúcha quer restringir uso de certos animais em circos. Você concorda?

Além disso, os donos dos estabelecimentos que descumprirem o conteúdo
da proposta estarão sujeitos às penalizações da Lei Federal nº
9605/98, que versa sobre crimes ambientais.

O deputado Miki Breier, autor da proposta, destacou que as maiores
campanhas, hoje, levadas a cabo por ONGs, são as que mais incentivam
as pessoas a assistirem somente espetáculos sem animais.

Segundo o deputado, os ambientalistas afirmam que os maiores e
melhores circos do mundo não utilizam animais em seus espetáculos.
Mude essa realidade, não vá a circos que usam animais em seus
espetáculos. Diga não à crueldade.

A proposta, em tramitação na Assembléia Legislativa desde 29 de março
de 2007, obteve 26 votos favoráveis e 18 contrários e, no caso de ser
sancionada pelo Executivo, entrará em vigor a partir de janeiro de
2009, para a devida adequação dos circos.



RÁDIO GAÚCHA E AGÊNCIA
ASSEMBLÉIAhttp://www.clicrbs.com.br/especiais/jsp/default.jsp?template=2095.dwt&newsID=a1937033.htm&tab=00052&order=datepublished&espid=21&section=Not%EDcias&subTab=04816
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=281&Itemid=89

Ibama irá marcar "bois piratas" antes de fazer apreensão de gado

da Folha de S.Paulo, em Brasília
da Folha de S.Paulo

A apreensão de bois criados em áreas desmatadas ilegalmente na Amazônia, anunciada pelo ministro Carlos Minc (Meio Ambiente), será precedida por uma etapa em que o gado será marcado e mantido aos cuidados do proprietário da fazenda até o leilão dos animais, pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

O alvo inicial da operação "Boi pirata" são as 331 propriedades embargadas só neste ano na região, numa área de 700 km2, quase duas vezes a Baia da Guanabara.

"Num primeiro momento, é mais prático manter o boi no pasto, e o proprietário ficará como fiel depositário", disse Flávio Montiel, diretor de Proteção Ambiental do Ibama. Pará, Mato Grosso e Roraima são os principais alvos.

Segundo Montiel, a identificação do gado será feita por meio de 116 operações do Ibama previstas para junho e julho nas áreas de maior devastação, com o apoio do Exército.

O diretor do Ibama disse que a expectativa é apreender "um número razoável" de bois.

A Amazônia tem mais de 2.400 terras embargadas por desmatamento ilegal. Em decreto assinado em dezembro, o presidente Lula determinou a suspensão da atividade econômica nas áreas embargadas. Com base no decreto Minc anunciou a apreensão de bois.

Autor da proposta anunciada por Minc, o diretor do Serviço Florestal Brasileiro, Tasso Azevedo, disse que a idéia original do "Boi pirata" não é apreender gado, mas dar prejuízo aos desmatadores ilegais, impedindo que eles vendam sua produção.

"Apreender o boi me criaria um outro problema. Para onde levá-lo? Como mantê-lo vivo?"

O gado ilegal seria doado à Conab, que poderia vendê-lo aos frigoríficos. Se um frigorífico comprar gado marcado como pirata de qualquer um que não seja a Conab, pode ser punido. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, não quis comentar a medida.

Ontem, Minc acertou a prorrogação por mais um ano da moratória da soja. Em 2006, associações se comprometeram a suspender a compra de soja cultivada em novas áreas desmatadas na Amazônia.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u408641.shtml

Elefantes são vítimas da guerra no Sri Lanka

da BBC

O fim do cessar-fogo entre o governo do Sri Lanka e o grupo rebelde LTTE (Tigres de Libertação da Pátria Tâmil) está provocando um aumento nas mortes de elefantes selvagens que habitam a ilha.

Cerca de 4.000 elefantes habitam o país. Só no ano passado, 74 morreram, 44 deles a tiros.

O restante foi vítima de envenenamento, foi eletrocutado por fazendeiros ou caiu em poços. Apenas quatro morreram de causas naturais.

Segundo as autoridades de proteção ao ambiente, as mortes --não-intencionais-- são conseqüência de uma iniciativa do governo de enviar guardas aos vilarejos próximos das zonas de conflito e armar a população local.

"Devido à situação atual de segurança, as pessoas são armadas pelo governo para se proteger contra os Tigres Tâmeis", disse Manjula Amararathne, do departamento responsável pela conservação do ambiente. "Mas, em algumas áreas, as pessoas também usam essas armas para matar elefantes", acrescentou.

Proximidade

Muitos dos elefantes do Sri Lanka vivem próximos aos homens. Fazendas estão sendo abertas em locais onde antes havia vegetação nativa e as áreas restantes que servem de habitat estão cada vez menores.

Com isso, lavouras são danificadas pelos elefantes, casas são derrubadas com freqüência e pessoas são mortas.

Este foi o caso de Asanga Reno, que foi dispensado da Marinha do Sri Lanka por algum tempo para sepultar sua mãe, Ranjini, morta por um elefante.

O animal arrancou Ranjini da garupa da motocicleta na qual ela viajava para casa, pelos campos, e a atirou na estrada. "Eles não viram o elefante até que ele chegou perto. Eles ficaram com medo do elefante e o animal também entrou em pânico", disse seu filho.

O Departamento de Conservação da Vida Selvagem do Sri Lanka está tentando manter a distância entre homens e elefantes construindo cercas elétricas de baixa voltagem em volta dos vilarejos. Vegetais comestíveis para os elefantes estão sendo plantados nos habitats restantes para que eles não deixem esses locais em busca de comida.

Treinamento

Novos recrutas da Guarda Nacional do Sri Lanka estão sendo treinados para apenas espantar os elefantes e não mais atirar contra eles.

"Treinamos os recrutas para evitarem os elefantes e não machucar os animais, ensinamos como proteger os elefantes e, fazendo isto, como amar a fauna e a flora", afirmou o major Priyantha Rathnapriya, que comanda o campo de treinamento de Galakiriyagama. "Definitivamente não atiramos em mais nenhum", acrescentou.

Enquanto isto, veterinários do Departamento de Conservação da Vida Selvagem entram na vegetação para tratar elefantes com ferimentos a bala. "É comum, todos têm ferimentos a bala", afirmou o veterinário Chandana Jayasinghe.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u408649.shtml

Mercado de camelos resiste a transformações; veja vídeo

Sobrevivente de uma era perdida, o mercado de camelos de Birquash, cerca de 35 km ao norte da capital egípcia, Cairo, prossegue como um dos principais centro de comércio destes animais no Oriente Médio. Veja vídeo.

BBC
Mercado de camelos resiste a transformações
Mercado de camelos resiste a transformações

Há centenas de anos, diariamente, são negociadas centenas de animais, vindos de países próximos como Sudão e Somália, em caravanas que duram de um a dois meses.

Se, no passado, os camelos traziam especiarias para ser vendidas, hoje eles são o objeto principal do comércio, a maioria para açougues do Egito e de outros países.

A carne de camelo, menos tenra do que a de vaca, é geralmente moída e usada em estabelecimentos que vendem churrasco grego, ou kebab.

Rei dos Camelos

Muitos animais morrem durante a travessia pelo deserto. O comerciante Mansour Abu Saed afirma que 5% dos camelos que iniciam o trajeto não chegam ao final.

"A culpa é do clima, que é diferente em lugares como a Somália", diz ele.

O maior comerciante do local, Mohamed Abdel al Sherif, conhecido como Rei dos Camelos, tem uma versão diferente, afirmando que "pela graça de Deus, o camelo é um animal que nunca fica doente".

"Talvez apenas um em cada 100 mil acabam pegando pneumonia."

No entanto, vários animais mortos apodrecem abandonados em uma estrada próxima ao mercado.

Turismo?

A maneira como os animais são tratados no mercado, com as pernas amarradas e recebendo constantemente pauladas dos criadores, poderia horrorizar defensores dos animais.

"Infelizmente, isso (as pauladas) se transformou em uma tradição", afirma Sherif. "Não machucam o camelo, mas, sem dúvida, é mau-trato".

Alguns turistas enfrentam a poeira, o caos e a falta de estrutura do local para ter contato com a atração, pouco influenciada pelo turismo de massa e, por isso, com forte sabor de "autêntica".

"Nunca havia visto nada parecido, tantos camelos juntos", afirma um turista americano.

Segundo Sherif, essa autenticidade não corre o risco de ser perdida para adaptar o mercado ao gosto de turistas ocidentais. "Eles não compram camelos. O mercado existe para comercializar animais e não nos interessa atrair mais turistas."

O preço do quilo do camelo no mercado varia entre 20 e 30 libras egípcias, (de R$ 6 a R$ 9). Um animal pode pesar entre 100 e 400 quilos.

"E é um ótimo negócio. Minha família está nele há 500 anos", diz Sherif. "Meu filho estuda engenharia no momento, mas quando terminar vai trabalhar aqui", afirma.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u408603.shtml