negócio para vários países da América Latina, ao contrário da caça
comercial, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira por
organizações de preservação ambiental.
Entre 1998 e 2006, a indústria turística baleeira lucrou mais de 278
milhões de dólares nos países da região, onde há mais de uma década a
atração é promovida como alternativa à caça dos animais, segundo
estudo do Fundo Internacional para a Proteção de Animais e seu Hábitat
(Ifaw, na sigla em inglês), apresentado durante a 60ª reunião da
Comissão Baleeira Internacional (CBI), inaugurada ontem, no Chile.
"A observação responsável de cetáceos oferece benefícios substanciais
e variados às comunidades, em comparação à limitada e arcaica
indústria baleeira", apontou Enrique Hoyt, um dos autores do
relatório.
Calcula-se que mais de um milhão de pessoas visitarão as costas
latino-americanas este ano em busca da atividade turística, que
cresceu em média mais de 10% desde 2007, conclui o estudo.
Entre 1998 e 2006, o número de países da região que oferecia viagens
de observação de cetáceos aumentou de 8 para 18, enquanto o número de
comunidades beneficiadas pela implantação da atividade passou de 56
para 91.
Os bons resultados levaram várias comunidades costeiras,
tradicionalmente habitadas por pescadores, a mudar "para se dedicar a
esse turismo verde, já que gera maiores opções de lucros para elas",
afirma Miguel Iñíguez, outro autor da pesquisa.
México, Panamá, República Dominicana, Brasil, Chile e Argentina são
alguns dos principais beneficiados pelo crescimento da atividade.
A Costa Rica registrou o maior crescimento do turismo baleeiro entre
os países latino-americanos (74%) em relação ao ano passado. Já a
Argentina recebeu, na costa da província patagônica de Chubut, mais de
275.000 turistas interessados em observar as baleias.
"Essa é uma indústria sustentável que beneficia as comunidades
costeiras no âmbito socioeconômico, educacional e ambiental", destacou
Beatriz Bugeda, diretora da IFAW na América Latina.
A América Latina tem um panorama mais que favorável para continuar
incentivando a observação turística de baleias: ao todo, 64 espécies
de cetáceos circulam por suas águas, o que representa 75% das espécies
conhecidas pela ciência.
http://afp.google.com/article
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=351&Itemid=89
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