sábado, 28 de junho de 2008

Mais de 40 pingüins são encontrados sujos de óleo no RS

Animais foram localizados entre municípios de Tramandaí e Chuí.
Segundo pesquisadores, derramamento de combustível pode ter atingido pingüins.

Do G1, em São Paulo, com informações da RBS TV

Quarenta e dois pingüins foram encontrados sujos de óleo no litoral gaúcho na quarta-feira (25). Segundo os pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande, os animais foram localizados à beira da praia entre os municípios de Tramandaí (RS) e de Chuí (RS).

A principal hipótese é de que os pingüins tenham sido atingidos pela mancha de óleo que se espalhou pelo Oceano Atlântico, depois do derramamento do combustível de um navio no Uruguai há cerca de 20 dias.

Equipes do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (Cram) da universidade estão no Uruguai participando do trabalho de reabilitação dos animais.

http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2266

Ibama inaugura novo Centro de triagem de animais silvestres em Catalão

Brasília (27/06/08) - O Ibama inaugura amanhã, na cidade de Catalão, em Goiás, um novo Centro de Triagem de Animais Silvestres-Cetas. Agora, já são 24 unidades em todo o país, adaptadas para receber animais silvestres, comercializados ilegalmente e que são apreendidos pelo Ibama em operações de fiscalização. Os Cetas estão vinculados à Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas-DBFLO. O diretor, Antônio Carlos Hummel, diz que prioritariamente eles são construídos nas áreas onde ocorre o maior número de crimes ambientais. “A cidade de Catalão é uma das que estão na rota do tráfico de animais silvestres e, além disso, é também uma área onde estão sendo construídas hidrelétricas e, portanto, são necessárias ações de resgate, salvamento e destinação dos animais”, esclarece.

A estratégia adotada pela Ibama de fortalecimento dos Cetas é o reconhecimento da importância desses Centros para gestão da fauna silvestre no Brasil. Segundo João Pessoa, coordenador de gestão de fauna, o Projeto Cetas Brasil propõe ampliar suas atividades de pesquisa, reintrodução e monitoramento dos animais na natureza. E Hummel faz um alerta: “são altos os custos ambientais e sociais do comércio ilegal de animais silvestres no país, a população precisa fazer sua parte e não adquirir animais de fornecedores ilegais.” O Cetas de Catalão foi construído em parceria com a empresa Serra do Facão Energia S.A.

Janete Porto
Ascom/Ibama

http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2267

Conservação sob ameaça

Romeu de Bruns*

A ONG SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental), do Paraná, acaba de divulgar resultado do censo 2008 de uma das aves-símbolo do estado, o papagaio-de-cara-roxa, ou chauá, que habita a região norte do litoral paranaense, um dos mais preservados remanescentes da Floresta Atlântica no país. Os números representam uma redução em relação ao ano anterior: de 4.821 em 2007, para 4.039 neste ano.
Esse dado não é suficiente para afirmar que a população está diminuindo. Nos três dias em que a contagem foi realizada (31 de maio a 1 de junho), com a participação de 25 voluntários, fez muito frio, o que deve ter levado muitos papagaios a ficarem nas árvores em que se alimentam, no continente. “É uma logística e tanto fazer um censo como esse. Tem de providenciar transporte, hospedagem, alimentação, contratar barqueiro. Uma vez que esteja tudo encaminhado, não se pode voltar atrás, mesmo que o tempo vire, como foi o caso neste ano”, explica a bióloga Elenise Sipinski, coordenadora do projeto, que acompanha a empreitada desde o início, há 10 anos.

Ela conta que a metodologia de contagem é relativamente simples. Os chauás têm o hábito de se deslocar, ao final da tarde, para as ilhas-dormitório (Ilha do Cotinga, Ilha do Mel, Pinheiro, Guaratuba e Ilha Rasa). Voam geralmente em casais e formando grupos pequenos. Os participantes do censo são colocados em pontos estratégicos e anotam em uma ficha a passagem das aves. “A melhor época para a contagem é o outono, quando há maior concentração de papagaios”, diz a bióloga.
Para saber mesmo se a população de chauás diminuiu, só mesmo com uma nova contagem, o que irá ocorrer em 2009. Em épocas de vacas mais gordas, o projeto já chegou a promover mais de um censo por ano. Mas houve uma redução do número de patrocinadores, que hoje se limitam à fundação espanhola Loro Parque, Fundo Nacional do Meio Ambiente e à Fundação O Boticário de Proteção à Natureza. Esse apoio permite manter a contagem anual de chauás e remunerar dois moradores da região que fazem o monitoramento dos ninhos permanentemente. Outras ações, no entanto, como pesquisas científicas e ações de educação ambiental, foram paralisadas. “Mantivemos o que consideramos prioritário”, afirma Elenise.
Os chauás, que têm como principal ameaça a captura para criação em cativeiro, utilizam espaços ocos de árvores para fazerem seus ninhos. Para favorecer a reprodução da espécie, a SPVS instalou na região, entre 2003 e 2007, 70 ninhos artificiais, alcançando a ocupação de mais da metade deles. As pesquisas indicaram que os animais que utilizaram a estrutura artificial obtiveram mais sucesso reprodutivo que os demais. Em 40 ninhos naturais monitorados em 2007, nasceram 40 papagaios, mas somente 20 chegaram à idade adulta. Já nos 70 ninhos artificiais nasceram 63 papagaios e o índice de sobrevivência dos filhotes chegou a 89%.
A realização do censo é, portanto, a medida de verificar a eficiência das medidas conservacionistas adotadas. E um trabalho desse tipo, que elege uma “espécie-bandeira” para ser trabalhada, na realidade traz benefícios para todo o meio ambiente. “Para que a espécie se mantenha, a floresta precisa ser conservada”, resume Elenise. Esse era o principal enfoque do ramo de educação ambiental do projeto, que agora está engavetado.

* Romeu de Bruns é jornalista free-lancer no Paraná.

http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2269

Suspeitos são presos com cerca de 400 pássaros silvestres

egundo a polícia, eles iam abastecer uma feira em Caxias.
Um dos criminosos vinha de ônibus da Bahia.
Do G1, no Rio
Fot André Teixeira/Ag. O Globo
Cerca de 400 pássaros são apreendidos
(Foto André Teixeira/Ag. O Globo)

Agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico prenderam, na madrugada deste sábado (28), quatro suspeitos de tráfico de animais silvestres durante uma operação de rotina. Segundo a polícia, eles iam abastecer uma feira em Caxias.

Ainda de acordo com a polícia, foram apreendidos cerca de 400 pássaros, sendo que pelo menos dez morreram. Algumas espécies estão ameaçadas de extinção.

Três pessoas foram presas, em Itaguaí, na Baixada Fluminense, com parte da carga. E o quarto suspeito foi detido na divisa do estado do Rio com Minas Gerais. Ele vinha da Bahia de ônibus e também transportava pássaros.

Os presos foram indiciados por receptação e crime de maus tratos a animais silvestres.

http://www.renctas.org.br/pt/informese/noticias_nacional_detail.asp?id=2270

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Ajuizada ação contra lei que prevê multa para quem deixar animais mortos nas ruas

Foi distribuída na tarde de sexta-feira (20) ao desembargador Paulo de Tarso Vieira Sanseverino, no âmbito do Órgão Especial do TJRS, a ação direta de inconstitucionalidade proposta por entidades que defendem a prática de religiões de matriz africana contra a vigência da Lei Complementar de Porto Alegre nº 591/08.

A LC nº 591/08 introduziu no Código Municipal de Limpeza Urbana local dispositivo que inclui como ato lesivo à limpeza urbana “X - depositar em passeios, vias ou logradouros públicos, riachos, canais, arroios, córregos, lagos, lagoas e rios ou em suas margens animais mortos ou parte deles; multa de 50 a 150 UFMs”.

No entender da Congregação em Defesa das Religiões Afro-brasileiras, da Comunidade Terreira Ile Axé Yemonja Omi Olodo, do C.E.E. Cacique Tupinambá, e da Africanamente – Centro de Pesquisa, Resgate e Preservação de Tradições Afrodescendentes, a “manobra tem um cunho total de apologia contra uma religião e seus dogmas”.

A petição esclareceram que as entidades não desejam a total liberação das esquinas para depósitos de animais: “ao contrário, há muito tempo as entidades autoras tem realizados fóruns e reuniões com seus afililados explicando a questão ambiental, e orientando práticas de reaproveitamento de alguns poucos animais utilizados em suas liturgias”.

Afirmam que a nova Lei Complementar fere a Lei Orgânica Municial que, em seu art. 148, prevê que “o Município não embaraçará o funcionamento de cultos, igrejas e o exercício do direito de manifestação cultural coletiva”. E que as Constituições Federal e Estadual prevêem a liberdade de culto. (Proc. nº 70024938946 - com informações do TJRS e da redação do Espaço Vital ).

http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?idnoticia=11686

Vírus ameaça gatos com ataque ao sistema imunológico

ALESSANDRO REIS
da Revista da Hora

Caso seu gato apresente dor abdominal, apatia, falta de apetite, vômitos e diarréia com sangue, é hora de consultar um veterinário com urgência. O animal pode estar sofrendo de panleucopenia felina, uma doença viral que ataca o sistema imunológico dos felinos. Muito contagiosa, sua taxa de mortalidade é alta. Afeta, principalmente, bichos jovens, que ainda não desenvolveram totalmente as defesas naturais.

"Acredita-se que a panleucopenia tenha originado a parvovirose canina por meio de mutação genética, pois os sintomas e as características do vírus são parecidos. Nos gatos, causa uma redução drástica da taxa de glóbulos brancos no sangue, afetando a defesa do organismo contra agentes externos", explica o veterinário Rodrigo Gonzalez, professor da Universidade Anhembi Morumbi.

Segundo o especialista, a doença afeta a medula óssea, onde são produzidos os glóbulos brancos, e o sistema gastrointestinal. Um dos sintomas mais graves é a gastroenterite (inflamação do estômago e dos intestinos) aguda, que leva rapidamente à desidratação.

"Quando houver suspeita de panleucopenia, a alimentação do gato deve ser interrompida imediatamente para evitar os vômitos e a diarréia. É dado imediatamente soro ao gato para alimentá-lo e hidratá-lo. O animal, ainda, recebe antibiótico com o objetivo de prevenir e controlar infeções bacterianas decorrentes da baixa imunidade", recomenda Gonzalez. O tratamento, afirma o veterinário, dura de cinco a sete dias.

"A taxa de mortalidade é elevada, mas gatos que vencem o quinto dia da doença têm mais chances de sobreviver", afirma o especialista. Segundo ele, a doença é bem mais branda ou até assintomática quando afeta felinos adultos.

Outro cuidado em relação à panleucopenia se deve à resistência do vírus causador da enfermidade, que é altamente transmissível. Prova disso é que gatos já curados podem infectar outros durante cerca de 30 dias após serem atingidos pela panleucopenia.

"A doença pode ser contraída por meio do contato direto com fezes, saliva e urina infectadas. Também é transmitida pelo ar. O vírus deve ser eliminado com a aplicação de hipoclorito de sódio [água sanitária] no ambiente infectado para evitar o contágio de outros felinos. Passar álcool nas superfícies contaminadas não resolve o problema", diz o veterinário Paulo Salzo, professor da Universidade Metodista.

Apesar de grave, a ocorrência de panleucopenia diminuiu bastante ao longo dos últimos dez anos, de acordo com os especialistas. A vacinação correta explica o controle da doença. "Fazer as três vacinações do gato após os primeiros 45 dias de vida é a melhor forma de o bicho criar anticorpos e prevenir o problema", salienta o veterinário Paulo Salzo. Portanto, fique de olho na saúde do bichano.

Saiba mais

Panleucopenia felina

É uma doença específica de gatos, altamente contagiosa e causada pelo parvovírus felino. Reduz drasticamente a quantidade de glóbulos brancos no sangue do animal, afetando seu sistema imunológico. Os felinos ficam suscetíveis a infecções bacterianas, e o risco de morte é bastante elevado. Afeta principalmente animais jovens, que ainda não desenvolveram anticorpos adequadamente. Pode matar em poucas horas, antes mesmo de surgirem os principais sintomas. A doença dura cerca de cinco dias, em média.

Sintomas
- Infecção intestinal grave, com vômitos, diarréia e desidratação intensa
- Dor abdominal
- Apatia
- Falta de apetite
- Febre ou hipotermina podem se manifestar

Contágio
Ocorre pelo ar e o contato direto com secreções e fezes infectados pelo vírus, que é muito resistente. Espalha-se rapidamente em ambientes com muitos gatos, sendo capaz de infectar ninhadas inteiras. É importante desinfetar ambientes em que estiveram animais doentes usando água sanitária.

Diagnóstico
Além de observar os sintomas clínicos, o diagnóstico, geralmente, é feito por meio de exame de sangue (hemograma). O teste verifica a quantidade de glóbulos brancos no sangue.

Tratamento
Uma vez constatada a panleucopenia, o tratamento deve ser iniciado o quanto antes para evitar o risco de morte. O gato deve ser preferencialmente internado em uma clínica veterinária e receber soro na veia durante o período de observação --recomenda-se suspender a alimentação via oral. Além disso, é dado antibiótico para controlar e prevenir as infecções bacterianas --não há medicamentos específicos para combater o parvovírus felino. Há remédios específicos que ajudam a evitar vômitos.

Prevenção
A melhor forma de prevenir a doença é vacinar corretamente o animal a partir do 45º dia de vida. Além disso, é fundamental isolar animais infectados rapidamente, tomando o cuidado de desinfetar o local. Ao adotar animais de rua, leve-os primeiro a um veterinário para fazer uma avaliação.

Fonte: veterinário Paulo Salzo, professor de clínica médica de pequenos animais da Universidade Metodista de São Paulo

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u415693.shtml

quinta-feira, 26 de junho de 2008

A ilusão do Abrigo por *Ana Lúcia Leão

Inúmeras vezes ouvimos de pessoas que acabaram de recolher um animal da rua dizer: “Ah! Se eu tivesse dinheiro para montar um abrigo!”. Fica bem claro, com este sonho, que elas nunca visitaram um, para saber a realidade.Em pouco tempo o limite anteriormente fixado é expandido. E quem pensava ter 50 animais se vê com 100, 200 para alimentar, vacinar, manter limpos, higienizar as instalações, etc. Já ouvi histórias de fortunas perdidas em sonhos de abrigo. Recentemente a de uma senhora que estava sendo obrigada a sacrificar os animais mais idosos e doentes por não poder mantê-los, mesmo em precaríssimas condições. Depois de seu patrimônio ter se acabado, passado pela fase de pedir ajuda aos amigos, depois parentes, depois aos desconhecidos, por fim a veterinários e à Proteção Animal para sacrificar os animais aos quais ela sonhou dar uma vida melhor ou salvar da morte nas ruas.

Abrigo não é solução, é problema gerado pelo descaso social. Do lado oposto de quem sonha montar um, existe a crença das pessoas em geral de que basta pegar um animal na rua e metê-lo num abrigo para resolver o problema. Quantas vezes ouvimos “leva pra Sociedade Protetora dos Animais…” Se visitassem algum abrigo dos muitos existentes por aí, veriam a triste realidade: Dezenas, até centenas de animais se digladiando por comida, muitos doentes, e até casos de canibalismo gerados pela fome. Mas ninguém pensa em como a ”Sociedade Protetora” vai conseguir recursos.
O que a sociedade não vê, está muito claro para nós que lidamos com o problema 24 horas por dia: em vez de abrigo, dar lar transitório, uma casa de apoio. O animal é tratado, vacinado, esterilizado e doado. E isso, por vezes, demora meses.

Como doar tantos animais e os resultantes dos naturais cruzamentos, que nascem aos montes todos os dias? Como achar donos suficientes (e responsáveis ) que os adote?

Informando e educando as pessoas sobre posse responsável e fazê-las compreender que esterilizar cães e gatos (fêmeas e machos) é a única solução possível para o abandono de animais em massa com que convivemos.
Mas o que é desesperante é ver ainda veterinários aconselharem donos a deixar seus animais ter a primeira cria para só depois esterilizá-los; donos darem a desculpa de que “esterilizar faz o animal engordar” (é só continuar dando a mesma quantidade de alimento que isso não acontece ); desculpa da “falta de dinheiro ” (quando a Prefeitura e os grupos da Proteção oferecem cirurgias a baixo custo ou mesmo gratuitas ); e da anti-social indústria dos criadores.

E estas mesmas pessoas ainda têm coragem de dizer que gostam de animais, deixando nascer aqueles que serão doados para qualquer um. Ou se alimentar de lixo. Ou morrer atropelados. Talvez sarnentos, famintos, num abrigo irremediavelmente sem recursos, sem ao menos o carinho de um dono.Referências

* Ana Lúcia Leão é jornalista, membro do Fórum Nacional de Proteção e Defesa
Animal e da Cia. do Bicho: www.ciadobicho.com.br

http://ecosul.wordpress.com/