domingo, 19 de outubro de 2008

Justiça suspende "arca de Noé" em Fernando de Noronha

Uma "arca de Noé" moderna está pronta para zarpar do Rio de Janeiro em direção a Fernando de Noronha. Sua missão: retirar da ilha todas as cabras e bodes, ovelhas e carneiros, vacas e bois que lá habitam.

O navio tem mais de 150 metros de comprimento e foi dotado de currais individuais, com espaço para que todos os 500 animais possam deitar durante os dois dias de viagem até Recife, para onde serão removidos.

A "ordem de despejo" foi dada pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, para quem os animais domésticos ameaçam o ambiente da ilha, onde 70% do território está sob proteção do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e 30% é Área de Preservação Ambiental.

A viagem, no entanto, foi embargada pela Justiça - uma liminar concedida pelo juiz da 10ª Vara Federal de Pernambuco, Flávio Lima, suspendeu temporariamente a operação.

Domésticos X selvagens - O governo insiste na remoção e vai recorrer da liminar. Sondagens do ICMBio mostram que há 180 bovinos e 339 caprinos vivendo soltos na ilha. Segundo o instituo, eles se alimentam de espécies nativas, destroem ninhos de tartarugas e causam danos a trilhas ecológicas.

Para o juiz Flávio Lima, a decisão do instituto não está respaldada em "sérios" estudos de impacto ambiental. Ele também argumenta que a o governo está indo de encontro com o direito de propriedade dos criadores.

Fernando de Noronha tem 16 hectares reservados para o desenvolvimento da agricultura e pecuária. A área é o equivalente a 4% da APA de Fernando de Noronha . A ordem de retirada se deve pelo fato de os animais viverem fora dessa área reservada para agropecuária.

Os criadores reclamam que a área é muito pequena.O aposentado Francisco Paulo de Oliveira, 69, cria 30 carneiros. Diz que não tem como transferir todos os animais para os lotes, por falta de espaço. Ele defendem a pecuária como alternativa para o alto custo de vida na ilha."O bujão de gás custa aqui R$ 70. Carne, arroz, é tudo caro."

Arca de Noé - Para percorrer os 2.228 km que separam o Rio de Janeiro de Fernando de Noronha, o navio da União deve levar sete dias. Para chegar a Recife, serão 540 km e dois dias de viagem.

A "arca" deve consumir 85 mil litros de diesel por dia. A operação toda, que inclui um sobrevôo de helicóptero para acompanhar o embarque, deve custar à União R$ 3 milhões, se realizada. (Fonte: Sofia Fernandes/ Folha Online)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=41377

Ativista tranca-se em jaula no Chile em protesto contra maus-tratos a animais

A ativista chilena pró-direitos animais Andrea Cabrini tranca-se em jaula de metal durante protesto em praça no centro de Santiago do Chile nesta quarta-feira (8) contra os maus-tratos a animais. Ela ficou presa durante 12 horas. (Foto: AP)

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL790892-5602,00.html

Bombeiros capturam porco espinho em residência

O Corpo de Bombeiros de Cascavel atendeu hoje (19) a uma ocorrência de resgate de animal. Um porco espinho estava em uma residência localizada na rua José Bernardo Rosa, no bairro Santa Felicidade.

Os bombeiros não tiveram dificuldades para capturar o animal, já que ele estava calmo. Mas para prevenção eles usaram as mesmas roupas utilizadas em combate a incêndios para evitar que o animal jogasse espinhos.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros o porco espinho foi capturado com um cestinho e solto em uma mata adequada. Na residência ninguém ficou ferido. Ainda segundo os bombeiros, o animal teria amanhecido na lavanderia, que fica aos fundos da casa.

Policia Militar Florestal recolhe animais silvestres na cidade

Todos os animais foram encaminhados para o Flona e passarão por um período de quarentena

Uma série de animais foram recolhidos pela Polícia Militar Florestal do Distrito Federal na manhã desta quarta-feira (15).

A primeira denúncia foi feita por volta das 8 horas da manhã, a respeito de um tamanduá bandeira que foi encontrado na frente de uma casa no Setor Veredas, quadra 5 de Brazlândia.

Depois foi um tamanduá mirim que apareceu no quintal de uma casa na quadra 27 do Park Way. O animal estava pendurado em um bambuzal, cercado pelos três rottweilers do dono da casa, mas não se feriu.

Às 13h30, a polícia recebeu uma ligação de uma funcionária da embaixada da Áustria avisando a respeito de uma capivara dentro da área da embaixada.

Além disso, moradores da Candangolândia entregaram duas corujas buraqueias à Floresta Nacional do IBAMA (Flona).

Todos os animais foram encaminhados para o Flona e passarão por um período de quarentena para saber se poderão ser readaptados à vida selvagem.

http://www.meionorte.com/noticias,Policia-Militar-Florestal-recolhe-animais-silvestres-na-cidade,60515.html

sábado, 18 de outubro de 2008

Aquecimento global ameaça cangurus, diz estudo

Uma pesquisa feita na Austrália diz que o aumento na temperatura média em apenas dois graus poderá ter um efeito devastador para a população de cangurus, ícones da fauna do país.

Os pesquisadores da James Cook University se debruçaram por três anos em observações de campo e usaram modelos de cálculos em computadores, considerando as alterações de temperatura prováveis neste século, para prever o que acontecerá com quatro espécies de cangurus.

"Nosso estudo oferece evidências de que as alterações climáticas têm a capacidade de causar impactos de grande escala, bem como a possível extinção de uma espécie da família dos macropodidae (marsupiais, que incluem cangurus, wallabies e wallaroos) no norte da Austrália", afirmam os autores do estudo, Euan G. Ritchie e Elizabeth E. Bolitho.

Os maiores impactos do aquecimento global não atingirão os cangurus propriamente, mas seus habitats, colocando em risco a disponibilidade de água.

Habitat

De acordo com o estudo, um aumento de apenas 0,5º Celsius já será suficiente para diminuir a área onde vivem os cangurus. Se a temperatura média subir 2ºC poderá reduzir os campos em quase pela metade, 48%.

Em uma situação ainda mais dramática, um aumento de 6ºC será capaz de encolher as áreas em 96%. "Isso poderá resultar na fome e inibir a reprodução do animal, além de provocar a morte devido à desidratação das espécies que se movimentam menos entre os habitats", diz Ritchie.

Apesar dos cangurus terem mobilidade para deixar áreas mais afetadas pelas mudanças climáticas, a vegetação da qual se alimentam, não se adapta na mesma velocidade.

O antilopine wallaroo, um tipo de canguru mais adaptado para viver em climas úmidos e tropicais, seria a espécie mais ameaçada de extinção, segundo o estudo.

Os pesquisadores alertam que os cangurus são valiosos tanto para a economia, como para o ecoturismo e o comércio de carne na Austrália, além "de serem uma importante fonte de alimento para os povos aborígenes".

De acordo com modelos climáticos aceitos no meio científico, a temperatura no norte da Austrália deve subir 0,4 a 2ºC até 2030 e, entre 2 e 6ºC até 2070.

O estudo sobre as conseqüências do aquecimento global será publicado na edição de dezembro da revista Physiological and Biochemical Zoology.

http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2008/10/17/aquecimento_global_ameaca_cangurus_diz_estudo-585987396.asp

Índios isolados no Acre correm risco de desaparecer, alerta indigenista

A tribo isolada nunca tive contato com o homem branco. (Foto: Gleylson Miranda/Funai)

RIO BRANCO - As últimas comunidades indígenas brasileiras que nunca tiveram contato com o homem branco correm risco de desaparecer. Elas vivem no Acre, na divisa com o Peru, e suas terras estão sendo invadidas por tribos peruanas também isoladas, que fogem da ação de madeireiros em seu país.

Segundo o sertanista José Carlos Meirelles, que há 20 anos monitora as três tribos brasileiras que vivem sem contato, a invasão dos territórios pode causar conflitos entre os povos. “O pau pode estar comendo dentro do mato e a gente não vai nem ficar sabendo”, afirma.
Meirelles, que vive na região e sobrevoa essas tribos pelo menos uma vez por ano, conta que os índios peruanos começaram a aparecer no território brasileiro há cerca de dois anos. Ele diz que é muito difícil de ver as pessoas durante os vôos, mas pelo número de malocas avistadas calcula que a tribo estrangeira tenha cerca de 80 indivíduos. “Quando o avião chega perto deles, eles desaparecem. Alguém de avião já deve ter dado tiro, soltado bomba”, avalia.

Como nunca tiveram contato com brancos ou mesmo índios de outras etnias, os povos isolados do Peru encaram todos que encontram como inimigos. “Eles chegam aqui, vêem os brancos e pensam que são os madeireiros, iguais aos de lá. Aí eles atacam a gente, com toda razão”, relata o sertanista, que já foi alvo de flechas dos indígenas.

Ameaçados

Além dos índios brasileiros isolados, outras tribos que vivem na região também correm perigo. Em entrevista ao Globo Amazônia, os líderes indígenas Moisés e Bekni Ashaninka, que também moram no Acre, relataram que temem conflitos com os isolados, já que eles os confundem com índios da mesma etnia que trabalham no desmatamento no Peru.

Segundo Meirelles, que trabalha para a Fundação Nacional do Índio (Funai), o governo brasileiro pouco pode fazer além de pressionar o Peru para fiscalizar a retirada ilegal de madeira em seu território. Ele diz que o lado brasileiro já está todo demarcado com terras indígenas, e não há ameaças deste lado. “Os índios estão vindo de lá para cá porque aqui está tranqüilo”, afirma.

Para o sertanista, a melhor forma de os brasileiros ajudarem a evitar o conflito entre as tribos é pararem de comprar mogno, desestimulando a atividade madeireira na região. Essa madeira é o principal produto retirado das florestas peruanas. No Brasil, o corte da espécie já é proibido.


Para assistir a vídeos com notícias e informações sobre a Amazônia, acesse gratuitamente www.portalamazonia.com/videosdaamazonia

http://portalamazonia.globo.com/noticias.php?idN=73879&idLingua=1

Rally Ecológico e SOS Pantanal fazem palestra sobre educação ambiental

A partir desta segunda-feira (20), as comunidades de Três Pedras e Nossa Senhora da Guia, na Região da Baixada Cuiabana, vão conhecer um pouco mais sobre educação ambiental.

A série de palestras que faz parte da programação oficial da 7ª Edição do Rally Ecológico, será comandada por três rofissionais da Organização Não Governamental "SOS Pantanal."

Parceira da LG Esportes e do Sportsmotor Clube de Automobilismo-promotores do evento, a ONG pretende retransmitir importantes informações aos moradores das regiões por onde o rally vai passar. "Vamos falar sobre a destinação do lixo. Explicar que a reutilização do material que seria jogado fora, pode contribuir com a própria comunidade e gerar renda", disse ao site Sportsmotor, a turismóloga Graciela Patrícia da Costa Borges.

Graciela já percorreu parte da trilha da prova que terá largada dia 15 de novembro, em Cuiabá, com destino à Região do Lago de Manso e comentou a experiência inédita. "Como eu, muitas pessoas adoram estarem contato com a natureza e não tem essa oportunidade. O rally ecológicovai proporcionar isso, unindo turismo, esporte e preservação do meio ambiente", completou.

As palestras ministradas pelas biólogas Ana Paula Pereira Leite e Marilu Olive, da SOS Pantanal, vão ensinar os moradores a reutilizar o lixo doméstico.

"O óleo de cozinha usado, já foi colhido e em vez de poluir o Rio Cuiabá, vai voltar para a comunidade em forma de sabão líquido e em barra, para uso da própria comunidade", disse Graciela.

Além disso haverá uma oficina ecológica. Através de trabalhos manuais, os moradores de Três Pedras e da Guia, vão aprender a confeccionar móveis, como sofás, mesas e outros utensílios domésticos, a partir de garrafas Pet, que antes eram jogadas no lixo e terminavam desembocando no Pantanal Mato-grossense.

Material Escolar - Entre os alunos já cadastrados para as palestras, Graciela conta que há uma senhora de 79 anos, e,que, como os demais espectadores, receberão kits de material escolar, doados pela Papelaria Dunorte, e, parceiros como a Bic, Credeal, entre outros.

A primeira palestra começa às 9 horas da próxima segunda-feira, no centro comunitário de Três Pedras. NO dia 27 será a vez do distrito da Guia ser beneficiado com as ações que antecedem o Rally Ecológico. O evento tem o apoio da Toyota, Petrobras, STP, Bridgestone, Firestone, Sena e Galeão Pneus, Sema, Sedtur Seel, Prefeitura de Cuiabá, Smades, Seminfe, MT Gás, Detran-MT, Mama Gaya e Penalux.

Em reunião com o secretário adjunto de meio ambiente da Capital, engenheiro Eduardo Figueiredo Abreu, a direção do Rally Ecológico definiu o local do plantio das mudas de árvores nativas, que será feito no dia 15de novembro, na largada da prova,em Cuiabá.

O local escolhido em comum, é a Avenida das Torres, onde 500 mudas de Ipê, Jatobá, Ingá, entre outras espécies nativas, oriundas do viveiro da Prefeitura de Cuiabá,são cultivadas.

"O projeto do Rally Ecológico é fantástico. Somos parceiros e vamos trabalhar para que o evento seja um sucesso", disse o secreetário adjunto Eduardo Figueiredo.

http://www.24horasnews.com.br/index.php?mat=270653