O governo de Seul estuda reclassificar os cães da Coréia do Sul como animais de produção, o que tornaria legal a venda da carne desses animais. Ele defende que essa proposta permitiria a regulamentação da atividade comercial, o que acarretaria melhora nas condições de vida dos cachorros. A WSPA questiona esse argumento.
PanoramaA comercialização da carne de cães é proibida na Coréia do Sul. Entretanto, há muitos restaurantes com essa especialidade e estima-se que, a cada ano, dois milhões de cachorros são criados por essa indústria.
As autoridades sul-coreanas estão preocupadas com a saúde da população, uma vez que não há regulação do processamento e da venda da carne de cachorro. No entanto, se os cães forem classificados como animais de produção, leis serão implementadas e haverá aumento do consumo.
Atualmente, os cães são criados em péssimas condições e sofrem maus-tratos nos mercados de rua, onde são mortos em público de forma cruel.
Solução inadequadaO governo defende que a legalização seria um passo importante para o bem-estar dos cachorros, já que permitiria que regras fossem introduzidas. Entretanto, não há garantias de que os muitos cães envolvidos nesse negócio seriam criados, transportados e abatidos de forma humanitária.
A WSPA, que também trabalha para melhorar as condições dos animais de produção no mundo, acredita que o comportamento e as necessidades físicas dos cachorros impedem a criação comercial dessa espécie.
Cães são predadores, vivem naturalmente em pequenos grupos e gostam de exercer domínio uns sobre os outros. Eles não se adaptariam a um grande volume de criação e acabariam brigando constantemente. O confinamento em espaços restritos também seria fonte de alto estresse para esse animal.
Além disso, não há abate humanitário para cães. Não existe método de insensibilização que se adapte a eles e até o transporte seria inviável, já que cachorros não podem ser misturados e devem ser transportados sozinhos.
O melhor amigo do homem?Há, aproximadamente, cinco milhões de cães de companhia na Coréia do Sul e cerca de 17% dos residentes de Seul, capital do país, possuem esse bicho de estimação. Esses dados provam que o cães são queridos pelos coreanos.
Entretanto, enquanto muitos desses animais são amados pelos seus donos,outros são consumidos. A reclassificação iria fortalecer a falsa idéia de que há diferença entre os pets e os demais cachorros.
http://www.wspabrasil.org/news.asp?newsID=592&type=0
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