Com faixas pedindo o fim do massacre de animais e cartazes com fotos chocantes de bois, porcos e galinhas mortos, a 1ª Caminhada Vegetariana da Bahia, que aconteceu neste domingo, 19, entre o Farol da Barra e Ondina, buscou mostrar à sociedade que o tema deve ser encarado com atenção. O protesto foi organizado pela Associação União Defensora dos Animais Bicho Feliz.
As reações das pessoas que passavam pelos vegetarianos foram variadas. Algumas simplesmente diziam: “Ah, tá. Parar de comer carne. Até parece!” Em atitude oposta, outras pessoas paravam para refletir sobre o hábito de comer carne de animais diariamente, o que resulta na matança de milhões de bichos por ano. “Eu como carne, mas meu filho de 9 anos não come, por opção. Ele nunca gostou, e eu não insisto. Já pensei em parar de comer carne, mas não consegui. Já parei para pensar sobre isso e sei que, se o mundo fosse vegetariano, seria muito melhor”, disse a professora Cláudia Santana, que passeava com o filho.
LUTA – Vegetariano há seis anos, o promotor de Justiça e Meio Ambiente de Salvador, Heron Santana Gordilho, parou para pensar no fato de deixar de comer carne quando as ONGs começaram a procurá-lo em seu gabinete, mostrando a luta contra o massacre de animais. “Acabei defendendo uma tese de doutorado sobre o assunto e concluí que, assim como os escravos, que tiveram a ajuda dos homens brancos para defendê-los na luta abolicionista, os animais precisam dos homens para fazer o mesmo. Nós somos a voz deles”, diz o promotor, também presidente do Instituto Abolicionista dos Animais.
Professor de pós-graduação da Ufba, o promotor escreveu a primeira tese de doutorado em defesa dos animais no Brasil. Em 2005, pediu habeas corpus para a chimpanzé Suíça, que estava no zoológico de Salvador. Longe de seu habitat, Suíça não tinha perspectiva de vida. O ato é até hoje referência mundial, pois Suíça foi reconhecida como sujeito de direito.
O geógrafo Jorge Conceição, 56 anos, está há cerca de 30 anos sem comer carne e garante que se sente muito mais saudável. “O objetivo desta caminhada é também mostrar que o vegetariano vive. Há um mito de que o vegetariano definha, não é verdade. Depois que parei de comer carne, sinto-me mais ágil. Hoje, jogo capoeira angola sem me cansar e já participei de três maratonas da São Silvestre, em São Paulo”, conta.
O geógrafo também revela que tomou a decisão de abolir a carne do seu cardápio depois que estudou os princípios vegetais e macrobióticos. O jovem Rogério Lemos, que também passeava pela calçada da Barra com a sua namorada, é daqueles que não dispensa um suculento corte de picanha. “Não dá para viver sem carne”, decreta ele. Já a dentista Rita Barreto disse ter fico sensibilizada com a caminhada. “Foi uma ótima iniciativa. Estou amadurecendo a idéia de aderir ao movimento”.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=988530
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Há 13 anos
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