quinta-feira, 26 de junho de 2008

Parte da caça nativa de baleias na Groenlândia é vendida, diz organização

A Groenlândia comercializa em supermercados pelo menos um quarto da caça
nativa de baleia, afirmou hoje um grupo ambientalista europeu em
Santiago do Chile, no marco da 60ª reunião da Comissão Baleeira
Internacional (CBI).

A informação foi apresentada por Lasse Bruun, encarregado de relações
públicas do organismo não-governamental Sociedade Mundial de Proteção
dos Animais (WSPA, em inglês), integrada por mais de cem países.

Bruun disse aos jornalistas que "pelo menos 25% das baleias caçadas
são comercializadas", das 231 cuja caça é permitida para a
subsistência das comunidades aborígines.

O ativista explicou ainda que a Groenlândia concentra cerca de dois
terços da caça nativa em nível mundial, também autorizada às ilhas
caribenhas San Vincent e St Kitts, Rússia e Alasca.

A Groenlândia, representada pelo delegado da Dinamarca, propôs na
terça-feira ao plenário da CBI um aumento da cota de caça aborígine
para o país, concretamente a inclusão de dez baleias jubartes cada
ano.

Lasse Bruun afirmou que isso seria catastrófico porque abre um mau
precedente para o futuro quanto à alocação de cotas de caça para
subsistência.

Atualmente, a Groenlândia caça especialmente baleias das espécies minke e aleta.

A CBI proibiu a caça de baleias em 1986, mas estabeleceu cotas para a
captura de parte de comunidades aborígines, para as quais são parte
importante de sua subsistência e também permite cotas para "caça
científica" a alguns países.

No entanto, Japão burlou a moratória em vigor desde 1986 com o
pretexto de "caça científica" e insistiu em que há muitas espécies de
cetáceos que não correm risco e que podem ser capturadas mediante uma
atribuição de cotas. EFE mw/db

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/06/25/parte_da_caca_nativa_de_baleias_na_groenlandia_e_vendida_diz_organizacao_1390398.html
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=354&Itemid=89

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