segunda-feira, 21 de julho de 2008

Centenas de pingüins chegam mortos ao Rio


Centenas de filhotes de pingüins arrastados da Antártida e da Patagônia estão chegando e morrendo nas praias do Rio de Janeiro, informaram os especialistas e envolvidos nos resgates à agência AP. Segundo Eduardo Pimenta, superintendente da agência de proteção ambiental da costa estadual, mais de 400 pingüins, a maior parte deles bem novos, foram encontrados mortos nas praias nos últimos dois meses.


É comum encontrar alguns exemplares vivos ou mortos, trazidos pelas fortes correntes oceânicas, porém, Pimenta adiantou que este ano o número de pingüins é maior do que o de qualquer outro ano.

Para o veterinário do Zoológico de Niterói, Thiago Muniz, "a pesca excessiva forçou os pingüins a nadarem ainda mais longe para obter comida, deixando-os vulneráveis às fortes correntes oceânicas". Muniz confirmou que mais de 100 exemplares já chegaram este ano ao zôo de Niterói, o maior do Estado.

O veterinário assegurou que não viu os animais sofrendo com os efeitos de outros poluentes, mas disse que animais já mortos não são levados ao local. Apesar disso, Pimenta acredita que a culpa é da poluição, já que "ela baixa a imunidade dos animais, facilitando a entrada de fungos e bactérias nos pulmões".

O biólogo Erli Costa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não crê que os níveis de poluição estejam tão altos para afetar os pássaros com tanta rapidez. "Acredito que estamos vendo pequenos pingüins doentes devido ao aquecimento global, que afeta as correntes oceânicas e cria mais ciclones", considerou. Além disso, as águas turbulentas impedem que os filhotes nadem em busca de comida.

O Brasil devolve em aviões à Patagônia e à Antártida dezenas de pingüins resgatados no País.


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