Da Redação*
Em São Paulo
A Justiça Federal concedeu na noite desta terça-feira (12) liminar em favor do Le Cirque, montado no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O espetáculos com animais foi autorizado e o circo conseguiu o direito de reaver as espécies apreendidas. Em São Paulo
Um hipopótamo e dois macacos foram levados para o Zoológico de Brasília e agora devem voltar aos alojamentos na manhã desta quarta-feira para que os shows continuem.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou a empresa em R$ 28 mil por maus-tratos contra 14 representantes de especies exóticas, que vivem há duas semanas nos fundos da tenda montada no local.
Girafas, elefantes, camelos, pôneis, um rinoceronte e uma zebra vivem em um mesmo espaço, separados por cercas. Além de maus-tratos, o Ibama constatou problemas de sanidade sanitária e segurança pública. Segundo os fiscais, os mamíferos não estão vacinados contra raiva, os macacos tiveram os dentes arrancados, as girafas não têm espaço para erguer o pescoço e todos vivem em ambientes pequenos.
Foram detectadas sérias restrições aos seis elefantes. Eles vivem em áreas de aproximadamente 25 metros quadrados, equivalente ao tamanho médio de uma quitinete. Ibama revelou que os animais teriam fácil acesso ao Eixo Monumental se conseguissem fugir do circo. "Pedimos que eles simulassem uma fuga e uma pessoa pegou uma pistola de dardos. Não tinha um veterinário nem um plano de contenção para emergência", disse o coordenador de operações do Ibama, Roberto Cabral.
A operação de retirada dos animais quase acabou em fiasco na manhã de ontem. Foram quatro horas de gritaria, cassetetes em punho e muito choro. Duas mulheres passaram mal e foram acalmadas pelo Corpo de Bombeiros. Homens e crianças fizeram um cordão humano próximo à carreta que carregava o hipopótamo, em protesto à apreensão.
Cerca de 30 artistas se apresentam no circo, que é mantido com o trabalho de 50 famílias. O Le Cirque existe há 280 anos e possui animais de até 70 anos de idade. "Nunca tivemos problema em outras cidades do país. Temos uma carreta cheia de alface e feno, gasto duas toneladas de comida por dia para alimentar os bichos. É só uma hora de exibição", explicou o gerente do circo, Ricardo Gondor Júnior.
* As informações são do "Correio Braziliense On-line".
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2008/08/13/ult5772u544.jhtm
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