No dia 9 de agosto, quando acontece a segunda fase da Campanha de Vacinação contra Poliomielite, as crianças serão o incentivo para conduzir os pais aos postos de saúde e motivá-los a participar do início da Campanha de Vacinação contra Rubéola.
Batizada de Dia da Vacinação Familiar, a iniciativa deverá imunizar tanto os menores de cinco anos contra a paralisia infantil como os adultos com idade entre 20 e 39 anos contra a rubéola. Será a maior campanha de imunização em massa já realizada pelo Estado de São Paulo.
A vacinação contra a rubéola prossegue até 12 de setembro e pretende atingir 13,5 milhões de paulistas entre 20 e 39 anos de idade, o que representa 95% do total de pessoas nessa faixa etária que vivem no Estado.
No ano passado, foram registrados em São Paulo 1.659 casos de rubéola, dos quais 1.122 (68%) em homens, segundo balanço do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), da Secretaria da Saúde. Foi o número mais alto desde 2000, quando 2.566 paulistas contraíram a doença. Em 2006, foram 66 ocorrências. De janeiro a maio deste ano houve 329 notificações de rubéola, das quais 210 em homens.
A incidência maior da enfermidade no sexo masculino é ainda mais acentuada na faixa entre 20 e 29 anos, responsável por 50,5% dos casos entre homens em 2007. Os de 30 a 39 anos de idade responderam por 28,6% das ocorrências. Nas mulheres, a incidência é similar entre 20 e 39 anos, público-alvo da campanha.
Força-tarefa
Desde 2000, avacina contra a rubéola faz parte do calendário nacional de imunização e é aplicada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira dose deve ser tomada com 12 meses de vida, com reforço entre quatro e seis anos de idade. A secretaria também indica a vacinação para qualquer pessoa nascida a partir de 1960 que não tenha recebido nenhuma dose anterior.
“O grande desafio desta campanha será imunizar a população masculina, que não costuma procurar os postos de saúde. Os homens contaminados pela rubéola podem transmitir o vírus para mulheres em idade gestacional, o que representa grave perigo”, alerta Helena Sato, diretora de imunização da pasta.
Para garantir que a imunização atinja o maior número de pessoas, o Estado de São Paulo prepara uma força-tarefa contra a rubéola. Além dos postos fixos de vacinação, o Estado busca parcerias com associações de classes, empresas, clubes e entidades religiosas que possam funcionar como unidades volantes. Estima-se que cerca de 7 mil postos fixos e volantes estarão à disposição da população no período. A operação envolverá 50 mil profissionais de saúde e 4 mil veículos.
Doença causa febre e manchas
A rubéola é uma doença infecciosa causada por vírus do gênero rubivirus e transmitida por secreções nasofaríngeas expelida pelo doente ao tossir, respirar, falar ou respirar. Os principais sintomas são febre baixa, manchas no corpo, dores articulares, conjuntivite, coriza e tosse. Normalmente, a rubéola é uma doença benigna, mas, quando ocorre durante a gestação, há o risco de síndrome da rubéola congênita, que pode comprometer o desenvolvimento do feto e causar abortamento espontâneo, morte fetal e malformações congênitas – surdez, glaucoma, catarata e diabetes.
SERVIÇO
Homens e mulheres entre 20 e 39 anos deverão procurar os postos de saúde até o dia 12 de setembro, das 8 às 17 horas (exceto finais de semana), para receber uma dose da vacina dupla viral, que protege também contra o sarampo.
(Envolverde/Secretaria da Saúde do Estado de SP)
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=50589&edt=34
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