sábado, 31 de maio de 2008

Elefante assassino "Osama" é morto na Índia

da Reuters, em Patna (Índia)

Um elefante chamado "Osama bin Laden", que matou ao menos onze pessoas e feriu outras dezenas nos últimos meses, foi morto a tiros no leste da Índia na sexta-feira, informaram fontes oficiais.

O elefante selvagem macho vinha aterrorizando vilarejos de dois Estados indianos, destruindo plantações e residências e atacando as pessoas desses locais.

Oficiais florestais e a Polícia conseguiram monitorar o elefante no Estado de Jharkhand (leste) na sexta-feira, quando foi baleado e morto, informou o oficial do governo Ravi Ranjan.

"Sim, Osama foi finalmente morto e foi necessário que usássemos 20 balas para silenciá-lo", disse Ranjan à agência Reuters neste sábado.

Centenas de moradores da região se reuniram neste sábado para ver o efefante morto.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u407411.shtml

Biografia de Paulo Coelho relata sacrifício de animais

"Um relato que não esconde pactos com o Diabo, sacrifícios de animais,
internações em hospícios, prisão pelo DOI-Codi, relações homossexuais,
consumo de drogas, sucesso como letrista até a descoberta de uma
poderosa espiritualidade e a notoriedade como escritor, que o tornou
uma figura conhecida até na Sibéria, despertando admiração de reis,
papas e chefes de Estado".

Sábado, 31 de Maio de 2008 | Versão Impressa
Diário do Mago
Chega hoje às livrarias a primeira remessa de 100 mil exemplares da
biografia de Paulo Coelho, escrita por Fernando Morais, que disseca a
trajetória do autor mais lido no mundo

Ubiratan Brasil
Fernando Morais pretendia dar o título Em Carne Viva à sua biografia
do escritor Paulo Coelho - seria uma decisão apropriada, uma vez que
das mais de 600 páginas resultantes de três anos de pesquisas surgiu o
perfil de um homem complexo, revelado sem nenhuma concessão ou mesmo
piedade. O problema é que Carne Viva é o título do último romance de
Paulo Francis, recentemente lançado pela editora Francis. A solução
foi batizar a biografia de O Mago e assim ela chega hoje às livrarias
sob a chancela da editora Planeta do Brasil (632 páginas, R$ 60), que
promove um esquema monstro de lançamento: são 100 mil exemplares na
primeira remessa, além de promessa de tradução para 40 países.

A dissecação, no entanto, continua a mesma - autor de biografias
célebres como Chatô e Olga, Fernando Morais reúne no livro um punhado
de informações que vão surpreender o próprio Paulo Coelho que, por
acordo firmado, não avaliou o trabalho de apuração tampouco o
resultado final. ''Ele deve receber o livro na sexta-feira (ontem) e
só então descobrir como ficou'', conta o biógrafo.

A sensação deverá ser a mesma de um homem que se vê nu diante de uma
platéia de milhões de pessoas - em O Mago, Morais detalha a trajetória
pessoal do escritor vivo que atualmente consegue ser mais traduzido
que Shakespeare no mundo. Um relato que não esconde pactos com o
Diabo, sacrifícios de animais, internações em hospícios, prisão pelo
DOI-Codi, relações homossexuais, consumo de drogas, sucesso como
letrista até a descoberta de uma poderosa espiritualidade e a
notoriedade como escritor, que o tornou uma figura conhecida até na
Sibéria, despertando admiração de reis, papas e chefes de Estado.
''Confesso que eu não me sentiria bem se meus segredos mais íntimos
fossem revelados dessa forma'', comenta Morais, que espera por um
telefonema do escritor nos próximos dias, revelando sua opinião.

Os detalhes mais surpreendentes, na verdade, foram oferecidos pelo
próprio Paulo Coelho. Morais conta ter ficado curioso com um pormenor
do testamento do escritor: a determinação de que um baú, trancado à
chave e guardado em seu apartamento de Copacabana, seja imediatamente
incinerado após sua morte. ''Eu quis saber o conteúdo, mas ele
dissimulava até que, diante de tanta insistência, propôs um jogo:
Paulo me daria as chaves se eu descobrisse quem foi o militar que o
prendeu em um quartel no Paraná, em agosto de 1969, confundindo-o com
um guerrilheiro.''

Desafio aceito e cumprido - Morais abriu o baú depois de enviar, por
e-mail, os dados pedidos pelo escritor. Lá, a surpresa: 170 cadernos
com os diários de Paulo Coelho de 1960 a julho de 1994, além de 100
fitas cassetes, com informações bombásticas, desde descrições
objetivas até divagações existenciais. ''Tive de alterar todo o
trabalho realizado.''

fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080531/not_imp181486,0.php

http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=273&Itemid=89

Rei do Nepal assistiu sacrifício de 5 animais

Na semana passada, ele (rei nepalês) ainda visitou um templo e
assistiu ao sacrifício de cinco animais, o que provocou protestos de
organização nepalesa de proteção aos animais. A monarquia nepalesa é
conhecida por este costume antigo de oferendas de animais
sacrificados, realizadas, na maioria das vezes, em público.

Fim de 240 anos de monarquia no Nepa
lLucia de Vries*

30-05-2008

Milhares de pessoas se reuniram em Katmandu, capital do Nepal, para
festejar a partida do rei Gyanendra de seu palácio e o fim de uma
monarquia de mais de 240 anos, após a proclamação da república no país
asiático. O novo governante nepalês é o líder maoísta Prachanda, que
assume o cargo de primeiro-ministro.

O rei nepalês, uma figura até pouco tempo intocável, teve que deixar o
palácio e renunciar. Em 2001, durante a coroação de Gyanendra, grupos
na multidão que assistia à cerimônia gritaram "assassino". Mas sua
impopularidade ganhou força em 2004, quando conseguiu mais poder como
rei. Em 2006, após inúmeros protestos da população, ele teve que ceder
e voltar atrás, o que significou o início de seu fim como monarca.


O rei Gyanendra agora faz parte
do passado político do Nepal
Há meses que os rumores de sua saída correm pelas ruas estreitas de
Katmandu. Também foram feitas brincadeiras, tais como a sugestão do
jornal Nepali Times: "Porque não transformamos o palácio em museu, com
a figura de Gyanendra, atrás de sua mesa, feita de cera?". No entanto,
as provocações não alteraram a tranqüilidade do rei. Na semana
passada, ele ainda visitou um templo e assistiu ao sacrifício de cinco
animais, o que provocou protestos de organização nepalesa de proteção
aos animais. A monarquia nepalesa é conhecida por este costume antigo
de oferendas de animais sacrificados, realizadas, na maioria das
vezes, em público.

Alívio e festa
A maioria dos nepaleses está aliviada. Embora recentes pesquisas
apontassem que quase 50% dos habitantes queriam manter a monarquia,
Gyanendra não era amado pelos seus súditos, e o seu filho, Paras, um
tipo "playboy", era odiado pela população. E no dia 28 de maio,
milhares de nepaleses maoístas se dirigiram à Katmandu para festejar a
proclamação da república.

A dinastia Shah, em seus 240 anos de existência, não foi um exemplo de
monarquia que evitava atos de violência. Em 2001, aconteceu uma
tragédia entre os muros do palácio. O adorado rei Birendra e vários
membros de sua família foram assassinados. Segundo a versão oficial,
eles teriam sido mortos, com uma metralhadora, pelo príncipe herdeiro,
Dipendra, que logo depois também se matou. O irmão do rei, Gyanendra,
e sua família, foram os únicos sobreviventes deste banho de sangue.
Logo depois, o povo tirou sua própria conclusão: a matança teria sido
organizada por Gyanendra, já que, na mesma semana, tornou-se rei do
Nepal.

Em 2004, a Federação Mundial Hindu corou o rei Gyanendra como o "o
único rei hindu do mundo". Durante a cerimônia, o presidente Ashok
Singhal disse que "o papel dos 900 milhões de hindus em todo o mundo é
oferecer a proteção ao rei hindu. Deus o criou para proteger a nossa
religião". No mesmo ano, Gyanendra pegou todo o poder para si,
destituindo o parlamento e outros membros do governo. Em princípio, o
ato foi bem recebido pelo povo, que pensava que, desta maneira, se
colocaria um fim ao longo conflito entre o governo e os rebeldes
maoistas. Mas logo o rei nepalês perdeu por completo sua credibilidade
junto à população.

Meio século de luta
Durante a assembléia de 601 membros nepaleses, a república foi
declarada. "Este é um dia histórico para a nação. Os nepaleses lutaram
50 anos para o fim da monarquia", disse Prachanda, recém-eleito para
conduzir a política do país. A partir de agora, comenta o líder
maoísta, Gyanendra será um cidadão comum e pagará todos os impostos,
além de perder parte de sua fortuna com o pagamento de vários impostos
sonegados.

Em diversos sites pela internet, iniciou-se uma discussão sobre a
mudança política no Nepal, com opiniões diversas, entre críticas e
defesas ao rei. Trata-se de um debate que mostra o contraste entre o
velho e o novo Nepal - tema dos maoístas numa das eleições passadas.
Apesar de a monarquia ainda ser respeitada pelos hindus
tradicionalistas, o líder maoísta Prachanda também é muito querido
pelo povo nepalês, que o apoiou em massa nas eleições de abril
passado.

E sua gestão dará espaço para as mulheres, que participarão com 33%
dos membros do governo "Novo Nepal". Além disso, especialistas
garantem que todas as religiões, castas e etnias estarão representadas
nesta primeira administração histórica da República Nepalesa.

*Tradução: Luís Henrique de Freitas Pádua
fonte: http://www.parceria.nl/atualidade/Asia/20080530as_monarquianepal
http://ativismo.com/joomla/index.php?option=com_content&task=view&id=272&Itemid=89

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Ibama impede construção de estátua de santo em área protegida em Caraguatatuba (SP)

FÁBIO AMATO
da Agência Folha, em São José dos Campos

O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) decidiu embargar a construção de uma imagem de Santo Antônio de 15 metros de altura em Caraguatatuba (173 km de São Paulo) e multar a prefeitura por considerar que a obra está sendo feita em uma APP (Área de Proteção Permanente).

Divulgação/Ibama
Estátua de Santo Antônio construída em área de proteção permanente em Caraguatatuba
Estátua de Santo Antônio construída em área de proteção permanente em Caraguatatuba

A imagem, uma homenagem ao padroeiro da cidade, estava sendo erguida no morro de Santo Antônio, um dos principais pontos turísticos da cidade, freqüentado principalmente por praticantes de esportes como asa-delta.

A prefeitura foi multada em R$ 10 mil. A obra poderá ser demolida, o que tem causado polêmica no município.

De acordo com o chefe do escritório do Ibama na cidade, Leonardo Teixeira, a prefeitura havia recebido autorização para realizar melhorias no local, como a pavimentação da estrada de acesso e a instalação de lixeiras e banheiros. A construção da imagem não estava prevista no projeto.

"A área onde foi construída a imagem é um topo de morro, protegido pela lei ambiental. Em locais como esse, a legislação só permite obras e intervenções de baixo impacto ou então de utilidade pública e interesse social. Nós entendemos que a imagem não se encaixa aí", diz Teixeira.

O secretário de Meio Ambiente de Caraguatatuba, Auracy Mansano, admite mudança no projeto, já que a imagem seria construída primeiramente em um platô abaixo do morro. Segundo ele, porém, não houve desrespeito à legislação ambiental porque a área já estava degradada e não foi necessário cortar nenhuma árvore para realizar a obra.

"A gente entende que tem autorização para construir a imagem. Além disso, o Santo Antônio é uma questão histórica e cultural para Caraguatatuba", afirma. A obra conta com o apoio da Igreja Católica.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u407334.shtml

Cachorro adota filhotes de leão

Em visita à Africa, a jornalista Juliana Bussab, uma das criadoras da ONG Adote um Gatinho (www.adoteumgatinho.org.br), flagrou um cão que adota filhotes de leões rejeitados pela mãe.

"Na província de Limpopo, na África do Sul, em uma das muitas reservas usadas para safáris fotográficos, encontrei uma história de amor que é, no mínimo, curiosa. Prince, um labra-latas (labrador com vira-latas) de mais ou menos seis anos, não é como os outros cães de estimação. Quando ele vem correndo pelas trilhas em sua direção, você logo toma um susto: ao lado dele vem uma leoa, Chuby, dois anos de idade e três vezes maior do que Prince. E os dois saem rolando no chão e brincam de pega-pega como velhos amigos.

Chuby, a leoa, nasceu com um problema congênito nas patas traseiras e por isso foi rejeitada pela mãe. A reserva, que tem um programa de proteção e preservação da espécie, criou a felina em cativeiro. E Prince é a única mãe que ela conhece. Mas ela não é a única. Ao longo dos anos, Prince adotou diversos leõezinhos e cuidou de cada um como cuida sempre, como se fosse seu.

Manso, esperto e amigável, Prince é um cão sem igual. Ainda filhote, os donos da reserva notaram que ele tinha uma afinidade especial com os leões. Desde o primeiro filhote rejeitado pela mãe (e foram muitos), Prince vai junto bancar a babá. E, desde então, vem criando filhotes e mais filhotes felinos. É ele quem ensina o leãozinho ainda bebê a desenvolver atenção e a reconhecer os perigos. Prince também ensina a socialização com os humanos e, por isso, esses órfãos se tornam confiáveis o suficiente para caminhadas com os turistas. Se é amigo do Prince, é amigo deles também.

A idéia é que, proporcionando essa interação entre humanos e leões, as pessoas se conscientizem da importância do trabalho de proteger a espécie que, acreditem ou não, ainda sofre com a caça na África do Sul por estrangeiros ricos que viajam especialmente para isso. Basta pagar uma pequena fortuna por um documento que autoriza a caça dos animais. Eu tive a infelicidade de ver alguns deles e o arsenal de armas que carregavam.

Quando completam por volta de dois anos, as leoas já têm uma força incontrolável. E quando o instinto do felino que estava adormecido começa a aparecer, é o cão que as acompanha nas novas empreitadas, apesar de não fazer a menor idéia do que é caçar. Não é a toa que Chuby atacou um javali e, como não sabe matar, começou morder a perna do bicho ainda vivo, achando que era mais um pedaço de carne. Enquanto Prince olhava com desaprovação, o javali correu, mancando, provavelmente pensando: ´Mas que diabos de leoa é essa?´. É por causa dessa força e por não obedecer mais aos comandos do cão ou dos tratadores que as caminhadas são suspensas e um outro leãozinho entra em cena.

Aquilla, um bebê de dois meses, é o mais novo amigo de Prince. Enquanto o cão corre entre os turistas, o filhote desbrava a mata, sobe em troncos e aguça seus instintos. Mas quando se vê sozinho, chora pedindo ajuda e lá vai Prince, rápido como uma mãe que vê seu filhote em perigo. Uma bela lambida depois e Aquilla segue o cão, que indica o caminho seguro a seguir.

Com Chuby, as caminhadas são mais emocionantes. Prince corre na frente, a leoa corre atrás, o alcança, o derruba e os dois começam a brincar. Mordidas, tapas, movimentos traiçoeiros e muita agitação. Quando a brincadeira sai do controle e um dos dois reclama de dor, um dos nativos que acompanham a caminhada tenta separá-los com uma vareta. Mas parece que nenhum dos dois liga muito para isso..."

Fonte: itodas.uol.com.br
Fotos: Juliana Bussab (juliana@adoteumgatinho.org.br), jornalista e fundadora da ONG Adote um Gatinho.

Ibama fecha 28 serrarias e marcenarias clandestinas no Vale do Juruá, no Acre

Brasília (29/05/08) - A ação de fiscalização do Ibama contra a comercialização de madeira ilegal e o funcionamento de serrarias clandestinas tem resultado num aumento da produtividade de empresas que cumprem a legislação ambiental. Foi o que aconteceu durante a Operação Desmonte, realizada pelo Escritório de Cruzeiro do Sul, na região do Vale do Juruá, oeste do estado do Acre. Das 30 serrarias e marcenarias vistoriadas pelos fiscais em sete municípios, 28 foram autuadas. Os fiscais do Ibama lacraram as máquinas e paralisaram as atividades das fábricas por não apresentar a licença para operar e não comprovar a origem dos estoques de produtos florestais. Na maioria das cidades, todas as serrarias e marcenarias estavam irregulares e foram fechadas.

A Operação Desmonte apreendeu 545 tábuas, 400 pranchas e 89 vigas de várias espécies florestais , entre elas cedro, marfim, angelim, emburana, cumaru e outras, que terão destinação social. Ainda foram retidos 3 caminhões. Os responsáveis pelas serrarias e marcenarias clandestinas foram notificados para regularizar os documentos exigidos por Lei.

Segundo o chefe do Escritório do Ibama em Cruzeiro do Sul, Márcio Vinício Lima, “o resultado foi um aumento de 40% na produção das 15 empresas legalizadas existentes em Cruzeiro do Sul , Feijó e Tarauacá. Além disso, as empresas autuadas buscam agora se regularizar juntos aos órgãos competentes”. Segundo o Superintendente do Ibama no Acre, Anselmo Forneck, por levar em conta a situação dos desempregados, “o Instituto sugeriu ao Ministério Público Federal a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta com as empresas com pendências”. Se o TAC for firmado, as máquinas seriam deslacradas desde que se estabeleça um prazo para regularização dos documentos. Quem não cumprir o acordo, terá o empreendimento novamente embargado.

Quinze servidores do Ibama e do Instituto do Meio ambiente do Acre (IMAC), apoiados pela Polícia Militar do Acre, fiscalizaram estabelecimentos dos municípios de Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Tarauacá, Feijó, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, no Acre e em Guajará, no Amazonas, desde o dia 16 de abril.

O Vale do Juruá é um dos pólos econômicos do estado do Acre e tem como atividades principais o extrativismo da borracha e da castanha e o cultivo da mandioca. Abriga a Reserva Extrativista do Alto Juruá, a primeira Resex criada no Brasil, e o Parque Nacional da Serra do Divisor. Ações de Fiscalização ambiental são importantes ferramentas para diminuir a pressão da exploração predatória da madeira nas áreas de entorno dessas unidades de conservação.

Kézia Macedo
Ascom/Ibama

http://www.ibama.gov.br/2008/05/29/ibama-fecha-28-serrarias-e-marcenarias-clandestinas-no-vale-do-jurua-no-acre/


Críticas à vivissecção: A disparidade entre a moral (mores) científica e ética

30/5/2008

Sônia T. Felipe - felipeson7@hotmail.com

RESUMO: Neste artigo, respondo à acusação da cientista que afirmou não estar fundada em argumentos "científicos" a proposta abolicionista de erradicação de todos os experimentos feitos em animais vivos, e apresento os argumentos éticos para esclarecer por que a pesquisa em animais vivos não pode ser justificada eticamente, a não ser seguindo o modelo antropocêntrico da moralidade, justamente o que nos leva a destruir a vida alheia em nome de uma promessa da boa vida para humanos.

PALAVRAS-CHAVE: vivissecção, abolicionismo, Lei Arouca, princípios éticos

Ciência

Por conta da aprovação da Lei Arouca, na semana passada, representantes da comunidade “científica” acusaram os abolicionistas de não serem “científicos” em sua defesa do fim do uso de animais para testes da indústria química, bélica, farmacêutica, de cosméticos e alimentos (todas vinculadas aos interesses da primeira).

A defesa da erradicação das pesquisas em animais vivos de quaisquer espécies, para os vivisseccionistas, só teria valor se fosse uma defesa “científica”. Em não se tratando de uma tese “científica”, a proposta abolicionista não teria valor algum. Ao fazer tal afirmação, a cientista omite de seus leitores ou ouvintes fatos marcantes da história de sua área de atividade, a ciência.

Com a pretensão de buscar o conhecimento de forma objetiva, a ciência dedicou-se nas últimas décadas à investigação de drogas para “cura” das doenças humanas. Por serem “cientistas”, os vivissectores excluíram de sua investigação todos os métodos que não usam animais. Por terem a certeza de que o método vivisseccionista é o “único” método que leva a ciência à descoberta da cura das doenças humanas, esses mesmos cientistas passaram as últimas sete décadas a interrogar as entranhas dos organismos de animais de outras espécies, pondo-lhes “questões objetivas” (leia-se, “científicas”) que, assim acham os cientistas, os organismos animais, que possuem anatomia, fisiologia, metabolismo, e bagagem genética diversa da humana, têm obrigação de responder para livrar os humanos de doenças que eles próprios não investigam, mas dizem à comunidade, ansiosa pelos resultados de suas descobertas, querer curar.

Pois bem. Esta ciência que agora acusa os abolicionistas de não serem “científicos” em sua luta pela libertação dos animais, é tão “científica” em seus estudos usando ratos, camundongos, cães, gatos, primatas, que passou mais de 70 anos produzindo “verdades científicas” descartáveis, seguindo ora os interesses da indústria tabagista, ora os interesses das seguradoras privadas de saúde. A ciência produzida com cobaias vivas de outras espécies é tão “rigorosa” e “objetiva”, em seus métodos de investigação, que por mais de meio século levou os leitores dos papers científicos a lerem, ora um artigo que “provava” cientificamente que o uso de tabaco produz câncer, ora que o uso de tabaco não produz câncer. Uma objetividade sem par! (Ver, Allan M. Brandt, The Cigarette Century: The Rise, Fall, and Deadly Persistence of the Product that Defined America, New York: Basic Books, 2007, 600 p.)

A objetividade metodológica da vivissecção é tão irreprochável que admite resultados “científicos” contraditórios, não apenas no exemplo da pesquisa financiada pela indústria tabagista e pelas companhias de seguro de saúde. Enfim, segundo a cientista que acusa os abolicionistas de não serem científicos em sua defesa dos animais, quando a ciência usa um animal vivo para testar qualquer produto químico, ela chega à conclusão objetiva que procura. É verdade. O cientista monta seu protocolo de pesquisa tão “objetivamente” que o resultado de sua investigação já pode ser publicado antes do experimento ser levado a efeito. A ciência é tão objetiva que “conduz” a investigação de modo a que ela resulte exatamente no que o protocolo de pesquisa promete trazer à luz. Portanto, se a pesquisa é paga (direta ou indiretamente) pela indústria tabagista, o protocolo do cientista afirma que o cigarro não produz câncer. Todavia, se o projeto recebeu financiamento da indústria de seguro-saúde privado, o protocolo de pesquisa formula a hipótese a ser comprovada de que o fumo produz câncer. Bingo! Para os dois protocolos. E, pobres dos cientistas que devem produzir a confirmação “objetiva” de suas hipóteses contraditórias! Se não têm animais vivos para levar a efeito seu protocolo de pesquisa, os resultados a que chegam “não podem” ser classificados de científicos! Podemos concluir então que quem garante ao cientista vivisseccionista a objetividade dos resultados que ele almeja são os ratos e camundongos que ele extermina em seus experimentos. Raciocínio para encaminhar sua pesquisa usando conhecimentos da física, da química, e de outras áreas que formam juntas o cabedal do conhecimento necessário para explicar a doença de um humano, isso eles não podem aprender a fazer. A questão é que esses mesmos ratos e camundongos que dão garantia de objetividade à pesquisa vivisseccionista são usados tanto para “provar cientificamente” que o fumo dá câncer, quanto para “provar cientificamente” que o fumo não dá câncer. O que é isto, então, fazer ciência?

Para a cientista que acusa os abolicionistas de não serem “científicos” ao defenderem o fim do uso de animais vivos em experimentos da indústria química em quaisquer de suas ramificações, a ciência é um conhecimento tão refinado, tão sofisticado, tão mais elevado do que a ética, não? Pois é: o cientista só põe questões a serem respondidas pelas entranhas de ratos e camundongos, por serem essas o “único” recurso do qual dispõe a inteligência humana para a obtenção do conhecimento que se deseja sobre a etiologia e terapêutica das doenças. O cidadão que não “sabe” como fazer pesquisa científica dispõe do seu raciocínio, da capacidade moral de antecipar historicamente a derrocada dos modelos “científicos” mais arraigados, e da memória de todos os erros que se cometeu ao longo da história quando se quis fundamentar decisões de ordem moral em “conhecimentos científicos”, descartáveis. A noção ética de malefício e benefício não é descartável, não tem idade. Pode-se dar voltas e voltas, mas sempre se acaba dando meia-volta e reconhecendo que não dá para escapar dela.

É preciso lembrar a esta senhora cientista que se hoje ela ocupa o lugar que ocupa na comunidade científica, isso se deveu à luta de filósofos (John Stuart Mill na Inglaterra, por exemplo) que, de modo “não científico” defenderam a abolição do uso e abuso praticado contra os interesses das mulheres num tempo em que elas eram consideradas incapazes de raciocínio, de inteligência, de ciência, de política, de administração dos próprios negócios, de responder civilmente por seus atos... isso faz menos de dois séculos. No Brasil as mulheres só puderam votar na década de 30 do século XX, portanto somente há 80 anos. Também a erradicação da escravização dos africanos se deveu a um argumento absolutamente “não-científico”, o da igual consideração da dor e sofrimento para qualquer ser dotado de sensibilidade e consciência.

Imaginemos que, para abolir a escravidão humana, houvesse sido exigida uma “prova científica” de que os “negros” mereciam igual consideração e direitos. À época, os cientistas que estudavam a “natureza” dos negros chegavam a escrever coisas tais quais esta, em suas enciclopédias “científicas” de psiquiatria: os negros sofrem de uma patologia que os leva à síndrome de fuga. Não podem ser deixados sem vigilância ou correntes, pois têm genes que os levam a fugir impulsivamente do lugar onde se encontram! Mas a ciência não produz disparates apenas em relação aos negros, não. Tem mais uma: as mulheres não podem dedicar-se aos estudos e seguir uma vida de “cientistas”, ou de “filósofas”, porque sua circulação sangüínea se altera, tornando-as estéreis! Isso era cientificamente comprovado, por seus pares “científicos”, colega! (Ver, Tom Regan, Defending Animal Rights, Urbana and Chicago: University of Illinois Press, 2001).

Assim, a levar-se em consideração que uma luta ética de abolição de todas as práticas cruéis e tormentosas de escravização de seres capazes de sentir dor e de sofrer tem que ser precedida por uma “comprovação científica” dos argumentos, a colega cientista estaria condenada ainda a parir bebês e ter suas contas pagas pelo marido. E, caso fosse rica, teria amas de leite afrodescendentes para cuidar de nutrir seu bebê! Tudo em nome de conclusões científicas objetivas!

Mas, o que traduz a “objetividade” da vivissecção? É o fato de ela pôr uma questão às entranhas de ratos e camundongos, e tirar daí sua resposta mais sábia? Mas, se são “igualmente sabedores”, os cientistas que concluem, ao investigar entranhas de ratos, camundongos, cães, gatos, símios e aves, que cigarro não dá câncer, e os que concluem que dá, como pode a colega cientista acusar os defensores dos animais de não serem “científicos” em seus argumentos? Presumo que a colega esteja a entender por “científico” um método que traz resultados objetivos seguros e irretocáveis, que possam ser confiáveis para que os humanos tomem outras decisões relevantes baseando-se neles, por exemplo, erradicar toda propaganda de cigarro na TV, ou parar de fumar. É para isso que a sociedade paga salários aos cientistas, para que produzam conhecimentos que permitam às pessoas e aos governos tomarem medidas de precaução para não serem afetados por doenças evitáveis. Ou não é bem essa a história a ser desvelada? (Ver, Sônia T. Felipe, Vivissecção, um negócio indispensável aos “interesses” da ciência?, Pensata Animal, Tribuna, 2007).

Bem, se a ciência deve produzir um conhecimento objetivo e digno de ser usado pelas pessoas para orientar suas próprias decisões em relação à sua própria saúde e à saúde de sua família, como é que emprega métodos tão “cientificamente objetivos” que levam a resultados disparatados, tanto quanto o são os testes feitos em animais para “provar” que cigarro não produz câncer, e, que produz? E os filósofos defensores dos animais é que não são “científicos”? Talvez eles tenham horror à contradição, ao embotamento da inteligência humana e até mesmo a falácias na produção do conhecimento.

A cientista ainda acusa os abolicionistas de estarem propondo que os testes ora feitos em animais vivos de outras espécies sejam feitos em humanos vivos! Só uma pessoa desinformada dos argumentos abolicionistas pode afirmar tal coisa. Exatamente por considerarem os métodos atuais vivisseccionistas indignos da moralidade humana, até mesmo da moralidade de um “positivista”, é que os abolicionistas lutam pela erradicação desses métodos na busca do conhecimento necessário para a preservação da saúde humana e a prevenção de males evitáveis. Bem, esse projeto não passa pelo uso de animais vivos, nem não-humanos, nem humanos.

O que os abolicionistas propõem é que sejam substituídos os métodos tradicionais vivisseccionistas por métodos de investigação não vivisseccionistas. Por isso não defendemos “alternativas”, exatamente para não deixar margem para a “escolha subjetiva” do método. Os novos métodos devem substituir o usado até hoje.

É claro que para fazer ciência “limpa” (sem dor, sofrimento e sangramento alheios) os métodos apropriados ainda precisam ser inventados e aprimorados. Alguns, por exemplo, os estudos clínicos e epidemiológicos, já existem, mas não recebem financiamentos em larga escala, pelo menos não em escala tão larga quanto recebem os vivisseccionistas. Outros métodos, por exemplo, simulações complexas em computador, já são empregues no estudo de algumas interações bioquímico-físicas, mas precisam ser aprimorados para estudo de outras, o que já está sendo feito no caso de biochips (o biochip da síndrome de Golgi, por exemplo, que permite estudos do diabetes e coagulação, inventado por um jovem numa universidade norte-americana). Isso é pouco? Obviamente! Se todo dinheiro do planeta está escoando pelo ralo dos laboratórios vivisseccionistas, como se pode esperar que sem dinheiro os jovens cientistas possam construir modelos substitutivos às entranhas de ratos e camundongos? Mas é só uma questão de financiamento. Em duas décadas as simulações por computador, os biochips, as pesquisas com células-tronco-próprias, os modelos matemáticos, a física quântica, e os estudos transdisciplinares aposentarão a massa de cientistas que hoje insiste em manter ao mais alto custo para os animais, a saúde humana e a eticidade científica um único modelo de investigação, o que emprega seres vivos em testes de todo tipo para fabricação de drogas de toda ordem que combatem sintomas mas não produzem a saúde do organismo humano.

Ainda uma palavra sobre experimentos macabros levados a efeito em animais vivos, humanos e não-humanos. É tempo de cultivar a inteligência da juventude, e de livrar as universidades de todas as práticas que recendem a crueldade contra seres sencientes, tenham esses o formato que tiverem, sejam eles capazes ou não de raciocinar em termos lógicos típicos da inteligência humana. É uma incoerência argumentar que a incapacidade lógica dos animais é a razão pela qual os usamos em experimentos tormentosos. Mesmo a comunidade científica tem membros incapazes de agirem de modo lógico, ainda que saibam seguir um raciocínio instrumental. Nem por isso se defende que sejam usados nesses experimentos cruéis. O que importa é a capacidade de sofrer, não a de raciocinar!

Além do mais, é preciso não mentir quando se fala de vivissecção. Os cientistas afirmam na mídia que a lei aprovada para regulamentar a vivissecção os obriga a aplicarem analgesia ou anestesia nos animais. Isso não é verdade para os experimentos mais dolorosos, justamente os inflamatórios, neurológicos e psicológicos. Se o animal for analgesiado o resultado do experimento não conduzirá ao fim almejado. Se é preciso produzir a inflamação para estudo de anti-inflamatório, como se pode afirmar para o público que o animal receberá analgesia, se nela há substâncias anti-inflamatórias? Afirmar tais coisas é mais do que errar por falácias!

Quanto à acusação de que os defensores dos animais não adotam argumentos científicos para embasar sua argumentação, gostaria de dizer que isso não é uma ofensa, é o reconhecimento lúcido de que a perspectiva da defesa dos animais não sofre os revezes das “grandes verdades científicas”, que tanto podem ser afirmadas quanto negadas, dependendo do bicho que foi empregue na investigação, e da fonte que financiou a pesquisa. Sempre foi verdadeiro que maltratar animais é ato de imoralidade humana. Ao longo da história tal argumento ético foi sufocado, mas jamais deposto. Continua a ser verdade que maltratar animais, seja para pseudo-benefício humano, ou simplesmente para obter divertimento é algo que não pode ser justificado eticamente. O argumento abolicionista não é “científico”, é ético. Explico a seguir o que quero dizer com isso.1

O argumento conservador em favor da vivissecção

O filósofo norte-americano Carl Cohen, representando a comunidade científica responsável pela investigação em animais vivos, reconhece que o uso de animais para alimentação, lazer, testes cosméticos e moda deve ser questionado, mas não o uso de animais vivos em experimentos biomédicos. Cohen lista uma série de descobertas feitas com experimentos em modelo animal vivo, que ajudaram a minimizar dores e doenças humanas. Esta é a linha de argumentação em defesa da continuidade dos experimentos em animais vivos: os benefícios que tais experimentos representam para o bem-estar humano.

Cohen indica estes benefícios, e, em nome deles, ignora absolutamente o malefício que tais experimentos produzem ao bem-estar e à vida de animais das mais diferentes espécies, usados vivos, sem analgesia e anestesia nos experimentos mais macabros, que vão desde congelamento a queimaduras, isolamento físico e psíquico, a, tormentos causados por drogas ou produtos químicos que lhes são injetados, inalados, ingeridos, e assim por diante (Ver o documentário Earthlings, e Não Matarás!, Instituto Nina Rosa, São Paulo, 2006).

A defesa do uso de animais vivos em experimentos dolorosos ou atormentadores elaborada por Cohen não se constitui sobre um argumento ético. Ela tem natureza estritamente econômica, o que não quer dizer somente vantagens monetárias para quem faz uso de animal vivo para desenvolver a ciência.

Exigências formais e substancial de um princípio genuinamente ético:

1. Universalizabilidade (qualquer sujeito capaz de raciocínio esclarecido deve poder reconhecer que tal princípio é válido, obrigando-se com esse reconhecimento a obedecê-lo);

2. Generalidade (o princípio deve servir para orientar decisões em casos que não são da mesma natureza);

3. Imparcialidade (o princípio deve ser seguido pelo sujeito moral agente em todos os casos, ainda que seus interesses possam ser prejudicados em certos casos);

e, uma exigência substancial:

4. Orientar decisões e ações humanas com vistas a beneficiar os afetados por elas.

Tomemos o caso dos experimentos em animais vivos para verificar de que modo tal prática poderia ser considerada ética, considerando-se as exigências formais e a exigência substancial acima apontadas.

O princípio ético substancial e fundamental para julgar as ações humanas leva em conta, exatamente, que tais ações podem ser responsáveis pelo benefício ou pelo malefício daqueles que serão afetados por elas. Não importa, neste caso, a natureza biológica daqueles que serão afetados pela atividade que está sendo julgada. O que importa, da perspectiva ética, é se tal atividade beneficia ou prejudica os seres afetados por ela. No caso de experimentos em animais, vimos no primeiro parágrafo que a justificativa de tais procedimentos sempre é o presumido benefício que a atividade de investigação em modelo animal vivo traz para os seres humanos.

O argumento tradicional que defende tal prática investigadora não leva em consideração todos os seres afetados por esta metodologia, apenas os interesses presumidos dos seres humanos, em nome dos quais se justifica a prática dolorosa e atormentadora levada a efeito nesses animais. Pode-se concluir, então, que o uso de animais vivos em experimentos que lhes causam dor, sofrimento e morte, em nome do benefício que tais experimentos trazem para a saúde humana fere a quarta exigência que a filosofia faz a qualquer princípio moral que tenha a pretensão de validade: a de que deve orientar as decisões humanas para o benefício daqueles que são afetados por ela. No caso dos animais usados em experimentos de laboratório esta exigência é absolutamente ignorada, pois não se tem conhecimento de um experimento doloroso e letal que sirva para atender ou beneficiar o animal usado vivo nele. A ciência está sedimentada sobre uma perspectiva ética antropocêntrico-hierárquica, razão pela qual os interesses mais genuínos dos animais não contam, ainda que confrontados com os mais triviais interesses humanos, por exemplo, adquirir um batom com novo aroma ou coloração. Isso basta para cegar coelhos nos testes dos elementos que entrarão na nova coloração e aroma.

Mas, seria tal procedimento ético, pelo menos no que diz respeito à terceira exigência formal de um princípio ético, qual seja, a da imparcialidade na tomada de decisão quando esta pode afetar interesses moralmente relevantes de outros seres? Também neste caso, o uso de animais vivos em experimentos não pode ser justificável do ponto de vista ético, pois viola o princípio da imparcialidade.

Quando se trata de seres sencientes, isto é, capazes de sofrer dor, tormento psíquico e qualquer outro desconforto, mal-estar, prejuízo ou morte por conta de ações empreendidas por sujeitos morais agentes, julgamos antiéticas tais ações pelo fato de que elas só deveriam ser empreendidas com pleno consentimento dos afetados por elas. Por isso, para fazer experimentos em animais-humanos vivos é preciso que eles concordem com o experimento e, para que concordem com ele, é preciso que recebam esclarecimento sobre os riscos inerentes a ele.

No caso de animais da espécie Homo sapiens, não se pode realizar qualquer experimento naqueles que não podem dar consentimento esclarecido: bebês, crianças, adolescentes, dementes, comatosos, pobres, adictos, marginalizados de qualquer natureza.

O princípio da imparcialidade, terceira exigência formal de um princípio ético, não admite o uso de seres sencientes humanos em experimentos que lhes possam causam dor, sofrimento ou privação que resultem em dano e morte. Se um experimento tem que ser realizado, o pesquisador tem que encontrar um paciente que atenda à exigência do consentimento esclarecido, isto quer dizer, que seja capaz de pensar com clareza e tenha sua vontade livre de toda e qualquer forma de dominação, que pode ser material ou mental.

Sem liberdade de escolha não pode haver pesquisa de seja lá qual for o problema que afeta humanos. Quando se faz pesquisa em animal vivo esta exigência é ignorada absolutamente. É claro, poderíamos replicar: “animais não podem manifestar-se nem dar consentimento, nem ser esclarecidos sobre os riscos inerentes a este ou aquele experimento!”. Justamente. Por não serem capazes de nada disso, estão no mesmo patamar dos bebês humanos, das crianças e adolescentes, dos senis, dos dementes, dos miseráveis, dos adictos que não podem raciocinar com clareza sobre os assuntos que lhes dizem respeito. Sua vontade não é livre, pois sua condição os torna dependentes das decisões tomadas por seus cuidadores. Ainda aqui poder-se-ia achar a saída para justificar o uso deles, exatamente por serem dependentes das decisões que outros têm de tomar em seu nome. Mas, neste ponto, a quarta exigência que constitui a natureza de um princípio ético é o limite imposto aos que cuidam desses humanos incapazes: suas decisões devem estar orientadas para proteger e preservar o bem-estar próprio daquele que se encontra na condição de vulnerabilidade.

Onde está a imparcialidade dos sujeitos morais agentes que usam animais vivos em experimentos que destruem o bem-estar próprio do animal e acabam com sua vida? No caso humano, a imparcialidade ordena que não se faça a eles o que não se admitiria que fizessem contra nós. Mas, assim que passamos a barreira da espécie biológica e nos encontramos diante de um animal não-humano, especialmente quando sua configuração não se assemelha à da espécie Homo sapiens, abandonamos imediatamente a exigência de imparcialidade e o dever que ela impõe, de proteger e preservar o bem-estar dos seres em situação de vulnerabilidade aos interesses humanos.

A segunda exigência formal de um princípio ético é a de que seja capaz de iluminar juízos e decisões morais em casos distintos. Tomemos, pois, o princípio moral mais conhecido, o da não-maleficência. Este é um princípio muito antigo, conhecido nos textos judaicos, no humanismo grego, e nas concepções éticas budista e jainista. Baseada no princípio da não-maleficência, qualquer decisão, ação ou atividade de um sujeito moral agente deve ser guiada pela finalidade de não causar mal a qualquer ser senciente, e promover seu bem-estar, abstendo-se de ações que possam privar outros seres das condições de estar bem em vida a seu próprio modo, isto quer dizer, de acordo com o bem-estar de sua espécie de vida.

Quando animais vivos sencientes são usados em experimentos científicos aquela exigência é ignorada. Poderíamos aqui pensar que a ética bem-estarista, a que defende condições de maior conforto para os animais usados em laboratório seria a saída para tornar éticas essas pesquisas. Isto é uma ilusão. O princípio da não-maleficência e sua contraface, o da beneficência, não ordenam que se dê aos animais sencientes o tipo de conforto necessário e suficiente para que o experimento seja bem sucedido. Ele ordena que em quaisquer casos, o bem-estar próprio daquele indivíduo seja protegido e preservado. Tal exigência torna anti-ético qualquer experimento em animais vivos, pois o bem-estar próprio do animal usado nesses experimentos já foi danificado pelo fato mesmo de o animal ser privado das condições ambientais nas quais seu psiquismo e sua fisiologia poderiam encontrar o equilíbrio homeostático típico de sua espécie. Assim, também em relação à segunda exigência formal de um princípio ético, experimentos em animais vivos sencientes não podem ser considerados éticos.

A primeira exigência, a da universalidade do princípio, obriga todos os sujeitos morais agentes, quer dizer, todos os seres humanos capazes de raciocinarem sobre os desdobramentos de suas ações e os malefícios que elas podem representar para os interesses de outros seres sencientes que forem afetados por elas, a tomarem decisões e empreenderem ações apenas nos limites do princípio ético, se quiserem que suas ações sejam aprovadas da perspectiva moral.

Via de regra, no caso de experimentos científicos em animais vivos, o cientista não está minimamente interessado em saber se o que ele faz tem ou não aprovação ética, bastando que seu protocolo de pesquisa tenha aprovação de seus pares e dos órgãos que o financiam. De ética, este conjunto de crenças não tem nada. São crenças fomentadas pelo cientista para assegurar financiamento de seus projetos. Se o protocolo de pesquisa for aprovado, isto quer dizer, se ele receber financiamento, basta. Considerações éticas tornam-se dispensáveis. Menos nos casos em que procedimentos experimentais possam levantar suspeitas relativamente ao prejuízo, para o experimento, de submeter os animais vivos sencientes a procedimentos que acabem por atrapalhar o resultado da pesquisa.

Pode-se ver que o princípio da universalizabilidade, que deveria levar os cientistas a realizarem investigações dentro dos limites do princípio da não-maleficência, é completamente ignorado no caso de experimentos em animais vivos. A única preocupação do cientista é a de não perder o financiamento de seu projeto. Os órgãos financiadores não têm princípios éticos para decidir quais pesquisas são maleficentes para os animais submetidos a elas. O bem-estarismo não defende os animais frente à liberdade do cientista de usá-los em experimentos dolorosos e letais.

Animais, humanos e não-humanos, são seres capazes de ter um bem-próprio, isto é, específico, e, ao mesmo tempo, seres cuja manutenção deste bem se dá em condições ambientais e emocionais frágeis. Qualquer interferência que represente limitação a este bem, necessariamente é maléfica ao indivíduo que a sofre.

Nos termos nos quais se faz investigação, hoje, não há possibilidade de reconhecer vestígios de ética na perspectiva do respeito pelos interesses dos animais. Poderíamos nos agarrar à hipótese de uma ética antropocêntrica, quer dizer, uma ética indiferente à dor e ao sofrimento animal, realmente voltada apenas para alcançar o benefício humano. Se conseguíssemos justificar a pesquisa sob esta perspectiva, poderíamos então reconhecer que se poderia aprovar tudo o que se pratica hoje contra os animais. A questão, porém, é que o tal do benefício humano não é alcançado. Há três décadas atrás, era raro conhecer alguém que sofresse de câncer, ou depressão profunda (refiro-me à cidade onde moro, Florianópolis). Hoje, passados trinta anos nos quais a indústria química produziu drogas para tratar de quaisquer sintomas humanos, o câncer, os AVC’s e a depressão estão espalhados na comunidade da UFSC, que agrega mais de trinta mil pessoas. Os trilhões de animais que foram mortos em pesquisas contra o câncer não levaram a ciência a descobrir a cura do câncer. Os cientistas continuam a crer que outros tantos trilhões de vidas animais serão necessárias até que eles cheguem às descobertas que prometem fazer. Eles continuam a procurar as chaves perdidas na madrugada debaixo do poste iluminado, mesmo já sabendo que ela foi perdida lá atrás, na esquina escura (para poste iluminado leia-se: financiamentos).

NOTA:

1 Palestra proferida pela autora na IX Semana de Biologia da UFSC. Auditório do Forum, CCJ/UFSC, 23/10/07, a convite dos estudantes que organizaram a mesa-redonda: Ética e Experimentação Animal, da qual participaram os pesquisadores, Dra. Paula Brügger (UFSC), o presidente da CEUA, Dr. Tonussi (UFSC), o presidente do COBEA, Dr. Freyblatt (UNIVALI).


Sônia T. Felipe é doutora em Teoria Política e Filosofia Moral, com pós-doutorado em Bioética-Ética Animal, co-fundadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Violência, ex-voluntária do Centro de Direitos Humanos da Grande Florianópolis, co-autora de "A violência das mortes por decreto" (Edufsc), "O corpo violentado" (Edufsc), "Justiça como Eqüidade" (Insular) e "Por uma questão de princípios" (Boiteux), "Ética e experimentação animal: argumentos abolicionistas" (Edufsc), colaboradora nas coletâneas, "O utilitarismo em foco" (Edufsc), "Éticas e políticas ambientais (Univ.Lisboa), "Filosofia e Direitos Humanos" (Edufce), "Tendências da Ética Contemporânea" (Vozes), "Instrumento Animal" (Canal 6). É professora e pesquisadora dos Programas de graduação e pós-graduação em Filosofia, e do Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas, da UFSC. Investigadora Permanente do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e Membro do Bioethics Institute da Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento, Lisboa.


Fonte: Revista Pensata Animal - www.sentiens.net

www.portaldomeioambiente.org.br

Aeroporto no RS usará falcões para "proteger" aeronavaes

MATHEUS PICHONELLI
da Agência Folha

O aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), ganhará um sistema inusitado de segurança para evitar que aves provoquem acidentes com aviões. Previsto para julho, ele será formado por até oito falcões.

Os animais já estão sendo treinados por um falcoeiro e biólogo para identificar e atacar as aves indesejadas nas imediações do aeroporto. Passarão ainda por um período de adaptação à região.

João Wainer/Folha Imagem
Falcões serão treinados para identificar e atacar as aves indesejadas nas imediações do aeroporto de Porto Alegre
Falcões serão treinados para identificar e atacar as aves indesejadas nas imediações do aeroporto de Porto Alegre

Neste ano, a Infraero (estatal que administra os aeroportos) já registrou quatro acidentes com aves no local. Houve 18 acidentes no ano passado e oito em 2006, sem conseqüências graves.

Os falcões deverão ser soltos somente em intervalos de vôos para evitar que se tornem perigosos durante pousos e decolagens. Serão liberados em períodos de 15 minutos e, depois, recolhidos por um adestrador.

Quero-quero e garça

O projeto, segundo o superintendente do aeroporto, Marco Aurélio Franceschi, foi idealizado a partir de experiências semelhantes no Chile, na Argentina e na Europa.

De acordo com ele, o principal problema no aeroporto de Porto Alegre é a presença de quero-queros e garças.

"Quando aves como essas batem nas aeronaves, o prejuízo é razoável. Se a turbina for atingida, o avião deve pousar novamente, e os passageiros são retirados. É prejuízo agregado."

Franceschi afirmou, contudo, que acidentes com perdas humanas envolvendo aviões e pássaros são raros.

Além dos falcões, cães serão treinados para atacar aglomerados de pássaros em terra. Experiência parecida é realizada no aeroporto de Santa Maria (RS) desde o final de 2007. Sob a supervisão de um adestrador, eles trabalham nos intervalos dos vôos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u407013.shtml

quinta-feira, 29 de maio de 2008

PORTUGAL Protestem contra a realização de uma tourada e de uma garraiada em Oliveira do Bairro

Fonte: Movimento Internacional Anti-Touradas

Oliveira do Bairro acolherá entre os dias 5 a 13 de Julho a I Feira do Cavalo e no programa provisório desta feira inclui-se uma tourada e uma garraiada.

Para ver o programa na página da Câmara Municipal:
http://www.cm-olb.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=3780

Oliveira do Bairro - I Feira do Cavalo pode criar uma tradição

Há sempre uma primeira vez

Com a I Feira do Cavalo, Oliveira do Bairro passará a ser o ponto central em matéria de feiras equestres no país: "será a Golegã a Sul, Ponte de Lima a Norte e Oliveira do Bairro ao centro", afirmou o vereador António Mota, responsável pela actividade, durante a apresentação do evento, que se realiza entre 5 e 13 de Julho.

Uma Feira que a Câmara "achou por bem levar a efeito depois do êxito que tiveram no Espaço Inovação, em Vila Verde, os concursos de saltos indoor e outdoor", adiantou o presidente Mário João Oliveira. O autarca destacou as vantagens da região, "geograficamente bem localizada e com acessos rápidos à A1", salientando que a Câmara terá "um empenho especial na divulgação do evento", a que são esperados "mais de 50 mil visitantes".

Apesar de admitir que "não há tradição na Bairrada deste tipo de eventos", Mário João Oliveira ressalvou que "há sempre uma primeira vez e, com certeza, poderá significar o início da tal tradição".

Programa provisório. Do programa constam várias actividades, de que se destacam o Grande Prémio Cidade de Oliveira do Bairro e uma corrida de touros com nomes bem conhecidos da tauromaquia nacional. Diariamente, o recinto recebe demonstrações de saltos no picadeiro indoor, concursos de atrelagens, desfiles de cavalos, e outros espectáculos, nomeadamente uma Garraiada com a Escola de Toureio da Azambuja e um Sarau da Escola Equestre de Aveiro.

Oriana Pataco
http://www.jb.pt/home.aspx


Por favor enviem cartas de protesto para:

Câmara Municipal de Oliveira do Bairro
Praça do Município
Edf. Paços do Concelho
3770-851 Oliveira do Bairro

T. 234 732 100
F. 234 732 112
E. cmob@cm-ob.pt

Sugestões
Email: comunicacao@cm-olb.pt

Exmo.Senhor Presidente da Câmara Municipal,

Tive conhecimento através da comunicação social que V.Exa., vai autorizar a realização de uma tourada e de uma garraiada na I Feira do Cavalo que terá lugar no seu município.

As touradas/garraiadas são eventos moral e éticamente inaceitáveis, porquanto têm como finalidade divertir uns quantos á custa da tortura e do sofrimento de um animal não humano que não desejou ou deseja estar numa praça.
Os animais não humanos experienciam e sentem o mesmo que nós animais humanos, falamos de uma vida, não de um objecto que se usa e se deita fora quando já não nos interessa.

Acreditamos que na qualidade de edil de Oliveira do Bairro, terá concerteza como objectivo melhorar a vida da sua cidade bem como a vida dos seus concidadãos, ora a realização destes eventos, não é concerteza uma forma de melhorar a vida dos seus municípes, pelo contrário.

Aquilata-se a qualidade de um autarca pela forma como gere o seu município e isso passa pela qualidade de vida que confere aqueles que o elegeram, pela qualidade de empreendimentos que concede á cidade e pela qualidade de educação dada, entre outros. As touradas/garraiadas são exactamente o oposto de tudo o que atrás foi dito.

Pelo exposto, venho por este meio requerer a V.Exa., que cancele os referidos eventos substituindo os mesmos por outro tipo de actividades que passem pela educação dos seus municípes no sentido de respeitarem os animais e a natureza..

Atentamente
Nome/País

E.U.A. Digam á TNT a verdade sobre o circo Ringling Bros.



Fonte: KinshipCircle

Fontes de informação:

Let TNT Know What You Think of Its Ringling Bros. Reality Show
http://www.api4animals.org/actionalerts.php?p=1553&more=1&cat=41

TNT's Ringling Reality Series: Sickest Show On Earth?
http://www.huffingtonpost.com/duncan-strauss/tnts-ringling-reality-ser_b_96302.html

VIDEO: Ringling Bros. Bullhook Abuse And Lame Elephants 2006
http://www.youtube.com/watch?v=rDolPQa6JEM

The Sadist Show on Earth?
http://blog.nj.com/njv_joel_schwartzberg/2008/04/trouble_with_the_circus.html

Por favor enviem cartas para:

Steve Koonin, President, Turner Entertainment Networks
1050 Techwood Dr.; Atlanta, GA 30318
ph: 404-827-3933; fax: 404-575-5294
email (his assistant): anne.smith@turner.com

Mark Wolper, President, The Wolper Organization
4000 Warner Blvd., Bldg. 14, Room 200
Burbank, CA 91522-0001
ph: 818-954-1421; fax: 818-954-1593
email (his assistant): kathleen.doise@wbtvprod.com

Al Hassas, Executive Producer, Collective Media
9100 Wilshire Blvd., Suite 700; West Beverly Hills, CA 90212
ph: 310-888-1522; fax: 310-888-1555
email: al@thecollective-la.com


Dear Mr. Koonin, Mr. Wolper, and Mr. Hassas:

Reality shows have saturated airwaves and lost their authenticity. To better showcase Turner Network Television's new reality program starring Ringling Bros. and Barnum & Bailey Circus, please include affidavits about handlers who batter elephants bloody and chain them inside train cars for days.

You may wish to consult Tom Rider, a former Ringling "barn man" who testified before Congress: "Elephants live in confinement and are beaten all the time when they don't perform properly." In sworn deposition, Rider said elephants are chained up to 23 hours daily. He described the particularly brutal beatings of Benjamin, a baby elephant who died.

Perhaps past employee Archele Hundley can lend her eyewitness accounts of an elephant soaked in blood after a half-hour beating, a horse thrashed with a metal-tip lead for 10 minutes, or a miniature horse knocked senseless from a trainer's closed-fist punch. Ms. Hundley says: "The public has no idea Ringling's handlers are taught to keep animals afraid. I saw elephants, horses, and camels punched, beaten, and whipped by circus staff members."

To give the show even more realism, I suggest producers canvass public records. For example, in one of numerous complaints filed with the USDA, [USDA# 52-C-0137 (past # 58-C-0106), 8607 Westwood Center Dr., Vienna, VA 22182] Ringling Bros. fails to meet federal Animal Welfare Act requirements.

USDA inspection reports routinely cite the circus for:
* Trauma, physical harm and behavioral stress to animals;
* Failure to possess records of veterinary care;
* Dispensing expired medication;
* Insufficient exercise, space and shade for animals;
* Improper feeding, unsanitary food and dirty storage trucks.

Recently, a federal judge ruled an animal cruelty case against Ringling Bros., and its parent company Feld Entertainment, could proceed. Documents uncovered during a lawsuit filed under the Endangered Species Act reveal circus workers strike, chain and wound endangered Asian elephants. The circus is accused of forcibly removing pre-weaned elephants from mothers and
beating them into submission.

Denny's, Lukoil, General Mills, Burger King, Liz Claiborne, MasterCard, Visa, Sears, Roebuck & Co. and other large corporations terminated promos for animal acts such as Ringling Bros., once informed about fear-driven training based in animal abuse.

A single letter cannot detail decades of Ringling animal abuse, neglect and death. However, it is not my job to present veracity in reality programming. I call upon TNT's president and the show's producers to either air a genuine Ringling portrait or abandon the show altogether.

Thank you,
Nome/País

ESPANHA PROTESTO CONTRA "El Toro de Coria", CORIA

Fonte: Movimento Internacional Anti-Touradas

Data 23 a 29 de Junho

O touro calcorreia e corre horas nas ruas enquando uma multidão atira dardos. Quando está demasiado cansado para continuar a fugir, é morto a tiro e cortam-lhe os testículos .


Por favor enviem cartas de protesto ou os postais que podem copiar em:
http://www.iwab.org/ongoingcampaignspor.html


Câmara Municipal de Coria
Email: info@coria.org

Turismo
Avd. Extremadura, 39
10800 Coria
Caceres
Spain
Email: turismo@coria.org

Diputacion Provincial de Caceres
Plaza de Santa Maria, s/n
10071 Caceres
Spain
Fax + 34 927255471
Email: presidencia@dip-caceres.es

Colombia Zapatoca declara-se cidade anti-touradas

O Presidente da Câmara Municipal de Zapatoca, Octavio Gutiérrez Rueda, assinou o Acordo Muncipal apresentado pelo Conselheiro Reynaldo Díaz Rueda, declarando a cidade contrária a touradas e lutas de galos e ordenando que a praça de touros existente se dedique somente a actos culturais onde "se celebre a vida".
Desaparecem assim os perversos espectáculos de tortura pública de animais para entertenimento. A última tourada que teve lugar em Zapatoca realizou-se em Janeiro de 2007. Já em 2008 o Presidente da Câmara recusou-se a patrocinar touradas.
Para mais informações:
http://www.zapatoca.com/entidades/erradicacion-ferias-toros.html

O exemplo de Zapatoca é único, porque embora existam inúmeras cidades que se declararam anti-touradas em vários países, essas declarações são meramente formais uma vez que as mesmas cidades ou nunca tiveram touradas ou as que tiveram continuam a ter. Neste caso as touradas e as lutas de galos foram mesmo proíbidas e não voltarão a realizar-se.

Por favor enviem uma curta mensagem de agradecimento aos responsáveis por tão louvável decisão.

Alcalde Octavio Gutiérrez Rueda
municipiozapatoca@yahoo.com

Concejal Reynaldo Díaz Rueda
muchogustodonrey@hotmail.com

fonte:recebi por email

ÁUSTRIA Violento Ataque contra o Movimento de Defesa Animal

Fonte: Fabrice Alvarez

Carta tipo: Maria Lopes


Comunicado de Imprensa, 28 de Maio de 2008:

Violento ataque contra o Movimento de Defesa Animal

Rusgas a casas e escritórios, dez pessoas detidas sem acusação e uma série de violações dos direitos humanos resultam em sete pessoas em greve da fome

Na manhã do dia 21 de Maio a polícia austríaca fez um raide massivo contra todos os movimentos de defesa animal em todo o território austríaco.

Um total de 24 casas e escritórios de activistas dos direitos dos animais foram invadidas pela polícia ás 6,15 da manhã. Harald Balluch director da VGT (Association against Animal Factories) descreveu a cena no seu apartamento. "Acordei com o som da porta a ser arrombada e de imediato um grupo de pessoas armadas e encapuçadas rodeou a cama onde eu e a minha namorada dormíamos, apontando-nos as armas. Gritaram que se me movesse atirariam á cabeça. Nós temos dois cães velhinhos que foram brutalmente agarrados pela polícia. Como podem imaginar todos nós estávamos aterrorizados".

Sete organizações foram alvo desta rusga e 10 pessoas foram presas. A polícia justificou esta acção com o argumento que os activistas eram suspeitos de pertencer a uma organização criminosa artigo 278a do Código Penal austríaco. Contudo uma semana depois estas pessoas continuam presas sem qualquer acusação.

O Movimento de Defesa Animal austríaco tem conseguido grandes resultados nos últimos anos em defesa dos animais. A lista de sucessos inclui a proibição de quintas de peles, a proibição de animais em circos, etc. A Áustria é vista no mundo inteiro como um dos países com melhores leis de protecção animal.

Harald Balluch diz que o seu Movimento VGT e ele próprio não praticam quaisquer actividades ilegais. "Esta acção da polícia tem como finalidade desacreditar o trabalho feito em prol dos animais. A intenção é danificar a reputação dos activistas e o seu trabalho. Devido a estas rusgas o nosso escritório e outros quatro estão parados. Os nossos computadores com todas as informações bem como os nossos telemóveis foram confiscados. Não temos possibilidade de contactar os nossos apoiantes. O nosso telefone e fax não funcionam sendo impossível contactarmos com a comunicação social".

Uma série de violações dos direitos humanos

Os advogados que representam os dez activistas apresentaram queixas contra a polícia por violação dos direitos humanos. Esta violação inclui detenção sem acusação, uso desnecessário de força durante as rusgas e obtenção pela força e contra a vontade dos detidos de amostras de ADN.

Greve da Fome

Num esforço para protestar contra esta injustiça sete dos detidos encontram-se em greve da fome. O seu pedido de sumo de fruta diluído foi negado, portanto só têm água.
A familía e a namorada de Balluch tiveram permissão para o visitar pela primeira vez no dia 27 de Maio, ou seja sete dias depois de ter sido detido e ficaram horrorizados com o estado em que se encontra. Está no sétimo dia de greve da fome e os seus movimentos e fala encontram-se muito debilitados.

Por favor enviem cartas de protesto contra esta flagrante violação dos direitos humanos. Não esqueçam que amanhã pode ser qualquer um de nós.
Esta acção não vinha acompanhada de carta tipo, portanto tomei a liberdade de redigir uma, por favor tentem modificar.

Home Secretary; Dr Günter Platter
ministerbuero@bmi.gv.at

Minister for Justice; Frau Dr Berger
minister.justiz@bmi.gv.at

Federal President; Dr Heinz Fischer
heinz.fischer@hofburg.at

Federal Chancellor; Dr Alfred Gusenbauer
alfred.gusenbauer@bka.gv.at

Dear Sirs,

On the 21st of May several homes and offices were raided by police and ten people arrested. More than a week after these events, the detainees are still in prison and yet no charges have been brought against them. This is not happening in some banana republic, but in Austria. Nor are the detainees suspected terrorists, but animal welfarists.

It is chilling that such a blatant violation of Article 11 of the Universal Declaration of Human Rights can be committed by a Member State of the EU against its citizens.

I urge you to either charge the detainees or release them immediately. Some of them have begun hunger strikes and should they die, the Austrian Government would be morally guilty of murder.

I await your urgent response.

Sincerely,
Nome/País

fonte:
recebi por email

DIREITOS E DEVERES DO DONO DE ANIMAIS

ERRO MÉDICO

A morte de um animal ou o dano irreversível por um eventual tratamento veterinário incorreto, pode levar o dono a tomar duas providências. Uma é relatar o ocorrido ao Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) de seu Estado, por escrito, com o maior número de evidências possível (como testemunhas, exames e laudos de outros veterinários). A outra é entrar com uma ação na Justiça para indenização por perdas e danos. No primeiro caso, o objetivo é penalizar o mau profissional. A carta é analisada pelo presidente do Conselho, que decide encaminhar a denúncia ou não ao Conselho de Ética, que convocará o profissional e o reclamante para darem explicações. O veterinário tem direito a defesa, e será punido ou, até, terá seu registro cassado se for provada sua culpa..

LOCAL PÚBLICO

Shopping centers, parques, restaurantes, praças, transportes coletivos, clubes, praias... afinal, bicho pode ou não freqüentá-los? Depende. O acesso a esses locais é regulamentado pelos municípios e, portanto, varia de cidade para cidade. O advogado especializado em Direito Civil, Eronildes Santana de Oliveira, recomenda que o dono de animais se informe na Secretaria de Saúde da sua cidade. Em São Paulo, por exemplo, a lei de Controle de Zoonoses, de 22/4/1987, em seu Artigo 30, proíbe a permanência de animais em locais "públicos ou privados de uso coletivo". A Lei excetua os recintos "legal e apropriadamente instalados, destinados a venda, treinamento, exibição e competições". As administrações de alguns parques e de pelo menos dois grandes shopping centers paulistanos permitem a entrada de cães e gatos. Segundo Eronildes, há uma diferença entre permanência, que é proibida, e circulação. "Apenas passear com um animal nesses locais não constitui infração", entende.

Um mandado de segurança pode garantir o direito de ficar, ir e vir livremente com seu bicho. Dá trabalho, mas é possível. Esse recurso é muito útil para quem depende do animal, como um cão-guia no caso de deficientes físicos ou visuais. Nos locais públicos onde a presença de animais é permitida, é recomendável que o proprietário conduza seus animais de estimação com responsabilidade. E, se vier a acontecer um acidente, poderá demonstrar ao juiz que foi cauteloso e procurou evitá-lo ao máximo. A vacinação anti-rábica anual é obrigatória e pode ser comprovada por qualquer documento que a ateste, expedido em campanhas públicas ou pelo veterinário. É importante a condução de cães com guia e coleira. Muitos municípios têm legislação definindo esse tipo de cuidado.

Animais que representem ameaça à segurança das pessoas também são alvo das leis. A legislação paulistana obriga o uso de focinheira em cães "perigosos" e sua condução por pessoa com idade e força para controlá-los. Em Porto Alegre, a lei simplesmente não aceita que animais assim circulem entre a população.
De nível federal, o Artigo 1.527 do Código Civil atribui responsabilidade ao dono de um animal que cause acidentes, a menos que prove que o guardava e vigiava com cuidado; que foi provocado por outro; que houve imprudência da vítima ou que houve interferência de "motivos de força maior" (como fuga de cão bravo, em caso de enchente ou terremoto). Mas há decisões que mostram que os juízes podem não ser condescendentes. Por exemplo: um deles decidiu que donos de canis são sempre obrigados a reparar danos causados por seus animais. Em um caso envolvendo um Dobermann, um juiz determinou que "alguém que assume o risco de possuir um cão dessa raça deve responder por todo e qualquer dano causado pelo cachorro". Quando o animal é comprovadamente manso, a defesa fica mais fácil. Foi o que aconteceu com um caso julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Segundo o juiz, o cão que atacou um menino nada tinha de perigoso, já que morava num sítio freqüentado por dezenas de crianças, alunas de uma escola da vizinhança. "Se é certo que o animal mordeu um menino, o que transparece nos autos é que este o provocou", concluiu, absolvendo o dono. Já o Decreto-Lei 3.688 de 3/10/41, mais conhecido como Lei das Contravenções Penais, determina pena de prisão simples, de dez dias a dois meses, a quem incorrer em omissão de cautela na guarda ou condução de animais.
"O Judiciário vem entendendo que basta o risco, a simples ameaça, para que a contravenção seja caracterizada", lembra Mônica. Normalmente, cães não são considerados pelos Tribunais como animais perigosos. A exceção fica por conta das raças de guarda. Segundo decisão de um Tribunal de São Paulo e de outro de Santa Catarina, são educadas para a agressão e, portanto, tornam-se indiscutivelmente perigosas.
Mas a advogada levantou um caso em que o Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo deu ganho ao dono de um cão de guarda que atacou um intruso em sua casa. "O juiz entendeu que houve imprudência da vítima, pois havia ali alertas quanto à presença do animal", diz. Por isso é que os proprietários de animais bravos devem alertar sobre a existência deles, com placas visíveis da rua. Na cidade de São Paulo, uma lei obriga esse procedimento (Lei 10.876/90). O mesmo ocorre em Porto Alegre (Lei 6.831/91).
O advogado Eronildes lembra que em São Paulo, o Decreto Municipal 19.483 de 17/2/84, determina que os cães devem ser registrados no Centro de Controle de Zoonoses para permitir a localização do proprietário, se o cão for eventualmente recolhido pela "carrocinha", por meio de uma plaquinha com um número de identificação. O dono recebe também uma carteirinha de identidade. Os dados devem ser sempre mantidos atualizados, pois caso o Centro não consiga localizar o dono, o cão será sacrificado depois de doze dias, se até lá não tiver sido adotado ou retirado pelo dono (se não tiver plaquinha, o sacrifício é feito em três dias).

CONDOMÍNIOS

Normalmente, quem tem um animal em apartamentos não costuma deparar com questões como as relacionadas a cães bravos, pois dificilmente opta por um animal de grande porte e de guarda. Mas pode esbarrar na intolerância dos vizinhos, nas convenções de condomínio ou numa eventual inadequação do animal a espaços pequenos. "Antigamente era comum os estatutos proibirem animais, mas a quantidade de ações vitoriosas na Justiça provou que esse arbítrio é totalmente ilegal", afirma Silvia. Em São Paulo, por exemplo, a Lei 10.309 (Art. 17) de 22/4/87 determina: "A manutenção de animais em edifícios condominiais será regulamentada pelas respectivas convenções". Porém, a Lei Federal 4.591/64, em seu Artigo 19, diz: "cada condômino tem o direito de usar e fruir com exclusividade de sua unidade autônoma, segundo suas conveniências e interesses, condicionadas umas às outras às normas de boa vizinhança". As sociedades protetoras dos animais tiveram um papel fundamental na divulgação das sentenças favoráveis aos proprietários, o que levou a maioria dos condomínios a abolir essa cláusula de seus estatutos.
A jurisprudência garante a permanência de animais de pequeno porte. Os maiores podem ser alvo de discussão, mas a decisão depende do entendimento do juiz em relação aos possíveis prejuízos causados pelo animal. Segundo Silvia, tanto a Constituição quanto o Código Civil garantem ao dono o direito de propriedade. Se o animal está com o dono há mais de seis meses, é direito adquirido.
O que não se pode discutir é a autoridade dos condomínios em legislar sobre as áreas coletivas. O condomínio pode proibir um cãozinho de passear nos jardins do prédio, ou de andar no elevador, mas não de morar com seus donos. Da mesma forma, a presença de animais inconvenientes, que perturbem a ordem, a higiene e o sono dos outros moradores pode ser questionada.
E isso independe do porte do animal. Um papagaio pode incomodar mais do que um cachorro, por exemplo, e se prejudicar a norma da boa vizinhança pode ser impedido de permanecer. Nesse caso, o próprio dono deve tomar providências por uma questão de respeito e cidadania, e não esperar por processos judiciais. "Mas se a presença do animal não viola as leis, ele pode ser mantido a despeito dos protestos do síndico ou dos vizinhos", diz Silvia. Quem tem animais na zona urbana também precisa observar as leis que determinam a quantidade máxima permitida por residência. No município de São Paulo, por exemplo, a Lei 10.309, (Art. 29), permite até dez animais adultos, considerando cães e gatos juntos.

SAÚDE PÚBLICA

Uma obrigação nem sempre cumprida à risca pelos donos, diz respeito a questões de higiene, limpeza e saúde pública. Cocô na rua é proibido - se o cão usar o passeio público como banheiro, o dono deve limpar. Em São Paulo, a Lei do Controle de Zoonoses estabelece multa aos infratores, mas a falta de fiscais faz com que a lei seja desobedecida. Não apenas essa lei, mas também a Lei Estadual (de São Paulo) 40.400, de 24/10/95 - que regula o funcionamento e manutenção de estabelecimentos veterinários (nos quais estão incluídos, além dos locais que cuidam da saúde dos bichos, canis, circos e outros), que foi alvo de reportagem de Cães & Cia, na edição 208, também corre o risco de não ser respeitada, pelo mesmo motivo. Entre outras coisas, essa lei obriga os estabelecimentos a ter registro no CRMV, veterinário responsável e alvará da Prefeitura para funcionar. O veterinário encarregado do Centro de Vigilância Sanitária do Estado, Olympio Geraldo Gomes, admitiu esse problema à revista em setembro último. Para ele, é preciso contar com a colaboração de todos para que as regras sejam cumpridas e epidemias, maustratos aos animais e desrespeito aos consumidores sejam evitados.

http://www.petbrazil.com.br/bicho/caes/gen002.htm

60 países se comprometem a deter desmatamento até 2020

Ministros assinaram documento da WWF em que reconhecem necessidade de reduzir desmatamento a zero

Efe


BONN, Alemanha - Ministros do Meio Ambiente de 60 países assinaram em Bonn uma declaração da ONG Fundo Mundial da Natureza (WWF, na sigla em inglês) pela qual se comprometem a trabalhar para conter o desmatamento até 2020. A entidade explicou nesta quinta-feira, 29, que nos documentos preparados pela WWF, os ministros reconhecem a necessidade de reduzir a zero o desmatamento das florestas até 2020.

O recolhimento das assinaturas aconteceu durante a 9ª Conferência das Partes (COP9) da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB), que termina amanhã, em Bonn.

Segundo a WWF, esse compromisso contribuirá para proteger a biodiversidade, deter a mudança climática e garantir o bem-estar da população. "A WWF espera que os Governos se envolvam no desafio que é reduzir a zero o desmatamento até 2020", afirmou o diretor-geral internacional da instituição, James Leape.

Leape pediu que outros países sigam o exemplo de Alemanha, África do Sul, Peru, México, Colômbia e Indonésia, e se comprometam com o cumprimento desta meta.

O diretor-geral da WWF International voltou a pedir à Conferência das Partes (COP) para que adote a "meta de desmatamento zero" em sua declaração final, que será divulgada amanhã.

"Os governos precisam agir imediatamente, ou iremos perder ainda mais florestas vitais para manter a nossa qualidade de vida", acrescentou Leape, que lembrou que cerca de 90% da biodiversidade da Terra está concentrada em florestas e selvas.

O ritmo de desmatamento, que gera 20% das emissões de dióxido de carbono (CO2) do planeta, atingiu um nível alarmante, segundo a WWF, com uma perda mundial de perto de 13 milhões de hectares ao ano, o que equivale ao desaparecimento de 36 campos de futebol por minuto.

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid180422,0.htm


Dolphin massacre in Japan

Crueldade Dinamarquesa

Pode-se observar anualmente este dantesco espectáculo nas ilhas Feroe, Região Autónoma da Dinamarca.É incrível que poucos digam algo sobre um atentado ecológico monumental como este. Trata-se de uma festa anual, onde os rapazes participam activamente para manifestar a sua passagem à idade adulta.E estão na União Europeia!...Se esta é uma das nações que dizem mais desenvolvidas do mundo...

Como é possível?



Justificam-se actos como estes, tendo como base a tradição? A história dos seus antepassados?


Para provar o quê?


Em que século vivemos?

Poderá ler... Aqui


( Recebido por mail )

CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil) divulga nota lamentando decisão do STF

da Folha Online

A CNBB (Conferência Nacional de Bispos do Brasil) divulgou nota na noite desta quinta-feira (29) lamentando a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) a favor das pesquisas com células-tronco embrionárias.

Seis ministros do tribunal votaram a favor das pesquisas. Outros cinco sugeriram mudanças na lei. As células-tronco embrionárias são consideradas esperança de cura para algumas das doenças mais mortais, porque podem se converter em praticamente todos os tecidos do corpo humano.

Na nota, os bispos afirmam que "a decisão do STF revelou uma grande divergência sobre a questão". "Reafirmamos que o simples fato de estar na presença de um ser humano exige o pleno respeito à sua integridade e dignidade."

Confira o comunicado na íntegra:

"A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lamenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou a validade constitucional do artigo 5º e seus parágrafos da Lei de Biossegurança, n. 11.105/2005, que permite aos pesquisadores usarem, em pesquisas científicas e terapêuticas, os embriões criados a partir da fecundação in vitro e que estão congelados há mais de três anos em clínicas de fertilização.

A decisão do STF revelou uma grande divergência sobre a questão em julgamento, o que mostra que há ministros do Supremo que, nesse caso, têm posições éticas semelhantes à da CNBB. Portanto, não se trata de uma questão religiosa, mas de promoção e defesa da vida humana, desde a fecundação, em qualquer circunstância em que esta se encontra.

Reconhecer que o embrião é um ser humano desde o início do seu ciclo vital significa também constatar a sua extrema vulnerabilidade que exige o empenho nos confrontos de quem é fraco, uma atenção que deve ser garantida pela conduta ética dos cientistas e dos médicos, e de uma oportuna legislação nacional e internacional.

Sendo uma vida humana, segundo asseguram a embriologia e a biologia, o embrião humano tem direito à proteção do Estado. A circunstância de estar in vitro ou no útero materno não diminui e nem aumenta esse direito. É lamentável que o STF não tenha confirmado esse direito cristalino, permitindo que vidas humanas em estado embrionário sejam ceifadas.

No mundo inteiro, não há até hoje nenhum protocolo médico que autorize pesquisas científicas com células-tronco obtidas de embriões humanos em pessoas, por causa do alto risco de rejeição e de geração de teratomas.

Ao contrário do que tem sido veiculado e aceito pela opinião pública, as células-tronco embrionárias não são o remédio para a cura de todos os males. A alternativa mais viável para essas pesquisas científicas é a utilização de células-tronco adultas, retiradas do próprio paciente, que já beneficiam mais de 20 mil pessoas com diversos tipos de tratamento de doenças degenerativas.

Reafirmamos que o simples fato de estar na presença de um ser humano exige o pleno respeito à sua integridade e dignidade: todo comportamento que possa constituir uma ameaça ou uma ofensa aos direitos fundamentais da pessoa humana, primeiro de todos o direito à vida, é considerado gravemente imoral.

A CNBB continuará seu trabalho em favor da vida, desde a concepção até o seu declínio natural.

Brasília, 29 de maio de 2008.

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB"

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u406873.shtml