Equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), da Vigilância em Saúde (Visa) Norte e do Centro de Saúde de Barão Geraldo iniciaram na última quarta-feira, 22 de julho, e prosseguem nesta quinta-feira, 23, com as ações de bloqueio de foco de raiva animal na Vila Santa Izabel, em Barão Geraldo. As ações foram desencadeadas devido à confirmação de um caso positivo da doença em um morcego recolhido vivo pelo CCZ nas dependências de uma residência no local.
As equipes estão atuando em cada uma das cerca de 400 residências localizadas no raio de 500 metros a partir do ponto em que o animal foi capturado. O trabalho de bloqueio consiste na vacinação de cães e gatos com as carteiras em atraso, além de atividades de educação em saúde, informação e mobilização social.
O morcego foi recolhido pelo CCZ no dia 6 deste mês, a pedido dos responsáveis pela residência. O resultado dos exames pelo Instituto Pasteur, referência no Estado para esses casos, saiu no dia 16 passado. Este é o terceiro caso de raiva em morcego este ano, sendo o bairro Taquaral (zona Leste) o local de ocorrência dos dois primeiros.
“Campinas tem uma média de oito casos positivos de raiva animal por ano, então, essas ocorrências estão dentro do esperado. Mas o importante é manter a população sempre bem informada sobre o assunto uma vez que a doença é muito grave e não tem cura”, afirma o médico veterinário Ricardo Conde Alves Rodrigues, do CCZ.
Rodrigues reforça o fato de que a população deve estar atenta à próxima campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos, que acontecerá nos dias 19, 20, 26 e 27 de setembro.
“É importante manter cães e gatos vacinados porque eles aumentam o risco de ocorrer registros em outros animais e humanos”, afirmou.
O veterinário ressalta ainda que a população não deve tentar capturar ou manipular o morcego. “No caso de encontrar um desses animais, deve-se ligar para o CCZ (3245-1219), que nossas equipes farão o trabalho. Se o animal estiver vivo, o ideal é cobri-lo com uma caixa de papelão, que vai imobilizá-lo, até a chegada da equipe”, recomenda.
A transmissão da raiva ocorre quando o vírus existente na saliva do mamífero infectado penetra no organismo, através da pele ou mucosas, por mordedura, arranhadura ou lambedura, mesmo não existindo agressão.
Sendo assim, a transmissão pode ocorrer diretamente do morcego para o ser humano, do morcego para o animal e do animal infectado para o homem. A raiva é uma doença que atinge todos os mamíferos, inclusive o homem, e não tem cura.
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