quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nintendo e Microsoft recebem as piores notas em ranking ecológico

da Folha Online

Sony e Sony Ericsson são as empresas que mais fabricam produtos tecnológicos ecologicamente corretos, enquanto Nintendo e Microsoft são as piores empresas nesse aspecto. A conclusão é da organização ambientalista Greenpeace, que apresentou nesta quarta-feira a oitava edição do Greener Electronics Guide, que analisa a qualidade dos produtos do ponto de vista ambiental.

Com nota 5,1, Sony e Sony Ericsson foram as únicas a receber avaliações maiores acima de cinco, em uma escala que vai de zero a dez. Em terceiro lugar ficou a Nokia, que recebeu 4,8.

A pior classificada da lista é a Nintendo, fabricante de consoles como o Wii, com nota 0,8 --o Greenpeace encontrou problemas principalmente no critério de formação de lixo eletrônico por parte da empresa. Em penúltimo está a Microsoft, com avaliação 2,2, prejudicada pelo critério de presença de compostos químicos nos produtos.

Para chegar ao resultado, o Greenpeace analisou aspectos como a divulgação de dados de emissão de gases que causam o efeito estufa e o compromisso com a redução desses índices, a eficiência energética dos produtos e a presença de compostos tóxicos. Foram analisados produtos como celulares, computadores, televisores e videogames.

"O Greener Electronics Guide é nosso modo de fazer com que a indústria eletrônica encare o problema do lixo eletrônico. Queremos que os fabricantes fique livre de produtos químicos prejudiciais em seus produtos", afirma o Greenpeace, em nota.

A Sony e a Sony Ericsson já havia sido bem classificadas em um outro estudo do Greenpeace, divulgado em março deste ano, durante a Cebit, evento de tecnologia que acontece na Alemanha. A pesquisa reprovou praticamente todos os produtos avaliados na questão do impacto ambiental.

Entre 37 produtos analisados --computadores de mesa, notebooks, celulares e PDAs--, apenas três se safaram e tiraram uma nota acima de cinco (em uma escala de zero a dez): o laptop Sony Vaio TZ11, o celular Sony Ericsson T650i e o PDA Sony Ericsson P1i.

O Greenpeace levou em conta, além da eficiência energética, fatores como a presença de materiais tóxicos, o ciclo de vida e a divulgação de informações técnicas sobre o produto.

Ganharam pontos equipamentos que foram além da legislação vigente na Europa, que proíbe certas substâncias na composição das máquinas, entre elas o mercúrio e o cádmio. Também somaram pontos produtos com vida útil mais longa.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u416049.shtml

Polêmica e sem cura, leishmaniose atinge a Grande SP

CÍNTIA MARCUCCI
da Revista da Folha

A regra é clara: de acordo com o Ministério da Saúde, desde 1963, cães que apresentem exames soropositivos para leishmaniose visceral canina devem ser sacrificados. Mas nem todos veterinários vêem a eutanásia como melhor saída para o controle da zoonose e para evitar contaminação de humanos.

A polêmica fica ainda mais forte por conta de a leishmaniose ser uma doença que existe em outros locais do mundo, como Europa e Estados Unidos, e o Brasil ser o único país em que o sacrifício dos animais é obrigatório. "Na Espanha, onde a doença também é endêmica na variação canina, existem medicamentos e até ração desenvolvidos especificamente para os cães doentes, e o dono tem o direito de decidir se trata ou não o animal", diz o veterinário Fábio dos Santos Nogueira, que fez seu doutorado sobre a doença e não acredita que a eutanásia resolva o problema.

Para ser transmitida de um cão para outro ou para humanos, é preciso que o animal infectado seja picado pelo mosquito-palha, transmissor da doença. "Desde 97, foram sacrificados mais de 13 mil cães na região de Araçatuba e a doença não foi controlada. Quem gosta de cachorro substitui o cão sacrificado por outro, que fatalmente será infectado pelos mesmos mosquitos, e continuará o ciclo", explica Fábio.

Presente no país há mais de 80 anos, a leishmaniose chegou ao Estado de São Paulo somente em 98, na região de Araçatuba. Sem cura, a doença avança seguindo as malhas rodoviária e ferroviária do Estado. Por enquanto, não existem casos de cães infectados na capital, mas já há animais que contraíram o parasita em outros locais e vivem em São Paulo.

Em Cotia e Embu, vizinhas da capital, a leishmaniose canina já é endêmica. Segundo dados aproximados das vigilâncias em saúde e zoonoses de cada município, foram encontrados por volta de 30 casos em Embu e 26 em Cotia. Em ambas, ainda não há registros de contaminação humana, mas os donos de animais infectados são notificados sobre a recomendação da eutanásia. O cão é o hospedeiro, ou seja, ao picar um animal contaminado, o mosquito se contamina e passa a doença para o homem ou para outro cão.

Tratar os animais é possível, mas a droga mais eficaz é usada em humanos e proibida para utilização em cães. "A leishmaniose é um problema de saúde pública. O tratamento do cão pode selecionar os parasitas mais resistentes e fazer com que a medicação perca sua eficácia", aponta a veterinária doutoranda em saúde pública pela Unesp de Botucatu Juliana Giantomassi Machado, que vê a eutanásia como uma medida necessária para o controle.

"O tratamento não é para qualquer animal. É preciso disponibilidade de dinheiro e tempo do dono, pois, no início, o cão deve ser monitorado praticamente todos os dias. Depois do controle inicial, deve ser assistido de seis em seis meses pelo resto da vida", explica o veterinário do Hospital Veterinário da Anhembi Morumbi, Márcio Moreira. "Não sou contra a eutanásia, há casos em que é a melhor opção. Mas defendo o direito do dono, se tiver condições e quiser, de tratar o cão."

Diagnóstico preciso

Entre as questões que ficam antes de se decidir pela eutanásia está a precisão do diagnóstico. Os métodos usados pela rede pública e pelos centros de controle de zoonoses de cada cidade são testes feitos a partir de amostras de sangue e que indicam a presença de anticorpos para a leishmânia.

A veterinária Carla Berl, do Pet Care, que realiza exames para identificar a doença, diz que existem fatores que podem levar a um resultado falso -positivo ou negativo. "Se o cão foi infectado há pouco tempo, pode estar no período de incubação e o teste resultar negativo. Há outras doenças e a própria vacina existente hoje faz com que o resultado possa ser positivo erroneamente."

A vacina é outra polêmica. Aprovada pelo Ministério da Agricultura -que regula a medicação animal-, ainda não é recomendada como forma de prevenção pelo Ministério da Saúde. Sua aplicação só é permitida em áreas endêmicas, e os custos ainda são elevados para a população de baixa renda (R$ 80 a dose).

Existem testes que diferenciam o animal vacinado ou que tem outras doenças do infectado. Em vez da identificação do anticorpo, eles encontram o parasita em material que pode ser retirado da medula óssea do cão. Moradora de uma chácara entre Embu e Cotia, a professora de equitação Mariana Falcão Arantes, 33, decidiu imunizar seus animais assim que soube que a vacina estava liberada em Cotia. "Faço o que posso para que eles fiquem saudáveis. Eles sempre usaram coleiras repelentes. Tenho uma proteção a mais." Foi assim que os boxers Tica e Chorão, 1 ano e meio, a border collie Taiga, 1, o rottweiler Horus, 1, e os mestiços Brisa, 2, e Oliver, 5, ganharam mais uma vacina.

Mosquito vilão

Mesmo com visões diferentes sobre o destino dos animais, os veterinários concordam que é preciso fazer mais do que apenas sacrificar o cão. A ação deveria ser conjunta com a educação da população sobre as formas de prevenção e com o combate ao mosquito-palha, que carrega o parasita e infecta animais e humanos.

"Segundo pesquisadores, a eliminação de cães soropositivos não leva à comprovada diminuição da taxa de contaminação humana. Isso leva à conclusão de que somente a eutanásia, sem o controle do vetor, não é suficiente para impedir o alastramento da infecção", diz o professor da USP Carlos Eduardo Larsson.

Prevenção ainda é o melhor caminho para não cair no dilema do que fazer se o pet contrair a doença. Mesmo nos locais onde não há nem endemia nem o mosquito, manter as áreas externas limpas, sem matéria orgânica, e os canis telados são úteis para que os insetos fiquem à distância.

Combinar o uso da coleira e, quando possível, a vacina, é o conselho dos veterinários. Deve ser seguido especialmente por pessoas que vivem nas proximidades ou em áreas endêmicas e ganha um alerta a mais com a chegada das férias.

Além dos que saem da cidade e vão para sítios, chácaras e fazendas em cidades onde pode haver risco de contaminação, quem deixa o pet em hotéis deve redobrar a atenção. Com tantos cães juntos, fica impossível saber a origem de cada um e ninguém vai querer um parasita como lembrança da viagem.

Saiba mais

O que é
A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença crônica que ataca cães, raposas e outros canídeos silvestres. É uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida ao homem. Pode ser fatal se não for tratada.

Como é transmitida
O mosquito-palha pica um animal infectado. Ao picar outro animal ou pessoa sã, o mosquito transmite o parasita.

Sintomas
Feridas na pele difíceis de cicatrizar, no focinho e nas pontas das orelhas, crescimento das unhas, emagrecimento, fadiga, prostração, febre e anemia. Em casos avançados, pode comprometer os rins.

Diagnóstico
Pelo exame de sangue, mesmo que o resultado seja positivo, existe chance de o animal não estar infectado. Outro teste, que utiliza material retirado da medula óssea, identifica a presença do protozoário.

Tratamento
- A doença não tem cura. Decreto federal indica que animais infectados devem ser sacrificados. Alguns veterinários questionam a eficácia da medida.
- O tratamento, igual para cães e humanos, é à base de medicamentos. Demorado, exige acompanhamento e exames.
- O Ministério da Saúde não permite o tratamento canino e o Conselho Regional de Veterinária não recomenda a prática.

Prevenção
- Vacina para cães que moram ou freqüentam áreas endêmicas, a partir de quatro meses, com exames negativos. A primeira aplicação é de três doses, a cada 21 dias. Deve ser repetida anualmente.
- Coleiras antiparasitárias e repelentes de insetos em cães a partir dos três meses.
- Mantenha jardins e quintais limpos para evitar a reprodução do mosquito.
- Proteja canis com telas de trama fina para evitar a entrada do mosquito.
- Evite deixar o cão exposto ao ar livre entre 18h e 23h, quando há mais insetos.
- Cuidado ao comprar filhotes originários de áreas endêmicas.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u415730.shtml

Parlamento espanhol quer estender direitos humanos a macacos

Parlamento espanhol quer estender direitos humanos a macacos
Esta é, provavelmente, a primeira vez que qualquer governo defende
tais direitos para não humanos

Reuters
MADRI - O parlamento espanhol expressou seu apoio nesta quarta-feira,
25, aos direitos dos grandes macacos à vida e à liberdade no que vai
ser, aparentemente, a primeira vez que qualquer governo defende tais
direitos para não-humanos.


O comitê do meio ambiente do Parlamento aprovou as resoluções pedindo
à Espanha para seguir as normas do Projeto Grandes Macacos, formado
por cientistas e filósofos que dizem que os nossos parentes genéticos
mais próximos merecem os mesmos direitos concedidos aos humanos.



"Esse é um dia histórico na luta pelos direitos animais e na defesa de
nossos camaradas evolucionários, que irá sem dúvida para a história da
humanidade", disse Pedro Pozas, diretor espanhol do projeto.



A Espanha pode ser mais conhecida no exterior por suas touradas que
pela defesa dos direitos animais, mas as novas medidas são o passo
mais recente da Espanha conservadora na direção de um país liberal.



O país não legalizou o divórcio até a década de 1980, mas o
primeiro-ministro Jose Luis Rodriguez, do governo Socialista Zapatero,
legalizou o casamento gay, reduziu a influencia da igreja católica na
educação e inaugurou um ministério da Igualdade.



As novas resoluções têm o apoio do partido majoritário e devem virar
lei. O governo está agora comprometido a impedir experimentos
prejudiciais com macacos.



"Nós temos conhecimento de que os grandes macacos estão sendo usados
em experimentos na Espanha, mas não há atualmente nenhuma lei que
impeça isso", disse Pozas.



A utilização de macacos em circos, comerciais de televisão ou filmes
será vetada e a quebra dessa nova lei será punida no Código Penal.



Os filósofos Peter Singer e Paola Cavalieri fundaram o Projeto Grandes
Macacos em 1993, argumentando que "humanóides não-humanos" como
chimpanzés, gorilas e orangotangos deveriam poder aproveitar a vida,
liberdade e não serem torturados.
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid195838,0.htm
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=356&Itemid=89

Ativistas 'sangram' contra o uso de peles animais


(fotos AP)

Manifestantes se cobriram em tinta vermelha, simulando sangue, para protestar contra o uso de peles

AP e Efe

BUENOS AIRES - Cerca de 50 ativistas se cobriram em tinta vermelha, simulando sangue, para protestar contra o uso de peles animais na indústria de roupas. Os manifestantes "sangraram" em Buenos Aires, Argentina, nesta quarta-feira, 25.

A associação AnimaNaturalis fez uma performance a poucos metros do obelisco portenho para criticar publicamente o tratamento da indústria peleteira para com os animais criados ou capturados a fim de comercializar suas peles em forma de casacos, sapatos, carteiras ou bolsas.

Cerca de 50 aguardavam nervosos, por volta de 12h na via pública, perante os olhares de centenas de curiosos, convocados pelos cartazes publicitários ou pelo acaso, uma indicação dos organizadores para iniciar a representação.

Dentro de uma zona isolada e sobre um tapete de papel, começaram a tirar as peças e ficaram só com roupas de baixo, quando, então, começaram a entrelaçar os corpos.

Apesar de não ser uma manhã excessivamente fria, o inverno argentino fazia com que os presentes apreciassem o esforço dos voluntários enquanto membros da organização jogavam o sangue artificial.

Em poucos minutos, os corpos dos jovens, seminus e ensangüentados, pareciam com o de animais quando têm sua pele arrancada após ser assassinados, e o impacto visual era notável.

Fontes da organização disseram à Agência Efe que 384 mil animais morrem ao dia na indústria peleteira, que utiliza métodos como a eletrocussão anal ou vaginal, o envenenamento ou a asfixia para assassinar os animais e depois tirar sua pele.

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid195709,0.htm
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=355&Itemid=89

Parte da caça nativa de baleias na Groenlândia é vendida, diz organização

A Groenlândia comercializa em supermercados pelo menos um quarto da caça
nativa de baleia, afirmou hoje um grupo ambientalista europeu em
Santiago do Chile, no marco da 60ª reunião da Comissão Baleeira
Internacional (CBI).

A informação foi apresentada por Lasse Bruun, encarregado de relações
públicas do organismo não-governamental Sociedade Mundial de Proteção
dos Animais (WSPA, em inglês), integrada por mais de cem países.

Bruun disse aos jornalistas que "pelo menos 25% das baleias caçadas
são comercializadas", das 231 cuja caça é permitida para a
subsistência das comunidades aborígines.

O ativista explicou ainda que a Groenlândia concentra cerca de dois
terços da caça nativa em nível mundial, também autorizada às ilhas
caribenhas San Vincent e St Kitts, Rússia e Alasca.

A Groenlândia, representada pelo delegado da Dinamarca, propôs na
terça-feira ao plenário da CBI um aumento da cota de caça aborígine
para o país, concretamente a inclusão de dez baleias jubartes cada
ano.

Lasse Bruun afirmou que isso seria catastrófico porque abre um mau
precedente para o futuro quanto à alocação de cotas de caça para
subsistência.

Atualmente, a Groenlândia caça especialmente baleias das espécies minke e aleta.

A CBI proibiu a caça de baleias em 1986, mas estabeleceu cotas para a
captura de parte de comunidades aborígines, para as quais são parte
importante de sua subsistência e também permite cotas para "caça
científica" a alguns países.

No entanto, Japão burlou a moratória em vigor desde 1986 com o
pretexto de "caça científica" e insistiu em que há muitas espécies de
cetáceos que não correm risco e que podem ser capturadas mediante uma
atribuição de cotas. EFE mw/db

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2008/06/25/parte_da_caca_nativa_de_baleias_na_groenlandia_e_vendida_diz_organizacao_1390398.html
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=354&Itemid=89

Campinas: Mobilização popular esvazia canis do CCZ

A mobilização de um grupo de amigos e das entidades de defesa dos
animais após reportagens do Correio motivou a adoção de 32 cachorros
do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Campinas até ontem. Dezenas
de pessoas não só adotaram os cães como melhoraram a vida dos 58 que
ainda permanecem alojados no canil municipal. Ontem, a reportagem
esteve no CCZ e encontrou uma situação bem diferente da registrada no
último dia 12. Os canis estavam com menos cachorros e os animais, mais
fortes.

Além da ração fornecida pela Prefeitura, os cães estão sendo
alimentados com rações doadas por pessoas que resolveram ajudar. "Nós
recebemos muitas doações de ração e estamos tentando melhorar a
situação dos cachorros que ainda não foram adotados", disse a
arquiteta Regina Valverde. Um dos veterinários do CCZ, que pediu para
não ser identificado, afirmou que a melhora se deve também à redução
do número de animais por cela. "Com menos cachorros por canis, há
menor disputa por comida e eles melhoram", explicou o veterinário.

No último dia 13, o Correio denunciou as péssimas condições de
alojamento no CCZ. A reportagem mostrou que a falta de uma política de
adoção ajuda a manter, por longos períodos, os cachorros nos canis.
Com isso, os animais acabam adoecendo. Mal alimentados com ração de
baixa qualidade, ficam sem tomar sol e sem se exercitar, emagrecendo a
ponto de mal conseguirem se levantar.

Como reação à reportagem, entidades de defesa dos animais, como o
Instituto de Valorização à Vida Animal (IVVA), e um grupo de amigos
formado pela veterinária Carolina Vital de Ferreira e pela arquiteta
Regina conseguiu tirar dezenas de cães do CCZ. Só a corrente promovida
por Carolina e Regina garantiu a adoção de 17 cachorros desde o último
dia 13. "Nós continuamos precisando de doações de rações e de lares
temporários", afirma a arquiteta. O grupo de amigos retira os animais
do CCZ, faz o tratamento veterinário e os coloca para adoção.

Apesar do sucesso da campanha, Regina reforça que a população precisa
se conscientizar que abandonar um cachorro é crime. "As pessoas têm de
se responsabilizar pelos seus animais", afirma.

Leia mais na edição de 25/6/2008 do Correio Popular.
http://www.cosmo.com.br/cidades/campinas/integra.asp?id=229433
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=353&Itemid=89

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Continuidade de caça científica de baleia gera polêmica

A decisão da Comissão Baleeira Internacional (CBI) de manter o "status quo" atual sobre as baleias causou hoje polêmica entre os que apóiam a medida e os que afirmam que beneficia o Japão, que continuará com a caça científica desses cetáceos.


Os delegados dos cerca de 81 países que participam em Santiago do Chile na 60ª reunião da CBI acordaram a criação de um grupo de trabalho a fim de pactuar posições entre ambientalistas e caçadores.

O trabalho em consenso significa que não se submeterá a votação qualquer resolução, entre as quais figuram a proposta do Japão para reabrir a caça litorânea de baleias e a de Argentina, Brasil e África do Sul de criar um santuário no Atlântico Sul.

Segundo o estipulado pelo grupo de trabalho, integrado por 24 países e que funcionará a portas fechadas, as propostas serão analisadas nessa instância e os resultados serão apresentados na próxima reunião anual que será realizada em Portugal.

Enquanto os representantes da comissão afirmam que a decisão é "uma oportunidade" para a modernização e reforma da CBI, criada há 62 anos, os críticos acreditam que o único ganhador é o Japão, que a cada ano caça 1,4 mil baleias alegando razões científicas.

"Achamos que a CBI foi uma organização muito confrontadora, que não avançou nos temas e com poucos resultados", disse o ministro do Meio Ambiente e Energia da Costa Rica, Roberto Dobles.

"Agora se apresentou uma oportunidade para poder avançar e fazer mudanças que possam dar no futuro um enfoque para a preservação", acrescentou. Ele ressaltou que a iniciativa foi apoiada pela América Latina através do chamado Grupo de Buenos Aires, integrado por Argentina, Belize, Brasil, Chile, Colômbia (observador), Costa Rica, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Panamá, Peru e Uruguai.

"Estamos diante de uma oportunidade única para modificar uma organização que veio atuando de certa forma com paralisias", disse Dobles, lembrando que a moratória de caça de baleias, com exceção da científica e a de subsistência para comunidades aborígines, continua vigorando.

"Sabemos que as negociações que vêm são complexas", sustentou o ministro costarriquenho, que afirmou, no entanto, ser "otimista". Segundo outros delegados, a CBI estava "à beira do colapso" e o consenso obtido em torno de um grupo de trabalho especial pode ser seu salva-vidas.

O representante da Argentina, Miguel Íñiguez, disse que a reunião de Santiago foi "fundamental, pois após quase 60 anos as partes se sentam para dialogar para ver de que forma podem progredir".

"A CBI está tentando avançar em direção a um processo de modernização", ressaltou. "Um grupo de países, que são os conservacionistas, considera que este processo é importante para abrir um diálogo e para não voltar às discussões que se geraram anos atrás", ressaltou Íñiguez.

O responsável argentino destacou que todas as partes cedem quando se buscam acordos, ao lembrar que o Japão não apresentou a proposta de todos os anos para abrir a captura litorânea. Na sessão, a maioria dos delegados se pronunciou contra a pesquisa letal de baleias com fins científicos.

EFE

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2971869-EI8145,00.html