Quase um mês depois de se salvar das cheias no Amazonas, a onça pintada Janaína chegou ao seu novo lar, o zoológico municipal Parque do Sabiá, em Uberlândia. Ela vivia em uma pequena jaula de madeira que ficava no meio de uma área alagada no Rio Solimões, e só foi resgatada quando a água já estava molhando suas patas.
Janaína foi transportada de lancha até a cidade de Tefé (AM), onde recebeu cuidados veterinários. De lá, foi de balsa até Manaus, de avião até Brasília e de furgão até Minas Gerais.
Apenas peixes - A onça era criada por um ribeirinho dentro da reserva de Mamirauá. Com cinco anos e pesando apenas 35 quilos – para um animal de sua idade, o ideal seria ter entre 50 e 60 quilos –, ela era alimentada com peixes.
A história contada pelos moradores da comunidade de Bate Papo, onde Janaína vivia, era de que ela havia sido abandonada pela mãe. Quando tinha cerca de seis meses de idade, foi enjaulada em um caixote de madeira e ficou lá até o último domingo (31), quando foi resgatada.
Animal arredio - Segundo o Instituto Mamirauá, que ajuda o governo a cuidar da reserva, a única pessoa que conseguia se aproximar da onça era seu dono, que faleceu em agosto de 2008. Como o animal era arredio, o pai do proprietário resolveu entregá-lo ao Ibama.
O resgate foi realizado pela Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas, com autorização do Ibama e apoio do Instituto Mamirauá e das Forças Armadas. Para o transporte do animal, os institutos vão contar com a ajuda da ONG NEX, especializada na conservação de felinos. (Fonte: Iberê Thenório/ Globo Amazônia)
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