Esta é, provavelmente, a primeira vez que qualquer governo defende
tais direitos para não humanos
Reuters
MADRI - O parlamento espanhol expressou seu apoio nesta quarta-feira,
25, aos direitos dos grandes macacos à vida e à liberdade no que vai
ser, aparentemente, a primeira vez que qualquer governo defende tais
direitos para não-humanos.
O comitê do meio ambiente do Parlamento aprovou as resoluções pedindo
à Espanha para seguir as normas do Projeto Grandes Macacos, formado
por cientistas e filósofos que dizem que os nossos parentes genéticos
mais próximos merecem os mesmos direitos concedidos aos humanos.
"Esse é um dia histórico na luta pelos direitos animais e na defesa de
nossos camaradas evolucionários, que irá sem dúvida para a história da
humanidade", disse Pedro Pozas, diretor espanhol do projeto.
A Espanha pode ser mais conhecida no exterior por suas touradas que
pela defesa dos direitos animais, mas as novas medidas são o passo
mais recente da Espanha conservadora na direção de um país liberal.
O país não legalizou o divórcio até a década de 1980, mas o
primeiro-ministro Jose Luis Rodriguez, do governo Socialista Zapatero,
legalizou o casamento gay, reduziu a influencia da igreja católica na
educação e inaugurou um ministério da Igualdade.
As novas resoluções têm o apoio do partido majoritário e devem virar
lei. O governo está agora comprometido a impedir experimentos
prejudiciais com macacos.
"Nós temos conhecimento de que os grandes macacos estão sendo usados
em experimentos na Espanha, mas não há atualmente nenhuma lei que
impeça isso", disse Pozas.
A utilização de macacos em circos, comerciais de televisão ou filmes
será vetada e a quebra dessa nova lei será punida no Código Penal.
Os filósofos Peter Singer e Paola Cavalieri fundaram o Projeto Grandes
Macacos em 1993, argumentando que "humanóides não-humanos" como
chimpanzés, gorilas e orangotangos deveriam poder aproveitar a vida,
liberdade e não serem torturados.
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