quarta-feira, 22 de abril de 2009

Médico mantém ‘santuário’ para animais no Paraná

Um médico oncologista do Paraná mantém, desde 2003, uma área de 55 alqueires em Campina Grande do Sul, região metropolitana de Curitiba, para a manutenção de animais da fauna brasileira. Luciano do Valle Saboia é um dos mantenedores licenciados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A ideia inicial do médico era repovoar a área, que estava degradada à época. Atualmente ele mantém cerca de 1,5 mil animais de 200 espécies. São onças, macacos, tamanduás, antas, jabutis, diversas aves, entre outras espécies, que recebem tratamento adequado, desde alimentação balanceada, supervisão de um médico veterinário, até a construção de ambientes adaptados para cada espécie – os animais que não correm risco de fugir vivem soltos na mata fechada da propriedade.

Os ambientes têm áreas maiores do que o recomendado para as espécies viverem em cativeiro. Esse é o caso dos cachorros-vinagre, cuja recomendação é que tenham um espaço de 30 metros quadrados em cativeiro, mas que vivem em um recinto de 1,8 mil metros quadrados na propriedade de Saboia.

Cem por cento - Os jabutis abrigados na propriedade do médico contam com aquecimento elétrico em suas tocas para não sofrerem com as baixas temperaturas típicas da região. “Tudo foi projetado exclusivamente para o bem-estar dos animais. Não é para ser bonito, até porque eles não estão em exposição. É para ser funcional para os animais, para eles se sentirem cem por cento bem”, diz Saboia.

O médico diz que vê a recompensa no comportamento dos animais. Como no caso da onça-pintada Juca. Após viver 19 anos em uma jaula de 4 metros quadrados de um zoológico de Matelândia (PR), o animal foi para o santuário em 2003, onde viveu mais cinco anos. “O Juca chegou velho, com artrite e artrose, mas mesmo assim, rolava de alegria, como um filhote, já que ele não conhecia grama. Ele morreu como merecia: comeu, bebeu água e dormiu”, afirma Saboia. (Fonte: G1)

http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=45103

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