domingo, 24 de agosto de 2008

√ Ações de entidade coíbem maus tratos

Fundada em 2005, a Upam (União Protetora dos Animais “São Francisco de Assis”) de Marília é uma associação civil que luta contra a crueldade e o abandono dos animais.

A entidade atua na solicitação de averiguações de maus-tratos, em princípio realizando visita aos proprietários dos animais para orientação. Também recebe muitos pedidos de assistência para animais carentes e com doenças, e, na medida do possível, buscam recursos para auxiliá-los.

O trabalho da entidade, no entanto, não se restringe à coibição de prática de maus-tratos, uma vez que sua principal luta é para o reconhecimento dos seus direitos à vida e à liberdade, e não apenas ao bem-estar.

“Muitas vezes recebemos denúncias de que o animal está acorrentado com coleira curta exposto ao sol, ou então está muito magro. Então visitamos o dono para explicar a irregularidade da situação. Caso haja persistência dos maus tratos, então acionamos a polícia”, explica a presidente da Upam, Tessa Elizabete Carvalho.

Uma das últimas ações realizadas foi em prol dos animais do circo que está na cidade desde a primeira semana de agosto. Entrou então com uma ação civil pública e a justiça determinou a retirada dos animais, o que foi prontamente atendido pelo circo.

De acordo com o apresentador do circo Maximus, Anderson Alves, em 80 anos de existência do circo nunca houve este tipo de situação, mas cumpriu a determinação da justiça em respeito ao público.

“Em 80 anos de tradição, esta é a primeira vez que passamos por esse tipo de problema. Nossos animais sempre foram muito bem tratados, bem alimentados, sempre tiveram os devidos cuidados”, explica. “Nosso circo não depende da apresentação dos animais, porém lamentamos a perda deles, pois o juiz determinou que não podemos nem mais ter animais dentro do circo, mesmo que não executem trabalhos”, afirma.

Os animais foram encaminhados para um haras, pois continuam a ser propriedade do circo.

“No espetáculo a ausência dos animais não compromete, pois desde que foi determinado que não poderiam participar, o movimento do circo continua o mesmo, mas acredito que a maior falta seja provocada nas crianças, que antes podiam interagir com os pôneis e o camelo”, conta Anderson.

http://www.diariodemarilia.com.br/site/ver_noticia.aspx?CodNoticia=18208

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