terça-feira, 9 de agosto de 2011

Cães também podem ser os melhores amigos da saúde das crianças

Segundo um veterinário chileno, José Vélez, os cães podem ser um dos melhores amigos da saúde das crianças - não só da saúde fisica, mas também da saúde mental.

Um dos factores mais importantes é o facto de as crianças que têm um cão em casa terem menos 50% de probabilidade de ficar obesas, o que só por si é de extrema importância. O resultado deste estudo sobre obesidade infantil foi desenvolvido pela Universidade de Deakin, na Austrália.

Tudo começa pela parte afectiva, já que o facto de mostrar afecto pelos animais e os acariciar fortelece, não só durante infância e a adolescência, mas também em adultos, a capacidade de um indivíduo demonstrar afecto pelos outros. Outro factor importante é a responsabilidade que as crianças vão desenvolvendo enquanto tratam dos cães de casa, já que aprendem a respeitar as horas das refeições, a estar alerta para a necessidade de passear os animais de forma regular e rotineira e também de interagir com eles. Embora a responsabilidade de tomar conta de um animal de companhia não deva recair totalmente sobre as crianças, estas podem e devem participar de forma activa, em colaboração com os país.

Por outro lado, a presença de um cão em casa ajuda as crianças a combater o sedentarismo, bem como todos os impactos negativos que esse factor pode trazer, a começar pelo aumento de peso. Passear um cão implica alterações de ritmo ao andar, pequenas corridas e muitas vezes saltos, aumentando também em muitos casos o tempo que se está em contacto com a natureza, com todas as vantagens que isso pode trazer, do ponto de vista da aprendizagem e do conhecimento do meio envolvente, para além de ajudar crianças e animais a diminuir os factores de «stress» a que estão sujeitos.

Outro factor importante é a possibilidade de o contacto diário com um cão poder diminuir a probabilidade de as crianças desenvolverem alergias.

O veterinário em questão levanta também a questão da raça de cão que se deve escolher, dependendo do tipo de espaço habitacional e do agregado familiar onde o animal se vai inserir. A idade das crianças é um factor que também deve ser tido em conta.

Para este profissional, o temperamento do cão dependerá cerca de 20% da genética e os outros 80% serão influenciados pelo factor ambiental, mas devem evitar-se raças com temperamento mais irritável, principalmente se as crianças da habitação forem muito pequenas, já que tenderão a fazer mais tropelias ao cão, que vêem como amigo e companheiro de brincadeiras.

O autor do estudo chama também a atenção para a necessidade de projectar a vida com um cão para cerca de 15 anos, já que o animal pode acompanhar grande parte do crescimento de uma criança, até se tornar adulta, e durante esse período haverá uma aprendizagem mútua e constante em que se desenvolvem laços profundos de amizade, cumplicidade e lealdade que ficarão para toda a vida.

http://bicharada.net/animais/noticias.php?nid=1643

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