sexta-feira, 27 de março de 2009
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Mãe Natureza
A Mãe-Tigresa depois de se recuperar do parto, começou a piorar seu estado de saúde, mesmo que fisicamente ela estivesse bem.
Os veterinários sentiram que a perda da cria causou uma profunda depressão na tigresa. Os médicos decidiram que se a tigresa adotasse a cria de uma outra mãe, talvez melhoraria. Após checar com vários zoológicos pelo país, tiveram a triste notícia de que não havia nenhuma cria de órfãos tigrinhos na mesma idade para levar para a mãe tigresa.
Os veterinários então decidiram tentar algo que nunca teria sido tentado antes em um zoológico.
Às vezes a mãe de uma espécie cuida dos filhotes de uma diferente espécie. Os únicos órfãos que puderam ser encontrados rapidamente foram as crias de uma porquinha. Os funcionários do Zoológico e os veterinários revestiram os porquinhos em pele de tigre e colocaram os bichinhos ao redor da mãe tigre.
Eles virariam a cria da tigresa ou lombinho???
Dê uma olhada… você não vai acreditar nos seus olhos!
Por que o resto do mundo não pode se dar bem assim?
terça-feira, 24 de março de 2009
Com a crise, roupa usada está na moda
15/03/2009, 16:00
Não deixa de ser um alívio abrir o jornal e ver que até Warren Buffet, do alto de seus bilhões de dólares, está perplexo com esta crise internacional. “As pessoas mudaram seus hábitos de um modo que eu nunca tinha visto”, diz Buffet, porque as joalherias vendem menos do que vendiam antigamente e antigamente foi no ano passado, quando ele era o homem mais rico do mundo.
De lá para cá, as coisas aconteceram tão depressa que a entrevista de Buffet saiu no mesmo dia em que uma reportagem mostrando, no New York Times, o que as pessoas mais ou menos comuns estão achando dessas novidades.
Vestido velho
Uma colunável americana acaba de ser fotografada numa festa em Atlanta com um vestido de dez anos atrás. Um grande advogado de empresas deu para preferir restaurantes que aceitem tíquete-refeição. Curada de seu “comprismo compulsivo”, uma professora de Chicago passou a buscar a felicidade naquilo “que o dinheiro não pode comprar”.
O gerente de uma imobiliária perdeu o faro para fuçar liquidações. Ultimamente, em vez de se espelhar na gravata nova que o colega “à direita” encontrou num balcão de pechinchas, ele anda de olho “nos quatro sujeitos à esquerda que foram demitidos e não arrumam emprego”. Cada um com seu jeito de encarar a crise. E todos comprando menos.
Debutou na praça um novo padrão de elegância, depois de uma longa era de extravagância e exibicionismo, que caducou de repente, mais ou menos pelo mesmo efeito de contágio que, no Brasil, marcou as gravatas Hermès e o uísque Logan como símbolos da Nova República alagoana, com o impeachment do presidente Fernando Collor.
O resultado, nos Estados Unidos, é uma retração do mercado bem maior do que a prevista pelos cálculos estritamente financeiros. Lá, pelo menos, não pegou a receita caseira do presidente Lula de afogar a marolinha do colapso econômico numa onda de consumismo cívico. Ao contrário, a abstinência conspícua abriu uma nova escola de grã-finagem. E, se valer o exemplo da grande depressão do século 20, a austeridade pode durar uma geração.
“Eu acredito mesmo que agora é tipo chique ou sei lá poupar dinheiro e catar centavos”, admitiu uma advogada à repórter Shaila Deway. “Nós todos tínhamos transbordado e estamos tentando voltar ao ponto onde deveríamos ter ficado”, explicou-se Sacha Taylor, a tal socialite que tirou o vestido de gala do armário.
Só havia um defeito na reportagem. Ela não saiu, como deveria, nas páginas de meio ambiente, que a tornaria naturalmente mais otimista. Bastava encaixá-la na moldura certa, a da outra crise, a do desenvolvimentista, que freou bruscamente em meados do ano passado. Aos olhos da hipocondria ambiental, nada mais saudável que uma pausa num crescimento que fazia os chineses comprarem 14 mil carros novos a cada 24 horas, injetava um Portugal inteiro por ano no mercado da classe média indiana e, num dia muito quente do verão de 2006, tirou 1.100 aparelhos de ar condicionado das prateleiras de uma única loja da cadeia Wal-Mart em Shenzhen.
Era isso que os ambientalistas queriam dizer, resmungando que não havia planeta que chegasse para tanto consumidor. Mas quem estava aí, meses atrás, para ouvir conversa de ambientalista, com um norte-americano custando à atmosfera terrestre, em CO2, o equivalente a 32 quenianos e todo mundo convencido de que chegara a sua hora de viver como norte-americano?
Fonte: www.oeco.com.br
segunda-feira, 16 de março de 2009
Greenpeace protesta em frente ao hotel de Lula, em Washington
A limusine do presidente passou pelo protesto, realizado em frente ao hotel em que ele está hospedado, após a reunião de Lula com John Sweeney, da AFL-CIO, a maior central sindical dos Estados Unidos.
Os manifestantes seguravam um cartaz com a frase "Lula, salve a Amazônia, salve o clima", em inglês e português. Nesta sexta-feira (13), o grupo publicou em alguns dos principais jornais brasileiros um anúncio em que dois gráficos, de inadimplência no sistema bancário e de emissão de dióxido de carbono, apresentam curvas semelhantes, com o apelo para que não apenas o primeiro problema fosse tratado no encontro entre Lula e o presidente dos EUA, Barack Obama, neste sábado.
O grupo informou que entregou ao uma carta na embaixada do Brasil em Washington ao conselheiro para Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Everton Frask Lucero, para ser encaminhada ao presidente, com uma série de reivindicações sobre meio ambiente, principalmente em relação à redução da emissão de gases do efeito estufa. (Fonte: Folha Online)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=44299
Triciclo ecológico desenvolvido por estudantes paranaenses é destaque internacional
Três estudantes de Design de Produto da Pontifícia Universidade Católica do Paraná desenvolveram um triciclo elétrico que pode ser utilizado movido também com pedaladas. O trabalho de conclusão de curso ganhou destaque internacional ao ser premiada na categoria de melhor conceito na International Fórum Design (IF Design), realizado na Alemanha durante a feira CeBIT, em Hannover.
O Trivia, como é chamado o produto, concorreu com outros 3.200 projetos do mundo todo. Esta foi a primeira vez que um protótipo brasileiro foi reconhecido nesta categoria pela premiação. “O prêmio é considerado o Oscar do design”, explica Felipe Aranega, um dos criadores do triciclo.
O trabalho começou a ser desenvolvido após uma pesquisa de mercado com a duração de seis meses. Entre as tendências verificadas, Aranega destaca a preocupação com a saúde, bem-estar e ecologia. Inicialmente Aranega e os colegas Felipe Costacurta e Sérgio Almeida pensaram em projetar uma bicicleta. Aos poucos o projeto foi aprimorado chegando ao protótipo do triciclo.
A opção por um veículo fechado permite que seja utilizado tanto para o esporte, na opção de pedaladas, quanto para o transporte. “Em dias de chuva é possível ir trabalhar com o triciclo”, diz Aranega. “A pessoa ainda pode voltar do trabalho, praticando um esporte”.
Se depender do modelo projetado pelos estudantes, os congestionamentos e a disputa por vagas de estacionamento, podem estar com os dias contados. Outro item da pesquisa, destacado pelo designer é o número de ocupantes por veículo. O levantamento apontou que a maioria dos carros tem 1,2 pessoas. “É um espaço desnecessário”, avalia. O triciclo é destinado a apenas um ocupante, o que torna seu tamanho reduzido em comparação com os veículos tradicionais.
Ibama apreende mais de 18 mil animais no Amazonas em 2008
Muitos dos animais são soltos imediatamente.
A superintendência do Ibama no Amazonas publicou esta semana um balanço de suas atividades segundo o qual, ao todo, foram apreendidos pelo órgão federal 18.087 animais no estado em 2008.
Muitos dos animais apreendidos, informa o Ibama, são soltos no próprio local da apreensão, quando as condições permitem. Tartarugas, por exemplo, comumente são apreendidas em embarcações nos rios onde foram capturadas e soltas imediatamente.
Foi registrada a entrada de 464 animais no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Manaus. Eles chegaram por meio de entregas espontâneas, apreensões e resgates realizados pelo Ibama ou instituições parceiras, como a Polícia Ambiental, a Secretaria de Meio Ambiente do Município de Manaus, o Exército e prefeituras do interior.
Dentre os animais que passaram pelo Cetas em 2008, há espécies ameaçadas de extinção, como, por exemplo, o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor), a onça-pintada (Panthera onca), a onça-parda (Puma concolor), o peixe-boi (Trichechus inunguis) e o falcão-peregrino (Falco peregrinus).
Ao todo foram aplicados 1.007 autos de infração ligados a irregularidades contra a flora e a fauna no Amazonas no ano passado, incluindo todos os tipos de poluição ou degradação do meio ambiente. São mais de R$ 521,4 milhões em multas.O estado do Amazonas tem 62 municípios e em 49 deles foi registrado algum tipo de sanção administrativa aplicada pelo Ibama. Manaus foi o município com maior número das multas aplicadas, seguido de Lábrea, Tefé, Parintins e Novo Airão. A maior parte das multas aplicadas no ano passado é ligada à utilização ilegal de recursos florestais.
http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1042539-16052,00.html
Macaco-prego abandonado em Belém é levado a zoológico
Animal foi encontrado acorrentado em área deserta.
Uma pessoa que passou no local chamou as autoridades.
Este macaco-prego (Cebus apella) foi levado nesta sexta-feira (6) a um zoológico em Belém por agentes do Ibama. Ele foi encontrado preso por correntes em uma área abandonada da capital paraense, na última segunda-feira, por uma pessoa que passava pelo local. Segundo o órgão federal, ele apresentava sinais de maus-tratos.
http://www.globoamazonia.com/Amazonia/0,,MUL1032684-16052,00.html
Frango adota ema em zoológico de Curitiba
Adoção é acompanhada por veterinários, que monitoram aproximações.
Ema rejeitada pelos pais biológicos é a única sobrevivente de ninhada.
No Passeio Público de Curitiba, um frango de granja adotou um filhote de ema, como parte de um projeto de incentivo à adoção entre animais de diferentes espécies. A adoação é acompanhada por veterinários e biólogos, que ajudam a monitorar as aproximações. De acordo com a prefeitura, a ema é a única sobrevivente de uma ninhada que nasceu no zoológico. Como houve rejeição, o filhote foi levado para ser tratado no Passeio Público e voltará para seu grupo assim que se desenvolver um pouco mais (Foto: Orlando Kissner/SMCS)
http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL1024217-5598,00.html
Cachorros vão parar na delegacia no RS
Prefeitura informou que canil está superlotado e bichos foram soltos.
Pelo menos 13 cachorros de rua foram encontrados pela Brigada Militar dentro de um reboque em um condomínio de Esteio (RS). A denúncia foi feita por moradores. De acordo com eles, o síndico de 74 anos determinou o confinamento. Ele nega que tinha a intenção de matar os bichos.
O conjunto de prédios tem 704 apartamentos. De acordo com o síndico, os cachorros passam pelas grades e invadem os pátios. Ele afirma que contratou uma pessoa para recolher os bichos e colocá-los no reboque, que foi emprestado. Depois, os animais seriam levados para outro ponto da cidade. "Já liguei várias vezes para a prefeitura e falam que o canil não tem mais capacidade. Já fiz isso outras vezes e nunca maltratei ninguém. Eles são animais doentes, com pulga e sarna. Defecam pelas ruas, infestando tudo. Ninguém aguenta mais. É a solução que encontrei", disse.
Mesmo assim, o síndico foi até a delegacia se explicar. Os policiais registraram a ocorrência e liberaram o síndico e a pessoa contratada por ele para transportar os cachorros.
Depois disso, os agentes foram informados pela prefeitura que o canil municipal está superlotado. Sem alternativas, os policiais liberaram os cachorros, que voltaram às ruas.
A chefe de gabinete da prefeitura de Esteio, Elise Müller, disse que há projetos em estudo para aumentar a área do canil.
*(Com informações do Zero Hora)
sábado, 14 de março de 2009
Chico não resistiu...
Chico não foi resgatado a tempo, não resistiu a tanto sofrimento...
Mas morreu cercado de muito amor e carinho.
O seu dono não deixava que ninguém o levasse ao veterinário. Com muito sacrifício o dono deixou que o levassem embora desse "lar".
Embora não pareça, ele era um pitbull....
A Cris ficou com uma conta de 900 e poucos reais gastos com medicamentos, transfusão de sangue e internações.
Agradecemos à todos que puderem ajudá-la.
Conta para depósito:
Bco 409 (Unibanco)
Ag. 0611
c/c 148.973-5
CPF 174.725.418-50
Cristiane Paula do Vale
A história do Chico:
http://aiprock1.blogspot.com/2009/03/cao-muito-magro-precisa-de-sua-ajuda.html
Sem estrutura adequada, cães podem ser abatidos
Segundo Seolin, caso um animal esteja solto na rua e ameaçando pessoas, a ordem é abater o cão.
– Não temos o que fazer. Não temos material para pegá-lo, nem viatura para transportá-lo, nem um canil para acomodá-lo. Só nos resta abater o animal antes que ele ataque alguma pessoa – afirma o comandante.
Mesmo não sendo de sua responsabilidade, a Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde é quem atende a chamados de cães perigosos.
De acordo com o responsável pelo setor, o veterinário Rogério Poletto, no ano passado a equipe registrou cerca de 120 ocorrências de animais ferozes e de grande porte. Mesmo sem o aporte da lei, que designa a Patram para o controle desses animais, a vigilância atua baseada no Código de Posturas. A legislação municipal obriga os proprietários a manter os cães fechados nos pátios e bem tratados.
– Atuamos bastante com educação. Explicamos o perigo que o cão oferece e damos um prazo para o dono adequar a cerca da casa antes de aplicarmos multa. O ideal é que os animais fossem microchipados (como já ocorre em Porto Alegre, onde há lei municipal nesse sentido), pois algumas vezes temos muita dificuldade de encontrar o dono do cão – explica Poletto.
A Sociedade Amigos dos Animais (Soama) de Caxias do Sul não recolhe animais nem atende a chamados de cães perigosos por não serem suas essas responsabilidades e por não ter estrutura. De acordo com o convênio que a entidade mantém com a prefeitura, a obrigação é promover programas educativos e manter os animais que já estão na chácara.
Fonte: Clic Rbs (13/03/2009)
Calor absorvido quadruplica no Ártico
Medições via satélite feitas pela Nasa no Alasca indicam que retração da superfície congelada é 26% maior que a normal em meses quentes
A quantidade de calor do Sol absorvido pelo Ártico quadruplicou nos últimos 30 anos, o que aumenta o risco de o sistema climático do planeta cruzar uma fronteira sem volta. O número, apresentado ontem encontro de especialistas do clima que ocorre até quinta em Copenhague (Dinamarca), saiu de levantamento feito pela Nasa com imagens de satélite.
A maior absorção de calor decorre da perda de superfície branca de gelo (veja quadro à esq.). Ela gera um ciclo vicioso no qual a própria perda da superfície congelada acelera o processo de derretimento.
Os números da Nasa saíram de observações entre 1973 e 2007 em regiões próximas ao Alasca que perderam muito gelo. Ao contrário das placas congeladas, que refletem quase toda a luz, o mar absorve o calor e passa a contribuir diretamente para derreter a calota polar.
De acordo com Son Nghiem, pesquisador do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa que apresentou os dados na conferência, o processo pode explicar as grandes perdas de áreas congeladas nos anos recentes.
Entre 1998 e 2008, a redução da superfície de gelo no Ártico durante o verão foi 26% superior ao normal. A média nas duas décadas anteriores, embora já indicasse uma diminuição anormal, havia sido de 4%.
O processo observado no Ártico revela que, devido ao aquecimento global, a região pode estar próxima ao chamado "ponto de virada" -momento em que o processo não pode mais ser revertido. A partir dessa marca o sistema climático seguiria em "resposta positiva", com sua deterioração se retroalimentando, acelerando um eventual colapso.
No polo Norte, o colapso significaria a perda total de gelo durante o verão. A redução total da camada de gelo na região nos meses mais quentes, medida desde os anos 70, já é de 40%. "Ainda não podemos dizer com certeza se o gelo no oceano Ártico deixará de existir no verão. Mas dizemos que os impactos deste fenômeno seriam grandes", diz Nghiem.
Pesquisas recentes da Universidade de Colorado indicam que as calotas da região poderiam deixar de existir em duas décadas. Mas, para Nghiem, o leve aumento da extensão da área congelada no último verão indica que o sistema tem maior capacidade de se recuperar.
A discussão sobre os polos do planeta está ganhando corpo no encontro científico em Copenhague. Alguns cientistas voltaram a alertar que permitir que uma elevação na temperatura de 3C poderia causar o derretimento completo da cobertura de gelo da Groelândia.
Outros cientistas, porém, são um pouco menos pessimistas. "Adotando as atuais medidas de estabilização do clima -como a redução de 80% das emissões em 2050 proposta pelo G8- há uma chance de 55% de a Groelândia não atingir o "ponto virada" ", diz Jason Lowe, do Centro Hadley, da Inglaterra.
Fonte: Folha de São Paulo, 11/03/2009
terça-feira, 10 de março de 2009
A crise é uma extraordinária oportunidade
Fonte: O Globo
Para presidente do Instituto Akatu, é o momento de as pessoas repensarem os seus padrões de consumo
Osvaldo Soares
osvaldo@oglobo.com.br
Diretor-presidente do Instituto Akatu Pelo Consumo Consciente, Helio Mattar consegue enxergar uma boa notícia em tempos de tantos abalos na economia global. Para ele, a crise é uma grande chance para as pessoas mudarem seus padrões de consumo em busca de uma sociedade mais sustentável.
Algo que, segundo Mattar, terá que ser feito mais dia menos dia, seja por causa do desemprego ou da falta de crédito, seja devido ao esgotamento dos recursos naturais decorrente dos atuais patamares de produção e consumo. Para ele, vivemos na “sociedade da falta”, em que nunca estamos satisfeitos. “A gente precisaria de uma sociedade do bastante, na qual as pessoas vão consumir aquilo que basta a elas para ter bem-estar”. Nesse processo, propõe até a redução do número de horas de trabalho. Ainda segundo ele, a crise reduzirá a marcha do movimento de responsabilidade social no país, mas será mais bem enfrentada pelas empresas que já incorporaram a sustentabilidade à sua gestão.
GLOBO: Como um consumidor consciente deve fazer na crise atual? Se continuar comprando, como pediu o governo, ele ajuda a pôr o planeta em risco. Por outro lado, se diminuir o consumo, ele ajuda a reduzir a atividade econômica e a agravar a crise, que já resulta em milhares de demissões...
HELIO MATTAR: Em primeiro lugar, a gente deve ressaltar que esta crise é uma crise do consumo.
Deriva do excesso do consumo que uma grande parcela da população americana procurou fazer em cima de ativos que estavam supervalorizados.
Em outras palavras, o indivíduo tinha uma casa que valia US$ 100 mil. Ele refinanciava o imóvel, cujo valor de mercado supostamente se valorizara para US$ 150 mil ou US$ 200 mil. Um banco oferecia a ele então um financiamento tendo como colateral (garantia) a casa, ou aquela parcela do imóvel que havia se valorizado. O indivíduo recebia esse dinheiro e o usava não para investir, para gerar recursos para ele, mas para consumir. Então esta é uma crise do sobreconsumo.
O GLOBO: Por que o senhor diz que as consequências da crise também têm a ver com o sobreconsumo?
MATTAR: Vamos ver quais são os principais setores afetados. O primeiro é o automobilístico. No Brasil, houve uma queda de até 30% nas vendas do último mês (dezembro) contra o último mês do ano anterior. Nos Estados Unidos, a queda foi de 50%.
Numa sociedade em que os produtos têm uma obsolescência programada, as pessoas continuamente estão atualizando seus produtos. No momento de uma crise, obviamente elas estão com os produtos atualizados e não há obsolescência programada que dê jeito nisso.
O GLOBO: O que é a obsolescência programada?
MATTAR: Isso é uma coisa discutida cotidianamente como estratégia das empresas de produtos. Um liquidificador custa, sei lá, R$ 50, R$ 60. Ele vai durar um ano, dois anos, e acabou, você nem vai mandar consertar. Cinquenta anos atrás, meus pais mantinham um liquidificador por 30 anos, ele literalmente era um produto durável.
Custava obviamente muito mais caro, mas por 30 anos só demandava da natureza uma única vez.
O GLOBO: Como agir então na crise?
MATTAR: A pergunta que você me faz é a seguinte: como é que a gente faz para compatibilizar a questão econômica com a social e a ambiental. E a resposta é a seguinte: a crise é uma extraordinária oportunidade de as pessoas compreenderem que é possível viver de uma outra forma. É possível não viver numa sociedade em que a gente tenha uma contínua tensão do consumo e que eu caracterizo como sendo a sociedade da falta...
O GLOBO: Por quê?
MATTAR: Porque sempre estamos em falta. A gente acabou de comprar um telefone celular, já surgiu um outro e nós pensamos: puxa vida, olha que pena, comprei hoje e o novo aparelho tem aquele recurso e tal. Então é a sociedade da falta, a gente nunca está satisfeito. A gente precisaria de uma sociedade do bastante, aquela na qual as pessoas vão consumir aquilo que basta a elas para ter bemestar.
Elas vão substituir aquilo que hoje seria uma sociedade da acumulação por uma sociedade do bem-estar. O que as pessoas precisam se perguntar é: o que eu preciso para o meu bem-estar?
GLOBO: Que outras características teria essa sociedade?
MATTAR: As pessoas buscariam um sentido para as suas vidas não no consumo. O significado de viver estaria nas emoções, nos afetos, nas amizades, nas coisas que de fato compreendem o bem-estar das pessoas. E o consumo seria apenas um instrumento para o bem-estar. Essa sociedade, do ponto de vista ambiental, seria muito mais sustentável. Do ponto de vista econômico, teria muito menos risco, porque as pessoas se endividariam menos. A crise pode mostrar às pessoas que consumir, consumir, consumir pode não ser uma maneira de viver. Em vez de ficarem chateadas por causa da crise, aproveitem para se perguntar do que realmente precisam. E aproveitem para usar o seu tempo, que aliás é precioso,para fazer coisas que não tenham custo.
Para fazer um passeio pelo parque, para estar com os amigos, para fazer um roteiro cultural, visitar um museu. Para fazer coisas que as alimentem emocionalmente e tenham baixa despesa.
O GLOBO: O senhor disse, em outra entrevista, que as pessoas precisam repensar o seu estilo de vida, para consumir menos e gerar menos lixo. No caso do celular, por exemplo, o senhor disse que na fabricação de um aparelho são gastos entre dez e 20 vezes o peso dele em recursos naturais. No caso do automóvel, duas vezes. Olhando por esse lado, a crise é uma boa notícia para o meio ambiente?
MATTAR: Desse ponto de vista, a crise seria uma ótima notícia para o meio ambiente, se as pessoas e os governos raciocinassem sobre o atual modelo de produção e consumo. Mas acaba sendo má notícia, porque as pessoas morrem de medo do desemprego que vai ser criado. Agora, a crise é ainda uma oportunidade para se pensar se a gente não deveria reduzir a carga de trabalho. Se a gente não deveria pensar num processo em que se redistribuísse renda, reduzindo a carga de trabalho e incluindo no mercado mais pessoas. Mas isso só é possível se as pessoas se derem conta de que consumo não é igual a felicidade.
O GLOBO: Qual a diferença, na prática, de uma redução do consumo provocada pela crise e uma causada por um novo estilo de vida?
MATTAR: A diferença é que, na crise, dado que as pessoas não se dão conta do sofrimento que estão vivendo na sociedade da falta, elas vão achar que só há coisas ruins. Já se elas fizessem uma mudança no seu modelo de vida e nos seus valores, iam se dirigir a isso com alegria, iam dizer: puxa, esta é uma oportunidade de eu trabalhar menos, de estar mais em contato com os amigos, de me dedicar ao meu desenvolvimento espiritual, para ter uma vida mais plena do que esta em que eu trabalho, trabalho, trabalho, me endivido, me endivido, me endivido, consumo, consumo, consumo, tudo isso para poder trabalhar, trabalhar, trabalhar mais, e aí não vai ter jeito.
O GLOBO: Quais serão os principais reflexos da crise no movimento de responsabilidade social empresarial no Brasil?
MATTAR: A gente tem que olhar pelo menos três grupos no mercado. Tem o das melhores empresas, que já incorporaram a cultura da sustentabilidade aos seus negócios. Nessas, imagino que a mudança não será pronunciada. O segundo é daquelas que ainda fazem ações de sustentabilidade de maneira muito fragmentada, onde a sustentabilidade não se tornou ainda uma cultura. Nessas, eu imagino que haverá um maior efeito. A evolução para uma cultura de sustentabilidade será mais lenta, porque os esforços vão estar voltados para a sobrevivência. Depois há um terceiro grupo de empresas, sem preocupação efetiva com cultura de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.
Essas vão continuar operando como sempre. Para o movimento como um todo, talvez diminua um pouco a velocidade na qual a ação de sustentabilidade vai se dar. Mas não nas melhores empresas. E essas é que são importantes, porque puxam o mercado.
O GLOBO: Elas estariam então mais bem aparelhadas para enfrentar a crise?
MATTAR: Não tenho dúvida. As empresas com uma cultura de sustentabilidade mais consolidada têm um nível de participação dos funcionários muito maior. Há elementos que fazem a ligação, servem de fio condutor entre as várias pessoas para que a empresa funcione como ela funciona. E isso num momento de crise torna a empresa, como se diz em física, mais resiliente. O que quer dizer isso? Um organismo mais interligado, em vez de fragmentado, quando toma uma pancada a absorve e volta à posição original. É isso que ocorre com as empresas em que uma gestão sustentável já se colocou na prática. A empresa tem mais resiliência porque os seus funcionários, como um todo, têm uma visão comum.
"A crise pode mostrar às pessoas que consumir, consumir, consumir pode não ser uma maneira de viver.
Em vez de ficarem chateadas por causa da crise, aproveitem para se perguntar do que realmente precisam"
Helio Mattar, presidente do Akatu
segunda-feira, 9 de março de 2009
Respeito e dignidade dentro do CCZ de São Paulo
Até agora temos: 5354 Assinaturas...
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No dia 16/03/09 teremos uma reunião com o secretário de saúde de São Paulo, pretendo levar a petição.
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Será muito importante termos pelo menos 10.000 pra eles perceberem que apesar deles não se importarem com os animais... tem muita gente que se importa.
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ASSINEM E REPASSEM, POR FAVOR
http://www.petitiononline.com/ccz12916/petition.html
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Por favor repassem para todos os seus contatos.
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E atenção tem de ser o nome completo!!!
domingo, 8 de março de 2009
A história do peixe-palhaço (ou peixe-das-anêmonas) que se perdeu no mar, no filme Procurando Nemo, de 2003, pode ser uma mostra do que está por vir. Segundo cientistas, os níveis de CO2 podem fazer os peixes perderem seu senso de orientação.
Testes feitos com larvas dos peixes-palhaço mostraram que eles ficam desorientados e não conseguem encontrar o lugar apropriado para viver se a água do mar absorver CO2 (dióxido de carbono) da atmosfera.
O efeito é potencialmente devastador para uma série de populações de peixes porque muitos dependem dos odores da água do mar para encontrar os hábitats adequados para viverem, afirmam pesquisadores que estão investigando o impacto dos gases de efeito estufa sobre a vida marinha.
Os oceanos absorvem enormes quantidades de dióxido de carbono liberado com a queima de combustíveis fósseis. Com a absorção desses gases, os oceanos ficam mais ácidos. O pH global dos oceanos diminuiu 0,1% desde o período pré-industrial. Mas, com o esperado aumento das emissões de carbono, esse pH deve cair 0,3% ou 0,4% até 2100. Escrevendo na revista norte-americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), os cientistas descreveram como as larvas do peixe-palhaço perdem a capacidade de sentir odores vitais quando em águas mais ácidas por causa dos danos causados ao seu olfato.
"Eles não conseguem fazer uma distinção entre seus próprios pais e outros peixes e são atraídos para substâncias que antes evitariam. Isso significa que as larvas terão menos oportunidade de encontrar seu verdadeiro hábitat, e isso pode ser devastador para as suas populações", disse Kjell Doving, coautor do estudo e pesquisador da Universidade de Oslo.
O CAMINHO
As ovas dos peixes são levadas pelas correntes oceânicas. Ao sair das ovas, as larvas normalmente captam odores que as conduzem para os recifes e anêmonas, onde fazem as suas moradas. No estudo, os cientistas acompanharam como as larvas seguem os odores em águas normais, com um pH de 8,15, em comparação com seu desempenho em uma água do mar levemente ácida, imitando as condições oceânicas esperadas para 2100 e adiante.
Com as águas a um pH de 7,8, as larvas não seguiram os odores liberados por recifes e anêmonas. Em vez disso, foram atraídas para cheiros que normalmente evitam, incluindo aqueles liberados por plantas e outros organismos que crescem em tipos de hábitat inadequados para os peixes. As larvas, assim, não conseguem usar o olfato para fazer distinção entre seus familiares e outros peixes. A um pH de 7,6, as larvas não conseguiram seguir nenhum tipo de odor na água e passaram a nadar sem direção certa.
DIFERENÇA
0,4% é quanto a acidez
das águas dos oceanos deve aumentar até o ano de 2100, em comparação com o período pré-industrial, que antecedeu as grandes emissões de CO2
Fonte:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090204/not_imp317876,0.php
quarta-feira, 4 de março de 2009
Os bichinhos de estimação chineses sofrem os efeitos da crise
Agora eles são forçados a comer a sobras e alguns perderam o teto e vagam sozinhos pelas ruas: a crise econômica global atingiu em cheio os bichinhos de estimação dos chineses.
Na cidade de Guangzhou, no sul, a Private Pets Home e a Home for Stray Animals, duas organizações de ajuda aos animais, estão com uma superpopulação de bichinhos abandonados por seus donos, segundo o jornal China Daily desta quarta-feira.A Associação de Bichos de Estimação de Guangzhou registrou um aumento de 20% de casos de abandono desde o fim do ano passado.
"Tive que dar oito cachorros para meus amigos", conta Wu Yongxian, uma apaixonado por bichos, que agora só tem três cães.
"Já não compro mais ração e eles têm que comer meus restos de comida", explicou.
Além disso, o alto preço dos animais nos petshops obrigou as famílias chinesas a cortar esse luxo de seu orçamento.
As lojas começaram a baixar os preços em consequência da crise. Um cachorro de raça custava cerca de 8 mil uanes (1.170 dólares), mas agora são vendidos por 3 mil iuanes.
A criação de animais de estimação explodiu na China nos últimos anos em meio a uma classe média cujos rendimentos permitiam proporcionar alguns luxos para seus bichinhos, além do mero susento.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/03/04/os+bichinhos+de+estimacao+chineses+sofrem+os+efeitos+da+crise+4501918.html
Menina criada por cães só rosna
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=15ECA3F3-9766-458C-8B66-DBCA872D4F01&channelid=00000091-0000-0000-0000-000000000091
Animais transportados irregularmente
Em Anastácio,MS foram apreendidos animais equinos, sem devida Guia de Transporte Animal (GTA), foram encontrados no veículo Ford-F4000 de MS. Por não estar devidamente regularizado para o tranporte animal.
Foram encaminhdos ao IAGRO local, para devidas providências cabíveis.
http://www.pantanalnews.com.br/contents.php?CID=22027Cão muito magro precisa de sua ajuda - Suzano - SP
terça-feira, 3 de março de 2009
Zoo cria mãe mecânica para filhote de macaco
O animal, da espécie macaco-de-Brazza, nasceu por operação cesariana no Port Lympne Wild Animal Park em Kent, no sudeste da Inglaterra e, com três semanas de vida, recebeu como companhia um macaco de brinquedo com um coração mecânico.
O chefe da área de primatas do zoológico, Simon Jeffery, disse que espera que o coração mecânico - que funciona quando o filhote aperta o brinquedo - ajude o animal a se acostumar ao batimento cardíaco da mãe verdadeira.
O irmão do filhote, Hoggle, também foi criado isoladamente e depois entregue aos pais, Bamboo e Tom. O mesmo ocorreu com um outro macaco, da espécie "Diana", chamado Keymon.
"Eventualmente espera-se que o filhote possa se unir aos seus pais, irmãos e o resto do grupo", disse Jeffery.
"Keymon e Hoggle foram reintroduzidos no grupo com sucesso depois de poucos meses, então sabemos por nossa experiência anterior com primatas criados isoladamente que isto funciona e garante que eles tenham um bom começo na vida." A macaquinha ainda não tem nome.
O macaco-de-Brazza tem testa de cor castanha, pálpebras brancas e membros negros com uma listra branca na coxa.
Ele é encontrado em florestas perto de fontes de água e vegetação densa na África central e recebeu esse nome em homenagem ao explorador francês Pierre Savorgnan de Brazza, que fundou a cidade de Brazzaville no Congo.
http://bichos.uol.com.br/ultnot/bbc/ult4550u635.jhtm
Cães doados pelo canil municipal de Porto Alegre passam a receber chip para coibir maus-tratos
Especial para o UOL Notícias
De Porto Alegre
Por meio da implantação de um chip na região dorsal, será possível encontrar animais perdidos e obter informações sobre seus donos. Cada equipamento implantado terá um número que dará acesso ao cadastro do animal e a dados dos proprietários, como endereço e identidade.
A medida, segundo o veterinário responsável pelo projeto, tem foco no controle de doenças transmitidas pelos animais. José Carlos Sangiovanni explicou que os cães saem do canil municipal vacinados contra a raiva e vermifugados. Cabe aos proprietários, depois da adoção, manter a cartela de vacinas atualizada e zelar pela saúde dos mascotes.
"Com a identificação dos animais, podemos também identificar o proprietário e responsabilizá-lo em caso de abandono ou maus-tratos", disse. Apenas no primeiro semestre de 2008, mais de 2.500 vacinas antirrábicas tiveram de ser aplicadas em Porto Alegre, devido às agressões caninas. Esse número poderia cair caso houvesse mais informações sobre vacinações de animais.
O circuito eletrônico, fabricado em São Carlos (SP), fica dentro de uma cápsula de vidro de 2,2 milímetros por 12,2 milímetros. O chip é coberto por uma película antimigratória, que o impede de mudar de lugar no corpo do animal. A inserção é subcutânea, feita com uma agulha.
A responsabilidade legal pelos cães está prevista no Código Municipal da Saúde, no Código de Posturas do município e na Lei de Crimes Ambientais. As penalizações, entretanto, são raras em função da dificuldade de se relacionar os animais a seus proprietários.
"A política de controle da população animal doméstica parte do princípio da identificação", explicou o coordenador da vigilância ambiental de zoonoses do Estado, Celso dos Anjos.
Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa pretende estender a obrigatoriedade de identificação a todos os cães do Estado. Segundo o coordenador, o registro eletrônico facilita o combate a focos de doenças, especialmente a raiva. "Com o chip, fica mais fácil localizar e vacinar os cães infectados no caso de um surto de raiva", disse dos Anjos.
A Prefeitura de Porto Alegre estima que existam 300 mil cães na cidade, dos quais 15 mil nas ruas em situação de indigência. A previsão, na primeira etapa do programa, é identificar 2.000 animais que circulam por ano no Canil do CCZ, que adquiriu um estoque de 5.000 chips. Cada equipamento, incluída a inserção, custa R$ 15. O centro mantém uma média de 40 animais para doação por mês.
A medida, entretanto, foi critica por entidades protetoras de animais. Segundo Airton Marcolino, presidente da Associação Pró-Direito dos Animais de Porto Alegre (Aprodan), a adoção de animais será dificultada com o monitoramento. "Vai ficar ainda mais difícil conseguir um dono para os cachorros de rua", disse.
A associação tem 700 cães sem raça à espera de um dono. Hoje, apenas um em cada cem animais consegue ser adotado, informou Marcolino. "A prefeitura não nos ajuda dessa forma", disse ele, que sugeriu uma campanha de esclarecimento para os proprietários de cães.
A presidente da Associação Gaúcha de Proteção aos Animais (AGPA), Lenir Oliveira Pascoal, também é contra a medida. Ela defendeu políticas públicas de castração em massa dos animais de rua, em vez do investimento em identificação eletrônica. "Também ajudaria se o centro melhorasse as condições de hospedagem de seus animais", afirmou. Segundo ela, as condições do canil do CCZ são precárias.
http://bichos.uol.com.br/ultnot/ult295u2840.jhtm
domingo, 1 de março de 2009
COELHOS: UM MASSACRE IGNORADO
• são mantidos em terríveis condições, em minúsculas e sujas gaiolas de metal , circundados pelos seus próprios excrementos;
A PARTIR DE AGORA VOCÊ NÃO PODERÁ MAIS DIZER: "EU NÃO SABIA". NÃO COMA CARNE DE COELHOS OU DE QUALQUER OUTRO ANIMAL E NÃO USE A SUA PELE. SÓ ASSIM VOCÊ PODERÁ SALVÁ-LOS DA BRUTALIDADE E DA GANÂNCIA HUMANA.
Peta elege as celebridades mais mal vestidas de 2009
Todos os anos, o Peta - People for the Ethical Treatment of Animals ou Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais, em português - elege as celebridades mais mal vestidas.
O critéio é simples: entram na lista todos os famosos que usam roupas feitas de pele de animais. De acordo com o Peta, as celebridades têm influência na indústria da moda e, por isso, deveriam dar o exemplo, "para que todos saibam que a crueldade com os animais nunca está na moda".
"Este ano você vai encontrar a maioria dos corações frios, ofensores de mau gosto, porque qualquer celebridade que realmente se importe não usa pele de animais mortos", diz o texto que introduz a votação.
Na lista, estão a cantora Mary J. Blige, a atriz Elizabeth Hurley, a atriz Maggie Gyllenhaal, o ator Ashton Kutcher, a atriz Lindsay Lohan, a cantora Madonna, a atriz Demi Moore, a modelo Kate Moss , as gêmeas Ashley e Mary Kate Olsen, a cantora Jessica Simpson e o rapper Kanye West. A votação acontece até o dia 2 de março.
O consumo de carne e a degradação da Floresta Amazônica. Entrevista especial com Elke Stehfest
Fonte: IHU On-line
Na opinião da bióloga e cientista ambiental holandesa Elke Stehfest, o desmatamento realizado para a agricultura, seja para plantio de alimentos ou para o plantio de pastagens para o gado, é o fator de maior impacto na diminuição da Floresta Amazônica. Na entrevista que concedeu ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU por e-mail, a pesquisadora que trabalha na Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, na equipe IMAGE, destaca o “forte efeito da produção pecuária, especialmente criação de gado, sobre o efeito estufa”. Isso é confirmado no estudo que realizaram, acentua. A equipe IMAGE esteve extensivamente envolvida no recente relatório do IPCC e em vários outros estudos e avaliações sobre mudanças ambientais globais.
Stehfest acentua que o consumo mundial de carne precisa ser reduzido, e enumera vários outros motivos para diminuir esse consumo, para além do aumento do aquecimento global. Saúde, conservação da biodiversidade e bem-estar animal são alguns desses motivos.
Confira a entrevista.
IHU On-Line – A dieta do clima proposta pela Agência de Impacto Ambiental da Holanda sugere consumir até 400g de carne por semana. Com isso, a pretensão é que se reduza a emissão dos gases estufa em 10%, já que se diminuiria o número de animais criados. Qual é a viabilidade dessa proposta?
Elke Stehfest – Nós realmente calculamos um cenário com cerca de 400g de consumo de carne por semana e per capita, no mundo todo. Para muitos países desenvolvidos, isso significaria reduzir seu consumo de carne para 2/3. Para alguns países africanos isso na verdade significaria um crescimento comparado com a referência. É difícil dizer algo sobre a viabilidade, e não examinamos isso em nosso artigo. Isso obviamente depende de medidas que devem ser tomadas para que se consiga uma redução no consumo de carne. As possíveis medidas são:
- Informar os consumidores a respeito dos benefícios da redução do consumo de carne para a biodiversidade, clima e para sua própria saúde. Talvez introduzindo rótulos informativos nos produtos;
- Viabilizar alternativas saborosas para a carne. Por exemplo, burgers vegetarianos e molhos;
- Um passo ainda maior seriam medidas para proteger florestas tropicais, colocando um preço no carbono da terra. Nas negociações climáticas de Copenhagen, o mecanismo “Reduzindo Emissões do Desmatamento e Degradação” (“Reducing Emissions from Deforestation and Degradation”, REDD) é discutido como uma medida possível para reduzir emissões. Ambas podem ter um efeito nas áreas usadas para produção de carne e alimento.
IHU On-Line – Quais são as evidências científicas entre a criação dos bovinos e o aumento do efeito estufa?
Elke Stehfest – O forte efeito da produção pecuária, especialmente criação de gado, sobre o efeito estufa é muito bem estabelecido, e novamente confirmado em nosso estudo. Um dos mais bem conhecidos estudos é “A grande sombra da pecuária” ("Livestock'
IHU On-Line – Que outros hábitos alimentares humanos vêm interferindo seriamente no clima?
Elke Stehfest – A produção pecuária para carne e leite/laticínios tem mesmo o maior impacto nas emissões de gases de efeito estufa.
IHU On-Line – Nesse estudo, vocês sugerem que se inclua nos rótulos o custo ambiental da carne. Acredita que a população já está suficientemente preparada e mobilizada para esse tipo de alerta?
Elke Stehfest – Alguns governos, como o holandês, também perceberam o grande impacto do consumo de carne. O governo não quer controlar a escolha dos consumidores, mas quer prover todas as informações que os farão ter uma escolha informada.
IHU On-Line – Além do fator ambiental, que outros motivos teríamos para não ingerir carne?
Elke Stehfest – Embora não sejamos especialistas nessas áreas e não examinamos isso em detalhe, afirmo que existem outras razões bem conhecidas pelas quais as pessoas comem menos carne. Saúde deve ser a razão mais importante para a redução do consumo de carne bovina e suína, uma vez que ambas são suspeitas de contribuírem para câncer no intestino e doenças coronárias.
Outras razões ambientais, junto com a mudança climática, são a conservação da Natureza e da biodiversidade, isto é, menos desmatamento tropical para a produção de carne e soja. O bem-estar animal é uma das outras importantes razões pelas quais as pessoas tentam comer menos carne ou mesmo sejam vegetarianas.
IHU On-Line – O economista norte-americano Jeremy Rifkin afirma que estamos destruindo a Amazônia para alimentar vacas. Como esse ecossistema vem reagindo a essa investida pecuarista?
Elke Stehfest – O desmatamento para a agricultura, tanto para plantio quanto para pastagem para o gado, é a mais importante razão para a degradação da Floresta Amazônica. Os efeitos desse desmatamento são:
- perda de habitats naturais
- extinção de espécies
- degradação ou erosão dos solos
- efeitos hídricos como aumento de inundações
- problemas na viabilidade de recursos hídricos com menos tamponamento florestal
- desmatamento em larga escala pode causar a morte de ainda mais florestas
- queda das chuvas em áreas de plantio no leste do Brasil (uma vez que as nuvens/chuvas são produzidas sobre a floresta tropical amazônica).
IHU On-Line – Segundo estimativas, para cada 900 kg de alimento produzido, se produz apenas 1 kg de carne. Chegou a hora de revermos nosso padrão alimentar?
Elke Stehfest – Sim, a produção de carne, especialmente a bovina, utiliza uma grande quantidade de investimento, e também investimento de terra em função de alimentar a crescente população mundial. Para conservar os habitats naturais do mundo, o atual consumo de carne dos países em desenvolvimento não pode ser seguido. Ele deve ser reduzido.
IHU On-Line – Para esse mesmo 1kg de carne produzido são necessários de 20 a 30 mil litros de água. Além disso, a pecuária é responsável por 1/3 da poluição de águas potáveis com nitrogênio e fósforo. Pode-se falar em um comprometimento do potencial hidrológico do qual dispomos em função da criação de gado?
Elke Stehfest – Os números do uso de água para a produção de carne bovina parece alto, possivelmente porque inclui a evaporação/transpiração do pasto. Se considerarmos apenas o consumo de água pelo gado da ordem de 4 a 10 litros por quilo de alimentação seca consumida e a conversão de eficiência de 30 a 60 quilos de alimento seco por quilo de carne, o consumo de água é de uma magnitude menor.
No que se refere à poluição das águas superficiais e subterrâneas, não achamos que os problemas são tão graves quanto em países como a Holanda, onde mais gado é criado em estábulos e o esterco é espalhado por áreas relativamente pequenas de terra. Nos estados brasileiros com áreas importantes de criação de gado, os sistemas são geralmente mais extensos. Com lençóis de água profundos e transporte lento de água e nitrato pelo sistema subterrâneo, as chances de ocorrer desnitrificação são grandes. Mas sim, é correto dizer que a produção de carne bovina pode contribuir para a poluição da água da superfície e subterrânea, mas é difícil dizer sem mais informações que essa contribuição é de 1/3.
Biocombustíveis: solução ou problema?
A demanda crescente por biocombustíveis está gerando graves problemas sociais e ambientais. Precisamos imediatamente de padrões globais de sustentabilidade. Participe da campanha: |
Nem todos os biocombustíveis são ruins, a cana de açúcar brasileira por exemplo é mais eficiente que o milho dos EUA. Por isso precisamos de padrões globais para garantir que eles sejam produzidos de uma maneira correta sem comprometer a segurança alimentar da população, sem aumentar a desigualdade social, nem contribuir para o desmatamento. Participe da campanha por biocombustíveis sustentáveis, clique no link para enviar uma mensagem para seu representante:
http://www.avaaz.
Com tanta desigualdade no mundo a troca pode ser cruel: o tanque de um veículo grande utilitário consome uma quantidade de milho suficiente para alimentar uma pessoa por um ano. Mas os biocombustíveis não são nem deveriam ser o vilão da história, o problema são as metas astronômicas dos EUA e União Européia3 que não diferencia as práticas boas das ruins. Como resultado a monocultura se alastra pelo Brasil, florestas são desmatadas na Indonésia e as reservas de grãos pelo mundo estão baixando de forma alarmante. Os países ricos colocam sua etiqueta “ecológica” ás custas do prejuízo ambiental e social do cone sul, e as multinacinoais continuam a encher os bolsos.
Precisamos de padrões internacionais de produção de biocombustíveis imediatamente. Esse final de semana nossos representantes estarão na reunião do G20 em Chiba no Japão discutindo a soluções para o aquecimento global e essa é a nossa oportunidade de divulgar essa campanha e fazê-la ouvida pelos nossos governantes. Envie sua mensagem agora mesmo pedido uma regulamentação global para os biocombustíveis:
http://www.avaaz.
A conscientização sobre esse problema não vai acabar com a fome do mundo nem parar o aquecimento global, mas é um primeiro passo essencial. Agora é a hora de confrontarmos as soluções falsas de curto prazo e demandar soluções verdadeiras e sustentáveis. Podemos mostrar para nossos governantes que queremos fazer a coisa da forma correta, não da maneira mais fácil. Chegou a hora de colocarmos as pessoas e o planeta acima das políticas e do lucro que direcionam os acordos internacionais e nos fazer ouvir pelos nossos representantes.
Com esperança,
Ben, Ricken, Iain, Galit, Paul, Graziela, Pascal, Esra'a, Milena – a equipe Avaaz
FONTES:
[1] Agência Brasil. "Relatório da FAO aponta riscos à segurança alimentar com produção de biocombustíveis" http://www.agenciab
[2] O Globo Online. "Os biocombustíveis e a segurança alimentar. http://oglobo.
[3] Inter Press Service. "Críticas aos subsídios europeus para biocombustíveis.
Vitela: um caso de crime hediondo
para a produção e submete a inteireza do mundo-objeto
à varredura e à ordem da produção".
(Martin Heidegger)
Segundo Paul Kingsnorth (2001), a produção industrial de leite é uma das indústrias mais tristes. Quanto mais leite e laticínios são consumidos mais as vacas são tratadas como máquinas de produzir leite para seres humanos. De acordo com o grupo PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), cerca de metade das vacas americanas vivem em fazendas de produção intensiva. Passam suas vidas em alojamentos de concreto ligadas a máquinas de ordenhar que, não raro, lhes dão choques elétricos. Mastite e infecções bacterianas, comuns em regimes intensivos, freqüentemente deixam resíduos de pus no leite que produzem. Devido à alta demanda por leite, as vacas de hoje produzem o dobro do que produziam há 30 anos e até 100 vezes mais do que produziriam no estado natural. As vacas da década de 1990 viviam apenas cerca de 5 anos, em contraste com os 20 a 25 anos de vida de 50 anos atrás. São entupidas com drogas e químicos para prevenir doenças e aumentar sua produtividade, incluindo o famoso hormônio de crescimento bovino. Os bezerros que são obrigadas a parir regularmente - para estimular a produção de leite - são separados delas em 24 horas. Não tomarão seu leite e serão vendidos como carne. Em 60 dias as vacas serão engravidadas de novo, diz Kingsnorth.
Peter Singer (2004) afirma que a indústria de produção de vitela é a atividade rural intensiva mais repugnante do ponto de vista moral. O termo vitela era reservado aos bezerrinhos abatidos antes do desmame. A carne desses animais muito jovens (macia e pálida porque não comem capim) provinha dos animais indesejados, do sexo masculino, descartados pela indústria leiteira. Um ou dois dias depois do nascimento eles eram levados para o mercado onde, famintos e assustados pelo ambiente estranho e pela ausência das mães, eram vendidos ao matadouro. Na década de 1950 produtores holandeses encontraram uma forma de fazê-los atingir cerca de 200kg (em vez de cerca de 50kg que pesam os recém-nascidos) sem que sua carne se tornasse vermelha ou menos macia. Para isso os animais passaram a viver em condições extremamente antinaturais, confinados em baias de cerca de 56cm x 137cm. Quando pequenos, são acorrentados pelo pescoço para evitar que se virem. O compartimento não tem palha ou qualquer outro tipo de forro onde deitar-se (pois os animais poderiam comê-lo, comprometendo a cor da carne). Sua dieta é líquida, baseada em leite em pó desnatado, vitaminas, sais minerais e medicações que promovem o crescimento. Assim vivem durante cerca de quatro meses, até o abate. Nessa vida miserável, mal podem deitar-se ou levantar-se. Tampouco podem virar-se. Os bezerrinhos sentem uma falta imensa de suas mães. Também sentem falta de alguma coisa para sugar, uma necessidade tão forte quanto nos bebês humanos: quando se oferece um dedo ao bezerro ele começa a chupá-lo como um bebê humano faz com seus polegares. Entretanto, desde o primeiro dia de confinamento, bebem sua refeição líquida num balde de plástico. Distúrbios estomacais e digestivos são comuns e também a diarréia crônica. O bezerro é mantido anêmico. A carne rosa, pálida, considerada uma iguaria, é na verdade uma carne anêmica. Para que cresçam rapidamente a maioria é deixada sem água, pois isso aumenta o consumo de seu substituto lácteo. A monotonia é outra fonte de sofrimento. Para reduzir a agitação dos bezerros entediados, muitos produtores os deixam no escuro. Assim, os bezerros já carentes de afeição, atividade e estimulação que sua natureza requer, vêem-se privados do contato visual com outros também. Os bezerrinhos mantidos nesse regime são muito infelizes e pouco saudáveis. Isso é o que aconteceu com o seu jantar no tempo em que ele ainda era um animal, diz Singer.
E a vitela no Brasil, como é produzida? Ainda que nem todas as etapas descritas por Singer e Kingsnorth estejam sempre presentes, a indústria de laticínios e da vitela é marcada pela violação dos corpos das vacas (que são forçadas a engravidar continuamente); pelo seqüestro de seu bebê e o roubo de seu alimento; pela tortura em cativeiro (quando há confinamento do bezerro); e pelo assassinato (já que se trata de morte desnecessária, movida por motivos hedonistas e portanto torpes). O correto, do ponto de vista ético, é a total abolição do consumo de leite e seus derivados.
Não é demais ressaltar que o consumo de leite está associado a diversos problemas de saúde como manifestações alérgicas (rinite, bronquite), além de provocar prisão de ventre, flatulência e outros distúrbios. Isso se deve, sobretudo, ao fato de muitas pessoas terem intolerância à lactose e, também, à dificuldade de metabolizar algumas proteínas presentes no leite, seja devido à sua elevada concentração (caseína), seja pela própria natureza da proteína (beta-lactoglobulina). Há ainda muita controvérsia no que tange à confiabilidade do leite como fonte segura de cálcio envolvendo questões relacionadas ao seu balanço/biodisponibilidade1.
Mas ainda que tais problemas não existissem, ou pudessem ser contornados (e alguns, de fato, podem), resta a questão ética relativa à forma como tratamos os animais. Ao nos compararmos com outras sociedades humanas que chamamos de primitivas, é possível constatar que nenhuma delas jamais dispensou um tratamento tão cruel quanto o nosso para com eles. O progresso que alcançamos é tão somente no plano técnico. No plano ético nosso progresso é mínimo, senão nulo. Em se tratando de sociedades industriais, o veganismo é a única opção eticamente correta.
Nota
1 Independentemente de adotarmos o veganismo, é bastante interessante compreender os fatores históricos, ecológicos e evolutivos subjacentes à inclusão do leite e seus derivados nas dietas humanas. Para uma rápida revisão sobre o assunto procure na Internet "Lacticínios + Wikipédia" (item História); para um maior aprofundamento recomendo, por exemplo, o capítulo que trata dos "lactófilos e lactófobos" (Lactophiles and Lactophobes: Milk Lovers and Milk Haters) no clássico livro "Good to eat - riddles of food and culture", do antropólogo Marvin Harris. Essas e outras referências, como o artigo da Dra. Denise Madi Carreiro (veja http://www.denisecarreiro.com.br/artigos_artigoleite.html) evidenciam porque o leite não é saudável ou necessário hoje.
Bibliografia citada:
KINGSNORTH, Paul. Mother's milk. The Ecologist, 31(5), junho, 2001: 38.
SINGER, Peter. Lá na fazenda industrial...In: Vida ética: os melhores ensaios do mais polêmico filósofo da atualidade. Tradução de Alice Xavier. Rio de janeiro: Ediouro, 2002: 83-94.
A missão pedagógica da Filosofia rumo a Libertação Animal
e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com
os animais não pode ser um bom homem."
Arthur Schopenhauer
Sempre que relaciono Filosofia e Libertação Animal, recordo-me de duas grandes frases que ficaram gravadas em minha mente: "Aprender Filosofia ou aprender a filosofar"1, e a segunda de peso ainda maior, que foi dita pela filósofa Sônia T. Felipe durante uma palestra sobre o Estatuto Moral dos Animais, em meio a mestres, doutores e alunos de filosofia: "E o filósofo não pensa"2. Por aí vemos que uma relação muito forte prende as duas questões: Como pensar, senão através do aprendizado, e como aprender se não conseguimos pensar? É claro que para que o futuro filósofo pense acerca da Libertação Animal, é necessário que ele aprenda algo sobre esse assunto. Contudo, obras de filósofos que falam sobre a Libertação Animal permanecem distantes da grande maioria dos alunos de Filosofia, discussões acerca dessas questões, segundo alguns professores, serão tratadas mais adiante: "...quando aprendermos sobre o antropocentrismo e sobre o antropomorfismo"; porém, acredito que seja difícil dizer que alguns não saibam, mas aprendemos a ser antropocêntricos logo no primeiro dia de aula. O Ser3 filosófico é Humano e o não Ser, é animal, ou seja, não existe, não possui valor moral nem pode ser encarado com respeito, afinal, inexiste. "A razão é o que separa os homens dos animais", nos disse Aristóteles. "O homem é a medida de todas as coisas", nos disse Protágoras, "das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são", ou seja, somos a lei, somos as tradições, violem elas ou não as vidas alheias dos que não nos são iguais, criamos e revertemos todas as regras conforme desejamos.
E a Libertação Animal permanece longe dos bancos catedráticos como se fosse um estigma a sociedade, como se não fosse importante, não fazendo parte de nada que se refira a Ética, como se fosse ético matar e como se fosse ético proporcionar dor. Por isso um dos conceitos mais importantes na formação da Filosofia para a Libertação Animal é a Pedagogia - caminho a ser trilhado -, pois esse processo educativo pode levar tanto a opressão como a libertação, podemos não acreditar, mas existem filósofos que não possuem qualquer respeito para com a Natureza e para com a vida dos animais, sem contar que a grande maioria é antropocêntrica, não se dedicando ao estudo da moral e da ética em relação aos animais. E a Filosofia busca a todo o momento, pela eticidade dos homens, esquecendo que fazemos parte de um círculo muito maior do que o dos "divinizados" seres humanos. Libertar o homem de sua "maldade", livrar o homem de sua mão opressora através da visão de Mundo, essa é a tarefa principal da Filosofia na busca por uma ética da Libertação Animal, e por Libertação Animal devemos compreender a "Nossa Libertação", pois que também somos animais e necessitamos dessa liberdade para enxergarmos a verdade; conduzir bem esse processo de modo a que possamos nos encaminhar a Libertação e não mais a opressão, é a real tarefa da Filosofia. Através do método pedagógico, de formação, através dessa troca de conhecimento, a Filosofia poderá apresentar ao aluno todas as facetas de uma ética desprovida do antropocentrismo e de qualquer vaidade filosófica, pois os professores, seus alunos, enfim, cada pessoa já é em si mesma, formadora de opinião. Somos todos seres influenciadores e seres influenciados, pois ao mesmo tempo que interferimos no Mundo, pedagogicamente, sofremos interferências dele, também pedagogicamente. Por isso a importância dessa mudança na visão educacional dentro da Filosofia, pois a formação da sociedade tem inicio no nascimento de cada indivíduo, onde somos forjados para marginalizar os animais, a explorar seres que julgamos inferiores, principalmente quando não fazem parte da mesma espécie a qual pertencemos; nossos pais,esses os primeiros pedagogos, foram ensinados a não verem nada além da existência humana, e passaram essas lições adiante.
A difícil missão da Filosofia é agora:
1° - Libertar-se do preconceito e da vaidade
2° - Passar adiante a verdade, tal como ela é, sem espelhar-se em sua "opinião pessoal", deixando que o aluno considere o que lhe é mostrado, que problematize e compare o que aprendeu desde a infância, com aquela nova revelação que lhe surge
É certo matar animais? Por quê? Baseado em quê? Pode-se viver perfeitamente saudável sem a ingestão de vísceras de animais? Se sim, por que nos ensinaram o contrário? Quem lucra com a matança? Qual a ligação entre o abate de animais e a fome mundial? É possível mesmo acreditar na existência de uma ética que continue privilegiando uns e oprimindo outros?
Essa á função da Filosofia, fazer o futuro filósofo se questionar, buscar respostas, criar novos sistemas filosóficos não mais antropocêntricos. Privilegiar a Vida em nome da Ética e a Ética em nome da Vida.
"A vontade de poder-dominação define o perfil do ser humano das sociedades modernas". (Nietzsche).
A Filosofia ainda está presa a muitas tradições, dominada pelo antropocentrismo filosófico dos grandes homens que a fizeram nascer, existe uma ética do corpo, porém de corpos humanos, enquanto corpos de animais se avolumam num holocausto bárbaro sem fim. Mas, "o filósofo não pensa", e precisa recomeçar a pensar, pois é assim que a verdadeira Filosofia deve ser trabalhada, estudada e praticada.
"Aprender não é o bastante, é preciso praticar". (Bruce Lee)
É dever da Filosofia, através da pedagogia, "bem" dirigir os indivíduos rumo a uma ética que liberte animais humanos e não humanos, eis aí o caminho para a verdadeira Libertação Animal.
Referências Bibliográficas
FELIPE, Sônia T. - O estatuto dos animais na comunidade moral humana - Projeto Kairós- Umesp.2008
RAMOS, Cesar Augusto - Aprender a filosofar ou aprender a Filosofia: Kant ou Hegel?
BARNES, Jonathan - Filósofos Pré-socráticos.
NOTAS
1 Artigo de Cesar Augusto ramos, onde ele traça um paralelo entre os pensamento de Kant e Hegel, diante do ensino da disciplina de Filosofia.
2 Colóquio Kairós-Umesp
3 Referência casual a Parmênides e ao Ser.Segundo ele o Ser é(existe), o não Ser, não é (não existe) e não se pode falar sobre algo que inexiste.