sexta-feira, 13 de junho de 2008

Campinas: CCZ vira corredor da morte para cães

A superlotação e uma infra-estrutura deficitária
transformam os canis do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de
Campinas em uma espécie de corredor da morte para a maior parte dos 84
animais que estão presos lá. Mal alimentados, sem tomar sol e se
exercitar, os cães emagrecem a ponto de quase não conseguirem se
levantar e andar. "Isso aqui é um grande corredor da morte. O cachorro
vem pra cá para morrer", define um funcionário do local que não quis
se identificar. A lei proíbe o extermínio de cachorros saudáveis e
determina que os animais abandonados e alojados no CCZ sejam
castrados, identificados e doados. Mas isso não vem ocorrendo e os
cães acabam abandonados à própria sorte no canil.

Segundo funcionários do CCZ, os animais são alimentados com ração de
baixíssima qualidade e, por isso, perdem peso. "Tem muito cachorro que
recusa a ração e só come quando está no limite da fome mesmo", conta
um empregado. A reportagem esteve no local e constatou que, apesar de
magérrimos, os cães estão recebendo alimentação.

A diretora da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), Maria
Filomena de Gouveia Vilela, reconhece que o confinamento está
adoecendo os animais e que eles estão condenados à morte. "Na prática,
o que está acontecendo é isso (a morte)", diz. Maria conta que o CCZ
não foi criado para abrigar animais por muito tempo e que há cachorro
que está lá há quase um ano. "Na nossa avaliação, o grande problema é
que esses animais estão confinados há muito tempo e o confinamento
adoece e deprime", disse. Ela contou que a ração oferecida segue os
padrões técnicos previstos para alimentação de animais daquele porte.

Ao todo, o CCZ tem capacidade para 70 cães. Dessas vagas, 12 são para
o setor de isolamento destinado aos animais perigosos. Hoje, 24
cachorros estavam alojados nesse espaço. O problema da superlotação é
antigo e de conhecimento da Prefeitura de Campinas. O próprio
secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva,
reconheceu, em várias ocasiões, a superlotação na instituição. Mas,
até hoje, nada foi feito para amenizar o sofrimento dos animais e
melhorar as condições de trabalho dos servidores.

Leia matéria completa na edição de sexta-feira (13/06/2008) do Correio Popular

http://www.cosmo.com.br/cidades/campinas/integra.asp?id=228344#comentario
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Sindicato fiscaliza Centro de Zoonoses de Campinas
Entidade aponta disse falta de equipamentos de segurança e de
estrutura para os trabalhadores
EPTV Campinas


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12/06/2008 - 12:59 - O Sindicato dos Servidores Municipais de Campinas
constatou várias irregularidades no Centro de Controle de Zoonoses da
Prefeitura de Campinas, durante vistoria na manhã desta quinta-feira
(12). Os fiscais voltaram ao centro sete meses depois de uma série de
protestos que o sindicato fez devido as más condições de trabalho.

Na época, os funcionários do Centro de Zoonoses passaram a recusar o
recebimento de novos animais porque o espaço estava superlotado. Dois
trabalhadores chegaram a ser mordidos pelos cachorros e o sindicato
pedia mais contratações, grades no canil e a manutenção nas redes de
esgoto.

Segundo o coordenador do Sindicato dos Servidores, Jadirson Cohen,
nesta quinta-feira o centro estava com 24 cachorros em observação, o
dobro da capacidade. Ele disse ainda que faltam equipamentos de
segurança e estrutura para os trabalhadores. A denúncia vai ser
encaminhada para o Ministério Público.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que as denúncias
feitas pelo sindicato serão verificadas. A assessoria informou ainda
que os novos equipamentos de segurança já foram comprados. Sobre a
superlotação, eles confirmam o problema, mas dizem que não há outra
alternativa já que a eutanásia é proibida.


http://eptv.globo.com/noticias/noticias_interna.asp?215853
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=304&Itemid=89

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