Estudantes de idades que variavam de 18 a 50 anos puderam assistir o documentário A Carne É Fraca, produzido pelo Instituto Nina Rosa, que liga a destruição de florestas e recursos naturais com a produção de carne, além de apresentar uma dolorosa verdade sobre a criação e abate de frangos e gado. Houve quem se emocionasse, e até mesmo deixasse o local. Em seguida, Jacobsen apresentava um painel sobre alimentação vegetariana, relacionando conceitos, respondendo perguntas e esclarecendo questões. "A atividade na escola foi bastante rica, sob vários aspectos. Com a exibição do vídeo e a palestra, além das atividades desenvolvidas pela professora Ellen, a grande maioria dos alunos teve seu primeiro contato com o vegetarianismo", comentou o palestrante. "Estou certo de que foi um primeiro e importante passo apresentar para tantos as vantagens da alimentação vegetariana para a saúde, a questão dos direitos animais e, é claro, o que era o foco central do projeto: o impacto de uma dieta centrada na carne sobre o meio ambiente".
Fotos: Ellen Augusta
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Coordenador da SVB foi o responsável pelo ciclo de palestras na segunda-feira
Os alunos não esconderam a surpresa diante das informações trazidas pelo ministrante, e também pelo documentário, que não recebem a devida divulgação pela mídia. O resultado foi um perceptível volume de perguntas, com grande interação entre platéia e palestrante. "Foram perguntas dos mais variados tipos, mas que podem ser agrupadas em duas categorias: aquelas motivadas pelo desejo de saber mais e, talvez, mudar os hábitos, e aquelas defensivas, de quem ainda tentava salvar o hábito de comer carne com alguma possível justificativa", apontou Rafael Jacobsen.
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Alunos trabalharam com o jornal Bem Estar, que trazia a matéria Uma Outra Verdade Inconveniente, sobre pecuária e aquecimento global
Para a professora Ellen Augusta Valer de Freitas, o evento foi complementar a diversas questões levantadas em sala de aula. "É obrigação do profissional de Biologia, e também de outras áreas, informar que o hábito de comer carne contribui significativamente para as mudanças climáticas", explicou. Sendo ela própria vegetariana, e integrante do GAE - Grupo pela Abolição do Especismo, teve a satisfação de poder levar ao conhecimento dos estudantes uma realidade escondida atrás das propagandas e das paredes dos abatedouros. "Muitos alunos demonstraram interesse na dieta vegetariana, por compaixão aos animais, saúde e preocupação com o ambiente. Pediram receitas, cópias do vídeo para mostrar a amigos e materiais impressos. A educação-cidadã não deve ignorar fatos contundentes e convincentes, e exige a real transformação da realidade, sem promover a mera compilação de informações", conclui.
* Marcio de Almeida Bueno, jornalista (Mtb 9669)
http://gaepoa.org/site/?m=Noticia&id=118
Um comentário:
Olá, se precisares das fotos, pode me contatar. Abs.
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